Categorias
Geral

UNESCO defende educação sexual e de gênero nas escolas para prevenir violência contra mulheres

Para a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) no Brasil, aprofundar o debate sobre sexualidade e gênero contribui para uma educação mais inclusiva, equitativa e de qualidade, não restando dúvida sobre a necessidade de a legislação brasileira e os planos de educação incorporarem perspectivas de educação em sexualidade e gênero.

Segundo a organização, declarações foram divulgadas diante de fatos recentes ocorridos no país no que se refere à violência sexual.

volta-as-aulas-1_portal
Para a UNESCO no Brasil, aprofundar o debate sobre sexualidade e gênero contribui para uma educação mais inclusiva. Foto: MEC

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) no Brasil reafirmou nesta terça-feira (7) seu compromisso com a garantia dos direitos das mulheres e da população LGBT, posicionando-se de forma contrária a toda forma de discriminação e violação dos diretos humanos em qualquer circunstância e, em especial, em espaços educativos.

“As desigualdades de gênero, muitas vezes evidenciadas pela violência sexual de meninas, expõem a necessidade de salvaguardar marcos legais e políticos nacionais, assim como tratados internacionais, no que se refere à educação em sexualidade e de gênero no sistema de ensino do país”, disse a agência das Nações Unidas em comunicado.

Segundo a organização, as declarações foram divulgadas diante de “recentes fatos ocorridos no país no que se refere à violência sexual”.

Para a UNESCO no Brasil, aprofundar o debate sobre sexualidade e gênero contribui para uma educação mais inclusiva, equitativa e de qualidade, não restando dúvida sobre a necessidade de a legislação brasileira e os planos de educação incorporarem perspectivas de educação em sexualidade e gênero.

“Isso se torna ainda mais importante uma vez que a educação é compreendida como processo de formar cidadãos que respeitem às várias dimensões humanas e sociais sem preconceitos e discriminações”, disse a agência da ONU.

Um dos compromissos dos países-membros das Nações Unidas é garantir o cumprimento da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, adotada pelo Brasil e todos os outros Estados-membros da ONU em 2015. Entre os 17 objetivos globais da agenda, está a garantia de ambientes de aprendizagem seguros e não violentos, inclusivos e eficazes, e a promoção da educação para a igualdade de gênero e os direitos humanos.

Resultado de amplo debate internacional, o Marco de Ação Educação 2030 joga luz sobre a importância da perspectiva de gênero na educação.

“Esta agenda dedica especial atenção à discriminação baseada em gênero, bem como a grupos vulneráveis, e para assegurar que ninguém seja deixado para trás. Nenhum objetivo de educação deve ser considerado cumprido a menos que seja alcançado por todos”, afirmou trecho do documento da reunião, realizada em novembro do ano passado, paralelamente à 38ª Conferência Geral da UNESCO, com a presença de ministros e especialistas.

A UNESCO ressaltou em todos os seus documentos oficiais que estratégias de educação em sexualidade e o ensino de gênero nas escolas é fundamental para que homens e mulheres, meninos e meninas tenham os mesmos direitos, para prevenir e erradicar toda e qualquer forma de violência, em especial a violência de gênero.

A agência da ONU já possui diversos materiais que podem ajudar os educadores do país a incluírem questões de gêneros nos debates de suas aulas e seus espaços educativos (clique aqui para saber mais).

“A eliminação das desigualdades de gênero é determinante para a construção de uma sociedade inclusiva e equitativa”, disse a UNESCO. “Todos os estudantes têm o direito de viver e aprender em um ambiente livre de discriminação e violência. Com educação e diálogo é possível prevenir a violência de gênero”.

 

Fonte: UNESCO.

 

Categorias
Geral

Professora da rede pública é afastada ao abordar Marx em sala de aula

Caso fomenta o debate sobre o projeto “Escola sem partido”, discutido nacionalmente no Legislativo

Karl.Marx_

 

Em menos de 24 horas, um vídeo publicado nas redes sociais por uma professora de sociologia da rede pública do Paraná obteve mais de 150 mil visualizações e virou alvo de ataques por blogs e sites da direita. Na gravação, alunos do primeiro ano do ensino médio, do Colégio Estadual Profª Maria Gai Grendel, do bairro Caximba, na região sul de Curitiba, cantam uma paródia com o funk “baile de favela”. O protagonista da nova letra, no entanto, é um teórico que tem causado polêmicas no Legislativo nacional, estadual e municipal: Karl Marx.

“Os burgueses não moram na favela/ Estão nas empresas explorando a galera/ E os proletários, o salário é uma miséria/ Essa é a mais-valia, vamos acabar com ela”, dizem os versos da paródia “Karl Marx é baile de favela”, que resgata temas e análises abordadas em sala de aula.

De acordo com a professora Gabriela Viola, acusada pelo colunista Rodrigo Constantino de promover “doutrinação marxista”, ela estava incentivando os estudantes a compreender melhor os teóricos da sociologia, como Émile Durkheim, Karl Marx, Erving Goffman, entre outros autores previstos nas diretrizes curriculares. “Íamos começar a estudar Max Weber”, conta.

Após a repercussão do vídeo, Viola foi afastada pela diretoria do colégio, que alegou exposição dos alunos e “difamação” da instituição. Em resposta, dezenas de estudantes se manifestaram pela volta da professora e iniciaram a campanha “#VoltaGabi”. “O que ela fez de errado em ensinar a realidade para nós?”, escreveu uma aluna em rede social.

Na última quarta-feira (6), os estudantes organizaram um protesto no colégio, imprimiram cópias da letra da paródia e cantaram durante o intervalo. Segundo informações de um dos organizadores, que não quis se identificar por medo de represália, participaram aproximadamente 180 alunos. “Começamos a gravar a manifestação, os alunos gritavam ‘volta Gabi’ e os funcionários do colégio quiseram tomar os celulares, mandando todo mundo apagar as imagens. Logo depois de uma confusão com um estudante que discordava da ação, a diretoria chamou a patrulha e vieram três viaturas da Rotam. Entram no colégio com escopeta e tudo”, descreve.

 

“Lei da Mordaça”

O caso da professora Gabriela Viola fomenta o debate sobre a implementação da proposta “Escola Sem Partido”, que inspira atualmente três projetos de lei na Câmara dos Deputados. Um deles, o PL 1411/2015, apresentado pelo deputado Rogério Marinho (PSDB/RN), tipifica o crime de “assédio ideológico” em sala de aula, prevendo penas de até um ano de prisão, além de multas aos professores. Entre as justificativas para a aplicação do programa nas diretrizes e bases do sistema nacional está a de que professores e autores de livros didáticos estariam se aproveitando da “audiência cativa dos alunos” para promover determinadas correntes políticas e ideológicas, contrárias àquilo que é ensinado dentro do ambiente familiar.

Em audiência pública no Senado, realizada na última quarta-feira (6), o ministro interino da Educação, Mendonça Filho, se posicionou contrário aos projetos de lei, alegando que a liberdade de expressão garante o acesso a todas as correntes de pensamento.

Apesar disso, os três projetos de lei- entre eles os PL 861/2015 e PL 867/2015, apresentados pelo deputado Izalci Lucas Ferreira (PSDB-DF)-, continuam incentivando a aplicação do programa “Escola Sem Partido” em 11 estados e em câmaras municipais, como no Rio de Janeiro. No Paraná, a proposta que ficou conhecida como “Lei da Mordaça”, apresentada em outubro de 2015 na Assembleia Legislativa pelo deputado Pastor Gilson de Souza (PSC), líder da bancada evangélica, foi derrubada. O texto previa punição para professores que expressassem suas opiniões políticas, ideológicas e religiosas, e proibia a veiculação de conteúdos sobre questões de gênero em sala.

Na avaliação do doutor em Educação e professor da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), Antônio Fernando Gouvêa da Silva, o “Escola Sem Partido” é uma proposta autoritária, defendida por grupos que também se posicionam politicamente. “Toda a ação humana tem sempre uma intenção. É preciso perceber que não há neutralidade no ato educativo, como não há neutralidade em nenhuma ação humana”, afirma.

Para Gouvêa da Silva, o modelo de educação do “Escola Sem Partido” propõe apenas a formação de pessoas para o mercado de trabalho e não estimula o pensamento crítico dos estudantes. “Uma escola que é apática, passiva ou que muitas vezes estimula preconceitos raciais, sociais ou em relação à questão de gênero, que desqualifica alguns cidadãos em detrimento de outros, essa escola não é sem partido, ela já tem um partido, só que ela não assume o papel político que ela exerce”, questiona.

 

Polarização política

A hostilidade em relação ao caso de Gabriela Viola e a outros professores do estado pode ser interpretada dentro de um contexto mais amplo, caracterizado pela polarização política associada à intolerância que surge após as eleições de 2014. Essa é a opinião do doutor em Ciência Politica e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Alexsandro Eugenio Pereira. “As reações contra os professores que lecionam Marx mostram os efeitos dessa intolerância sem sentido e sem propósito. Se você tiver oportunidade de coletar depoimentos dos pais, verá como eles associam Marx à doutrinação ideológica e ao PT, como se Marx, socialismo e PT fossem uma coisa só”, comenta.

Segundo Pereira, lecionar Marx nas disciplinas de Sociologia e História nas escolas é tratar de um conteúdo obrigatório, mas que pode ser mal interpretado. “Marx é um teórico importante das Ciências Sociais, mas também um pensador cujas ideias tiveram enorme repercussão no século XX. Suas ideias influenciaram as revoluções socialistas e sua crítica ao capitalismo serve de referência para os movimentos sociais que lutam contra a desigualdade, a exploração do trabalho, a miséria, etc.”, explica.

 

 

Fonte: Revista Fórum

Com informações: Brasil de Fato

Categorias
Geral Recomendadas

Deputada tenta proibir debate sobre homofobia e ‘poliamor’ em escola do DF

professor-sugeriu-a-alunos-temas-como-homofobia-integracao-entre-generos-e-pansexualidade-1467826738086_300x420
Professor sugeriu a alunos temas como homofobia, integração entre gêneros e pansexualidade

Um debate em sala de aula sobre questões ligadas a gênero e a sexualidade com alunos do 2º ano do ensino médio causou polêmica no Distrito Federal. Uma deputada distrital encaminhou ofício a um centro de educação pública em que pediu informações e cobrou providências contra o que ela chama de “violação dos valores da família tradicional”. O motivo: um professor pediu um trabalho em grupo e ofereceu aos alunos, como possibilidades de tema, homofobia, integração entre gêneros, pansexualidade, relações poliamorosas e transsexualidade.

A autora do ofício, encaminhado no último dia 21 à escola e à secretaria distrital de educação, é a deputada distrital Sandra Faraj, do Solidariedade. Presidente da Frente Parlamentar pela Família na Câmara Legislativa do DF,  ela disse ter recebido com “estranheza” denúncia de uma mãe que não teria concordado com a discussão desses temas na escola.

No documento, a parlamentar defendeu que o conteúdo afronta o Plano Nacional de Educação e o Plano Distrital de Educação, uma vez que ambos “suprimiram todas as alusões e termos da redação às expressões ‘identidade de gênero’ e ‘orientação sexual’ da proposta original encaminhada pelos poderes executivos”

Nas redes sociais, nas quais se apresenta como “cristã e militante das causas sociais”, a deputada escreveu que a iniciativa a teria feito alvo da “resistência de uma minoria com interesses para lá de escusos, que desrespeitam a vontade dos pais e que querem impor sua ideologia”.

Em entrevista ao UOL, ela não nominou quem seriam essas pessoas – mas afirmou que estaria sofrendo ataques, também nas redes, de pessoas ligadas ao movimento LGBT. “Nem convoquei ninguém ainda para falar sobre esse caso da escola, apenas mandei ofício”, afirmou.

“O artigo 79 do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) impõe a necessidade de se respeitarem os valores éticos e morais da família, e abordar temas como os colocados pelo professor não é respeito. Defendo diálogo e tolerância, não estou definindo o tipo de família – mas o Brasil é um País que respeita a poligamia. Discutir pansexualidade e relações poliamorosas vai na contramão disso”, argumentou.

Na opinião da parlamentar, que já foi filiada ao PRB, partido ligado à Igreja Universal, os temas “não são para alunos de 5 a 12 anos”. Informada que o colégio atende alunos de 15 a 18 anos, de ensino médio, ela insistiu: “Isso tem que ser debatido é no ensino superior”, encerrou.

 

“Falta de informação gera preconceito e violência”, diz vice-diretor

O vice-diretor do centro de ensino, Ricardo Medeiros, afirmou que a iniciativa da deputada surpreendeu alunos e professores. “Como a deputada se reportou diretamente à escola, isso nos representou uma interferência; além do mais, os temas transversais trabalhados em sala não são aleatórios, mas abordados a partir de discussões entre os professores, a coordenação e a própria secretaria”, definiu. Sobre os cinco temas, Medeiros foi taxativo: “A escola precisa promover o debate e informar, já que a falta de informação gera preconceito, violência e uma série de outros transtornos”, afirmou.

 

Secretaria cita PNE e Conselho Nacional de Educação

Por nota, a secretaria de educação do DF informou que recebeu o ofício da deputada, mas não o considerou “uma via adequada para se questionar a legalidade e legitimidade da lei n° 5.499/2015, que aprovou o Plano Distrital de Educação”. Conforme a pasta, o plano “contempla o respeito às diversidades ética, cultural, sexual e de gênero”.

“Desta forma, trabalhos de cunho pedagógico desenvolvidos por professores em sala de aula, que contemplem temáticas sociais, estão em conformidade com o Plano Nacional de Educação (PNE), previstos, inclusive, na discussão sobre Cidadania em e para os Direitos Humanos”, diz a nota, que cita ainda trecho de resolução do CNE (Conselho Nacional de Educação) que menciona questões de gênero.  “A missão da unidade escolar, o papel socioeducativo, artístico, cultural, ambiental, as questões de gênero, etnia e diversidade cultural que compõem as ações educativas, a organização e a gestão curricular são componentes integrantes do projeto político-pedagógico, devendo ser previstas as prioridades institucionais que a identificam, definindo o conjunto das ações educativas próprias das etapas da Educação Básica assumidas, de acordo com as especificidades que lhes correspondam, preservando a sua articulação sistêmica”.

 

 

Fonte: Uol Educação

Categorias
Destaques

Eleições no Sinpro Goiás terão chapa única

As eleições no Sindicato dos Professores do Estado de Goiás, marcadas para os dias 29, 30, 31 de agosto e 01, 02 de setembro de 2016 terão chapa única, conforme relação abaixo.

 

A chapa registrada é formada pelos seguintes professores:

MEMBROS EFETIVOS                                  MEMBROS SUPLENTES

 

Raílton Nascimento Souza                             Rosilayne dos S. C. Silva

Orlando Lisita Junior                                      Genésio Carlos Zaffalon

Orestes dos Reis Souto                                  Marcelo Henrique Junta

Alan Francisco de Carvalho                            Fábio Geraldo Araújo

Geraldo Profírio Pessoa                                 Luciano Alvarenga Montalvão

Willian Mendes Costa                                    Sônia Maria Ribeiro dos Santos

Zilmarina Camilo de Oliveira                         Joniana Soares de Araújo

 

CONSELHO FISCAL

MEMBROS EFETIVOS                                 MEMBROS SUPLENTES

Manoel da Silva Álvares                              Paulo Henrique Faria Nunes

Nivaldo dos Santos                                      João Batista Valverde Oliveira

Nárdia de Castro C. Balby                          Edmilson da Silva Alves

 

DELEGAÇÃO CONFEDERATIVA

MEMBROS EFETIVOS                                                   MEMBROS SUPLENTES

Luiz Humberto R. Sales                                     Raimundo Domingos de Moraes

Ailma Maria  de Oliveira                                    Fernanda de Paula Ferreira Moi

 

Podem votar todos os professores que atuam nas escolas particulares de nível básico e superior, em todas as etapas, modalidades, graduação e pós-graduação, de cursos pré-vestibulares e livres, em escolas privadas, bem como de fundações, criadas ou mantidas pelo Poder Público, Senai, Sesi, Senac e Sesc, associados ao Sinpro Goiás, até dia 29 de maio de 2016. 

 

 

Comissão eleitoral

A comissão eleitoral, com poderes para gerir as eleições, já foi nomeada, por ato do presidente do Sinpro Goiás, professor Alan Francisco de Carvalho, assinado no dia 5 de julho e publicado no jornal O Popular, edição do dia 7 de julho. A comissão eleitoral é constituída pelos professores Ozias Martins de Oliveira, Anicilda Pinheiro e Sebastião Adilson Dionizio Brandão.

 

 

Abaixo publicação do Jornal O Popular sobre a chapa e Comissão Eleitoral:

Chapa
Clique na imagem para ampliar visualização

 

Comissão eleitoral
Clique na imagem para ampliar visualização.

 

Categorias
Destaques Recomendadas

Desmonte: Conselho Nacional de Educação é entregue a privatistas

O desmonte da educação brasileira teve mais um capítulo ontem (4), com a divulgação da nova lista de designações de conselheiros para o Conselho Nacional de Educação (CNE), assinada na última  sexta-feira (1°) pelo governo interino e golpista de Michel Temer. No dia 28 de junho, havia sido publicada no Diário Oficial da União (DOU) a revogação de decretos que nomearam novos membros do CNE. Os conselheiros desligados do CNE haviam sido indicados e oficializados, em maio de 2016, pela presidenta Dilma Rousseff, hoje afastada do posto.

decreto

Agora, no novo decreto, Temer até reconduz cinco dos 12 nomeados que haviam sido suspensos dias antes, mas mantém os dois nomes comprovadamente privatistas: Luiz Roberto Liza Curi, atual presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e que possui vínculo com o Grupo Empresarial Pearson, e José Loureiro Lopes, ex-reitor do Centro Universitário de João Pessoa. Isso demonstra que, embora tenha mantido alguns nomes, o novo CNE é claramente um reforço do setor privado de educação e dos interesses privados.

Como se não bastasse, entre as novas designações feitas por Michel Temer estão outros nomes ligados a IES privadas, como o de Nilma Santos Fontanive, coordenadora do Centro de Avaliação da Fundação Cesgranrio, Antônio de Araújo Freitas Júnior, pró-reitor de Ensino, Pesquisa e Pós-graduação da Fundação Getulio Vargas (FGV) e, mais grave ainda, Antônio Carbonari Netto, fundador da Anhanguera.

Além do desrespeito às nomeações anteriores, ao manter os nomes ligados ao setor privado e ainda acrescentar outros —, incluindo um que faz parte do maior monstro educacional do país, com capital aberto na bolsa de valores —, o governo golpista comprovadamente torna o CNE um conselho privatista, entregando-o nas mãos dos conglomerados de educação. Mais uma vez, como no caso da nomeação de Curi para a presidência do Inep — sobre a qual a Contee já havia manifestado seu repúdio em março —, a medida coloca em xeque o compromisso com a educação pública e facilita ainda mais a influência dos grupos empresariais e a mercantilização do ensino.

A Contee novamente repudia a atitude do governo de Michel Temer, que enfraquece a luta pela regulamentação do ensino privado e pelo fortalecimento da Educação pública, gratuita, laica, e socialmente referenciada, evidencia do jogo político no qual se inseriu em projetos como o da Base Nacional Comum Curricular e fere a missão do CNE de buscar alternativas democráticas para assegurar a participação da sociedade na consolidação de uma educação nacional de qualidade.

 

Fonte: Contee

Categorias
Geral

Educação não é mercadoria: Contee acionará Cade e MPF contra fusão entre Kroton e Estácio

 

enem

A Contee vai acionar o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e o Ministério Público Federal (MPF) contra a fusão entre a Kroton e a Estácio, anunciada oficialmente no último dia 1°. No mês passado, a Confederação já havia divulgado uma nota pública reafirmando sua posição contrária às fusões de grandes grupos educacionais que controlam o ensino superior privado no país.

No documento, a entidade reiterava sua preocupação com o crescente processo de desnacionalização da educação superior brasileira, que coloca em risco tanto a formação dos estudantes e as condições de trabalho de professores/as e técnicos/as administrativos/as como o próprio desenvolvimento soberano, sustentável e cidadão do Brasil.

”Aceitar operações financeiras, como a fusão apontada, é abrir mão de garantir a educação como direito, e tratá-la como serviço ou mercadoria. A Contee, além de lutar contra os golpistas – que possuem nítido descompromisso com a educação pública democrática e de qualidade, e larga conexão privatistas –, fará todas as ações possíveis para denunciar mais essa fusão e impedir que a mesma se concretize”, afirmou a nota da Confederação.

O comunicado da Estácio ao mercado informando que aceitava os termos econômicos da nova proposta da Kroton foi feito na última sexta-feira (1°), mas o negócio ainda precisa do aval do Cade. A operação, avaliada em cerca de R$ 5,5 bilhões, faz crescer ainda mais o monstro educacional que já havia sido criado entre 2013 e 2014, durante o processo de fusão entre Kroton e Anhanguera.

A ação da Contee junto ao Cade e ao MPF seguirá o exemplo da medida que a Confederação já havia tomado no caso Kroton-Anhanguera. Na ocasião, a Confederação alertou o Cade sobre como a negociação iria ”prejudicar a livre concorrência e a livre iniciativa, com o domínio do mercado”, o que lhes permitiria ”exercer de forma abusiva posição hegemônica, bem como o aumento arbitrário de lucros escorchantes”. Além disso, a Contee também destacou que os dois grupos empresariais ”jamais demonstraram qualquer preocupação com o cumprimento da função social da propriedade, que, para eles, só tem um único valor: o do lucro máximo e fácil”.

A história, como se pode notar, se repete em mais uma farsa que visa ao desmonte da educação nacional. A Contee mais uma vez repudia qualquer operação financeira que signifique instauração de oligopólio no setor de ensino superior, o que contraria tanto a economia quanto, e sobretudo, o papel do Estado de zelar pela educação como direito dos cidadãos brasileiros. Em seu papel de entidade nacional representativa dos/as trabalhadores/as do setor privado de ensino, defensora do fortalecimento da educação pública e da necessária e urgente regulamentação do ensino privado, a Confederação também continuará tomando as medidas legais cabíveis na luta contra a financeirização, oligopolização e desnacionalização do ensino no Brasil.

 

Educação não é mercadoria!

 

 

Fonte: Contee

Categorias
Destaques

OMNI é campeão da IV Copa Sinpro Goiás

 

IMG_2649A final da IV Copa Sinpro Goiás aconteceu nesta sexta-feira, 01/07, com a disputa acirrada entre Colégio Araguaia e OMNI. Após a partida o presidente do Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – Sinpro Goiás, Prof. Alan Francisco de Carvalho, juntamente com os diretores Genésio Zeffalon e Zilmarina Camilo fizeram o discurso dando encerramento ao campeonato e entregaram os prêmios aos participantes. Além das medalhas e troféus, OMNI o time campeão, recebeu R$1.500 reais, o Colégio Araguaia vice-campeão R$ 1.000 reais, o artilheiro com 12 gols, Gilmar Costa, jogador da Universo, R$250 reais e o goleiro menos vazado também da Universo recebeu R$ 250 reais.

IMG_2856

Mesmo com a noite fria de julho, o jogo foi quente com disputas de lances do início ao ultimo minuto. Com equipe bem articulada, não foi dessa vez que o Colégio Araguaia, iniciante no campeonato, ergueu a taça e mais uma vez a experiência do OMNI falou mais alto com resultado final de 04 x 01. Sobre o campeonato, Bruno, goleiro do OMNI, avaliou o progresso de sua equipe e os avanços de uma edição para outra. “O campeonato foi muito bom, vem crescendo bastante, ficando bom e melhorando cada vez mais. As equipes estão bem mais fortes, tendo colégios novos participando, acho que esse é o grande objetivo do campeonato, sempre aumentando o número de participantes. E o resultado final foi maravilhoso, campeão de novo! Começamos o campeonato capengando, mas Graças a Deus deu tudo certo no final”, comemorou.

IMG_2718

Em seu discurso, Prof. Alan Francisco de Carvalho ressaltou o progresso de cada edição do campeonato. “Quem participa desde a primeira edição pôde observar que nós temos conseguido avançar um pouquinho como essa IV Copa com uma premiação, ainda que discreta, é sempre uma premiação e isso que é importante. E o nosso desejo é que a próxima Copa seja melhor do que esta” destacou. O presidente também salientou os esforços e dedicação dos diretores de esporte do sindicato, Prof. Genésio e Prof. Willian pelo empenho na organização do campeonato.

IMG_2862

Com o objetivo de incentivar a prática esportiva entre colaboradores e professores da rede de ensino das escolas particulares de Goiás, o Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – Sinpro Goiás, por meio da Secretaria de Esporte, Cultura e Lazer, promoveu a IV Copa Sinpro de Esporte – Taça Élvio Coelho Lindoso. Nesta edição foi homenageado o quarto presidente do sindicato com disputas de futebol soçaite.

 

 

Por

Elen Aguiar

Assessora de Comunicação do Sinpro Goiás

Categorias
Destaques

É hoje a final da IV Copa Sinpro Goiás

Copa-Sinpro-1

 

Nesta sexta-feira 01/07 acontece a final da IV Copa Sinpro Goiás – Taça Élvio Coelho Lindoso. A disputa entre OMNI e Colégio Araguaia será as 19hs na Universo Campus II. Após a decisão haverá premiação do Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – Sinpro Goiás. Além das medalhas e troféus, o time campeão receberá R$1.500 reais, o vice-campeão R$ 1.000 reais, o artilheiro vai receber R$250 reais e o goleiro menos vazado também receberá R$ 250 reais.
Por

Elen Aguiar

Assessora de Comunicação do Sinpro Goiás

Categorias
Geral

Guia prático de como fazer um desmonte na educação

educacao1

A Contee explica como o Governo Temer faz o desmonte da educação brasileira. Acompanhe os fatos:

 

26 de maio
Ministro da Educação recebe estuprador confesso Alexandre Frota e a  comitiva do grupo Revoltados Online para discutir propostas da educação sob o governo interino. Leia aqui.

 

03 de junho
Mendonça Filho exonera, sem aviso prévio, 31 assessores técnicos, sendo 23 ligados à Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) e oito à Secretaria Executiva da pasta. As exonerações fizeram com que o Fórum Nacional de Educação (FNE), que tem entre seus objetivos mediar a interlocução e promover a participação e controle social da política nacional de educação, fosse extinto. Veja aqui.

 

10 de junho
Mendonça Filho recebe em audiência representantes do Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular. Na ocasião foi entregue uma “Agenda propositiva para relações entre o Ministério da Educação e as Instituições de Ensino Superior Particulares”, formada de uma agressiva ação contra qualquer regulamentação da educação privada, principalmente as que exigem das instituições  qualidade, tanto do ensino, como da pesquisa e extensão, além da qualificação do  corpo docente e plano de carreira. Lembre aqui.

 

15 de junho
Michel Temer propõe a PEC 241/2016, que congela os gastos públicos por 20 anos para pagar a dívida pública. A medida recai sobre os trabalhadores, os servidores e os serviços públicos e, especialmente, em áreas essenciais à população brasileira como a Educação e Saúde. Saiba mais aqui.

 

28 de junho
O Governo golpista de Michel Temer continua o desmonte da educação. A vítima da vez foi o Conselho Nacional de Educação (CNE), órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC). Foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) a revogação de decretos que nomearam novos membros do CNE, uma clara atitude antidemocrática do governo Temer, que continua em sua perseguição política em todas as esferas possíveis. Leia aqui.

 

 

Fonte: Contee