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“Não toquem em nossos direitos”, avisa presidente da CTB sobre a luta contra a PEC 55

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A Câmara Federal aprovou dia 25, em segundo turno, o texto-base da Proposta de Emenda Constitucional (PEC 55) encaminhada pelo governo Temer, que congela por 20 anos as despesas públicas classificadas como primárias, conceito criado pelo FMI que exclui o pagamento dos juros da dívida pública.

A proposta, batizada nos meios populares de “PEC do fim do mundo”, pode ser a pá de cal do SUS e vai degradar ainda mais os serviços públicos em nosso país.

Os argumentos usados para justificar a proposta têm uma base falsa. Atribuem a crise fiscal, inflada pela mídia empresarial, à suposta gastança com saúde, educação e investimentos sociais, além do funcionalismo. Omite-se o fato de que o desequilíbrio das contas é causado pelo pagamento da dívida pública, que consumiu 42,43% do Orçamento da União de 2015, enquanto a Previdência consumiu 22,69%, saúde 4,1% e educação 3,91%.

A “PEC do fim do mundo” vai transferir recursos públicos que deveriam ser investidos em programas sociais e infraestrutura para o bolso de banqueiros e rentistas. Não podemos permitir a consumação deste crime.

Vamos resistir e convidamos você a lutar em defesa dos interesses maiores do nosso povo e do Brasil.

 

Adilson Araújo,
Presidente da CTB

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Confira a tabela da segunda rodada da Copa SINPRO GOIÁS 2016/2

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No próximo dia 19/11 acontece a segunda rodada da Copa SINPRO GOIÁS 2016/2. O campeonato promovido pelo Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – SINPRO GOIÁS, por meio da Secretaria de Esporte, Cultura e Lazer para professores filiados(as) ao sindicato terá duas disputas, sendo a primeira entre UNIVERSO e Araguaia às 15h45 e Degraus e Córtex às 16h45. Os jogos acontecem no Campus II da Faculdade UNIVERSO.

 

CONFIRA A TABELA 

 

 

 

 

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Diretoria plena do SINPRO GOIÁS se reúne pela primeira vez após posse

 

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Nesta sexta-feira 11/11 aconteceu a primeira reunião da diretoria plena do Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – SINPRO GOIÁS.

Após as boas vindas aos novos membros, as pautas discutidas foram: informações gerais sobre o funcionamento do sindicato, a conjuntura política atual em defesa da classe trabalhadora, ações previstas e planejamento de cada área de atuação do sindicato para o ano de 2017.

 

Por

Elen Aguiar

Assessora de Comunicação do SINPRO GOIÁS

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Presidente do SINPRO GOIÁS participa de paralisação contra a PEC 55 nesta sexta-feira 11/11.

 

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Foto: Luciano Montalvão

Nesta sexta-feira 11/11 acontece em todo país paralisações e mobilizações contra a PEC 55 – a mesma PEC 241 aprovada na Câmara dos Deputados e que agora segue para aprovação no Senado. Essa proposta do Governo ilegítimo de Temer prevê o congelamento dos investimentos em Saúde e Educação por vinte anos.

Em Goiânia a concentração foi liderada pela Central dos Trabalhadores do Brasil- CTB, juntamente com o Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – SINPRO GOIÁS, aconteceu na Praça do Bandeirante, às 9h. O presidente do SINPRO GOIÁS, Prof. Railton Nascimento Souza participou da ação ao lado da presidente da CTB Goiás e diretora do SINPRO GOIÁS, Prof. Ailma Maria de Oliveira.

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Foto: Luciano Montalvão

Segundo Prof. Railton Nascimento Souza é preciso chamar a atenção da população para os efeitos que esta ação governamental pode ocasionar. “Ela ataca a seguridade social que é uma conquista fundamental da Constituição de 88, congela por vinte anos os investimentos em políticas públicas em Saúde, Educação, Segurança e isso não pode ser considerado algo positivo”, destaca.

Para a presidente da CTB Goiás Profa. Ailma, os resultados da ação foram positivos. “A unidade das centrais sindicais, dos movimentos sociais e dos estudantes prevaleceu neste grande ato contra a PEC da Morte”, comemora.

Profa. Ailma informa ainda que às 17h ocorre outra grande manifestação em Goiânia. Além disso, conta que “em diversas cidades do interior do estado também estão acontecendo grandes mobilizações”.

 

Por

Elen Aguiar

Assessora de Comunicação do SINPRO GOIÁS

Com informações do Portal CTB

 

 

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A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, CTB Goiás mobiliza ATO CONTRA A PEC 55 para sexta-feira, dia 11, às 9 horas, na Praça do Bandeirantes em Goiânia

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“Vivemos o fim de um ciclo de conquistas sociais. Retrocesso será de um século, pelo menos”, afirmou o economista e professor do Instituto de Economia da Unicamp, pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e do Trabalho (CESIT), Eduardo Fagnani, ao elencar o impacto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241 (agora PEC 55 tramitando no Senado). Essa PEC além de destruir Direitos Sociais como Saúde e Educação ampliará massivamente o Desemprego e, em consequência, a violência e a criminalidade em nosso país. Fagnani é enfático quando afirma que “em três anos o desemprego vai voltar aos padrões do início da década passada, de 2000 (Portal CTB – Com informações da Carta Maior).

O Brasil não assiste calado a esses retrocessos. No país há gente de luta. Estudantes ocupam escolas e universidades e demostram coragem e combatividade. Os dirigentes sindicais classistas mostram sua cara e a classe trabalhadora prepara a grande Greve Geral e no dia 11 de novembro, estaremos em um ato unificado em todas as capitais brasileiras,  dizendo NÃO AOS ATAQUES AOS DIREITOS LEGITIMAMENTE CONQUISTADOS. Sim ao Emprego,  a Saúde e a Educação! Sim ao direito a aposentadoria digna. Sim a Democracia e a soberania nacional.

 

CTB GOIÁS –

Presidenta AILMA MARIA DE OLIVEIRA

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Ao Portal R7, coordenador-geral da Confederação denuncia ataque aos direitos trabalhistas

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Um dos motivos de nossa mobilização no próximo dia 11 de novembro, para a qual a Contee convoca todas as entidades filiadas, são os ataques aos direitos trabalhistas. Entre eles está a liminar do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu a ultratividade das normas coletivas. Na última semana, o coordenador-geral da Contee, Gilson Reis, concedeu entrevista ao Portal R7 denunciando que liminar deixa os trabalhadores/as desamparados/as e representa um retrocesso em negociações que vêm sendo feitas há décadas.

“Os professores, por exemplo, recebem adicional de 20% ao salário estabelecido em convenção coletiva que é o extraclasse. Serve como uma hora-extra fixa para pagar o trabalho do professor fora da sala de aula, para corrigir provas e preparar aulas. Isso foi conseguido com anos de negociações. Se você tira isso toda vez que acaba um acordo e antes que seja firmado outro, você pode tirar uma bonificação da noite para o dia. Porque o adicional de 20% não está na CLT”, explicou Gilson à reportagem.

A exemplo do Jornal Nacional, o R7 preferiu ouvir apenas especialistas favoráveis ao patronato. No entanto, a Contee ressalta mais uma vez, como está explicado no material Dia 11 de novembro: Por que temos que nos manifestar?”, que a Súmula 277 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que determina a ultratividade, significa “que os direitos assegurados nos acordos ou nas convenções coletivas vigorariam até que outra negociação fosse firmada pela entidade sindical”. “Em outras palavras, após a data-base, os/as trabalhadores/as continuavam tendo suas garantias do ano anterior preservadas, ainda que a nova negociação não tivesse sido encerrada. Com a decisão de Gilmar Mendes, porém, de um ano para o outro, os/as trabalhadores/as perdem todos os seus direitos, e as entidades sindicais serão obrigadas a começar as negociações sempre do zero. (…) os avanços nas negociações em favor do/a trabalhador/a ficam praticamente impossíveis a partir de agora.”

Ainda é possível reverter essa decisão no Plenário do STF, mas, para isso, nossas entidades e nosso movimento precisam estar fortalecidos e nossa mobilização, constante.

 

Confira abaixo a matéria do Portal R7

Trabalhadores temem perdas de direitos após decisão liminar de Gilmar Mendes sobre acordos coletivos

Especialistas do Direito do Trabalho, no entanto, dizem que a decisão é boa no longo prazo

Mariana Londres, do R7, em Brasília

Uma decisão tomada há quase duas semanas provocou reações contrárias de sindicatos de várias categorias pelo País, que temem perder direitos, mas agradou juristas especializados em Direito do Trabalho, que acreditam em benefícios aos trabalhadores no longo prazo. Trata-se de uma liminar do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes que suspendeu um entendimento do TST (Tribunal Superior do Trabalho) sobre acordos coletivos.

Com a decisão do ministro, acordos e convenções coletivas entre empregadores e empregados ficam suspensos após o fim de vigência (de dois anos). Enquanto não houver um novo acordo entre as partes, valem as regras da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). O entendimento do TST era que os termos dos acordos deveriam valer mesmo após o fim do prazo, até que houvesse nova negociação sobre os mesmos pontos (súmula 277, alterada em 2012).

A liminar, que favorece a Confenen (Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino Privados) ainda precisa ser analisada pelo plenário do STF, o que ainda não tem data para acontecer. A justificativa de Gilmar Mendes é que agora haverá um estímulo para negociação por parte dos trabalhadores e que com a súmula a negociação estava desigual.

Para os sindicatos, a liminar deixa funcionários em uma situação de insegurança e representa um retrocesso em negociações que vem sendo feitas há décadas. Gilson Reis, presidente da Contee (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino), que representa cerca de um milhão de professores e técnicos da educação privada em todo o Brasil, exemplifica como os trabalhadores podem ficar desprotegidos.

— Os professores, por exemplo, recebem adicional de 20% ao salário estabelecido em convenção coletiva que é o extraclasse. Serve como uma hora-extra fixa para pagar o trabalho do professor fora da sala de aula, para corrigir provas e preparar aulas. Isso foi conseguido com anos de negociações. Se você tira isso toda vez que acaba um acordo e antes que seja firmado outro, você pode tirar uma bonificação da noite para o dia. Porque o adicional de 20% não está na CLT.

Além da Contee, dezenas de sindicatos de várias categorias se manifestaram por meio de notas oficiais alegando que a decisão de Gilmar Mendes retira direitos dos trabalhadores. As Centrais Sindicais, por exemplo, dizem que trata-se de uma ‘antecipação da reforma trabalhista’.

Para Luiz Guilherme Migliora, professor de Direito da FGV (Fundação Getúlio Vargas), a decisão é boa para o trabalhador no longo prazo e fortalece os sindicatos.

— Quando a súmula foi alterada ela fez com que os empregadores deixassem de conceder benefícios porque a mensagem do TST é que tudo o que você concede é difícil de ser retirado depois. Exemplo: a empresa está bem e decide pagar 14º e 15º salários por dois anos, via acordo coletivo. Se você transforma isso em benefício coletivo a empresa não vai querer dar mais o benefício, com receio de não conseguir tirar depois, se tiver queda no faturamento. Por isso a proteção excessiva aos acordos coletivos prejudica, na verdade, os empregados.

Ele explica que a súmula 277 do TST previa que os direitos acertados em acordo coletivo acabavam com o término do acordo, mas que isso foi alterado em 2012. A decisão de Gilmar Mendes faz com que, na prática, a súmula volte a ser o que era antes da alteração.

Questionado sobre o exemplo do adicional extraclasse dos professores, o professor Migliori defende que a função do sindicato é justamente tocar esse tipo de negociação.

— O sindicato equaliza a relação de trabalho e faz com que o empregado tenha força para negociar com o empregador, o que não teria individualmente. Na medida que temos o sindicato não vejo porque os 20% devem integrar o contrato de trabalho. Na negociação ele tem que ser colocado como prioridade da pauta.

O professor Direito do Trabalho do Ibmec Flávio Carvalho Monteiro de Andrade também acredita na força de negociação dos trabalhadores e concorda com a decisão de Gilmar Mendes.

— Eu não acredito em tanta vulnerabilidade das categorias [como no caso de perder o adicional extraclasse dos professores], porque há possibilidade de greve. As escolas não iriam mudar toda a folha de pagamento, a empresa não tem condições de romper um contrato do dia para a noite. Por isso não creio que categorias ficarão desprotegidas.

O professor Monteiro de Andrade, no entanto, pondera que não acha que a decisão deveria ter sido tomada no julgamento de uma ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental), como aconteceu.

— Acho a decisão inoportuna pelo tipo de ação. Mas o que o ministro está fazendo é questionando se a Justiça do Trabalho pode fazer interpretações que não estão na lei (caso da súmula 277, já que a CLT prevê o fim dos acordos coletivos em dois anos).

Os dois professores em Direito do Trabalho concordam que esse tipo de discussão passa pela atuação dos sindicatos, que tem uma legislação que deveria ser revista.

— É quase consenso que o nosso sistema sindical precisa de reformas, e o Judiciário acabou, em função disso, adotando uma postura que, na minha opinião, é ativa demais. O sindicato não está conseguindo fazer a proteção que deveria, e o tribunal acaba fazendo. Acredito em modelo sindical que a Justiça intervenha o mínimo possível, explica Monteiro de Andrade.

Luiz Guilherme Migliora, professor de Direito da FGV (Fundação Getúlio Vargas), explica que o Supremo já tomou decisões que fortalecem as negociações coletivas.

— Algumas decisões do Supremo têm sido nesse sentido, como a da  jornada de 12 horas para os bombeiros. Estamos caminhando para maior poder dos sindicatos, já que as negociações serão mais importantes. Acordo coletivo é muito melhor do que a lei porque é muito mais rápido e abrange as peculiaridades. E claro, tem que ter muita fiscalização do Ministério do Trabalho em cima dos sindicatos.

 

 

Fonte: Contee

 

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Deputados querem debate na Câmara sobre ocupação nas escolas

A Câmara dos Deputados fará comissão geral no Plenário para debater as ocupações de escolas e universidades, que protestam contra a Medida Provisória (MP) que reforma o Ensino Médio e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que corta os investimentos na educação. A proposta é dos líderes do PCdoB e do PT na Câmara, deputados Daniel Almeida (BA) e Afonso Florence (BA). 

 

cdh-escolas-2102827Em conversa com o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), os parlamentares solicitaram o debate com urgência para evitar os atos de violência que atingem os estudantes por parte de manifestantes de direita, da polícia e até da Justiça e estabelecer o diálogo necessário entre os estudantes e os órgãos governamentais.

Na última terça-feira (1º/11), a Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara promoveu um debate sobre o assunto reunindo lideranças estudantis, autoridades e especialistas de direitos humanos, além de pais dos alunos e alunas, que denunciaram e criticaram a violência crescente contra o movimento de ocupação das escolas.

A titular da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC/MPF), Déborah Duprat, defendeu o direito de manifestação dos estudantes que ocupam as 1.174 instituições de ensino em todo o País. “Entendemos essa juventude que reage a iniciativas que impactam suas vidas”, ressaltou a procuradora.

O representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Mário Volpi, que também participou da audiência, disse que o Brasil tem o dever de respeitar os direitos dos estudantes porque é signatário da Convenção de Proteção as Crianças e Adolescentes, de 1989.

“O artigo 12 da Convenção diz que são direitos essenciais das crianças e dos adolescentes a liberdade e dignidade, e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) também afirma que nenhum deles pode passar por situação vexatória ou degradante”, lembrou.

 

Fonte: Portal Vermelho

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SINPRO GOIÁS na luta contra o Câncer de Próstata

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Assim como promoveu o Outubro Rosa, o Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – SINPRO GOIÁS, por meio da Secretaria de Gênero e Etnia promove agora a Campanha Novembro Azul e apoia a prevenção contra o Câncer de Próstata.

 Mais uma vez o SINPRO GOIÁS conta com iluminação azul em sua fachada, com uma faixa na entrada do prédio, além da distribuição de bótons e todos os funcionários uniformizados com a camiseta da campanha às segundas e quartas- feiras, até o fim do mês. 

 Neste mês nossa parceria é com o Centro de Diagnósticos Avançados – CDA. Por esse motivo, os associados do SINPRO GOIÁS terão 40% de desconto em todos os exames de prevenção ao Câncer de Próstata. Para que recebam este benefício é necessária a apresentação a carteirinha de filiado atualizada com documento de identidade.

 Informamos também que durante todo o mês de novembro, os homens poderão fazer o exame de próstata – PSA (Laboratório CAPC) gratuitamente no CEBROM, mas se for constatada alteração e caso necessite de uma USG, o valor será de R$ 50 reais. O CEBROM informa ainda que para obter exames nesse valor, é necessário agendamento antecipado pelo telefone:  3265-0400

 Sobre a Campanha do CDA para os homens, acontece somente no mês de novembro nos seguintes endereços:

 

Centro de Diagnósticos Avançados – CDA

Setor Aeroporto: Rua 13-A Número 160, (Inicio da Avenida Tocantins ao lado do PRONTO SOCORRO INFANTIL) telefone:  3087-0002 / (62) 99628-3917

 Setor Novo Horizonte:  Avenida Engº José Martins Filho, nº 555, Qd 61 Lt 09, – telefone: 3290-5355 / 3434-0676 / (62) 99628-3928

Por

Elen Aguiar

Assessora de Comunicação do SINPRO GOIÁS

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Você sabe como a PEC 241 vai afetar a sua vida?

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No último 25/10, foi aprovada em segunda votação na Câmara dos Deputados a proposta de emenda constitucional que cria uma teto para os gastos públicos, a PEC 241, que congela as despesas do Governo Federal, com cifras corrigidas pela inflação, por até 20 anos.

O presidente ilegítimo Michel Temer alega que a medida, considerada umas das piores mudanças fiscais em décadas, é uma saída para a contenção do alegado rombo nas contas públicas. O mecanismo enfrenta severas críticas de parte dos especialistas, que alertam para o corte de investimentos em setores fundamentais como saúde e educação previstos na Constituição.

O texto da emenda, que precisa ser aprovado em mais duas votações no Senado, também tem potencial para afetar a regra de reajuste do salário mínimo.

Entenda as principais consequências da proposta.

O que é a PEC do teto de gastos?

A PEC, a iniciativa para modificar a Constituição proposta pelo Governo, tem como objetivo frear a trajetória de crescimento dos gastos públicos e tenta equilibrar as contas públicas. A ideia é fixar por até 20 anos, podendo ser revisado depois dos primeiros dez anos, um limite para as despesas.

Por que a PEC é nociva?

Especialistas dizem que, na prática, o texto determina uma diminuição de investimento em áreas como saúde e educação, para as quais há regras constitucionais. Eles argumentam que, na melhor das hipóteses, o teto cria um horizonte de tempo grande demais (ao menos dez anos) para tomar decisões sobre toda a forma de gasto do Estado brasileiro, ainda mais para um Governo que chegou ao poder sem ratificação de seu programa nas urnas. Eles dizem ainda que, mesmo que a economia volte a crescer, o Estado já vai ter decidido congelar a aplicação de recursos em setores considerados críticos e que já não atendem a população como deveriam e muito menos no nível dos países desenvolvidos. Se a economia crescer, e o teto seguir corrigido apenas de acordo com a inflação, na prática, o investido nestas áreas vai ser menor em termos de porcentagem do PIB (toda a riqueza produzida pelo país). O investimento em educação pública é tido como um dos motores para diminuir a desigualdade brasileira.

Quando a PEC começa a valer?

Se aprovada na Câmara e no Senado, começa a valer a partir de 2017. No caso das áreas de saúde e educação, as mudanças só passariam a valer após 2018, quanto Temer não será mais o presidente.

Qual o impacto da PEC no salário mínimo?

A proposta também inclui um mecanismo que pode levar ao congelamento do valor do salário mínimo, que seria reajustado apenas segundo a inflação. O texto prevê que, se o Estado não cumprir o teto de gastos da PEC, fica vetado a dar aumento acima da inflação com impacto nas despesas obrigatórias. Como o salário mínimo está vinculado atualmente a benefícios da Previdência, o aumento real ficaria proibido.

O que acontece se a PEC for aprovada e o teto de gastos não for cumprido?

Algumas das sanções previstas no texto da PEC para o não cumprimento dos limites inclui o veto à realização de concursos públicos, à criação de novos cargos e à contratação de pessoal. Em outras palavras, pretende ser uma trava muito mais ampla que a Lei de Responsabilidade Fiscal, por exemplo, que cria um teto de gastos com pessoal (vários Estados e outros entes a burlam atualmente).

Quais impactos a PEC pode ter nas áreas de educação e saúde?

A PEC irá colocar limites em gastos que historicamente crescem todos os anos em um ritmo acima da inflação, como educação e saúde. Além disso, gastos com programas sociais também podem ser afetados pelo congelamento. Segundo especialistas e entidades setoriais, esta medida prejudicaria o alcance e a qualidade dos serviços públicos oferecidos.

A PEC do teto atingirá de maneira igual ricos e pobres?

A população mais pobre, que depende do sistema público de saúde e educação, tende a ser mais prejudicada com o congelamento dos gastos do Governo do que as classes mais abastadas. A Associação Brasileira de Saúde Pública, por exemplo, divulgou carta aberta criticando a PEC. No documento a entidade afirma que a proposta pode sucatear o Sistema Único de Saúde, utilizado principalmente pela população de baixa renda que não dispõe de plano de saúde. Além disso, de acordo com o texto da proposta, o reajuste do salário mínimo só poderá ser feito com base na inflação – e não pela fórmula antiga que somava a inflação ao percentual de crescimento do PIB. Isso atingirá diretamente o bolso de quem tem o seu ganho atrelado ao mínimo.

Por que a Procuradoria Geral da República diz que é inconstitucional?

No dia 7 de outubro o órgão máximo do Ministério Público Federal afirmou que a PEC é inconstitucional. De acordo com uma nota divulgada, “as alterações por ela pretendidas são flagrantemente inconstitucionais, por ofenderem a independência e a autonomia dos Poderes Legislativo e Judiciário e por ofenderem a autonomia do Ministério Público e demais instituições constitucionais do Sistema de Justiça […] e, por consequência, o princípio constitucional da separação dos poderes, o que justifica seu arquivamento”. A crítica vem pela criação de regras de gastos para os demais Poderes. Na nota, a procuradoria argumenta que, caso aprovada, a PEC irá prejudicar a “atuação estatal no combate às demandas de que necessita a sociedade, entre as quais: o combate à corrupção; o combate ao crime; a atuação na tutela coletiva; e a defesa do interesse público”.

O que vem depois da PEC, se ela for aprovada tal como está?

A PEC é a prioridade da equipe econômica do Governo Temer, que vai pressionar por outras reformas nos próximos meses, como a Reforma da Previdência e Reforma Trabalhista.

 

 

Portal CTB com agências