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Entidades fortalecem unidade e luta pelas diretas já

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Quase 60 entidades representativas de diferentes setores da sociedade civil, de um amplo espectro político que forma a “Frente Ampla Nacional pelas Diretas Já”, aprovaram, segunda-feira, 5, em Brasília, nota política e resoluções cujas resoluções para a continuidade da luta pelo Fora Temer, Diretas Já e Nenhum Direito a Menos.

 

SINPRO GOIÁS -  DIRETASJA00001

 

O professor Alan Francisco de Carvalho representou a Contee no encontro. Uma comissão de representantes de quatro entidades, inclusive a Contee, ficou responsável pela elaboração da nota, aprovada ao final do encontro por unanimidade. Segue a nota:

Frente Ampla Nacional pelas Diretas Já

O Brasil atravessa uma grave crise política, econômica, social e institucional. Michel Temer não reúne as condições nem a legitimidade para seguir na Presidência da República. A saída desta crise depende fundamentalmente da participação do povo nas ruas e nas urnas. Só a eleição direta, portanto a soberania popular, é capaz de restabelecer legitimidade ao sistema político.

A manutenção de Temer ou sua substituição sem o voto popular significa a continuidade da crise e dos ataques aos direitos, hoje materializados na tentativa de acabar com a aposentadoria e os direitos trabalhistas, as políticas publicas além de outras medidas que atentam contra a soberania nacional.

As diversas manifestações envolvendo movimentos sociais, artistas, intelectuais, juristas, estudantes e jovens, religiosos, partidos, centrais sindicais, mulheres, população negra e LGBTs demonstram a vontade do povo em definir o rumo do país.

Por isso, conclamamos toda a sociedade brasileira a se mobilizar, tomar as ruas e as praças para gritar bem alto e forte: Fora temer! Diretas já! E Nenhum direito a menos! O que está em jogo não é apenas o fim de um governo ilegítimo, mas sim a construção de um Brasil livre, soberano, justo e democrático.

Assinam:

Frente Brasil Popular – FBP
Frente Povo Sem Medo – FPSM
Centra Única dos Trabalhadores – CUT
Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais – ABONG
Associação das Mulheres Brasileira – AMB
Associação Nacional de Pós Graduandos – ANPG
Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho – ANAMATRA
Brigadas Populares
Central dos Movimentos Populares – CMP
Central dos Sindicatos Brasileiros – CSB
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB
Central Pública
Centro de Atendimento Multiprofissional – CAMP
Coletivo Quem Luta Educa/MG
Comissão Brasileira de Justiça e Paz da CNBB – CBJP
Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio – CNTC
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino – CONTEE
Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos – CNTM
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura – CONTAG
Conferência dos Religiosos do Brasil – CRB
Conselho Federal de Economia – CONFECON
Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil – CONIC
FASE Nacional
Fora do Eixo / Mídia Ninja
Fórum de Lutas 29 de abril/PR
Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito
Frente de Juristas pela Democracia
Instituto de Estudos Socioeconômicos – INESC
Central Intersindical – INTERSINDICAL
Juntos
Koinonia
Levante Popular da Juventude
Marcha Mundial das Mulheres – MMM
Movimento Camponês Popular – MCP
Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST
Movimento dos Trabalhadores Sem Teto – MTST
Movimento Humanos Direitos – MHUD
Movimento Nacional contra a Corrupção e pela Democracia – MNCCD
Movimento pela Soberania Popular na Mineração – MAM
Movimento por uma Alternativa Independente e Socialista – MAIS
Partido Comunista do Brasil – PC do B
Partido dos Trabalhadores – PT
Partido Socialismo e Liberdade – PSOL
Partido Socialista Brasileiro – PSB
Pastoral Popular Luterana
Rede Ecumênica da Juventude – REJU
Rua Juventude Anticapitalista – RUA
Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo
União Brasileira de Mulheres – UBM
União da Juventude Socialista – UJS
União Geral dos Trabalhadores – UGT
União Nacional dos Estudantes – UNE
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Resoluções
Reunindo mais de 55 entidades representativas de diferentes setores da sociedade civil, de um amplo espectro político, conformou-se neste dia 5 de Junho em Brasília a “Frente Ampla Nacional pelas Diretas Já”, cujas resoluções seguem abaixo:
1- Objetivos:
a. Fora Temer!
b. Diretas Já!
c. Contra as Reformas, Nenhum direito a menos.
2- O que fazer em conjunto?
a) Constituição de uma Frente Ampla Nacional pelas Diretas Já.
b) Incorporar-se ao manifesto dos artistas que sintetiza a unidade dessa articulação, realizando uma ampla campanha de assinaturas em torno desse manifesto.
c) Fortalecer a Greve Geral.
d) Participar e apoiar a Frente partidária e parlamentar pelas Diretas Já.
e) Promover o envolvimento dos Governadores na campanha pelas Diretas.
f) Construir comitês populares pelas Diretas Já em todos os setores.
g) Construir um calendário de mobilização de massas unificado em todos os estados.
h) Fortalecer os atos políticos e culturais que já estão em curso.
i) Aumentar a pressão dentro do Congresso para barras as Reformas.
j) Publicar o maior número possível de materiais didáticos, em linguagem popular sobre as Diretas.
k) Realizar atos nas periferias das grandes cidades.
l) Divulgar o manifesto religioso em defesa das Diretas Já.
m) Trabalhar a perspectiva de grandes atos de lançamento nos estados da Frente Ampla Nacional pelas Diretas Já.
3- Calendário:
a) 8 de Junho – Lançamento da Frente Parlamentar Suprapartidária pelas Diretas
b) 11 de Junho – Ato Político Cultural por Diretas Já – Farol da Barra em Salvador
c) 11 de Junho – Ato Show #PoaDiretasJa – Parque da redenção em Porto Alegre
d) 16 de Junho – Comício pelas Diretas durante o CONUNE.
e) 19 de Junho – Ato pela Democracia e contra a violência no Campo- Belém-PA
f) 30 de Junho – Greve Geral
Carlos Pompe, repórter da Contee
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Sinpro Goiás realiza Seminário Jurídico

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O Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – SINPRO GOIÁS promove neste sábado, 10/06, Seminário Jurídico. O evento, que será conduzido pelo consultor jurídico da entidade, Dr. José Geraldo Santana, é gratuito, direcionado a professores(as), e vai acontecer no auditório do sindicato das 9h às 12 hs, na Av. Independência, nº 942, Setor Leste Vila Nova, onde haverá uma explanação do passo a passo sobre as reformas e suas graves consequências para os trabalhadores.

Confirme sua presença no telefone: 3261-5455.

 

 

 

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Senado muda trâmite da Reforma Trabalhista

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Foi aprovado no Senado, na quarta-feira, 31, ao apagar das luzes e fim da sessão, requerimento do líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), e de Marta Suplicy (PMDB-SP) para que a tramitação da Reforma Trabalhista seja modificada.

Diz o texto: “Requeiro, nos termos regimentais, que o despacho aposto ao Projeto de Lei da Câmara nº 38, de 2017, que trata da reforma trabalhista, seja modificado para que, após a deliberação da Comissão de Assuntos Econômicos, a matéria siga para a Comissão de Assuntos Sociais e, finalmente, para Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, nessa ordem”.

Não houve discussão ou pronunciamento sobre o assunto e a sessão, que já estava praticamente vazia, foi imediamente encerrada. Assim, após a deliberação da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), a matéria agora seguirá para a Comissão de Assuntos Sociais (CAS), onde o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), tal qual na CAE, é também o relator, e, finalmente, para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde Romero Jucá (PMDB-RR) é o relator.

A ordem anterior era CAS, CAE e CCJ. A alteração proposta pelos governistas teria levado em conta que na CAE não há certeza da aprovação da matéria. Com a mudança, os defensores da reforma, se perderem na CAE, teriam tempo de buscar articular uma vitória rápida na CAS, onde a base governista seria mais forte, com a matéria indo para a CCJ com situação mais favorável: ou aprovada nas duas comissões, ou reprovada em uma e aprovada na outra – ao menos, assim desejam os governistas. Após ser votada nessas comissões, a matéria segue para plenário, salvo se for aprovado requerimento de urgência, que pode levar à apreciação imediata do Projeto no âmbito do Plenário.

No dia anterior, 30, Michel Temer foi derrotado na sua tentativa de acelerar a aprovação da Reforma Trabalhista na CAE e o relatório sobre o tema foi, finalmente, lido e a votação transferida para a reunião prevista para terça da próxima semana. Os dirigentes da Contee que acompanharam a reunião da CAE, Nara Teixeira de Souza e Manoel Henrique da Silva Filho, acharam o resultado positivo, pois possibilita mais uma semana de mobilizações e pressão sobre os parlamentares para impedir a imposição da reforma.

Neuriberg Dias, analista político e assessor legislativo do Departamento Intersindical de Assuntos Parlamentares (Diap), considera que os sindicalistas devem pressionar especialmente os parlamentares do PSB, PSD e PMDB, que podem aptar pela rejeição ao PLC 38/2017. “A reversão é possível, porque se o governo garantisse a aprovação já teria acelerado a votação. Tanto na comissão quanto no plenário, se passar, esses partidos é que vão dar a tendência de rejeição ou aprovação”, avaliou.

Carlos Pompe repórte da Contee

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SINPRO GOIÁS REALIZA ESPETÁCULO MUNDO CERRADO

IMG-20170529-WA0021O Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – SINPRO GOIÁS tem o prazer de anunciar o espetáculo “Mundo Cerrado”, domingo, 11/06 às 17h, no Teatro Sesi. Uma peça teatral para todas as idades, com texto de Danilo Alencar e direção de Edson de Oliveira, que discute a importância da preservação do cerrado e animais que lá existem.

A Anta, Arara, Bicho-preguiça, Lobo-guará, Onça-pintada e o Tamanduá-bandeira se reúnem em assembleia, para discutirem o destino da flora e fauna de seu habitat, o cerrado. Depois de horas de debate, ponderação das circunstâncias e consideração do mito, Curupira, os animais decidem partir para a cidade, a fim de reivindicarem seus direitos aos responsáveis pela degradação, os seres humanos.

Ao chegarem ao ambiente urbano, os bichos conseguem sensibilizar as pessoas fazendo-as perceberem que a transformação do mundo está em cada um. Dois caçadores representam a ameaça para os típicos seres, que habitam o cerrado, desmatando, queimando florestas e matando vários animais inocentes. Após serem presos, os caçadores são condenados a repararem seus erros.

No fim, o espetáculo é capaz de levar uma mensagem de moral tanto para uma criança quanto para um adulto, pois além de mostrar o valor do perdão, mesmo diante de situações calamitosas, como a do cerrado, os bichos / atores distribuem, ao som de uma ciranda, sementes para que o público possa plantá-las e fazê-las crescer nesse mundo cerrado.

Desfrute com seus filhos, familiares e amigos, de um momento de lazer e aprendizado! Adquira já o seu ingresso na sede do Sinpro Goiás (R$ 20,00 – int.) e (R$ 10,00 – meia)*.

 

*Associados ao SINPRO GOIÁS pagam meia entrada com a apresentação da carteirinha de filiado(a)!

 

SINOPSE

Mundo cerrado narra a história de seis bichos habitantes do Cerrado: o Onça-pintada, o Lobo-guará, o Tamanduá-bandeira, a Arara, a Anta e o Bicho-preguiça. Cansados com os constantes abusos e despropósitos dos seres humanos, os bichos se revoltam e decidem dar um basta, não aceitando mais a situação em que vivem.

Serviço:

Mundo Cerrado

Data: 11/6/2017 – Domingo

Horário: 17 h

Local: Teatro Sesi

End.: Avenida João Leite, nº1013 – Santa Genoveva, Goiânia – GO

 

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Ingressos:

Sinpro Goiás –  Av. Independência, nº 942, Qd. 943, Lt. 33, Vila Nova, Goiânia-Go

(abaixo do terminal da Pça. da Bíblia)

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25 sofismas do relatório da Reforma Trabalhista

SINPRO GOIÁS -  CARTEIRA00001

Na tumultuada sessão da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal,  realizada ao dia 23 de maio de 2017, o Senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), Relator do Projeto de Lei da Câmara Federal (PLC) N. 38/2017 — que trata da (de)reforma trabalhista —, apresentou o seu parecer, que não foi lido em plenário, mas foi dado como se tivesse sido pelo Presidente da referida Comissão, Senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).

O citado parecer, composto por 74 páginas, faz extensa análise subjetiva do realçado PL, concluindo pela sua aprovação, com a redação original, com a recomendação de vetos, para regulamentação por meio de medida provisória, dos dispositivos que tratam do trabalho da gestante em ambiente insalubre, serviço extraordinário da mulher, acordo individual de jornada de 12×36 horas, trabalho intermitente, representantes dos empregados e negociação do intervalo intrajornada.

Ao justificar tal recomendação, o Senador registra:

“[…] Desse modo, concertamos junto ao Poder Executivo que alguns itens da proposta em tela devem ser vetados, podendo ser aprimorados por meio da edição de medida provisória que contemple ao mesmo tempo o intuito do projeto aprovado na Câmara dos Deputados e o dever de proteção externado por muitos parlamentares”.

Ao se comentar esse parecer, é preciso registrar, desde logo, que quem o lê, se tiver o cuidado de cotejá-lo com o substitutivo do deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) — aprovado pela Câmara Federal —, com as  101 propostas apresentadas pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), em dezembro de 2012, ao Congresso Nacional e à então Presidente Dilma Roussef, com as reiteradas manifestações sobre o tema do presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra da Silva Martins Filho, e com a decisão liminar do ministro Gilmar Mendes proferida na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) N. 323/2014 — que suspendeu a Súmula N. 277, do TST, que assegura a ultratividade das normas coletivas — por certo concluirá que todos saíram da mesma matriz, e que não foram produzidos de maneira atabalhoada e de ocasião, mas, sim, de forma pensada, maturada e concertada, por esses diversos atores, com a mesma finalidade.

Vale salientar que votos e manifestações dos ministros do STF, Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso e Teori Zavascki — citado uma vez, com ou sem autorização, não se sabe —, são invocados como vigas mestres do PL.

No afã de tentar rebater as abalizadas e fundamentadas críticas ao PL, advindas de amplos e representativos segmentos sociais, como a CNBB, a Anamatra, o MPT e todas as centrais sindicais, o relator despeja uma pletora de sofismas, vendendo-os como verdades absolutas, como é próprio dos contumazes sofistas, sendo que muitos deles beiram ao escárnio. No entanto, nenhum deles resiste ao menor sopro de realidade, nada mais fazendo do que confirmar tudo que se diz contra o PLC em questão.

Dentre os diversos sofismas derramados pelo relator, destacam-se, aqui, 25:

2 “Fundamentalmente, esta proposta se motiva por específico princípio constitucional: o da dignidade da pessoa humana. É sob esta perspectiva que devemos entender uma reforma que intenciona que as pessoas realizem seu potencial e persigam seus sonhos”( p.3).

Como isso será possível, o relator não diz nem poderia fazê-lo, por ser absolutamente incompatível com o conteúdo do PL.

3 “Em especial, esta é uma proposta voltada para garantir um direito previsto no rol de direitos sociais do art. 6º: o direito do trabalho…”(p. 4).

4 “Trata-se de uma reforma pautada pelo imperativo da flexibilização com proteção”(p. 5).

5 “Portanto, a discussão provocada pela reforma trabalhista neste tema é, em sua essência, sobre a quem cabe decidir o que é uma condição mais benéfica para o trabalhador: ele próprio ou um magistrado?” (p.8).

6 “… Não há e não poderia haver na proposta qualquer dispositivo contrário ao sagrado direito constitucional de acesso à Justiça, especialmente por parte dos mais pobres…” (p.10).

6.1“Nossa avaliação é radical: “o direito ao acesso à Justiça é cláusula pétrea de nossa Constituição…” (p.11).

7 “ Esta é uma reforma para toda a sociedade…” (p.13).

8 “O futuro é o que fazemos agora…” (p.15).

9 “ Não podemos ter medo do novo” (p.15).

10 “No mérito, julgamos um imperativo flexibilizar a legislação trabalhista e empoderar os trabalhadores, permitindo que tenham maior participação em criar as normas que regem as suas próprias vidas.” (p.33).

11 “Permitir a prevalência do negociado sobre o legislado é permitir que se estipulem contratos mais eficientes, mutuamente benéficos para empregados e empregadores, com óbvios ganhos para a produtividade” (p.34).

12 “São várias as salvaguardas presentes na proposta em relação à prevalência do negociado sobre o legislado. Entre elas:

– a necessidade de participação dos sindicatos na maioria das negociações, isentando da sua atuação praticamente somente as negociações dos trabalhadores hiperssuficientes, uma minoria da força de trabalho que possui cumulativamente escolaridade de nível superior e remuneração de cerca de 12 salários mínimos.

– a criação de poderoso incentivo para que os sindicatos atendam aos interesses dos trabalhadores e se fortaleçam, por meio do fim da obrigatoriedade da contribuição sindical; e

o estabelecimento de um amplo rol taxativo de itens que são objeto ilícito dos acordos e convenções coletivas, isto é, que não podem em hipótese  alguma ser negociados” (p.38).

13 “Sobre o acordo individual para banco de horas: “Julgamos que essa alteração é vantajosa para o trabalhador, permitindo ganhos de produtividade e de renda, além de ganhos de qualidade e de vida, uma vez que a pessoa poderá pactuar sua jornada conforme lhe for mais vantajosa. Pode-se, assim, evitar o trânsito caótico das nossas cidades e optar por ficar mais tempo com a sua família” (p.41).

13.1“…No próprio art. 7º, a Constituição diferencia as situações em que cabe acordo coletivo ou que cabe apenas acordo, sendo evidente que ao escolher fazer tal distinção o constituinte dividiu temas que podem ser tratados por acordo coletivo e os que podem ser tratados por acordo individual” (p.42).

14 “Em nossa avaliação, estamos concedendo não só maior protagonismo aos sindicatos, como, ao rumar para maior liberdade sindical, estamos também os fortalecendo. Isso porque o novo formato de financiamento estimula justamente uma participação ativa dos sindicatos: sem dúvida, serão mais  fortes os sindicatos que mais entregarem resultados para os trabalhadores de sua categoria, não havendo recompensa à inércia” (p.45).

15 “Trazemos a participação dos sindicatos, por exemplo, para quando, em momentos de crise da empresa, em troca da manutenção do emprego, seja necessário pactuar a redução do salário ou da jornada, evitando-se assim a dispensa imotivada, conforme o disposto no § 3º do art.611-A. Desta forma preservam-se os empregos” (p.45).

15.1“Neste ponto salientamos a necessidade de enxergar o projeto de forma sistêmica, pois o sindicato deixa de ser chamado somente ao fim da relação laboral. Ele também passa a ser um acompanhante da fiel execução do contrato de trabalho durante a sua vigência, com a criação do termo de quitação anual, previsto no art. 507-B” (p.46).

15.2“O termo é uma faculdade de empregador e empregado que visa criar segurança jurídica para os vínculos trabalhistas e também filtros para o uso da Justiça do Trabalho, com benefícios, mais uma vez, na celeridade dos processos e na economia processual” (p.46).

15.3“Ao passo que damos maior protagonismo aos sindicatos, também retiramos obrigações da CLT que são menores, meramente burocráticas e atrapalham as suas atividades, como a obrigatoriedade da homologação da rescisão do contrato de trabalho pelo sindicato. Consideramos que a medida não desprotege o trabalhador, mas permite que se reduza a burocracia imposta a empresas, trabalhadores e aos próprios sindicatos, permitindo que concentrem tempo e energia em atividades mais importantes, para o bem do crescimento da produtividade. Desta forma somos favoráveis à redação do art. 477 da CLT dado pela proposta” (p. 46 e 47).

15.4“Ademais, consentimos com a redação dada  pelo PLC à alínea ‘f’ do artigo 652 e aos artigos 855-B, 855-C, 855-D e 855-E da CLT. Estes dispositivos permitem a homologação de acordo extrajudicial dispensando a tutela dos sindicatos. Há segurança suficiente para o trabalhador com a participação do juiz, que garantirá que os acordos não sejam meras simulações. Assim, ficam os representantes sindicais com uma burocracia a menos e mais recursos disponíveis para resolver outras questões relevantes para os trabalhadores” (p.47).

16  “Outra flexibilização vantajosa é a constante do art. 134 da CLT, que, no PLC, prevê a possibilidade de parcelamento das férias em até 3 períodos, com um deles sendo não inferior a 14 dias, e os demais não inferiores a 5 dias… Tal flexibilização pode atender mutuamente as necessidades de produção do empregador e a vida pessoal do empregado” (p.49).

17 “Senhoras Senadoras e Senhores Senadores, já falamos diversas vezes neste relatório sobre o problema do populismo, do ativismo judicial. Ele se caracteriza pela infame invasão das competências do Congresso Nacional; pela insegurança jurídica que inibe a criação de empregos; e por decisões impensadas que em seu conjunto acabam por prejudicar o trabalhador… Esta reforma trabalhista é bem vinda também por mitigar essa questão. Ao longo da tramitação deste projeto, nos  certificamos que as inovações propostas não subtraem direitos constitucionais sagrados, como o acesso à Justiça…” (p.54).

18 “…Além de propor mecanismos que reduzirão sobremaneira o número de processos judiciais, o projeto traz dispositivos específicos que, ao entrarem em vigor, abrangerão milhões de processos em tramitação na Justiça do Trabalho há anos, permitindo assim que sejam solucionados rapidamente com o suporte do novo comando legal” (p.58). Leia-se prescrição intercorrente.

19 “Outra vantajosa previsão é feita pelo PLC para o art. 11-A da CLT, que institui a prescrição intercorrente para processos trabalhistas, de 2 anos” (p. 61).

20 “O dispositivo inserido no PLC prevê  que o trabalhador poderá movimentar 80% de sua conta do FGTS e receber metade da indenização referente ao aviso prévio e ao FGTS e receber metade da indenização referente ao aviso prévio e ao FGTS, embora não possa receber o seguro-desemprego. É, portanto, uma opção vantajosa para o trabalhador que não receberia nada caso, por exemplo, quisesse mudar de emprego…” (p.67).

Acesse aqui a análise de como a Reforma Trabalhista transforma a CLT na Consolidação das Leis do Capital

*José Geraldo de Santana Oliveira é consultor jurídico da Contee e do Sinpro Goiás

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Não há condições de Temer seguir no cargo, afirma CNBB

SINPRO GOIÁS -  TEMER00001“Nós pensávamos que o pior já tivesse passado. Claro que, de alguém que está há tanto tempo na política e num partido que também vinha sendo acusado na Lava Jato, se podia esperar alguma coisa, mas não nesse montante”, diz o dom Leonardo em entrevista à BBC Brasil. “Por isso a presidência [da CNBB] tomou a iniciativa de emitir uma nota para dizer que, para alguém que exerce um cargo público, a idoneidade é tudo”, acrescenta. ‘”Se alguém vem e diz que está subornando juiz e o Ministério Público, não é possível que quem está à frente do Estado não se mexa”, afirma Steiner

Para o dirigente católico, as gravações da JBS mostram para o País que a coisa pública é tratada como vantagem pessoal, ou como vantagem do partido, de determinados grupos. “O que espanta é que falem de bilhões como se fossem mil reais.”

Sobre o processo de substituição de Michel Temer, dom Leonardo Steiner defende que a escolha deve passar pelo povo. “A outra saída em que se fala mais é do próprio Congresso eleger um novo presidente e um novo vice, no caso de renúncia ou de cassação do atual presidente. Mas penso que é sempre importante passar pelo voto, é sempre importante ouvir a sociedade”, afirmou.

O bispo católico disse também que o agravamento da crise política deve paralisar o andamento das reformas da trabalhista e da Previdência. “Como podem pessoas que estão tão envolvidas na Lava Jato decidir os destinos da população brasileira? Depois, há a necessidade de maior diálogo com a sociedade em relação, por exemplo, à [reforma da] legislação trabalhista. Sobre a terceirização, não houve diálogo. Sobre a reforma da Previdência, até agora não se mostraram os dados reais. Fala-se em deficit, mas como funciona a Previdência brasileira? É preciso debater muito mais”, afirmou.

Fonte: Brasil 247, com informação da BBC Brasil
Foto: Jorge William / Agência O Globo

 

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Temer apela aos militares. “Vamos resistir”, conclama a Contee

SINPRO GOIÁS -  EXERCITO00001

A Polícia Militar do Distrito Federal aproveitou a ação de um pequeno grupo de provocadores (black bloc e outros) para reprimir violentamente a Marcha em Brasília, convocada pelas centrais sindicais, inclusive Contee, que reuniu mais de 150 mil trabalhadores e militantes dos movimentos sociais em Brasília. Aproveitando a provocação, o governo ilegítimo de Temer convocou o Exército para reprimir a população de Brasília, entre 24 e 31 de maio.

Em entrevista coletiva, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, tentou justificar a decisão do golpista de convocar o Exército: “É inaceitável a baderna, inaceitável o descontrole e” (Temer) “não permitirá que atos como esses venham a turbar o processo que se desenvolve de forma democrática e com respeito às instituições”. Segundo ele, a presença das Forças Armadas atende a um pedido de Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara. Mas Maia o desmentiu, dizendo que pediu ao Planalto o apoio da Força Nacional. “Eu pedi ao governo a intervenção da Força Nacional para a proteção dos manifestantes, dos servidores e do patrimônio público. Se o governo decidiu pelo envio de tropas das Forças Armadas foi em razão do que avaliou pelo já ocorrido”, afirmou Maia.

No Senado, a oposição fez questão de ordem pedindo cancelamento do decreto pelo Congresso Nacional, por inconstitucionalidade.

“Vivemos um momento grave. A democracia, os direitos trabalhistas e previdenciários são abertamente atacados pelo golpista Temer e seus aliados. Nossa resistência deve ocorrer nas ruas, como na nossa maior greve geral, realizada em abril, e nas ruas, como na Marcha em Brasília deste dia 24, e em todas as instituições da República”, conclama o coordenador-geral da Contee, Gilson Reis.

Carlos Pompe, repórter da Contee

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Para Meirelles, reforma da Previdência será aprovada mesmo sem Temer

SINPRO GOIÁS -  MEIRELLES00001Nesta segunda-feira (22), o ministro realizou conferência por telefone com investidores em evento organizado pelo banco JPMorgan. Ele disse que, mesmo com uma eventual saída de Temer, ele não acha que uma oposição contrária às reformas irá assumir e alterar a política econômica.

“A agenda de reformas nesse momento se tornou parte da agenda do Congresso. Os líderes mais importantes do Congresso já entenderam que as medidas fiscais têm de ser aprovadas e estamos seguindo adiante”, afirmou Meirelles.

Após a divulgação da conversa gravada por Joesley com Temer, o mercado ficou abalado e agentes começaram a questionar se as reformas eram viáveis. O ministro reconheceu que o governo não tem os votos necessários para aprovar a reforma da Previdência, mas disse que muitos parlamentares afirmaram que irão apoiar a proposta, mesmo que não assumam publicamente este posicionamento.

Para Meirelles, o atraso na votação não fará diferença, já que, segundo ele, o efeito da reforma é de longo prazo. Antes da divulgação do grampo do dono da JBS, o ministro dizia que o governo tinha os 308 votos necessários para aprovar a proposta.

Desde o aprofundamento da crise, o nome do ministro da Fazenda tem sido aventado para ocupar a presidência da República em uma eventual eleição indireta.

Meirelles foi presidente do conselho da J&F, controladora da JBS, e aparentemente sua imagem não foi afetada pela crise, mesmo que seu nome tenha sido mencionado por Joesley na gravação. O ministro tem conversado com investidores na tentativa de conter os ânimos do mercado. Segundo a agência Reuters, ele iria realizar mais outra conferência nesta segunda-feira.

Fonte: GGN

 

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Golpe dentro do golpe: Relator da Reforma Trabalhista apresentará relatório nesta terça-feira (23), sem modificações

SINPRO GOIÁS -  RELATOR00001

 

Mesmo em meio à completa desmoralização do governo ilegítimo de Michel Temer e a inviabilidade de sua permanência no cargo de presidente da República, usurpado por ele há pouco mais de um ano, a agenda golpista contra os trabalhadores segue a todo vapor. Foi o que deixou claro hoje (22) o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) ao informar que vai apresentar seu relatório sobre a Reforma Trabalhista na reunião da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) agendada para as 8h30 desta terça-feira (23). Um relatório que, pela declaração do tucano, não incluirá uma mudança sequer no texto aprovado pela Câmara, de modo que, uma vez aprovado pelo Senado Federal, o projeto siga diretamente para a sanção presidencial.

Na semana passada, logo após a delação do empresário Joesley Batista, da JBS, sobre o envolvimento de Temer na compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) — entre outros crimes confessos pelo empresário na conversa gravada por ele com o presidente golpista —, Ferraço foi um dos primeiros a se manifestar, afirmando que a tramitação da Reforma Trabalhista ficaria suspensa, tornada secundária diante da crise. Já hoje, sua justificativa foi a de que a “dramática crise institucional que vive o governo brasileiro” e o que ele chamou de “nosso compromisso com o país” são coisas distintas, acrescentando que “os ajustes necessários no texto” poderão ser feitos depois da aprovação, por meio de veto presidencial e por edição de medida provisória.

A mudança súbita de posição evidencia que as forças do mercado continuam a agir e pressionar para que a política econômica nociva aos trabalhadores seja levada a cabo. O tal “compromisso com o país” é, na verdade, o compromisso com o capital que financiou o golpe no ano passado e continua fazendo-o, com ou sem Temer. Não por acaso o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tratou ele próprio de acalmar investidores afirmando, segundo a imprensa, que a agenda de reformas se tornou parte da agenda do Congresso e que “os líderes mais importantes” da Câmara e do Senado “já entenderam que as medidas fiscais têm de ser aprovadas”.

O cenário de golpe dentro do golpe está montado e é explícito até na postura adotada pelas Organizações Globo, que, supostamente, tomaram a frente das denúncia contra Temer. O posicionamento do grupo foi expresso em editorial do jornal O Globo, que defendeu a renúncia de Temer, seguida de eleições indiretas para a Presidência da República e a manutenção da agenda reformista. Face a toda essa orquestração, a mobilização da sociedade brasileira é fundamental. O “Fora Temer” é uma bandeira da Contee e dos trabalhadores em educação do setor privado, bem como de todo o conjunto da classe trabalhadora, desde a destituição ilegítima da presidenta Dilma Rousseff no ano passado. No entanto, para nós, ela está seguida de “Diretas já”, porque não é possível evitar os retrocessos que seguem em curso apenas trocando um golpista por outro, eleito indiretamente por um Congresso, em sua maioria, conivente, corrupto e defensor dos interesses do capital.

É por esta pauta que brasileiros e brasileiras saíram as ruas no último domingo (21) e é também por ela que Brasília será ocupada na próxima quarta-feira (24) por milhares de trabalhadores e trabalhadoras: a exigência da revogação das medidas nocivas tomadas pelo governo Temer, a suspensão da tramitação das reformas trabalhista e previdenciária, a restauração da ordem democrática rompida no ano passado e a convocação de eleições diretas e imediatas para a Presidência da República.

Nenhum direito a menos! Fora Temer! Diretas já!

Por Táscia Souza, da Contee