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Movimento sindical precisa fazer política, alerta Gilson

 

Em sua primeira reunião de 2018, dia 30 de janeiro em Brasília, a Diretoria Executiva da Contee iniciou os trabalhos discutindo a conjuntura política. “Este ano começou bastante movimentado, com a condenação sem provas de Lula e a campanha pela reforma da Previdência. É um processo avassalador A classe dominante quer inviabilizar a democracia brasileira”, afirmou o coordenador geral da entidade, Gilson Reis, ao abrir o encontro.

Segundo ele, “temos um ano difícil e decisivo pela frente. São grandes desafios, como realizar campanhas salarias num momento profundamento adverso, com demissões e ataque aos direitos trabalhistas. As entidades sindicais estão com dificuldades financeiras”.

Abordando a reforma da Previdência, Gilson afirmou que o Governo Temer quer “aprová-la de qualquer forma e diz que ela fará o país crescer – como falou da reforma trabalhista e da Emenda Constitucional 95, e o país não cresceu. Se não organizarmos a resistência, a reforma pode passar”.

Ele ponderou, ainda, que “o julgamento de Lula foi profundamente político. O Judiciário abandonou os processos legais e condenou Lula por ter sido presidente da República! Não precisa prova ou evidência, basta a convicção. Defendemos que Lula tem o direito de ser candidato à Presidência da República”.

Os diretores consideraram que o movimento sindical precisa tomar posição no curso da luta política no Brasil. Concentrar energia, denunciar o golpe, ocupar ruas e praças. “Não aceitamos que essa ofensiva do capital fique sem resposta. Nossa entidade está a serviço da democracia, do  povo brasileiro, dos trabalhadores. Os empresários estão dando cursos para formar novos político, com visão ultraliberal, para as eleições de 2018. Precisamos colocar movimento sindical na luta política, mais do que nunca! Em 2017 tivemos presença significativa, mas precisamos aumentá-la ainda mais. Precisamos eleger deputados federais e governantes comprometidos com os trabalhadores”, sintetizou Gilson.

Durante a reunião, os assessores Flávio Tornelli Vaz e Marco Antonio Tofetti Campanella deram informes sobre a tramitação da reforma da Previdência e de outros pontos de interesse direto dos trabalhadores no Congresso Nacional.

Conape e lutas salariais

A coordenadora da Secretaria de Assuntos Educacionais, Adércia Bezerra Hostin dos Santos, deu informe sobre a Conferência Nacional Popular de Educação, Conape: “Temos que envolver um conjunto de entidades no combate às reformas do Governo Temer. Precisamos unir o movimento social e sindical interessado na educação com qualidade para participar do Conape, em abril, em Belo Horizonte”.

O coordenador da Secretaria de Organização Sindical, Oswaldo Luis Cordeiro Teles, relatou que está sendo organizada a informatização das campanhas salariais e acordos assinados para destacar as principais conquistas obtidas pelas entidades filiadas. Cerca de 80% das negociações salariais começam em março.

Outro assunto discutido na reunião foi a sustentação financeira da estrutura sindical brasileira e o papel da Contribuição Sindical.

A reunião tem continuidade nesta quarta-feira, 31.

 

 

Carlos Pompe da Contee