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Professores no Brasil estão entre mais mal pagos em ranking internacional

 

O Brasil é o lanterninha em um ranking internacional que compara a eficiência dos sistemas educacionais de vários países, levando em conta parâmetros como os salários dos professores, as condições de trabalho na escola e o desempenho escolar dos alunos.

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(Foto: Tânia Rêgo/ABr)

 

O ranking é de setembro do ano passado, mas volta à tona no momento em que o governo paranaense aprova uma redução nos benefícios previdenciários dos professores do Estado.

A votação da lei elevou as tensões e levou a um tumulto no qual pelo menos 170 pessoas ficaram feridas após a repressão policial de um protesto de professores em Curitiba. Os professores paranaenses estão em greve desde sábado (25 de abril).

Em São Paulo, professores da rede estadual estão em greve desde 13 de março, reivindicando reajuste salarial e melhores condições de trabalho.

O estudo internacional foi elaborado pela consultoria Gems Education Solutions usando dados dos mais de 30 países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e alguns emergentes, como o Brasil.

 

Nele, o país aparece como um dos últimos em termos de salário pago aos professores, por exemplo.

O valor que os educadores brasileiros recebem (US$ 14,8 mil por ano, calculado por uma média de 15 anos e usando o critério de paridade de poder de compra) fica imediatamente abaixo do valor pago na Turquia e no Chile, e acima apenas de Hungria e Indonésia.

Os salários mais altos são na Suíça (US$ 68,8 mil) e na Holanda (US$ 57,8 mil).

Os professores brasileiros também são responsáveis por mais estudantes na sala de aula: 32 alunos, em média, para cada orientador, comparado com 27 no segundo lugar, o Chile, e menos de 8 em Portugal.

Combinando fatores como estes com o desempenho dos alunos – entre os piores entre os países pesquisados – a consultoria coloca o sistema educacional brasileiro como o mais ineficiente da lista.

 

“Nossas conclusões sugerem que o Brasil deveria cuidar do salário dos professores para alcançar o objetivo da eficiência educacional”, diz o relatório.

Para a consultoria, a meta seria um salário quase três vezes maior que o atual.

 

Deficiências no gasto

Os dados mais recentes da OCDE mostram as debilidades no gasto educacional brasileiro.

Segundo a organização, o gasto do governo brasileiro com educação cresceu rapidamente desde o ano 2000, atingindo 19% do seu orçamento em 2011 – a média da OCDE foi de 13%.

O gasto público com educação chegou a 6,1% do PIB brasileiro, acima da média da OCDE de 5,6%, e à frente da proporção de outros latino-americanos como Chile (4,5%) e México (5,2%).

Porém, o gasto do Brasil com a educação pública foi o segundo menor de todos os países da OCDE e parceiros – US 3.066, contra uma média de US$ 9.487. O país ficou em 34º no ranking de 35 países da organização.

 

Fonte: BBC Brasil

 

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Clínica Bandeira Odontologia firma convênio com Sinpro Goiás

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Prof. Alan e Dr. Carlos Bandeira

O Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – Sinpro Goiás acaba de firmar mais uma parceria de sucesso, dessa vez na área odontológica com a Clínica Bandeira. Pioneiros no diagnostico de problemas bucais por meio de equipamentos digitais, a Clínica Bandeira proporciona a seus clientes um check up sem sofrimento algum.

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Assinatura do convênio

Com a assinatura do convênio, professores associados ao Sinpro Goiás terão 30% de desconto no tratamento odontológico e poderão fazer o diagnóstico sem custo. Caso o interesse seja só na avaliação, o desconto também será de 30%.

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Dr. Carlos assinando documento

Situada na Av. Deputado Jamel Cecílio, 2496, sala A33, Jardim Goiás, Ed. Business, a clinica é especializada na saúde bucal de bebês, crianças gestantes e melhor idade. Outras comodidades disponibilizadas pelo estabelecimento é o atendimento 24hs (Day Clinic) e estacionamento gratuito.

 

Agende já sua avaliação:

www.bandeiraodontologia.com.br

(62) 3281 – 0647

(62) 8234 – 0593 (Tim)

 

 

Por

Elen Aguiar

Assessora de Comunicação e Marketing do Sinpro Goiás

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Sinpro Goiás oferece aos associados vouchers da 9ª Mostra “O Amor, a Morte e as Paixões”, dos Cinemas Lumière

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O Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – Sinpro Goiás, reafirma seu incentivo à cultura e ao lazer, por meio de parceria com os Cinemas Lumière na realização da 9º Mostra “O Amor, a Morte e as Paixões”, da qual participa desde sua primeira edição.

A mostra acontece de 03 a 17 de fevereiro no Cinema Lumière do Shopping Bougainville. O evento tem curadoria do professor Lisandro Nogueira (UFG) e exibirá 115 filmes, entre lançamentos e clássicos do cinema nacional e internacional, além de títulos inéditos em Goiás.

Com essa parceria, o Sinpro Goiás vai oferecer 1.428 vouchers a professores sindicalizados que poderão retirar até 2 (dois), na sede do Sinpro Goiás, na Av. Independência, nº942, Setor Leste Universitário. Para a retirada do passaporte é necessário a apresentação de documento de identidade com foto, carteirinha do Sinpro e contracheque atualizados.

Caso o professor não obtenha o voucher ou queira assistir mais sessões, o Cinema Lumière também oferece ingressos com valor diferenciado de R$ 7 reais (sete reais) a professores sindicalizados, mediante apresentação da carteirinha atualizada.

Presenças

A abertura da Mostra, no dia 03/02, será com o filme “Amor em Sampa”, com a presença do diretor, roteirista e um dos atores do filme Carlos Alberto Riccelli, e das atrizes Bianca Muller e Mariana Lima. O musical, que acompanha seis histórias independentes de amores e desencontros em São Paulo, terá sua estreia nacional durante a Mostra, antes mesmo de chegar ao circuito comercial.

Durante a Mostra, o Cinema também receberá a diretora Sandra Kogut e a atriz Carla Ribas, para uma sessão especial com debate do filme “Campo Grande”. Filmado em ruas da Zona Sul e do subúrbio do Rio de Janeiro, o longa teve sua estreia mundial aplaudida de pé no Festival de Toronto, em setembro do ano passado.

“Campo Grande” se desenvolve em torno do relacionamento entre uma dona de casa de classe média de Ipanema (Carla Ribas) e duas crianças (Ygor Manoel e Rayane do Amaral) deixadas na porta de seu prédio. A chegada inesperada dessas crianças, filhas de uma ex-empregada da casa, e a busca pela mãe delas mudarão a vida de todos.

Quem também confirmou presença na Mostra é o ator Vinícius de Oliveira, que vem divulgar seu novo filme, “Boi Neon”. Protagonizado por Juliano Cazarré, o drama aborda o estereótipo do nordestino, “cabra macho”, que não pode se envolver com “coisas de mulher”.

Outras presenças VIPs ainda estão sendo confirmadas, como a da diretora Adriana Dutra, uma das idealizadoras do Brazilian Film Festival of Miami, com o filme “Quanto Tempo o Tempo Tem”.

 

Cursos

Foram abertas as inscrições para o curso de Análise Fílmica e a palestra de Direção de Atores. O curso ocorre no dia 04/02, das 9h às 17h, no Cine Cultura, e será ministrado por ​Inácio Araujo, crítico de cinema da Folha de São Paulo e autor de dois livros sobre o assunto: “Hitchcock, o Mestre do Medo” e “Cinema, o Mundo em Movimento”.

Já a palestra será com Fátima Toledo, a primeira e mais conceituada preparadora de elenco do Brasil, no dia 08/02, das 9h às 17h, no Cine Cultura. Ícone no mercado cinematográfico e criadora de um método de interpretação exclusivo, denominado método.FT, ela atua no mercado há mais de 30 anos e foi responsável pela preparação do elenco de grandes sucessos do cinema brasileiro, como Pixote, Cidade de Deus e Tropa de Elite.

As inscrições estão liberadas no site www.meubilhete.com e custam R$ 60,00 a inteira e R$ 30,00 a meia.

Mostra de Clássicos

Outra novidade nesta edição é a 1ª Mostra de Clássicos do Cinema Brasileiro, que ocorrerá este ano no Cine Cultura, em parceria com os Cinemas Lumière. Serão quatro títulos: “Macunaíma”, “Terra em Transe”, “Xica da Silva” e “Central do Brasil”.

Os filmes serão exibidos no Cine Cultura do dia 04 ao dia 10 de fevereiro. Nos dias 05, 09 e 10 serão realizados debates dos filmes “Macunaíma”, “Terra em Transe”, “Xica da Silva”, respectivamente, com convidados especiais: o crítico de Cinema Marcelo Ribeiro; e os professores de cinema da Universidade Estadual de Goiás (UEG) Rodrigo Cássio e Jô Levy.

Já o filme “Central do Brasil” terá um bate-papo no Shopping Bougainville. Aproveitando a presença, o ator Vinícius de Oliveira participará da sessão especial do sucesso brasileiro que concorreu ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1999. Vinícius, à época com apenas 10 anos, contracenou ao lado de Fernanda Montenegro em uma história emocionante. Os ingressos para estas sessões terão o valor promocional de R$ 2,00.

Passaportes

Também foi liberada a venda online para os passaportes da Mostra, que trarão economia para os amantes da sétima arte. São quatro opções: R$ 85,00 para 10 filmes; R$ 150,00 para 20 filmes; R$ 175,00 para 25 filmes; e o Passaporte VIP, que custa, à pedido dos clientes, sofreu um reajuste e baixou de R$ 350,00 para R$ 299,00 e dá direito a ver todos os filmes da Mostra, quantas vezes quiserem.

Todas as informações sobre a Mostra estão disponíveis no site oficial do evento, www.cinemaslumiere.com.br/mostra.

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Sinpro Goiás antecipa para fevereiro de 2016 parcela de 7,17% do reajuste salarial dos Professores da Educação Superior

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O Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – Sinpro Goiás informa que conforme a Convenção Coletiva de Trabalho com o Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Educação Superior em Goiás – SEMESG, os salários dos docentes das instituições de educação superior, terá antecipação de 7,17% (sete virgula dezessete por cento) no mês de fevereiro. O restante virá em maio, mês da data base salarial.

Já o reajuste salarial para a Educação Básica ainda está sendo negociado com os sindicatos patronais.

 

Confira ofício abaixo:

 

 

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Por

Elen Aguiar

Assessora de Comunicação e Marketing do Sinpro Goiás

 

 

 

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Iniciativas em todo mundo sugerem materiais didáticos

Diversas iniciativas de combate ao machismo e ao preconceito e esclarecimentos sobre gênero e sexualidade estão presentes em sites, livros e cartilhas como forma de contribuição para a formação de professores em vários países. A matéria abaixo, publicada na Revista Conteúdo, faz um panorama destas iniciativas, incluindo material distribuído pela ONU Mulheres, e compara à situação no Brasil, onde a discussão de gênero e sexualidade enfrenta a barreira do conservadorismo.

 

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Para combater o machismo e a consequente violência doméstica, cada vez mais surgem iniciativas no mundo para contribuir com a formação de professores, desde um site preparado pelo movimento sindical espanhol, até um material da Organização das Nações Unidas (ONU Mulheres). Na Argentina, já há uma lei que institui cartilhas de educação sexual nas escolas. Estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS), com dados de 2012, aponta que, em todo mundo, 35% das mulheres já foram vítimas de violência doméstica.

Enquanto por aqui a inclusão da perspectiva de gênero e produção de material didático sobre sexualidade vem sendo proibidos há alguns anos, que culminou com a retirada do termo gênero dos planos de educação,um país vizinho ao nosso possui desde 2006 uma Lei Nacional de Educação Sexual Integral (ESI). A lei argentina garante que estudantes tanto da rede pública, quanto da privada, desde a educação infantil (até cinco anos) ao ensino médio, tenham o direito a receber informações sobre sexualidade nas salas de aula de todo o país. O Conselho Federal de Educação argentino definiu que o conteúdo deva ser transmitido a partir dos seguintes princípios: perspectiva de gênero, direitos, respeito à diversidade, cuidado com o corpo e a saúde e valorização da afetividade.

No entanto, após quase dez anos da criação dessa política, ainda há dificuldades para que a lei seja cumprida em todos os estados de uma federação. O fato da capacitação não ser obrigatória e de ter caráter transversal também acabam dificultando sua implementação já que professores de todas as matérias podem trabalhar com os conteúdos e isso, de certa maneira, acaba desobrigando os profissionais.

Educar para a igualdade

Na Espanha, a Federação de Trabalhadores em Educação (FETE), ligada à confederação sindical UniãoGeral de Trabalhadores (UGT), em parceria com o Instituto da Mulher da Espanha, que tem status de ministério, e o também espanhol Ministério da Saúde, Serviços Sociais e Igualdade, mantém o site Educar para a Igualdade (http://www.educandoenigualdad.com) com diversos materiais didáticos para a formação do trabalhador, produção de materiais didáticos, pesquisas, oficinas com estudantes, campanhas de sensibilização, publicações e notícias atuais.

O conteúdo está disponível em espanhol, organizado no menu horizontal, localizado na parte superior do site, e a maioria do conjunto está disponível para fazer download no link “materiais FETE-UGT”. Neste link, existem guias que dão orientações específicas para trabalhadores em educação, contribuindo com definições de termos como “igualdade”: “às vezes a palavra igualdade é interpretada de forma errada, como se fosse para eliminar as diferenças entre meninas e meninos, tornando-os idênticos, ou tentar que elas sejam como eles, o que é um erro. Precisamente, a igualdade valoriza a diferença, sem desigualdade, o que significa sem injustiça, sem violência e sem dominação de um sexo sobre o outro.”

Também existem guias para trabalhar comeducação infantil e outros dois para trabalhar com educação primária e secundária – equivalente ao ensino fundamental. Neles, há dicas de jogos e brincadeiras e de atividades que podem ser aplicadas em aula.

Entre os materiais, também há o “Dicionário Online de Coeducação”, cuja definição no dicionário portuguêsé “educação conjunta para pessoas dos dois sexos”. Já no dicionário espanhol produzido pela entidade sindical e órgãos governamentais espanhóis , trata-se de um processo de intervenção deliberada por meio do qual o desenvolvimento, de meninos e meninas, parta da realidade de dois sexos diferentes, garantindo desenvolvimento pessoal e construção social comum e não confrontados.

ONU

Currículo educativo para o ensino médio sobre gênero, sexualidades e prevenção de violências e seis planos de aulas complementares. Estes são materiais pedagógicos disponibilizados para as escolas brasileiras, elaborados pela ONU Mulheres a partir da iniciativa “O valente não é violento”, que integra a campanha do Secretário-Geral da ONU “Una-se pelo fim da violência contra as mulheres”.

O currículo traz uma proposta pedagógica para conscientizar adolescentes sobre o direito das mulheres de viver uma vida livre de violência. As aulas abordam temas como sexo, gênero e poder; violências e suas interfaces; estereótipos de gênero e esportes; estereótipos de gênero, raça/ etnia e mídia; estereótipos de gênero, carreiras e profissões: diferenças, desigualdades, vulnerabilidades e prevenção.

O projeto é financiado pela União Europeia e revisado pela área de Projetos de Educação da Unesco. Durante seu lançamento, em 24 de julho deste ano, a ONU Mulheres declarou que “reconhece as instituições de ensino como contextos privilegiados para uma formação integral de meninos e meninas e para o exercício da cidadania, considerando seu papel central na promoção de mudanças sociais”.

Ainda sobre o material, que pode ser conferido na página da campanha – www.ovalentenaoeviolento. org.br – a ONU Mulheres afirma que pretende contribuir com “uma lacuna no ensino de gênero nas escolas” do Brasil, oferecendo aos docentes e estudantes ferramentas pedagógicas de liderança e empoderamento para as mulheres, para desconstruir comportamentos machistas.

“Educadoras, educadores e estudantes são agentes importantes de transformação e de ação para a prevenção da violência e rumo à igualdade de gênero”, diz Nadine Gasman, representante da ONU Mulheres Brasil.

O organismo explica que uma das fontes para a construção do material foi o Plano Nacional de Políticas para as Mulheres (PNPM 2013-2015), que aponta para a necessidade de promover a inserção de temas voltados para a igualdade de gênero e valorização das diversidades nos currículos, materiais didáticos e paradidáticos da educação básica. O PNPM destaca a necessidade de “consolidar na política educacional as perspectivas de gênero, raça, etnia, orientação sexual, geracional, das pessoas com deficiência e o respeito à diversidade em todas as suas formas, de modo a garantir uma educação igualitária e cidadã”. Para saber mais sobre o currículo pode mandar e-mail para ovalentenaoeviolento@gmail.com .

Outra iniciativa do organismo multilateral foi uma nota denunciando trotes universitários com práticas machistas, lesbofóbicas, homofóbicas, transfóbicas e racistas, assinada em conjunto com organizações de mulheres nas universidades.

 

 

Fonte: Contee

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Sinpro Goiás assina convênio com Drogaria DrogaPOP Praça da Bíblia

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O Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – Sinpro Goiás, acaba de firmar mais uma parceria de sucesso, agora com a Drogaria DrogaPOP – unidade Praça da Bíblia. Para celebrar o convênio foi oferecido um café da manhã aos funcionários do sindicato.

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Equipe Sinpro Goiás e DrogaPOP durante café da manhã

Parceira da educação, a drogaria vai proporcionar a professores associados desconto de 10% na compra de produtos genéricos, similares e suplementação alimentar, mas somente na DrogaPOP – unidade Praça da Bíblia.

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Gerdane, diretora da DrogaPOP Praça da Bíblia assinando contrato de convênio

Para efetuar a compra e receber o desconto é necessário apresentar carteirinha de associado atualizada e documento de identidade com foto.

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Prof. Alan Carvalho, presidente do Sinpro Goiás assinando o contrato de convênio.

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UNE e ANPG repudiam PL que institui cobrança na universidade pública

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Alunos da Universidade de São Paulo (USP)

A presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral, e Tamara Naiz, presidenta da Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG) contestaram o Projeto de Lei do Senado (PLS) 782/2015, de autoria do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), que institui a cobrança de anuidade nas universidades públicas. O projeto aguarda manifestação das comissões de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e de Educação, Cultura e Esporte (CE).

 

Apresentado no Senado no final de 2015, o PLS institui a cobrança de anuidade aos estudantes que tem renda familiar superior a 30 salários mínimos.

É a segunda vez que o parlamentar apresenta este projeto no Senado. Em 2005, a proposta foi rejeitada na comissão de Educação da Casa.

“É preocupante esse projeto que fere o princípio da gratuidade que é o que temos de mais avançado nas universidades públicas”, ressaltou Tamara.

“Começa taxando quem tem mais dinheiro, depois taxa a classe média e depois taxa todo mundo. É um precedente perigoso que não mexe no acesso, que é uma das justificativas. Vamos combater esse projeto”, argumentou.

Para a presidenta da UNE, o projeto mexe com um direito garantido na Constituição Federal. “A educação é um bem público a que todos tem direito independente do nível de renda”, defendeu Carina.

Na opinião dela a iniciativa vem na contramão de conquistas que são referência para o movimento pela educação no continente latino-americano.

“No Chile houve um processo de luta para que o ensino superior de lá, que era pago, pudesse ser gratuito, o que vai acontecer a partir deste ano. E no Brasil há essa possibilidade de retrocesso”, comparou.

Retrocessos

Antes da apresentação do PLS 782/2015, a ANPG foi surpreendida, também em dezembro, com a Proposta de Emenda à Constiyuição 395/2015 que altera o artigo 206 da Constituição e prevê a cobrança de mensalidade e taxas de serviços nos cursos de pós-gradução e extensão. A PEC foi aprovada em primeiro turno na Câmara Federal em outubro de 2015.

“Dai só sobraria a graduação sem cobrança e aí vem esse projeto que institui a cobrança na graduação também. Além da ANPG diversas entidades estão se movimentando para combater essas iniciativas que ferem o direito à educação pública, gratuita e de qualidade”, finalizou Tamara.

 

 

Fonte: Portal Vermelho

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Secretárias da Mulher defendem autonomia do trabalhador em educação para tratar gênero

Diante da polêmica envolvendo a retirada da expressão de gênero do Plano Nacional de Educação (PNE), diversos grupos se manifestaram sobre a questão, incluindo a Contee. Abaixo você confere a matéria veiculada na edição 33 da Revista Conteúdo em que dirigentes feministas da Contee e de outras entidades defendem a autonomia dos educadores para abordarem temas atuais e relevantes em sala de aula, entre eles a igualdade de gêneros.

 

 

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Secretárias da Mulher defendem autonomia do trabalhador em educação para tratar gênero

Retrocesso. Assim as lideranças feministas do meio sindical classificam a retirada da expressão gênero do Plano Nacional de Educação (PNE). Para as dirigentes da Confederação Nacional dos Trabalhadores nos Estabelecimentos de Ensino (Contee) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), independente de legislação, a questão de gênero deve continuar sendo abordada nas escolas, já que o professor não depende de lei para discutir temas que julga relevantes em sala de aula.

“Enquanto professora e agente educacional eu tenho minha autonomia em sala de aula. Não há a necessidade de que tenha no currículo escolar porque é um tema transversal, assim como não é necessária uma lei para trabalhar noções de cidadania. Essa é uma discussão que nós devemos levar para as salas de aula, independente de legislação”, afirma Rita de Fraga Almeida Zambon, coordenadora da Secretaria de Gênero e Etnia, da Contee.

Ela ressalta o papel da Confederação em estimular a autonomia em sua base, apontando a importância do protagonismo do professor no sistema de ensino, dentro de sua escola, uma vez que somente a educação muda padrões de comportamento de uma sociedade. Fraga acredita que houve “perda política” e que há “inconstitucionalidade” na retirada do termo do PNE, já que a Constituição Federal garante, em seu artigo 5º, que “todos são iguais perante a lei”. Todos têm “direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”.

Ísis Tavares Neves, secretária de Relações de Gênero da CNTE, reforça que a educação é primordial para a mudança comportamental e que “o espaço da sala de aula é privilegiado para a formação de pessoas na construção de uma sociedade mais justa”.

“Não é uma questão religiosa, é uma questão política e estratégica para a construção de um projeto para o País”, diz Ísis Tavares.

Ela também enfatiza a necessidade de o movimento de base voltar a preencher os espaços de mobilização. “Melhoramos a qualidade de vida da população, mas não houve formação dessas pessoas, no sentido mais amplo, não somente entre os muros das escolas, mas a formação indireta como pela mídia, que é quem fala com a população 24 horas por dia”, explica a dirigente da CNTE, que defende a regulamentação dos meios de comunicação e lamenta que o governo não tenha feito esse enfrentamento. Ela lembra, ainda, que não existem TVs e rádios comunitárias que contribuam com o debate. “Isso tudo é educação popular, que também é formação”, conclui.

A nova secretária da Mulher Trabalhadora da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Junéia Martins Batista, eleita em outubro no 12º congresso da entidade, para gestão 2015-2019, concorda com uma abordagem que valorize a autonomia do professor, porém, depende de cada escola e do compromisso que cada uma tem: “Partir da realidade local é uma opção pedagógica e abre portas para que muitos temas enfrentados no cotidiano sejam problematizados. Aí, os Parâmetros Curriculares Nacionais, ao reconhecerem a complexidade da prática educativa, podem ser um importante instrumento de apoio ao profissional”.

A dirigente da CUT lembra que, além da Constituição, o Brasil é signatário de acordos mundiais como a “Declaração e Plataforma de Ação de Pequim”, de 1995, que listou 12 pontos prioritários de trabalho, além de ações detalhadas para alcançar seus objetivos estratégicos, e a “Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra Mulher”, da Organização dos Estados Americano (OEA), adotada em 1994 e que conceitua a violência contra as mulheres, reconhecendo-a como uma violação aos direitos humanos, e estabelece deveres aos Estados signatários, com o propósito de criar condições reais de rompimento com o ciclo de violência identificado contra mulheres em escala mundial.

Ivânia Pereira, secretária da Mulher Trabalhadora da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), que concedeu entrevista em meio a um movimento grevista da categoria a qual pertence, os bancários, também falou da importância em, diante de tantos embates, reunir movimento sindical, estudantil, e toda a comunidade escolar em um trabalho de base para que não se retroceda “aos patamares da década de 1990, quando ainda existiam cursos que meninas não eram incluídas”.

Ela enfatizou a importância em aprofundar as discussões de gênero dentro dos sindicatos. “É preciso transgredir a fronteira da hipocrisia, da dicotomia entre heterossexualidade e homossexualidade, como se os seres humanos pudessem ser resumidos a isso. Precisamos debater esse tema, que é maior que tudo isso de que vem sendo acusado”, exclama a dirigente cetebista, referindo-se à tese da “ideologia de gênero” defendida pelos religiosos, de que há uma tentativa de tornar meninas e meninos assexuados, ou com sexo neutro. Diversos sites e blogs católicos e evangélicos disseminam essas ideias que foram fortalecidas com a divulgação de notas públicas da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Conjuntura

A conjuntura política também foi citada pelas dirigentes feministas como sendo algo que dificultou a mobilização, diante do crescimento das bancadas conservadoras no Congresso Nacional, bem como nas câmaras e assembleias legislativas, após o pleito de 2014. A representante da CTB reconheceu que a articulação dos religiosos no Congresso entorno do PNE “pegou o movimento sindical de surpresa”. “Estamos enfrentando o avanço da direita no Brasil, que vem de maneira violenta sobre as conquistas sociais dos últimos anos. E eles têm agido também nas assembleias legislativas e câmaras de vereadores. É preciso ser mais rápido que eles”, enfatiza Ivânia Pereira.

A secretária da CNTE recorda que os trabalhadores em educação fizeram bastante barulho e receberam apoio dos demais setores, mas observa que a correlação de força está desigual, com a perda de representantes dos trabalhadores nos parlamentos.

“Essa perda do espaço nos parlamentos faz parte, inclusive, da cartilha do chamado golpe suave, que está ocorrendo nos países da América Latina em que os governos são progressistas. Estamos com dificuldade para mobilizar porque ocorre, ainda, uma criminalização e demonização dos movimentos sociais em especial o sindical”, exclama Ísis Tavares. Na opinião da representante da Contee, a perda maior foi política e a sociedade precisará defender nos próximos anos a manutenção do estado laico: “Enquanto não houver laicidade, não avançaremos mais em nada. O lobby das instituições confessionais (comprometidas com uma religião) foi muito forte e envolveu jovens das alas mais conservadoras das igrejas, com conceitos errados de gênero”.

Ação

Após um balanço sobre os últimos acontecimentos, as sindicalistas lembram que é preciso criar unidade e conscientizar as bases das confederações e centrais sindicais para despertar sobre a importância de lutar pela igualdade de gênero. “Nós sindicalistas temos a responsabilidade de mostrar para nossas bases o que está ocorrendo, o que está em jogo no pano de fundo nacional e perceber os movimentos locais”, afirma Tavares, que se diz otimista com a articulação dos sindicatos e movimento social também pela internet.

Além de ações nas redes, as dirigentes afirmam que não tem outra saída a não ser arregaçar as mangas e fazer o enfrentamento no Congresso e nas ruas.

Diante das inúmeras ameaças aos direitos dos trabalhadores, como a tentativa de regularizar a terceirização, cujo PL tramita agora no Senado, e a tentativa de enfraquecer a legislação trabalhista, como a Medida Provisória 680/15, que instituía o Programa de Proteção ao Emprego (PPE) impondo a negociação sobre a legislação, as centrais sindicais têm ocupado espaços públicos para chamar a atenção sobre essas pautas.

“O Congresso Nacional tem atacado vários direitos dos trabalhadores e isso tem demandado de nós permanente mobilização”, explica Junéia Martins, que lembra que faltam parlamentares que representem mais setores que têm interesse no tema, como jovens, mulheres, negros e índios.

 

Fonte: Contee

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O Sinpro Goiás e os desafios de 2016.

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Caro /a professor /a,

Inicialmente, receba nosso fraterno abraço e votos de que o ano de 2016 seja de novas conquistas, para a nossa categoria profissional, os demais trabalhadores, e para a sociedade brasileira de um modo geral.

Desde já, digo-lhe que nossa expectativa para o ano de 2016 é que nossos desejos, objetivos e metas sejam realizados em sua plenitude, ou, ao menos, em maior medida. Mas será que, efetivamente, tudo, ou quase tudo, ocorrerá favoravelmente ao que esperamos?

Sem ter a virtuose dos futurólogos e de outros profissionais que, por diversos meios, dedicam- se à arte de prever o futuro; na condição de sociólogo, creio que breves referenciais retrospectivos nos dão pistas importantes para algumas frentes de atuação, neste ano que se inicia.

Em 2014 e 2015, alcançamos conquistas importantes, com aprovação do Plano Nacional de Educação-PNE (LEI Nº 13.005, DE 25 DE JUNHO DE 2014.), Plano Estadual de Educação-MEE (LEI Nº 18.969, DE 22 DE JULHO DE 2015) e Plano Municipal de Educação-PME (LEI Nº 9.606, DE 24 DE JUNHO DE 2015), o que só foi possível por meio de  ampla articulação em âmbito municipal, estadual e nacional do SINPRO GOIÁS, com as demais entidades classistas e parceiras, dos trabalhadores na educação, com destaque para a FITRAE – BC (Federação), CONTEE (Confederação), CTB (Central sindical), e fóruns Nacional, Estadual e Municipal de Educação.

De fato, por meio de nossa atuação articulada, as referidas leis passaram a contemplar, também, os trabalhadores da educação privada, com destaque para as metas 17 e 18, do PME e, 18 e 19, do PEE, que tratam, respectivamente, da valorização salarial e da obrigatoriedade de Plano de Carreira, para estes profissionais.

Agora, é preciso fazer valer o que conquistamos e, para que tenhamos êxito, não vislumbramos outro caminho, que não o da mobilização e vigilância permanentes, a começar pelas  eleições municipais de 2016; faz-se mister que estejamos atentos às propostas dos candidatos aos poderes executivo e legislativo municipais, principalmente, quanto à sua disposição e compromisso em dar  efetividade ao que se estabelece no Plano Municipal de Educação.

Afinal, não foram poucas as vezes em que por encomenda de setores privados, mutilou-se Lei, ao arrepio dos direitos e interesses dos profissionais da educação e dos trabalhadores de um modo geral, como no caso da Lei da Terceirização (Projeto de Lei da Câmara- PLC N. 30/15, em tramitação no Senado), um dos maiores golpes contra os direitos dos trabalhadores; um  retrocesso incomensurável.

O alvorecer deste ano de 2016, em âmbito federal, traz à baila a tal Reforma da Previdência, tema espinhoso, com “soluções” sempre portadoras de pesados prejuízos aos trabalhadores e demais segurados; o que se agrava pela atual conjuntura política, marcada pela instabilidade do Governo Federal e  pela hegemonia de forças conservadoras e retrogradas, no Congresso Nacional.

Destarte, nossa primeira tarefa, especialmente neste ano de 2016, é o da preservação da ordem democrática, pois que, sem ela, o sindicato e os trabalhadores são amordaçados e sem condições adequadas, de lutarem por melhores condições de trabalho e de vida. Não podemos permitir o retrocesso ao autoritarismo, cujas faces mais visíveis são o golpismo, o ódio e a intolerância. Conclamamos a toda a categoria à firme defesa das instituições democráticas e do direito à liberdade.

Devemos necessariamente buscar uma ampla articulação, local, regional e nacional, com todas as entidades de trabalhadores e demais segmentos da sociedade, com o objetivo de barrarmos os retrocessos, já perpetrados e os que se prenunciam, invertendo a pauta política, para a garantia e ampliação de direitos.

Com os sindicatos patronais, temos procurado permanentemente convencionar matérias de elevada importância para os professores e professoras das escolas particulares, orientando-nos pelo imperativo do exercício profissional docente com dignidade e do alcance da qualidade social da educação, em nosso Estado e no País.

Essa diretriz geral permanece para as negociações em 2016, já em curso, nas quais temos enfrentado o discurso da “crise” e da “elevada inadimplência”, recorrente refrão da cantilena patronal, em prejuízo de direitos duramente conquistados, da valorização do professor e da educação.

E então, o que esperar para o ano de 2016? As linhas retrospectivas que apresentamos e a natureza dos desafios que se avizinham alertam-nos que será um ano de muita luta e, para travá-la com chance de êxito, creio que não há outro caminho senão o da mobilização permanente de nossa categoria, da determinação na defesa dos direitos conquistados e de sua ampliação, da busca da unidade com os trabalhadores das demais categorias profissionais e com setores progressistas da sociedade brasileira, na defesa da democracia e da liberdade, valores que devem pavimentar nossa caminhada para um Brasil mais educado, justo e fraterno.

 

Portanto, professor/a, à luta; a hora é esta!

 

Prof. Alan Francisco de Carvalho

Presidente do Sinpro Goiás