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Psicólogo Dr. Cândido firma parceria com o Sinpro Goiás

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Professor Alan Carvalho e Dr. Cândido Renato celebrando assinatura do convênio

O Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – Sinpro Goiás acaba de firmar parceria com o psicólogo, Dr. Cândido Renato Alves de Oliveira. A assinatura do convênio aconteceu nesta quarta-feira, 17/02 na sede do sindicato.

 

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Dr. Cândido assina proposta de convênio

Associados, dependentes e cônjuge, devidamente comprovados, terão 40% de desconto na apresentação de documento de identidade com foto e carteirinha de sindicalizado.

 

 

Se interessou? Então entre em contato no telefone 4101-0694 ou na Rua C 135, nº 60, Qd, 532, Lt. 05, Jardim América.

www.facebook.com/candidorenato

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MP pede suspensão do edital para chamamento de OS na Educação

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O Ministério Público de Goiás (MP-GO), em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público de Contas do Estado, recomendou à Secretaria de Estado da Educação e Cultura (Seduce) o adiamento do Edital de Chamamento Público nº 1/2016. O certame convidou entidades interessadas a se habilitarem para assumir a gestão de unidades estaduais de ensino em Anápolis.

A reação da comunidade escolar à gestão das OS já se arrasta há quase dois meses, com a ocupação de mais de 20 escolas em cinco cidades, desocupação promovida pelo governador Marconi Perillo (PSDB) com violência e agora a prisão de secundaristas e professores apoiadores.

Haverá uma entrevista coletiva na sede do MP/GO nesta terça-feira, 16, às 15 horas, para detalhar a recomendação. Na recomendação, o MP e outras instituições destacaram que a gestão as OS desrespeita o dispositivo constitucional que assegura a gestão democrática como um dos princípios do ensino público.

As OS também afrontam a Emenda Constitucional nº 56/2006, que tem como um dos pilares a valorização dos profissionais da educação, com planos de carreira e previsão de ingresso exclusivamente por concurso público.

O modelo proposto por Marconi também não está em observância as restrições contidas na Lei Federal 11.494/2007, que regulamentou o Fundeb, e que estipula que o pagamento da remuneração dos profissionais do magistério com recursos do fundo só deve decorrer do efetivo exercício em cargo, emprego ou função, integrantes da estrutura, quadro ou tabela de servidores do Estado.

 

Fonte: Goiás Real

(Com informações do MP/GO)

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Marconi prende manifestantes que ocuparam secretaria

 

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O governador Marconi Perillo (PSDB) e a secretária de Educação, Raquel Texeira, mostraram mais uma vez sua face autoritária nesta segunda-feira, 15. A noite, secundaristas ocuparam a sede Secretaria de Estado da Educação e Cultura (Seduce), em Goiânia. De imediato, um forte aparato de policiais foi mobilizado para o local.O saldo foi a prisão de 31 manifestantes, entre alunos e professores apoiadores.

A página Secundaristas em Luta-GO denunciou que não houve nenhum tipo de negociação. “(a polícia) Já chegou com violência e prendeu todos os presentes, inclusive armou para maiores que estavam do lado de fora convidando para acompanhar a operação para garantir que não seria usada violência, mas ao chegarem lá foram presos”, afirmou o coletivo de secundaristas, em nota postada no Facebook.

Os 31 manifestantes foram conduzidos para a Delegacia Estadual de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), em Campinas. Amanhã, haverá audiência de custódia na 7ª Vara Criminal, no Jardim Goiás. Secundaristas e apoiadores preparam mobilização a favor dos detidos, que estão na Depai, na Deic e no 14º DP, na Vila Pedroso.

 

Fonte: Goiás Real

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PEC 395/14 ainda é pauta na Câmara; confira a agenda da semana

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A Educação volta a ser pauta no Legislativo a partir de terça-feira (16), quando o Congresso e a Comissão de Educação, Cultura e Esporte retomam votações de matérias e audiências, como a PEC 395/14 e a aplicação de teste vocacional no Ensino Médio.

Na tarde do mesmo dia, no Plenário da Câmara, a votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 395/2014 deverá ser retomada. A continuidade e encerramento da votação da matéria, em primeiro turno, se arrasta desde outubro de 2015, quando o substitutivo adotado pela Comissão Especial foi aprovado. A PEC 395 prevê a alteração do inciso IV do art. 206 da Constituição Federal, referente à gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais.

Na pauta também está o PL 2016/15, que tipifica o crime de terrorismo. Os deputados precisam votar o substitutivo do Senado, que, entre outras mudanças, retira do texto a exclusão do conceito de crime de terrorismo para a conduta individual ou coletiva de pessoas em manifestações políticas, movimentos sociais, sindicais, religiosos, de classe ou de categoria profissional.

No Senado, na terça-feira, a Comissão de Educação discute diversos Projetos de Lei do Senado (PLS), a partir das 11h30: PLS 282/2015 Altera as Leis nos 9.424, de 24 de dezembro de 1996, e 9.766, de 18 de dezembro de 1998, para dispor sobre a distribuição nacional dos recursos do salário-educação; PLS 312/2015, que altera a Lei nº 12.871, de 22 de outubro de 2013, que institui o Programa Mais Médicos, para determinar a participação do Conselho Federal de Medicina nas avaliações dos cursos de Medicina; PLS 426/2015, que altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1994, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para instituir a aplicação de teste vocacional no ensino médio, e dispõe sobre a oferta gratuita de cursos preparatórios para o ensino superior aos estudantes de ensino médio da rede pública de ensino; PLS 109/2013, que determina a disponibilidade de tablets para o uso individual dos estudantes das escolas públicas de educação básica, até 2023; PLS 10/2012, que insere parágrafo no art. 15 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que fixa as diretrizes e bases da educação nacional, para regular a extinção de unidades escolares da educação básica públicas e o destino de seu patrimônio; PLS 281/ 2014, que altera a Lei nº 13.018, de 22 de julho de 2014, que institui a Política Nacional de Cultura Viva, para incluir a previsão de apresentação mensal de ações culturais dos pontos e pontões de cultura nas escolas da rede pública.

 

Fonte: Contee

*Com informações da Câmara e Senado

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Universitários incentivam alunos de ensino médio a desenvolver projetos científicos

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O Cientista Beta surge em 2015 como uma plataforma desenvolvida por universitários com a proposta de difundir por meio do site http://cientistabeta.com.br as histórias de sucesso sobre os projetos que deram certo, com isso motivar e apoiar jovens do ensino médio a desenvolver projetos científicos.

Dentro da plataforma é desenvolvido um Programa de Mentorias Decola Beta que visa conectar pessoas, formando uma rede capaz de grandes transformações. Visto que ninguém faz nada sozinho, seu objetivo é que jovens de ensino médio com vontade de fazer um projeto científico tenham o auxilio de um mentor. A ideia é que esses jovens desenvolvam protagonismo, liderança e pensamento crítico. Os mentores serão agentes de mudança, pois já trilharam esse caminho e agora assumem o compromisso de devolver à sociedade tudo o que aprenderam durante essa trajetória, semeando a transformação de outros jovens, agora cientistas.

O papel do mentor será acompanhar, aconselhar e dar dicas para o seu mentorado sobre o processo de construção de uma pesquisa científica, de forma que o mentorado seja protagonista da sua trajetória. Isso ocorrerá através de videoconferências entre mentores e mentorados, nas quais serão discutidos os assuntos propostos e desafios mensais.

As inscrições para mentorados poderão ser realizadas através do preenchimento de um formulário e realização de uma entrevista, conforme descrito no edital. Poderão se inscrever jovens que não tenham um projeto de pesquisa, ou estudantes que já têm um projeto em andamento, desenvolvido individualmente ou em um grupo de até três pessoas. Serão oferecidas 25 vagas e as inscrições estão abertas até o dia 21 de Fevereiro.

 

Mais informações:

http://cientistabeta.com.br/mentoria/

https://www.facebook.com/cientistabeta/?fref=ts

mentoria@cientistabeta.com.br

(19)9829-6562

 

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Governo Federal reúne organizações de todo o país para pacto da educação contra o mosquito

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Mobilizar os atores da educação brasileira para combater o Aedes aegypti. Com esse objetivo, representantes do governo federal, de 22 estados e 110 municípios, além de instituições e organizações públicas e particulares, aderiram ao Pacto da Educação Brasileira contra o Zika em cerimônia realizada nesta quinta-feira, 4, no Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília.

No encontro, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, voltou a destacar a importância da mobilização e da informação para o enfrentamento do mosquito, que além do vírus zika pode transmitir dengue e febre chikungunya. “As escolas são, talvez, a melhor resposta que nós possamos ter neste momento para fazer esse combate, para criar esta consciência e fazer essa mobilização”, disse o ministro.

Com o pacto, o Ministério da Educação pretende usar o alcance das redes federal, distrital, estaduais e municipais de educação, em todos os níveis, da pré- escola à pós-graduação, para levar informações sobre as formas de extermínio do mosquito e identificação da doença.

“Nós somos 60 milhões de pessoas na educação”, disse Mercadante. “Não há nenhuma estrutura na sociedade brasileira que esteja organizada, com mais de 200 mil salas de aula, em coletivos organizados, onde a informação pode chegar e onde nós temos força para mobilizar um efetivo que pode chegar a 150 milhões de brasileiros que têm uma relação direta com a escola.”

Entre as primeiras ações do pacto estão a discussão sobre o vírus zika e o mosquito Aedes aegypti nas semanas pedagógicas nas escolas da educação básica, na volta às aulas dos estudantes e nos trotes universitários, para fazer uma reflexão e mobilizar os estudantes para a importância do combate ao mosquito.

No combate ao vírus, o ministro também destacou a importância de fomentar estudos sobre as doenças, como vacinas e soros. “A universidade pode ser um grande centro para formar multiplicadores para combater o mosquito, um centro de pesquisa, de buscar tratamento, de investir na vacina, de conhecer mais a fundo tudo o que diz respeito a esse vírus”, disse.

Além de Mercadante, assinaram o Pacto da Educação Brasileira contra o Zika os representantes do Fórum Nacional de Educação (FNE), Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições de Ensino Superior (Andifes), Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes), Conselho Nacional das Instituições de Rede Federal de Educação Profissional, Cientifica e Tecnológica (Conif), Associação Brasileira de Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (Abruem), Associação Brasileira das Universidades Comunitárias (Abruc), Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (Crub), Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (Anec), União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (Uncme), Associação Brasileira de Instituições de Educação Evangélicas (Abiee), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), Organização dos Estados Ibero-Americanos para Educação, Ciência e Cultura (OEI), Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso) e Conselho Nacional de Educação (CNE).

O Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – Sinpro Goiás apoia essa campanha!

 

 

Fonte: MEC

 

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Carta aberta aos pais, mães, responsáveis, comunidade escolar e a toda a sociedade

No Encontro de Negociadores da Contee foi aprovada a elaboração de uma carta pública sobre as manobras utilizadas pelos donos de escolas nas negociações salariais dos professores.

 

Confira a carta abaixo:

 

 

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E são os  trabalhadores em  educação é que pagam o custo da crise?

 

O ano de 2016  iniciou-se, como todos os anteriores, para quem estuda e/ou mantém os seus filhos  em  escolas particulares:

com  pesados aumentos das mensalidades e dos  materiais escolares.

 

Nos termos da legislação que regulamenta as mensalidades escolares (Lei N. 9870/1999) — que é extremamente generosa com  as escolas —, o aumento dos  seus valores, obrigatoriamente, tem de se fundamentar em  variação de custos com pessoal (professores e técnicos administrativos) e custeio; sendo que neste —conforme planilha de custo, determinada pelo Decreto N. 3274/1999 —, cabe tudo, até aluguel de imóvel próprio, depreciação de imóvel e móveis, reserva para demissão de empregados — mesmo que não ocorra —, e remuneração dos  proprietários (retirada pró-labore). Importa dizer:  tudo é repassado para quem paga mensalidades.

 

Vale ressaltar que, além de ganhar com  a generosidade do chamado custeio, as escolas particulares ganham também — e muito — com  o aumento de custo com  o pessoal. Isto porque aumentam as mensalidades em  janeiro e somente reajustam os salários meses depois. Assim o é porque os professores e auxiliares de administração escolar possuem data-base (data em  que negociam reajustes salariais e condições de trabalho) a partir de fevereiro (um único caso em  todo o Brasil) e, sobretudo, em  março e/ou maio.

 

No entanto, o total acumulado pelas escolas desde janeiro — quando as mensalidades são  aumentadas — fica para elas, pois  que, via de regra, somente se dispõem a reajustar os salários pela inflação — que já os corroeu durante um  ano —,

e sem efeito retroativo a janeiro, quando aumentaram as mensalidades, exatamente com  o argumento de que o fizeram principalmente por  causa dos  reajustes dos  professores e auxiliares de administração escolar.

 

É preciso ressaltar ainda que as escolas particulares lucram de várias formas: com  a planilha de custo; com  a diferença entre o índice de aumento das mensalidades e o de reajuste dos  salários de seus empregados, sendo que aquele é sempre superior; com  o aumento das mensalidades em  janeiro e o reajuste salarial em  março ou maio; com  os salários que

pagam aos  seus empregados, quase sempre baixo, notadamente, se comparados com  o que é pago a outras categorias profissionais no mercado de trabalho e, igualmente, com  o valor  das mensalidades; com  as péssimas condições de trabalho oferecidas aos  professores e auxiliares de administração escolar, sem direito à carreira, sem qualquer reserva da carga horária semanal para estudo, planejamento e avaliação — como manda a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB); com  o excessivo número de alunos por  sala;  e com  a isenção de tributos, as que são  consideradas sem fins lucrativos.

 

Como se vê, escola é um  negócio muito lucrativo. Porém, recusam-se, terminantemente, a aceitar a diminuição de pequena

— que seja  — fatia  de seus polpudos lucros, para mais bem remunerar os seus profissionais.

 

Todos os anos, estes enfrentam verdadeiro calvário, na hora de negociar salários e condições de trabalho; a cantilena das escolas é sempre a mesma: a crise  não lhes  permite atender às reivindicações sindicais; se o fizerem, correrão o risco  de se inviabilizarem. Um verdadeiro embuste. A verdade é que, mesmo as que não possuem fins lucrativos, querem aumentar mais e mais a sua margem de ganho.

 

O ano de 2016  mal  começou e a velha cantilena é repetida; as escolas que já foram consultadas sobre a próxima negociação coletiva responderam o de sempre: vivemos em  crise.

 

Aliás, em  discurso, sempre viveram, mesmo sem a existência dela.

 

E não seremos nós a pagar mais uma vez pela propalada e nunca provada crise. Educação não é mercadoria.

 

Contee e entidades filiadas

 

FETEE SUL, FETEERJ , FITEE MG , FEPESP, FITRAE MT/MS, FITRAE BC, SINAAE GO, SINTEP SERRA, SINDEDUCAÇÃO,  SAAE MG, SINTEP VALES, SINAES BA ,SINAAE JF, SINTEE NORTE – RS, SAEP DF , SINPRO LAGOS, SINPRO GUAPIRA, SINPRO JF, SINPRO JUNDIAÍ, SINPRO NF, SINPRO PETRÓPOLIS, SINPRO RS, SINPRO GO, SINPRO RIO, SINPROESTE SC, SINPRO SF , SINPRO PI, SINPAAET TUBARÃO, SINPROR, SINPRO PE, SINPRO ES, SINPRO PA, SINTAE RS, SINTEP AL, SINTEERV, SINTEEP NOROESTE/RS, SINTEEA, SINPMA, SINPRO ABC , SINPRO BA, SINPRO BAIXADA, SINPRO CAMPINAS, SINPRO CAXIAS DO SUL, SINPRO COSTA VERDE, SINPROEP DF, SINPRO GUARULHOS, SINPRO JAÚ ,SINPRO LONDRINA, SINPRO MINAS, SINPRO NITERÓI, SINPRO NNF ,SINPRO NOROESTE RS, SINPRO OSASCO, SINPRO SÃO JOSÉ DO RIO PRETO, SINPRO SP, SINPRO VALES, SINPRO VALINHOS E VINHEDO, SINTEENP PB, SINTEEPE PE ,SINTENP CAMPINA GRANDE, SINTEPPAR, SINTEPET TO,SINTERP MA,SINTRAE MS, SINTRAE MT, SINTRAE PANTANAL ,SINTRAE SEMT, SINTRAE SUL, SINTRAE VAMT, SINPRO ITAJAÍ, SINPRO CAMPOS, SINPRO SOROCABA ,SAAE OESTE CHAPECÓ, SAAE ITAJAÍ, SINPRO MACAÉ, SINPRO NORTE JOINVILLE, SINPRO AL ,SINPRO-BAURU, SINPAAE RIBEIRÃO PRETO, SINTEE PRESIDENTE PRUDENTE, SINPRO SANTOS, SINTEEE FRANCA ,SAAESUL MG, SAAENE MG , SAAE NORTE MG, SAAESE MG, SINPRO RO, FESAAEMG,SAAETMAP, SINDEDUCAÇÃO/NV.

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Aluno não será indenizado porque professor “o mandou estudar”

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Fonte: Shutterstock

O juiz de Direito Marcos Thadeu, titular do 2º Juizado Especial Cível da Comarca de Rio Branco/AC, negou pedido de um aluno contra a Faculdade Meta, por suposta irregularidade cometida por um professor.

O aluno alegou que foi injustamente reprovado em uma das disciplinas do curso que realiza em decorrência do professor ter lhe atribuído erroneamente nota zero em uma avaliação “na qual só resolveu metade das questões propostas”.

Indignado com a nota que lhe fora atribuída, o reclamante procurou o docente e disse que ele “o mandou ir estudar”, motivo pelo qual buscou o departamento jurídico da Fameta em busca de uma solução consensual para o problema, sem ter obtido êxito.

Ao analisar o conteúdo probatório, o magistrado entendeu não haver motivos para a condenação da Fameta ao pagamento de indenização por danos morais por não existir, nos autos, prova de “qualquer ato ilícito praticado” pela IES.

O magistrado também assinalou que tampouco restou comprovado que a prova do reclamante foi corrigida de forma equivocada. “Ao contrário, restou plenamente demonstrado que o autor não possui o domínio da matéria e, desta forma, de fato, não poderia ser aprovado ou sequer obter a nota que ‘almeja’”.

Marcos Thadeu ressaltou ainda que a tanto a IES quanto o professor “possuem total autonomia na sala de aula e fora dela, cabendo ao professor orientar e inclusive, advertir seus alunos a respeito do empenho necessário para a aprovação nos exames”, sendo, assim, incabíveis os danos morais pleiteados pelo reclamante.

  • Processo: 0012733-56.2015.8.01.0070

 

 

Fonte: Migalhas

 

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Aprender a aprender: um slogan para a ignorância

Dermeval

 

Essa ideia da liberdade do aluno, liberdade de aprendizagem, é um enunciado ideológico. O aprendiz nunca é livre. Ele só é livre depois de dominar o objecto de aprendizagem; e quando domina deixou de ser aprendiz», afirma o pedagogo marxista brasileiro Dermeval Saviani, numa entrevista que lhe fizeram Raquel Varela e Sandra Duarte para a Rubra n.º 3 e que fui repescar para contribuir para este interessante debate sobre a educação iniciado pela Mariana Canotilho. Aqui vai a entrevista completa:

Qual é o papel da escola?

O papel da escola é o de ser o ambiente adequado para que o professor possa exercer da melhor forma possível o seu papel.

E qual é o papel do professor?

O papel do professor é elevar os alunos do nível não elaborado, do nível do conhecimento espontâneo, de senso comum, para o nível do conhecimento científico, filosófico, capaz de compreender o mundo nas suas múltiplas relações e portanto, passar da visão empírica, fragmentada do Mundo, para uma visão concreta, articulada.

Quem são, politicamente falando, os defensores da pedagogia do «aprender a aprender»?

Hoje em dia a pedagogia do «aprender a aprender» é a grande referência da orientação dominante. Tanto que está nos documentos oficiais e internacionais que depois se reproduzem em cada nação, como está nos meios de comunicação onde tentam convencer os professores das suas virtudes. O Relatório Jacques Delors das Nações Unidas sobre educação para o século XXI tem como eixo essa orientação do «aprender a aprender» e os países reproduzem isso nas suas políticas educativas. É uma pedagogia que tem origem na escola nova, no construtivismo de Piaget, que estava apoiado no keynesianismo. Agora foi recuperada, no contexto político do neoliberalismo, pelos pós-modernos. A ideia é que todo o ambiente é educativo – aprende-se em diferentes lugar, em diferentes circunstâncias e … também na escola! O argumento que dão para isso é que aquela visão rígida foi superada em benefício de uma sociedade flexível em que nada se pode prever. A escola não pode formar para 5 ou 10 anos, não se sabe como vai ser o futuro que está em constante mudança. Portanto a escola não deve ensinar algo mas apenas aprender. Mas este novo aprender a aprender já nem sequer dá a importância que os construtivistas davam à ciência. Não sei como é aqui, mas no Brasil introduzem parâmetros curriculares nos temas «transversais» – é como se os temas não fossem objecto desta ou daquela disciplina mas atravessam todo o currículo – educação cívica, moral, ambiental, sexual.

Nos seus livros defende que deve haver uma diferença clara entre currículo e extra currículo?

As actividades devem integrar as actividades da escola desde que elas colaborem para aquilo que é central no currículo. Não se pode apagar essa diferença, como fazem os pós-modernos, para quem tudo tem a mesma importância. Fazer um passeio na cidade e estudar matemática não tem a mesma importância.

O que pensa da memória, da repetição, no processo de ensino?

Esse é um outro aspecto que me parece importante. As teorias psicológicas modernas e pós-modernas tendem a secundarizar a memória enquanto faculdade psicológica e a repetição enquanto estratégia pedagógica. Mas isso é algo que as pesquisas psicológicas de base dialéctica, marxistas, como a da escola de Vigotsky, questionam. Elas mostram o papel da memória e da repetição no desenvolvimento. Eu elaborei algo nessa direcção não pela via das teorias psicológicas mas pela via da observação dos processos pedagógicos. A tese de que a criatividade é o oposto da mecanização, da automatização, não se sustenta porque essa visão dá à criatividade um carácter espontaneísta, como se a pessoa pudesse ser criativa a partir do nada. O que se constata no processo de desenvolvimento das crianças, da própria formação, é que a fixação de mecanismos não é impeditiva da criatividade, pelo contrário, é condição da criatividade.

Um músico só é livre de compor, livre de ser criativo, depois de muitos anos de estudo…

Sim, outro exemplo que dei é o do aprender a dirigir o automóvel. Enquanto não se mecaniza as operações não se é livre de conduzir um automóvel. Eu fui mais longe e generalizei numa espécie de lei pedagógica. O aprendiz nunca é livre. Ele só é livre depois de dominar o objecto de aprendizagem e quando domina deixou de ser aprendiz. Essa ideia da liberdade do aluno, liberdade de aprendizagem, é um enunciado ideológico.

Os alunos devem reprovar?

A reprovação não é uma exigência pedagógica porque a tendência das crianças e dos jovens é aprender. Nesse sentido se organizarmos adequadamente o processo educativo não vai haver reprovação.

É preciso estar na escola o dia todo, como estão as crianças portuguesas, para aprender?

Na educação infantil ou primária não acho produtivo as crianças ficarem 8, 9 horas na escola. Mas isso tem muito a ver com as condições sociais do país em causa – no Brasil a maioria das crianças não tem uma secretária, um lugar para estudar em casa.

O que pensa de políticas educativas como as que se estão a implementar em Portugal, em que os alunos vão passar a ter só um professor até ao 6.º ano?

No contexto em que isto está a ser posto há aí um objectivo político e que concorre para esvaziar as escolas do conhecimento elaborado, científico, que é a sua função. A burguesia tende a esvaziar a escola dos conteúdos mais elaborados mediante os quais os trabalhadores poderiam fazer valer os seus direitos, as suas reivindicações.

Defende que a escola que luta pelo socialismo é aquela onde se ensina o saber da classe dominante à classe dominada? Isto coloca em causa quase tudo o que a esquerda tem vindo a defender a respeito da pedagogia

Essa é uma ideia central da proposta pedagógica que formulei. Eu acredito que ela tem base empírica e teórica. Ela tem base empírica a partir daquilo que observamos no dia a dia. Os trabalhadores consideram a escola algo importante, enviam os seus filhos para a escola na expectativa de que lá eles vão aprender. A expectativa deles é que os filhos estudando adquiram condições que eles não tiveram. No livro Escola e Democracia sintetizo assim a fala dos pais: «Se o meu filho não quer aprender o professor tem que fazer com que ele queira.» Essa frase foi interpretada por alguns colegas como sendo a evidência de que eu defendia uma pedagogia autoritária. Eu respondi a esses sectores a dois níveis: primeiro ao nível da linguagem. Eu disse: «Se o meu filho não quer aprender o professor tem que fazer com que ele queira.» Não disse: «Se o meu filho não quer aprender o professor tem que fazer com que ele aprenda, mesmo que não queira.» Isso sim seria impositivo – se ele não quer aprender vai aprender na marra, vou enfiar goela abaixo! O filho, que não tem experiência da vida, das lutas sociais, é compreensível que não perceba, mas o professor tem condições e obrigação de saber a importância do estudo e mostrar para a criança essa importância.

Mas a nível teórico, uma resposta mais elaborada a essa crítica deve começar pela diferença entre o empírico e o concreto. Comummente se usa o termo concreto como sinónimo de empírico, mas em Marx há uma diferença muito clara. No Método da Economia Política vai-se do empírico ao concreto pela mediação do abstracto. O concreto não é o ponto de partida mas o ponto de chegada do conhecimento. Eu traduzo isso na pedagogia da seguinte forma: parte-se do confuso, das primeiras impressões, para uma visão articulada, uma visão de síntese, pela mediação do abstracto, ou seja, da análise.

Quando o professor se defronta com o aluno ele tem que estar frente ao aluno concreto não ao aluno empírico. O aluno empírico é essa criança que está aí, com essas manifestações que eu capto à primeira vista, que eu capto pelos sentidos na aparência. Mas o ser humano é síntese de relações sociais, por isso eu tenho que o encarar enquanto indivíduo concreto e não apenas enquanto indivíduo empírico. Por isso quando me dizem que tenho que ter em conta os interesses dos alunos eu pergunto: do aluno empírico ou do aluno concreto? A escola nova fica no aluno empírico, por isso devemos fazer o que ele tem vontade e cai-se no espontaneísmo. Agora para o aluno concreto – enquanto síntese de relações sociais – é da maior importância passar da visão de senso comum para uma visão articulada, uma visão científica, ter acesso a conteúdos elaborados. Eu tenho que levar em conta os interesses do aluno concreto e portanto deve-se estruturar um ensino que vai além das primeiras impressões, subjectivas, dos desejos subjectivos que esse aluno tem. Mas ele só vai perceber isso na medida em que o professor lhe mostra, fazendo-lhe ver a importância dos conhecimentos para ele assimilar.

Defende que o conhecimento é um meio de produção e que a burguesia se apropriou dele?

O conhecimento elaborado é um produto do desenvolvimento da humanidade, um produto do desenvolvimento social do homem no processo de produção da sua existência. A burguesia apropria-se disto como se apropria dos outros elementos, mas isto não significa que ele seja inerentemente burguês. Trata-se de arrancar do controle dominante aquilo que são produções humanas, neste caso o conhecimento. Quando a burguesia era revolucionária, na passagem do feudalismo para o capitalismo, fez isso, arrancou o conhecimento das mãos estritas do clero e da nobreza.

E só liberta esse conhecimento na estrita medida em que o trabalhador precisa dele para desempenhar o seu papel no processo produtivo?

A minha posição é que considerar que o saber elaborado corresponde aos interesses dominantes, como fazem os reprodutivistas (ver caixa) é sonegar aos trabalhadores um instrumento de luta e nesse sentido manter os trabalhadores subordinados.

Os alunos portugueses são os piores da Europa a Matemática mas dominam a máquina de calcular desde a primeira classe. Têm Inglês e Informática desde o jardim-de-infância. O que significa para si este domínio da tecnologia combinado com uma absoluta ignorância da ciência?

A educação vai-se cada vez mais reduzindo a operações mecânicas. As máquinas da revolução industrial substituíam a força física do homem, hoje há máquinas que também realizam operações intelectuais. Isso deveria ter como função libertar o homem das funções repetitivas, tanto as braçais quanto as intelectuais, para assim libertar o homem para fruir, pensar, elaborar. Nas condições capitalistas a maioria é colocada na posição de só operar. O que possibilitou a existência dessas máquinas, que envolve matemática avançada, fica restrito a um grupo muito pequeno que frequenta universidades de ponta. O projecto de Bolonha ilustra bem isto, destrói toda a experiência da riqueza universitária europeia, que era um contraponto à americana onde eles têm grandes universidades para formar cientistas de ponta e depois uma grande diversificação de universidades de diferentes níveis.

Nós travamos esta luta, entre uma educação ao serviço da ordem dominante e uma educação que seja enriquecedora do homem. É claro que essa outra educação só se pode desenvolver na medida em que está articulada com aqueles que têm interesse nessa nova educação.

Dermeval Saviani, doutor em filosofia da educação, é professor emérito da UNICAMP (São Paulo, Brasil) e autor de grande número de livros, como Escola e Democracia (Ed. Autores Associados, 40.ª edição, 2008), História da Educação, Pedagogia Histórico-Crítica, Intelectual, Educador, Mestre ou Capitalismo, Trabalho e Educação, entre outros.

 

 

 

Fonte: 5dias.net