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Membros da diretoria do Sinpro Goiás participam de Audiência Pública promovida pelo Conselho Municipal de Educação de Goiânia

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O presidente e a secretária de Comunicação do Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – Sinpro Goiás, Prof. Alan Francisco de Carvalho e Rosilayne Cavalcante Silva participaram da Audiência Pública promovida pelo Conselho Municipal de Educação de Goiânia sobre a Minuta de Resolução para a normatização de funcionamento da Educação Infantil no município de Goiânia.

O encontro aconteceu nesta terça-feira, no Auditório Jaime Câmara da Câmara Municipal e teve como objetivo ouvir as demandas, perspectivas e proposições de diferentes segmentos da sociedade. No dia 13/09 haverá outra audiência com o mesmo tema.

A Conferência inaugural foi ministrada pela Professora Mírian Fábia, da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás – UFG.

 

 

Por

Elen Aguiar

Assessora de Comunicação do Sinpro Goiás

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Reitores das federais em SP não descartam fechamento de cursos

Falta de verba agrava situação das universidades, que já “cortaram tudo o que podiam”. Auxílio a estudantes está comprometido e obras paradas ameaçam atendimento no hospital São Paulo, da Unifesp.

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Maurício de Souza/Alesp

A Frente Parlamentar em Defesa das Universidades Públicas no estado de São Paulo e reitores das universidades federais localizadas em São Paulo (Unifesp), do ABC (UFABC), de São Carlos (UFSCar) e do Instituto Federal de São Paulo (IFSP) vão solicitar audiência com os ministros da Educação, Mendonça Filho, da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Orçamento e Gestão, Dyogo Henrique de Oliveira, para apresentar as dificuldades enfrentadas nas instituições.

A decisão foi tomada na manhã desta quinta (18), durante reunião da frente feita para discutir a grave crise. Um documento já está sendo finalizado pelos reitores para ser levado às audiências. E o coordenador da frente, deputado Carlos Neder (PT), vai pedir autorização à Assembleia Legislativa para acompanhar os reitores a Brasília.

“Pelas incertezas, está em jogo todo o avanço dos últimos dez anos. Não há futuro para quem não tem sistema forte de educação, ciência e tecnologia para o salto qualitativo. E precisamos juntar forças”, disse o pró-reitor de gestão de pessoas da UFSCar, Mauro Rocha.

“Se os parâmetros de corte continuarem, a universidade estará inviabilizada. Temos de ir aos ministérios, ao parlamento, para reverter esse cenário”, disse a reitora da Unifesp, Soraya Smailli. Segundo ela, há obras paralisadas na ampliação de ambulatórios do Hospital São Paulo, que atende à população da capital e de diversas cidades do interior.

“Se a atual situação perdurar, em dois anos, o nosso ensino vai ser à base do cuspe e giz, vamos ter de cortar vagas”, disse Eduardo Antonio Módena, reitor do Instituto Federal de São Paulo. De acordo com ele, mais da metade dos alunos são cotistas e dependem de assistência estudantil. “Vai aumentar a evasão porque essa assistência é fundamental.”

Prestes a completar 10 anos – a mais jovem as instituições – a UFABC se destaca em diversos rankings e é a única no país a ter 100% dos professores com doutorado. Usando notas do Enem como sistema de seleção desde que foi criada e com adoção do sistema de cotas, foi avaliada pelo índice geral de cursos do MEC como a melhor universidade no estado de São Paulo e primeira no ranking de cursos de graduação entre todas as universidades do país.

“Isso comprova que a inclusão de alunos, a maioria de baixa renda, vindos da escola pública, não atrapalha os resultados da universidade, como muitos apontam”, disse o reitor Klaus Capelle, da UFABC. “É isso tudo que está em risco com os cortes”.

 

 

Fonte: Rede Brasil Atual

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Seis ações que comprovam plano de Temer para falir a educação

Desde que chegou ao poder por meio de um processo de impeachment sem fundamentos legais, Michel Temer vem desconstruindo as políticas educacionais que promoveram a inclusão de milhares de jovens nos últimos anos. Com o falso argumento de que “as ações são necessários para enfrentar a crise”, o Ministério da Educação (MEC) encerra programas, exonera funcionários, nomeia empresários do ensino privado e anuncia um corte de R$ 350 milhões no orçamento das universidades federais.
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Listamos algumas ações do interino, que, por meio do seu ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM-PE), promove o desmonte da pasta e retrocessos comparáveis aos tempos em que Fernando Henrique Cardoso presidia o país. Enumeramos abaixo algumas ações do governo Temer para falir a educação pública brasileira:

encontro_com_ministro991881- Apoio a grupos de extrema direita 

Com a maioria dos movimentos em defesa da educação contrários ao golpe político que afastou a presidenta Dilma do poder, Mendonça Filho resolveu mostrar a representatividade do MEC recebendo em seu gabinete o grupo de extrema direita “Revoltados on Line”, que pregam ações de ódio em seu discurso nas redes e defendem calorosamente a implementação do projeto “Escola sem Partido” cujo objetivo é punir professores que por ventura venham a ensinar o que é marxismo em sala de aula.

2- Desrespeito com o movimento educacional

Logo após ouvir seus conselheiros de extrema direita, Mendonça revogou a nomeação de 12 conselheiros do Conselho Nacional de Educação (CNE), que atuavam  de forma efetiva na construção e avaliação da política nacional de educação. Movimentos sociais foram ao MEC denunciar a ação ilegítima, mas foram recebias com truculência no local e ignorados pelo ministro.

eu_pago,_nao_deveria991893- Sucatear mais ainda as universidades privadas e lucros exorbitantes aos empresários

Que nome indicar para a secretaria que regulamenta o ensino das universidades privadas no MEC? Um empresário das universidades privadas, claro. Mendonça nomeou para Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres) um dos principais empresários do meio, Maurício Costa Romão, como titular da pasta. “É A raposa toma conta do galinheiro” denunciou na a presidenta da UNE, Carina Vitral. Se algum dia houve um fio de esperança na regulamentação do ensino privado, ela se estancou com essa nomeação. As universidades privadas continuaram com seus lucros exorbitantes, oferecendo um serviço sucateado e tratando o estudante como mera mercadoria.

4- Cortes de 350 milhões nas universidades federais

Programa de bolsas, pesquisa, extensão, assistência estudantil, folha de pagamento em dia, podem estar comprometidos com os cortes promovidos por Temer na área da educação, que prevê a reducão de 45%  em recursos para as 63 universidades federais, um impacto de R$ 350 milhões a menos que o orçamento de 2016. A realidade das universidades pouco se assemelha a um passado recente de expansão que se consolidou com o programa Reuni, inciativa do governo Lula que promoveu a expansão de vagas noturnas, construções de novos polos universitários no interior e a contratação de novos professores e técnicos administrativos. Reitores alertam que irão passar dificuldades para gerir as universidades caso o corte seja de fato implementado.

5- O Partido do ministro é contra as cotas 

O partido Democratas (DEM), antigo Arena dos tempos de bipartidarismo da ditadura militar, tem em seu DNA a luta contra as conquistas do povo brasileiro. O partido ao qual o Ministro Mendonça filho é filiado entrou com uma ação no STF em 2012 alegando ser inconstitucional a implementação das cotas raciais. Por unanimidade, a corte votou pela constitucionalidade das cotas. O próprio ministro disse na ocasião “não é por esse caminho – das cotas baseadas em raça – que vamos integrar a nossa sociedade”.

negros_ok613096- Queda das bolsas nas universidades privadas

O ProUni e o Fies são programas fundamentais para o estudante com baixa renda poder ter acesso ao ensino superior, mas o governo já sinalizou que o financiamento das bolsas não será a prioridade do governo. Mendonça Filho declarou que não seriam abertas novas vagas para o ProUni no segundo semestre de 2016, mas, após repercussão negativa, voltou atrás e as vagas foram disponibilizadas no segundo semestre, com 4.630 bolsas integrais a menos. No caso do Fies, o programa sofreu um duro impacto com um corte de 90 mil vagas. 

O governo interino segue implementando sua agenda neoliberal nas políticas educacionais e os planos de atingir as metas do Plano Nacional de Educação se torna cada vez mais distante, afetando políticas de inclusão social e soberania nacional. Os órgãos em defesa da educação pública, educadores e movimentos sociais declararam que seguiram na luta denunciando o retrocesso sem precedentes na pasta.

 

Fonte: Portal Vermelho 

 

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Alerta à Comunidade Universitária e à Sociedade Goiana

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Diminuição dos recursos financeiros das universidades federais em 2017 pode comprometer o funcionamento da UFG

 

O Ministério da Educação está propondo ao Congresso Nacional, para o ano de 2017, um volume de recursos financeiros para as Universidades Federais (UFs) brasileiras inferior ao estabelecido em 2016. A soma dos recursos para o pagamento de água, luz, telefone, limpeza, vigilância, material de consumo, terceirizados (chamadas despesas de custeio), obras e equipamentos (chamadas despesas de capital) serão reduzidos, em média, 20% para o conjunto das instituições, quando comparados a 2016. Há que se considerar que a inflação prevista para o ano de 2016 é de 9,32% e que este percentual de perda se somará ao corte de 20% proposto para o orçamento de 2017, o que representará uma redução total de aproximadamente 30%.

A proposta apresentada pelo Governo Federal para a UFG implica os seguintes percentuais de redução para 2017: 18,3% nos recursos de custeio e 45% nos recursos de capital. Esses percentuais foram apurados supondo que o orçamento de 2016 será integralmente liberado até o final do ano – se isto não ocorrer, a diminuição será ainda maior.

Podemos afirmar que a concretização dessas reduções inviabilizará o desenvolvimento, em sua plenitude, de inúmeros programas e ações em andamento nas UFG e em outras UFs, incluindo aqueles vinculados diretamente às atividades de ensino, pesquisa e extensão, o que poderá significar uma ameaça à qualidade acadêmica de seus cursos de graduação, de pós-graduação e à execução dos projetos de pesquisa e extensão. A situação se agrava ainda mais pelas reduções de bolsas do CNPq e do custeio da pós-graduação pela Capes.

De maneira mais específica, a redução dos recursos financeiros já implementada pelo Ministério da Educação em 2016 e a previsão dos cortes para 2017 atingem/atingirão a UFG, dentre outros, nos seguintes pontos:

1) pagamento das despesas dos serviços terceirizados de limpeza, vigilância, transporte e das despesas com o fornecimento de energia, água e telefonia;

2) conclusão de obras e aquisição/modernização de equipamentos para laboratórios de ensino e pesquisa;

3) implementação das políticas de assistência estudantil, em especial, a construção/reforma de moradias, de restaurantes universitários e a concessão de bolsas permanência;

4)  pagamento de bolsas Pibic, Probec, Prolicen, estágios, monitorias e outros;

4) implantação/consolidação do novo câmpus de Aparecida de Goiânia e dos novos cursos de medicina em Catalão e Jataí;

5) programa de mobilidade nacional e internacional de estudantes, professores e técnico-administrativos;

6) fortalecimento e a ampliação dos projetos culturais;

7) ampliação e o fortalecimento dos projetos de extensão.

 

A UFG é hoje uma das maiores e mais importantes universidades federais brasileiras. Tomando como referência o ano de 2015, a dimensão da UFG pode ser analisada a partir dos seguintes indicadores:

a) 25.860 matrículas presenciais na graduação, sendo que em 2005 eram 12.912 matrículas;

b) 2.705 matrículas no mestrado – em 2005 eram 847;

c) 1.284 matrículas no doutorado – em 2005 eram 172;

d) 149 cursos de graduação – em 2005 eram 73;

e) 96 cursos de mestrado – em 2005 eram 28;

f) 33 cursos de doutorado – em 2005 eram 10;

g) 2.389 professores, com 1.805 doutores – em 2005 eram 1.182, com 623 doutores;

h) 2.469 técnico-administrativos, considerando o Hospital das Clínicas – em 2005 eram 2.203;

i) 2.566 projetos de pesquisa cadastrados – em 2005 eram 965 projetos cadastrados.

 

Essa rápida expansão em apenas dez anos, que é decorrência de uma política pública do Governo Federal, coordenada pelo Ministério da Educação, deixou diversos desafios a serem alcançados, a exemplo da contratação de um número mais expressivo de técnico-administrativos e, em menor medida, professores,   ampliação/melhoria de instalações prediais e área física e aquisição/ manutenção de equipamentos, entre outros, o que exigiria uma elevação dos recursos financeiros destinados à educação superior pública e gratuita e não a sua diminuição, como atualmente proposto. Além disto, a UFG hoje possui câmpus implantados em diferentes regiões do Estado de Goiás, oferecendo cursos de graduação e pós-graduação em Goiânia, Catalão, Jataí, Goiás e Aparecida de Goiânia, o que amplifica a necessidade de recursos financeiros para a integração entre as Regionais.

Deve-se lembrar ainda que:

1) a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), de 1996, estabelece em seu art. 55, que “Caberá à União assegurar, anualmente, em seu Orçamento Geral, recursos suficientes para manutenção e desenvolvimento das instituições de educação superior por ela mantidas.”  e

2) o Plano Nacional de Educação 2014-2014 (Lei nº 13.005/2014) determina, em sua Meta 12, que se deve “elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% (cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento público” e, na Meta 20, que se amplie “o investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto – PIB do País no 5o (quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio.”

 

Portanto, a partir da proposta orçamentária para 2017 apresentada recentemente pelo Ministério da Educação, que prevê redução na casa de 30% dos recursos financeiros das UFs, as duas leis mais importantes que regem a educação brasileira não estarão sendo devidamente consideradas na Lei Orçamentária Anual pelas autoridades nacionais do Poder Executivo.

Essa redução não pode se efetivar e para evitar que isto aconteça contamos com o apoio de professores, técnico-administrativos e estudantes da UFG, da sociedade goiana e, em especial, dos Deputados Federais e Senadores do estado de Goiás.

 

Prof. Orlando Afonso Valle do Amaral

Reitor da UFG

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MEC golpista: precarização, privatização e quebra da gratuidade

Os cortes de recursos para investimentos e custeio das universidades federais para o orçamento de 2017 anunciados nesta quinta-feira (11), Dia do Estudante, são um duro ataque ao povo brasileiro. Mais que isso, fazem parte de uma ação articulada de desmonte da educação pública do nosso país.

educacao111ok99049De início, é importante destacar o impacto do corte proposto pelo governo golpista para as universidades federais.

Os recursos para investimento são aqueles destinados a construção de novos campi, restaurantes universitários, laboratórios e tudo que os e as estudantes reivindicam para permitir a expansão do ensino superior público, ampliando as estruturas das instituições e transformando a vida de cada vez mais brasileiros e brasileiras, em especial da juventude. O ministro golpista Mendonça Filho (DEM) anunciou um corte de 48% nesse orçamento. Já os recursos para custeio são aqueles relacionados com a satisfação dos gastos cotidianos da universidades, referentes à sua manutenção e funcionamento. Diversos contratos de serviço e a compra de material – como folhas de papel para impressão e o sabonete líquido do banheiro, por exemplo – dependem desse orçamento, que sofrerá corte de 18%.

Na prática, as universidades que se capilarizaram pelo país, que expandiram seus campi e que com as cotas conseguiram avançar em direção à democratização do ensino superior, agora sofrerão processo de abrupta precarização, sendo impossibilitadas de atender as demandas básicas a que se propõem. Ainda, com o processo de pluralização do perfil do estudante e da estudante das universidades federais nos últimos anos, é óbvio quem serão os primeiros e as primeiras a sofrerem as consequências da redução de investimentos. Os primeiros materiais de limpeza a faltar serão os das residências universitárias, o prédio que deixará de ser prioridade para reforma será o do restaurante universitário, o laboratório que não mais será construído será o do campus do interior e assim por diante. Retornaremos a um caminho que nos levará ao cenário dos anos 90, com um ensino superior público sucateado e que atende a uma parcela cada vez mais restrita da população.

Para além disso, os cortes anunciados escancaram, ao lado de dois outros fatos recentes e sintomáticos, o projeto de educação dos golpistas para o país.

O editorial d’O Globo – um dos principais atores da articulação midiática do golpe – reivindicando a inconstitucional cobrança de mensalidade em universidades públicas como ferramenta de justiça social, a compra do grupo privado de educação superior Estácio pela multinacional Kroton e o aludido corte brutal no orçamento das universidades federais não podem ser tidos por aleatórios, mas compreendidos como uma ação conjunta de vários setores do golpe, em especial a mídia, o governo ilegítimo e os seus financiadores.

A tentativa de instalação de uma opinião pública favorável ao fim da universidade pública gratuita associada ao sucateamento das instituições públicas e à permissividade com o crescimento do poder de conglomerados de educação privados estrangeiros explicitam o horizonte desses setores: privatizar o ensino superior brasileiro.

Essa pauta, de tão impopular e reacionária, sempre foi sumariamente rejeitada pelo povo brasileiro em situações de normalidade democrática. Os golpistas e seus aliados, então, se aproveitam da tomada ilegítima do poder para buscar viabilizá-la.

Portanto, se nos 11 de Agosto dos últimos anos as jornadas de lutas de nossas entidades se orientavam na pauta de destinação de 10% do PIB para a educação, a ordem do dia é barrar um retrocesso sem precedentes para a sociedade brasileira. Mais do que nunca, ser estudante deve implicar na compreensão do processo de assalto aos nossos direitos e no enfrentamento aos golpistas. É esse o compromisso que devemos firmar com nossa geração, que conquistou e usufruiu do processo democratização do ensino superior público iniciado e que não pode ser condenada à evasão. Ainda, é compromisso com a geração de secundaristas que resiste bravamente contra o golpe, ocupa escolas e não pode ter o seu direito de acesso a um ensino superior público, gratuito e de qualidade tolhido.

Resta a nós e as nossas entidades a capacidade de organizar a indignação de milhões de estudantes brasileiros na luta pela recolocação das rédeas do país na mão do povo. Só assim – com a restauração da democracia e da soberania popular – frustraremos as tentativas de aplicação de um programa de profundos atrasos para o país e enterraremos de vez o projeto neoliberal de educação que segrega e aprofunda desigualdades.

*Gabriel Medeiros de Miranda é estudante de Direito da UFRN e 1º Diretor de Universidades Públicas da União Nacional dos Estudantes.

 

 

Fonte: UNE

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Neste Dia do Estudante, a luta é pelo direito de pensar

Hoje, 11 de agosto, é o Dia Nacional do Estudante. E é também o dia em que, em pleno 2016, eles precisam sair às ruas para defender o acesso à educação pública, protestar contra os cortes e privatizações na área e também lutar em prol de seu direito de aprender, de ter contato com argumentos plurais e de pensar, o qual está sendo cerceado pelas propostas de Lei da Mordaça que tramitam em todo o Brasil.

“A Escola da Mordaça nunca irá nos calar sobre o sucateamento, iremos lutar mais uma vez, contra esse projeto, contra a reorganização, que, mesmo com mais de 200 escolas ocupadas, vem sendo feita por debaixo dos panos, com os cortes que nos atingem de todos os lados”, afirmaram os estudantes secundaristas de São Paulo, organizadores de ato público nesta quinta-feira.

Neste 11 de agosto, a Contee presta sua homenagem a esses estudantes de luta e reafirma que estamos juntos nessa batalha. A defesa da escola pública, gratuita e de qualidade socialmente referenciada, bem como a regulamentação da escola privada – para que esta seja uma opção democrática, e não uma imposição aos estudantes que transforma educação em mercadoria –, são bandeiras da Confederação desde sua fundação, há mais de 25 anos. E a elas se junta agora o combate à Lei da Mordaça, contra a qual a Contee tem atuado fortemente, incluindo o desenvolvimento de uma campanha nacional que será lançada em breve.

A atuação da Contee se fez presente, nesta semana, na 1ª Plenária Estadual de Educação, com o tema “Em defesa da educação e da democracia”, promovida pela Fepesp, na qual a Confederação foi representada pela coordenadora da Secretaria de Políticas Internacionais, Maria Clotilde Lemos Petta.

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Para Conceição Fornasari, diretora da Fepesp e do Sinpro Campinas, o projeto preocupa por representar um enorme retrocesso. “Acho que o nome mais apropriado para o Escola Sem Partido é ‘escola com mordaça’. Porque aprender não é ler e repetir. A leitura que a escola precisa fazer do mundo seja por meio de uma disciplina de humanas ou de exatas é uma leitura crítica. E como você alcança isso? Através do debate. E se o debate é proibido a educação vai naquele rumo que tanto combatemos, que é a educação para robôs e não para seres humanos em sua totalidade.”

A tendência de privatização da educação básica pública, contra a qual os estudantes secundaristas estão nas ruas, também foi alvo de críticas. “Muitas vezes essa privatização é feita de forma ‘branca’. Nas chamadas escolas charter, que são escolas públicas administradas por ONGs, Sistema S ou entidade privadas, os professores continuam sendo remunerados pelo Estado, mas a administração passa a ser privada porque o público não tem qualidade. Isso é uma forma branca de privatizar”, aponta Conceição.

Outro modelo de privatização que está sendo implantado mais vagarosamente, mas que deve se intensificar daqui para frente são os vouchers educacionais. “Você dá uma verba para os pais para eles comprarem uma vaga na escola privada, justificando que o governo – municipal, estadual, federal – está dando a oportunidade do pai escolher. E aí nós temos que entrar na questão da qualidade: não é porque é privada que é boa. Imagina diante de um voucher de 400 reais que escola você vai conseguir pagar para seu filho”, explica Conceição.

A PEC 241/2016, enviada à Câmara dos Deputados em junho, que tem por objetivo aprovar o Novo Regime Fiscal, que pretende limitar o crescimento do gasto público à inflação e revogar as vinculações de percentuais de Receita da União para Saúde e Educação, também foi lamentada. Para Reginaldo Soeiro, do Fórum Estadual da Educação de São Paulo, a aprovação da medida ameaça o cumprimento do próprio Plano Nacional de Educação (PNE), que acaba de completar dois anos. “Com a PEC 241, não é que o PNE corre risco, ele não vai acontecer”, alerta.

Em Brasília

Na semana passada, a Contee, representada por Rodrigo de Paula, coordenador da Secretaria de Juventude – pasta que, por seu próprio nome, mostra a identificação com os estudantes –, também participou da entrega, em Brasília, de ofícios da Frente Nacional Escola Sem Mordaça a diversos órgãos, cobrando audiências em caráter de urgência para posicionamentos acerca das proposições de leis da mordaça nas escolas, como o PL 867/2015, do deputado Izalci Ferreira (PSDB-DF), e o PLS 193/2016, do senador Magno Malta (PR-ES).

Foram realizadas visitas a parlamentares, à Câmara dos Deputados, ao Senado e ao Ministério da Educação (MEC), onde foram protocolados três ofícios, um para cada órgão. Os representantes da frente ainda se reuniram com os senadores Cristovam Buarque (PPS-DF) e Paulo Paim (PT-RS), protocolando mais um ofício junto ao primeiro – que é relator do PLS 193/2016 e membro da Comissão Permanente de Educação, Cultura e Esporte do Senado.

Toda essa mobilização representa a união de trabalhadores em educação e de estudantes em defesa de uma educação sem censura, plural, democrática e cidadã.

 

Da redação, com informações da Rede Brasil Atual, da Carta Educação e do Sinasefe

 

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O que pensam os secundaristas sobre projeto Escola sem Partido

A comunidade estudantil participou de protestos nas ruas de todo Brasil, no último dia 31, contra os retrocessos no setor da educação que ocorreram desde a tomada de posse do governo ilegítimo de Michel Temer. A mobilização nacional reivindicou ainda, a retirada do presidente interino e a realização de um plebiscito popular sobre novas eleições.

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Nesse cenário, secundaristas se uniram ao coro, nas ruas de São Paulo, para protestar contra um dos maiores retrocessos para a educação desde o período da ditadura militar: a Lei da Mordaça. Confira o que pensam os estudantes secundaristas:

Para Isabelle Galane, estudante da Escola Técnica Estadual Professor Horácio Augusto da Silveira: “o projeto Escola Sem Partido se trata, na verdade, de uma proposta muito política. A crítica feita pelo projeto é exatamente aquilo ao que ele se propõe: doutrinar, retirar as pautas da esquerda do debate e privilegiar as da direita. Ele se apresenta com um falso discurso de neutralidade e quem sofre mais são os professores que podem ser prejudicados judicialmente! ”, explicou.

Nas palavras do colega de escola da jovem, Tarik Gonlçalves: “em pleno século XXI, estão querendo nos fazer retornar para a ditadura! Novas regras são criadas para os professores, mas nada é dialogado, discutido com eles. Esse projeto é algo que restringe a participação do estudante e do professor, feito por pessoas que não participam diretamente da educação e, portanto, não sabem o que é estar dentro da sala de aula, lecionando! Além disso, nesse processo o estudante é tratado como se não soubesse o que é bom ou não para si e para a escola”, concluiu.

Na avaliação do secundarista Caio Mateus Monobato, da Escola Técnica Estadual Professor Horácio Augusto da Silveira : “a Lei da Mordaça busca não só diminuir o espaço do professor, que deveria ser um mediador do conhecimento dentro da sala de aula, mas também coloca em risco o pensamento crítico e livre do estudante. A partir disso, o projeto foi colocado para adestrar ainda mais os secundaristas e ensinar a eles uma coisa: que devemos nos preparar para um mercado neoliberalista, onde seremos apenas produtos”, criticou.

No ponto de vista do vice-presidente regional da UBES do estado do Amazonas, Juan Wendel, “quando falamos desse PL, falamos também sobre a nossa democracia e um pouco do que vivemos na conjuntura nacional atual. A partir do momento em que esse governo assumiu o poder, o Ministério da Educação lançou a proposta da Lei da Mordaça. Trata-se de um projeto que não iremos aceitar, já que ele retira a liberdade de expressão, a diversidade, as pautas do movimento feminista, negro e LGBT de dentro das salas de aula. Queremos uma escola ampla, em que a diversidade seja respeitada! A Lei da Mordaça torna a escola antidemocrática, prega a opressão à juventude e aos segmentos que já são marginalizados pela sociedade!”, denunciou.

O secundarista Fernando Ferreira, estudante da Escola Estadual Plinio Barreto, considera que “a Lei da Mordaça é uma proposta feita por golpistas! Criada para tirar a liberdade de expressão dos alunos e dos professores! Na verdade, ela busca fazer com que a juventude pense do mesmo modo com o qual esse governo ilegítimo pensa! Temos de discutir política dentro das escolas, é um assunto muito relevante para nossa formação! ”, enfatiza.

Fonte: Ubes

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Professores em SP criticam Temer e condenam privatizações

Professores da rede privada paulista de ensino realizam nesta terça-feira (9) a 1ª Plenária Estadual de Educação, com o tema Em defesa da educação e da democracia. A diretora executiva da Federação dos Professores do Estado de São Paulo (Fepesp), Conceição Aparecida Fornasari, diz que o presidente interino, Michel Temer, e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), não representam as demandas da educação.

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Nós entendemos que esse governo (interino) é ilegítimo e não atende as demandas da democracia e da educação, que é ter a educação laica, referenciada, estatal, que efetivamente é um direito, não, uma mercadoria.”

Conceição afirma que um dos temas discutidos é a chamada “privatização branca”, na qual a administração de escolas publicas é feita por empresas privadas. Segundo Conceição, a iniciativa é um desserviço para a educação e a construção de um país melhor. “A educação tem de ser pública, porque ela é um direito constitucional. Isso não significa que não possa existir a educação privada, mas ela não pode ser a única possibilidade. Se esse governo interino continuar no Planalto, nos próximos meses, vai acontecer a ‘privatização branca’. Isso já aconteceu nos Estados Unidos, e os efeitos foram trágicos.”

A diretora executiva da Fepesp explica que há outro método de “privatização branca”. “A segunda forma é quando há o voucher. Você dá uma verba para o pai, que escolhe uma escola privada para o filho na ilusão de que está levando mais qualidade de ensino, o que não ocorre. As pesquisas apontam que os pais que adotaram isso, erraram”, diz. “Alguns estados já fazem essas ações, especialmente, Goiás, Mato Grosso e Brasília. A privatização é desserviço para a educação de jovens e crianças”, complementa Conceição.

“Nós do setor privado estamos sentindo esse governo através da privatização de tudo, o que vai atingir até os professores da rede pública. Nos últimos dias, o governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, nomeou o Conselho Estadual de Educação, quando a lógica são os empresários de educação que estão dominando esse conselho, sendo que eles já dominam o Ministério da Educação e o Conselho Nacional de Educação”, afirma Conceição.

 

Fonte: RBA

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CTB debate defesa da Educação, dos direitos e da democracia em conselho de entidades da CNTE

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O núcleo de Educação da CTB participou da reunião do Conselho Nacional de Entidades da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação), que ocorreu de 1º a 5 de agosto, em Brasília. O evento, que teve a presença de 37 organizações, debateu o 33º Congresso da confederação, que ocorrerá de 12 a 15 de janeiro de 2017, na capital federal, a atual conjuntura do País, assuntos relacionados aos profissionais da área, além do calendário de mobilização da categoria.

No último dia do encontro os dirigentes da central que compõem a base da CNTE realizaram um seminário para debater o atual momento político, a atuação e perspectivas da CTB para o setor educacional, bem como organização e mobilização para o congresso. A reunião teve a presença de Augusto Madeira, presidente do PCdoB no DF, que falou sobre a necessidade de união da categoria contra o golpe e o processo que surge, caso o impeachment se concretize.

“O debate foi positivo porque os professores têm um papel destacado na luta política do país. Uma categoria profissional presente, politizada e diretamente ligada ao processo estratégico de melhoria da Educação. Portanto, essa discussão sobre os rumos do país e como melhorar a Educação, as condições de vida dos trabalhadores da área, tem uma importância muito grande, principalmente nesse momento de crise, em que lutamos contra o golpe e um governo interino que está se voltando contra os educadores, os servidores públicos e a Educação”, afirmou Madeira.

A professora e dirigente da CTB, Marilene Betros, disse que o seminário realizado faz parte de um projeto de crescimento da CTB na base da CNTE. “Nós entendemos que a realização de um congresso é um momento político importante, onde a nossa participação deve ser organizada. Discutimos o cenário político que estamos vivendo e a necessidade de nos posicionar, pois sabemos dos riscos que a nossa jovem democracia corre. É necessário estarmos organizados, buscar unidade, nos juntarmos a todas as forças progressistas para continuar a defesa de um País soberano, com uma democracia constituída de direitos”.

Marilene falou sobre a atuação da categoria contra a “Escola sem Partido”, o PL 257 (projeto para refinanciar as dívidas dos estados e DF com a União, que promove privatização e perda de direitos dos trabalhadores públicos), a PEC 241 (proposta que limita gastos públicos em áreas como Educação e Seguridade Social), projetos que, se aprovados, promoverão retrocesso e prejuízos aos trabalhadores. “Estamos na luta contra os projetos nefastos que estão tramitando no Congresso Nacional, entre eles, a questão Escola sem Partido, que nós chamamos de Lei da Mordaça, o PL 257 e a PEC 241. Não vamos admitir essa ingerência dentro das escolas e no Brasil, pois seria um grande dano para o setor público e os servidores públicos”, pontuou.

A defesa da Educação pública, dos direitos e da democracia foi o centro das discussões entre os cetebistas participantes. Para a diretora do Sindicato dos Professores no Distrito Federal (SINPRO-DF), Berenice Darc, a ideia do seminário foi organizar a base da central na CNTE. “A CTB é uma central que tem uma política para educação pública, básica, superior, privada, e nós queremos contribuir cada vez mais para que a nossa central tenha uma política acertada para todos os setores dos trabalhadores. A ideia é que a CTB possa crescer cada vez mais no espaço da educação, como temos crescido em outras áreas”.

A cetebista Francisca da Rocha Seixas, que compõe a direção da CNTE, avaliou a reunião como oportuna. “A CTB tem atuado desde sempre na CNTE, contribuindo politicamente com muita responsabilidade. O cenário não é fácil porque nós vivemos um período em que os movimentos sociais são alvos da direita, estão sendo criminalizados, e nesse sentido é muito importante a participação da nossa central nesse congresso, de forma organizada, rumo ao crescimento.

 

 

Fonte: Portal CTB