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No RS, professores fazem paralisação contra parcelamento de salários

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Os professores das escolas estaduais do Rio Grande do Sul cruzam os braços nesta quinta-feira (4). Eles se unem aos servidores da saúde e segurança que prometem para hoje protestos contra o governo de José Ivo Sartori (PMDB), que impôs novamente o parcelamento dos salários dos funcionários do Executivo estadual – a nona vez desde que assumiu o governo, em janeiro de 2015.

Em Porto Alegre, o Colégio Estadual Julio de Castilhos, o Julinho, o mais tradicional do Estado, está sem aulas. As atividades devem ser retomadas apenas amanhã. Conforme o Cpers-Sindicato, que representa os profissionais de ensino, um balanço da paralisação das escolas deve ser divulgado no fim do dia.

“O mínimo que se pode exigir de um gestor é que ele pague o salário dos servidores em dia. O que se faz com R$ 650,00? Estudamos e trabalhamos muito para vivermos com dignidade e honrarmos com nossos compromissos. Como podemos desenvolver um trabalho de qualidade quando temos de conviver com o desrespeito e o terrorismo deste governo?”, afirmou a presidente do Cpers-Sindicato, Helenir Aguiar Schürer.

A orientação do sindicato é que seus filiados compareçam à vigília que está sendo montada na Praça da Matriz, em frente ao Palácio Piratini – sede do Executivo do RS -, no centro de Porto Alegre, e se juntem aos demais servidores públicos estaduais.

“O sorriso do secretário da Fazenda, Giovani Feltes, ao anunciar o parcelamento dos salários foi um deboche com todos os servidores do Executivo do RS”, comentou Helenir.

Os professores gaúchos vêm de uma greve de 53 dias parados, encerrada no dia 7 de julho, sem a conquista do reajuste salarial.

 

Exagero

Nessa quarta-feira, o governador Sartori chamou de exagerada a paralisação dos servidores do Executivo estadual marcada para hoje.

“Achei um pouco estranha essa manifestação, na medida que ela exagera na dose. Sabemos que existe uma movimentação nacional no dia de amanhã [hoje] e espero que isso não se confunda politicamente”, avaliou Sartori.

 

 

Fonte: Uol

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CPI da Merenda ‘poupa’ políticos citados em esquema de depor

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Em junho, estudantes comemoraram a abertura da CPI da Máfia da Merenda, na Alesp

O relator da CPI da Merenda na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), deputado Estevam Galvão (DEM), excluiu os parlamentares paulistas suspeitos de envolvimento no esquema de desvio de dinheiro da alimentação escolar no Estado da lista de depoentes da comissão, que retoma os trabalhos nesta quarta-feira, 3, após um mês de recesso.

Entre os “poupados” pela CPI está o presidente da Alesp, Fernando Capez (PSDB), acusado por dois delatores da Operação Alba Branca de ter recebido propina em contratos da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf) com prefeituras e com a Secretaria Estadual da Educação do governo Geraldo Alckmin (PSDB). Capez nega.

Aliado dos tucanos, Galvão divulgou na terça-feira, 2, o plano de trabalho da CPI no qual lista 16 pessoas que devem ser convidadas ou convocadas a depor. Além de Capez, também ficaram fora da relação de depoentes os deputados estaduais Luiz Carlos Gondim (SD) e Fernando Cury (PPS), e os deputados federais Baleia Rossi (PMDB), Duarte Nogueira (PSDB) e Nelson Marquezelli (PTB), todos citados nas investigações e que também negam as acusações.

O roteiro será colocado em votação nesta terça-feira na CPI, onde oito dos nove integrantes são da base aliada de Alckmin, incluindo o presidente, Marcos Zerbini (PSDB). “É a prova material da blindagem que a CPI quer fazer ao presidente Capez, que é citado diversas vezes e que tem assessores seus envolvidos nesse escândalo”, criticou Alencar Santana (PT), único deputado da oposição na comissão.

 

Ordem

O petista criticou ainda a ordem de depoimentos, que prevê ouvir primeiro o corregedor-geral do Estado, Ivan Francisco Pereira Agostinho, e todos os acusados que não são políticos, como o ex-secretário da Educação Herman Voorwald, o ex-chefe de gabinete da pasta Fernando Padula, e três ex-assessores de Capez: Jéter Rodrigues, Merivaldo dos Santos e Luiz Carlos Gutierrez, o Licá.

Somente depois serão ouvidos os ex-integrantes da Coaf e lobistas presos pela Operação Alba Branca no início deste ano e que delataram os pagamentos de propina aos demais. “Não tem lógica ouvir primeiro quem está sendo acusado daquele que o acusa. Esse roteiro foi feito única e exclusivamente para favorecer a defesa dos acusados e prejudicar a investigação da CPI”, disse Santana.

O relator Estevam Galvão rebate as críticas dizendo que Capez ainda não será convocado porque “o nome dele ainda não foi citado oficialmente em nenhum lugar a não ser na imprensa”. Segundo ele, “já está previsto que (Capez) será convocado” após recebimento do inquérito da Alba Branca.

Galvão disse ainda que ouvir os acusados antes pode “dar mais instrumentos” para a CPI. “Mas isso não é uma coisa inflexível”, afirmou.

 

Fonte: Uol

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Em duas semanas, consulta sobre “Escola sem Partido” tem maioria contra

Em duas semanas, consulta pública sobre o Escola sem Partido bate recorde e ultrapassa os 360 mil votos.

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No dia em que completa duas semanas, a consulta pública sobre o projeto de lei que institui o programa Escola sem Partido entre as diretrizes e bases da educação ultrapassou nesta segunda-feira as 360 mil votações no portal e-Cidadania, do Senado Federal. Até as 14h30, quase 368 mil pessoas haviam se manifestado contrárias ou favoráveis à proposta – que defende a “neutralidade do ensino” por meio da proibição de suposta “doutrinação ideológica” nas escolas. Desse total, a maioria, com uma diferença de cerca de 10 mil votos, era contrária ao projeto.

A consulta bateu o recorde de votações na história do e-Cidadania — a segunda proposta com mais participação, 183.597 manifestações, é a do projeto que propõe a reformulação da lei do Ato Médico.

A inspiração para o projeto de lei sobre o Escola sem Partido no Senado – a qual embasa outros quatro projetos do tipo, na Câmara dos Deputados, e além de sete Assembleias Legislativas e 12 Câmaras municipais – é a proposta idealizada em 2004 pelo advogado Miguel Nagib, procurador paulista.

No Senado, o autor da matéria é o senador Magno Malta (PR-ES), que justifica ser “fato notório que professores e autores de materiais didáticos vêm se utilizando de suas aulas e de suas obras para tentar obter a adesão dos estudantes à determinadas correntes políticas e ideológicas para fazer com que eles adotem padrões de julgamento e de conduta moral – especialmente moral sexual – incompatíveis com os que lhes são ensinados por seus pais ou responsáveis.”

Além de opinar sobre o projeto, os participantes da consulta também podem enviar comentários e sugestões de mudança de cada item previsto no texto, além de acompanhar a tramitação dele na Casa. O relator é o senador Cristovam Buarque (PPS-DF).

No último dia 22, a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, do MPF (Ministério Público Federal), encaminhou ao Congresso Nacional uma nota técnica em que aponta a inconstitucionalidade do projeto de lei 867/2015, que inclui o programa Escola sem Partido entre as diretrizes e bases da educação nacional. O projeto de lei tramita na Câmara, com autoria do deputado Izalci Lucas (PSDB-DF), mas, segundo o MPF, a nota valerá também “para todas as proposições legislativas correlatas”.

Na nota técnica, a procuradora federal dos Direitos do Cidadão, Deborah Duprat, afirma que o projeto “nasce marcado pela inconstitucionalidade”. A justificativa é que o artigo 205 da Constituição Federal traz como objetivo primeiro da educação o pleno desenvolvimento das pessoas e a sua capacitação para o exercício da cidadania. “Essa ordem de ideias não é fortuita. Ela se insere na virada paradigmática produzida pela Constituição de 1988, de que a atuação do Estado pauta-se por uma concepção plural da sociedade nacional. Apenas uma relação de igualdade permite a autonomia individual, e esta só é possível se se assegura a cada qual sustentar as suas muitas e diferentes concepções do sentido e da finalidade da vida”, escreveu a procuradora.

 

Idealizador do ESP se diz “surpreso” com reação contrária

Em entrevista ao UOL, o procurador Miguel Nagib, idealizador do movimento Escola sem Partido, afirmou ficar surpreso com os posicionamentos contrários à iniciativa.

“Me pergunto: como alguém pode votar contra esse projeto? Quem é contra, reivindica os direitos que o programa nega ao professor – o de se aproveitar da presença obrigatória dos alunos em sala para promover seus próprios direitos, opiniões, preferencias ideológicas ou políticas. Em suma, o direito de fazer propaganda política dentro da sala de aula”, disse, para completar: “Quem faz oposição são professores que não querem e não aceitam os limites colocados pelo programa — defendem, portanto, o direito de praticar essas condutas. Não há outra posição lógica a essa visão. Mesmo discordando do programa, vejo que alguns professores não querem que seus alunos fiquem sabendo que essas obrigações existem – porque não querem que a sua autoridade seja confrontada.”

 

Fonte: Uol

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“Os direitos trabalhistas são inegociáveis”, avisa presidente da CTB

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“Não recebi procuração para vender direitos trabalhistas. As conquistas da classe trabalhadora a ela pertence. Tenho plena consciência, direitos conquistados são inegociáveis”, avisa o presidente nacional da CTB, Adilson Araújo, ao rebater informação de que negociaria com reformas Trabalhista e da Previdência com a gestão interina de Michel Temer.

A reunião ocorreu nesta quarta-feira (27), em Brasília, e estiveram presentes representantes na reuda UGT, NCST, Força Sindical e da CSB. A pauta apresentada pelo ministro interino do Trabalho, Ronaldo Nogueira, era a proposta de “modernização da legislação trabalhista”.

“Com o discurso da “modernização”, no qual o objetivo das empresas capitalistas é baixar o custo da mão de obra e aumentar a cesta de lucros das empresas, a gestão Temer quer aprovar o negociado sobre o Legislado, a terceirização irrefreável e acabar com a Previdência Social, o maior programa de distribuição de renda do país”, alertou Araújo.

Além do ataque direto à CLT, Nogueira abordou a possibilidade de prorrogação do Programa de Proteção ao Emprego (PPE) . Além disso, tratou da tese do acordado sobre o legislado, proposta que rasga a CLT e a Constituição Federal, relativizando a questão. Segundo ele, é preciso “definir quais pontos específicos da negociação coletiva que terão força de lei e não poderão ser desfeitos”. E citou como exemplo o “contrato de serviço especializado”.

O ministro interino só esqueceu de dizer que tais propostas precarizam o mundo do trabalho e abrem espaço para a terceirização. Além disso, as declarações do ministro interino causam estranheza, tendo em vista que após reunião com Temer, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, de que o Brasil deveria ampliar sua carga horária de trabalho em até 80 horas semanais e de 12 horas diárias para classe trabalhadora.

“O que eles chamam de modernização enseja um tipo de escravidão contemporânea. Por trás desse discurso, querem implantar a era do “açoite” digital e quem vai sofrer na pele é a classe trabalhadora. Temerário, o conluio golpista quer desconstruir o Estado Nacional, acabar com a CLT desregulamentando o trabalho e sepultar o sonho de dias melhores de milhões de brasileiros e brasileiras”, ressaltou o presidente da CTB.

 

Fonte: CTB

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A IMPORTÂNCIA DA BOA POSTURA PROFISSIONAL

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Em meio à convivência proferida no ambiente escolar, salienta-se, de forma inegável, o fato de que o professor é concebido como um referencial para seus alunos. Obviamente que tal concepção tanto pode ser contemplada de forma positiva, quanto negativa.

Tendo em vista que o educador, teoricamente, deve ser o centro das atenções, o mesmo torna-se alvo de constantes avaliações. E tal afirmativa funde-se com a importância a que se deve à constante vigilância no que se concerne à imagem pessoal, uma vez que esta reflete diretamente no bom profissionalismo.

Muitas vezes, atitudes dizem mais do que qualquer discurso, daí a necessidade de as mesmas serem proferidas mediante a uma postura correta e coerente, partindo do pressuposto de que o respeito, a justiça e a moral são elementos primordiais inerentes à conduta cotidiana ética, referente a todo ser humano.

O referencial anteriormente mencionado muitas vezes é atribuído em consonância com o surgimento de possíveis obstáculos, dentre os quais, o posicionamento adotado pelo educador é automaticamente contestado ou aplaudido por parte dos educandos.

Com base nestes postulados, ressalta-se a importância de o educador repensar constantemente suas práticas pedagógicas, procurando aprimorá-las sempre que necessário. Bons exemplos, confiança e autoridade são virtudes conquistadas de acordo com o decorrer da convivência.

Ao assumir uma postura profissional adequada, o educador deverá se ater à importância de se instaurar um clima de reciprocidade, principalmente no que se refere ao respeito. Sendo assim, tal possibilidade se concretizará efetivamente, tendo ele como principal agente de todo o processo.

Primeiramente, antes de conquistar o respeito, é necessário se dar ao respeito, e certas atitudes acabam comprometendo os objetivos propostos. Portanto, algumas medidas tendem a colaborar para que os mesmos sejam concretizados de forma plausível. Entre elas destacam-se:

# Evitar que sejam proferidas palavras de baixo calão no ambiente de sala de aula, pois tal atitude denota falta de respeito para com os alunos;

# Saber contornar de forma autônoma e dinâmica os possíveis obstáculos provenientes das relações interpessoais, bem como dos resultados advindos do processo de ensino-aprendizagem;

# Procurar cumprir com os prazos preestabelecidos quanto à entrega de resultados referentes a trabalhos, avaliações, seminários e outras atividades extraclasse. Posturas como estas conferem confiabilidade.

# Cumprir com regras previamente estabelecidas, seja de forma coletiva ou individual, uma vez que a atitude mantém o instinto de autoridade, fato indispensável na preservação do instinto de liderança.

 

Fonte: Brasil Escola – Canal do Educador.

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Como o gosto pela leitura pode ser estimulado na educação infantil

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Roda de leitura na Escola da Vila

Em um contexto de pouca valorização da leitura, como a escola pode contribuir para a formação de leitores no Brasil? Como superar seus desafios e formar leitores autônomos que gostem de ler? Ensinar algo tão grandioso é uma tarefa desafiadora, mas, talvez por isso mesmo, uma das mais fantásticas que existem.

O estímulo à leitura pode começar desde cedo, ainda na educação infantil. Veja abaixo o cenário da formação de leitores na primeira infância, seus desafios e exemplos de práticas.
Cenário
A Academia Americana de Pediatria recomenda aos médicos que orientem os pais a lerem para os seus filhos. Desde o nascimento, a superestimulação tem se tornado uma constante em casa e invadido o espaço escolar. Livros no banho e e-books são elementos cuja proposta é desencadear o gosto pela leitura logo cedo. O equilíbrio entre inseri-los na cultura letrada e “forçar” funções para as quais ainda não estão preparados, defendem os especialistas, depende de bom senso.

 

Desafio
Como mediadores, pais e educadores têm a missão de apresentar os livros, as histórias e o mundo da imaginação a seus filhos e alunos. A falta de materiais de trabalho nas escolas é um problema a ser enfrentado. Pesquisa da pedagoga Cyntia Girotto revela que os livros do Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) não contemplam crianças dos 0 até os 3 anos. O estudo “Literatura e Primeira Infância: dois municípios em cena e o PNBE na formação de crianças leitoras” foi realizado de 2011 a 2014 em Presidente Prudente e Marília, interior paulista. “Negar o acesso desse material aos pequenos é negar a eles a possibilidade de forjarem para si, desde a tenra infância, uma identidade leitora”, diz Cyntia, professora na Faculdade de Filosofia e Ciências da Unesp-Marília.

 

Exemplos de práticas
O primeiro passo é o professor ter um critério para a escolha dos títulos. Afinal, nessa fase pré-alfabetização eles têm especificidades e mudam conforme a idade. “O livro do bebê é especial: tem de ser cartonado, ou emborrachado, e o texto imagético deve se agregar ao texto escrito, o que aguça as percepções, atenção, linguagem oral e memória”, explica Cyntia Girotto. A partir dos 3 anos, obras que se utilizam do lúdico e da fantasia despertam a imaginação. A leitura em voz alta e a contação de histórias são práticas que devem estar presentes na escola. Para as crianças maiores, vale investir em rodas de leitura e na elaboração de ilustrações ou dramatizações a partir de um texto. “Quando partilhada, a leitura se torna saborosa, se transforma em uma experiência formadora”, defende Gilda Carvalho, mestre em Literatura Brasileira e uma das autoras do Manual de reflexões sobre boas práticas de leitura (Editora Unesp).

 

Fonte: www.revistaeducacao.com.br

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Encontro da UNE irá debater plebiscito sobre novas eleições

Entre sexta (15) a domingo (17), 500 lideranças estudantis de Diretórios Centrais, Uniões Estaduais e Executivas de Curso se encontram em São Paulo durante o 64º Conselho de Entidades Gerais da UNE (CONEG). O objetivo será discutir com o conjunto do movimento estudantil a crise política, os desafios na Educação e a defesa da democracia. O tema desta edição, “O Brasil se UNE pela democracia”, aglutinará ideias e vai pautar as ruas para as lutas do próximo período.

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Fonte: Mídia Ninja

“Nesses quase 80 anos de vida, a UNE marcou posição contra o nazi-fascismo, defendeu o petróleo como patrimônio nacional, organizou a resistência à ditadura militar, ao neoliberalismo, às privatizações e sempre se colocou na linha de frente em defesa da democracia”, diz Carina Vitral, presidenta da UNE.

“Nós, da atual geração da UNE, dos DCEs e das UEEs de todo o Brasil também temos um legado. Porém ele está sendo duramente atacado. O golpe de estado planejado por Michel Temer, Eduardo Cunha, aliados a outros conspiradores inconformados com o resultado das últimas eleições, prova-se também um golpe fortíssimo contra os avanços da educação brasileira dos últimos anos” acrescenta Carina.

Programação 

Este ano, a programação do CONEG está muito mais densa do que nas edições anteriores. São 18 debates, divididos entre sexta e sábado (15 e 16), com temas ligados à educação, saúde, juventude, democratização da comunicação, o golpe à democracia, além de discussões acerca do combate ao racismo, à lgbtfobia e sobre a cultura do estupro.

Além disso, os estudantes irão deliberar sobre as pautas da luta estudantil por meio de grupos de trabalhos. Dessas conversas sairão propostas que serão votadas na plenária final, que acontece no domingo (17), a partir das 9h.

Diante da grave crise política pela qual passa o país, um dos assuntos a serem debatidos pelos representantes das entidades estudantis é o plebiscito sobre novas eleições gerais. A partir das discussões, pretende-se chegar num consenso sobre essa questão.

Dentre os convidados do evento, estão o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), e o ex-advogado geral da União, José Eduardo Cardozo, que participarão da mesa “Diálogo que nos UNE: Saídas para a crise”, no sábado (16), às 15h

O futuro da educação diante da complexa conjuntura do país, com redução de investimentos e silenciamento sobre as metas do PNE por parte do governo golpista será um dos assuntos debatidos em “O Plano Nacional de Educação e os rumos do Sistema Nacional de Educação”, na sexta-feira (15), às 15h. Esta mesa contará com a presença do coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, e do deputado federal Angelo Vanhoni (PT-PR), relator do PNE.

O problema da educação privada também terá destaque. A fusão de megagrupos educacionais como a Kroton e a Estácio e essa preocupante invasão dos tubarões de ensino no setor serão abordadas no debate intitulado “Mercantilização da educação, fusões e monopolização do ensino privado”, no sábado (16), às 10h, com presença de Conceição Aparecida Fornasari (FEPESP) e Maria Clotilde Lemos Petta (CONTEE).

O cientista político e blogueiro Leonardo Sakamoto participará da mesa “A atualidade do debate sobre a democratização da comunicação”, na sexta-feira, às 15h, juntamente com Bia Barbosa (FNDC), Daniel Macedo (Enecos) e Laura Capriglione (Jornalista Livres).

Marcio Pochmann, presidente da Fundação Perseu Abramo, falará na mesa de sexta-feira, “Para onde leva a ponte para o futuro?”, ao lado do diretor do Instituto Lula, Luiz Dulci, e do deputado federal Wadih Damous (PT-RJ).

O que é o Coneg? 

CONEG, o Conselho Nacional de Entidades Gerais, é um fórum deliberativo organizado anualmente pela UNE. O objetivo é reunir os representantes de Diretórios Centrais dos Estudantes (DCEs), Uniões Estaduais dos Estudantes (UEEs), federações e executivas de cursos de todo o Brasil. Normalmente, o CONEG é realizado para convocar as atividades da UNE, como o Congresso e a Bienal de Cultura, ou aprovar uma pauta específica, por exemplo, a plataforma política que os estudantes apresentam a cada eleição, com reivindicações dos jovens. Qualquer estudante pode participar.
 

 

Fonte: UNE

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Frente Nacional contra o Escola Sem Partido: Contee presente!

Será lançada hoje (13), no Rio de Janeiro, a Frente Nacional contra o projeto Escola Sem Partido. A mobilização está marcada para 9h30, no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ. Como ressalta o manifesto da Frente Nacional, assinado por diveresas entidades, entre as quais a Contee, ‘‘defender a escola sem partido é defender a escola com apenas um partido. Partido daqueles que são contra uma educação laica e contra o debate sobre gênero, fortalecendo assim a cultura do estupro e a LGBTTIfobia presente em nosso país. Defendemos a escola crítica sim, a educação libertadora, a pluralidade de ideias e a liberdade de expressão e pensamento’’.

Confira abaixo a íntegra do manifesto:

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Fonte: Contee

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UNESCO defende educação sexual e de gênero nas escolas para prevenir violência contra mulheres

Para a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) no Brasil, aprofundar o debate sobre sexualidade e gênero contribui para uma educação mais inclusiva, equitativa e de qualidade, não restando dúvida sobre a necessidade de a legislação brasileira e os planos de educação incorporarem perspectivas de educação em sexualidade e gênero.

Segundo a organização, declarações foram divulgadas diante de fatos recentes ocorridos no país no que se refere à violência sexual.

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Para a UNESCO no Brasil, aprofundar o debate sobre sexualidade e gênero contribui para uma educação mais inclusiva. Foto: MEC

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) no Brasil reafirmou nesta terça-feira (7) seu compromisso com a garantia dos direitos das mulheres e da população LGBT, posicionando-se de forma contrária a toda forma de discriminação e violação dos diretos humanos em qualquer circunstância e, em especial, em espaços educativos.

“As desigualdades de gênero, muitas vezes evidenciadas pela violência sexual de meninas, expõem a necessidade de salvaguardar marcos legais e políticos nacionais, assim como tratados internacionais, no que se refere à educação em sexualidade e de gênero no sistema de ensino do país”, disse a agência das Nações Unidas em comunicado.

Segundo a organização, as declarações foram divulgadas diante de “recentes fatos ocorridos no país no que se refere à violência sexual”.

Para a UNESCO no Brasil, aprofundar o debate sobre sexualidade e gênero contribui para uma educação mais inclusiva, equitativa e de qualidade, não restando dúvida sobre a necessidade de a legislação brasileira e os planos de educação incorporarem perspectivas de educação em sexualidade e gênero.

“Isso se torna ainda mais importante uma vez que a educação é compreendida como processo de formar cidadãos que respeitem às várias dimensões humanas e sociais sem preconceitos e discriminações”, disse a agência da ONU.

Um dos compromissos dos países-membros das Nações Unidas é garantir o cumprimento da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, adotada pelo Brasil e todos os outros Estados-membros da ONU em 2015. Entre os 17 objetivos globais da agenda, está a garantia de ambientes de aprendizagem seguros e não violentos, inclusivos e eficazes, e a promoção da educação para a igualdade de gênero e os direitos humanos.

Resultado de amplo debate internacional, o Marco de Ação Educação 2030 joga luz sobre a importância da perspectiva de gênero na educação.

“Esta agenda dedica especial atenção à discriminação baseada em gênero, bem como a grupos vulneráveis, e para assegurar que ninguém seja deixado para trás. Nenhum objetivo de educação deve ser considerado cumprido a menos que seja alcançado por todos”, afirmou trecho do documento da reunião, realizada em novembro do ano passado, paralelamente à 38ª Conferência Geral da UNESCO, com a presença de ministros e especialistas.

A UNESCO ressaltou em todos os seus documentos oficiais que estratégias de educação em sexualidade e o ensino de gênero nas escolas é fundamental para que homens e mulheres, meninos e meninas tenham os mesmos direitos, para prevenir e erradicar toda e qualquer forma de violência, em especial a violência de gênero.

A agência da ONU já possui diversos materiais que podem ajudar os educadores do país a incluírem questões de gêneros nos debates de suas aulas e seus espaços educativos (clique aqui para saber mais).

“A eliminação das desigualdades de gênero é determinante para a construção de uma sociedade inclusiva e equitativa”, disse a UNESCO. “Todos os estudantes têm o direito de viver e aprender em um ambiente livre de discriminação e violência. Com educação e diálogo é possível prevenir a violência de gênero”.

 

Fonte: UNESCO.