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Voto, voz e vez para a educação

 

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Educação faz parte do programa de governo (ou das propostas de mandato) de qualquer candidato, em qualquer nível, do Legislativo ao Executivo, da vereança de um município à Presidência da República, durante toda e qualquer eleição. Ao lado de saúde e segurança pública, a educação forma quase uma espécie de “santíssima trindade” das promessas, para a qual todos os postulantes a um cargo eletivo precisam acender sua vela se quiserem receber as graças das urnas.

Promessa, contudo, não é compromisso. E programas de governo ou de mandato nem sempre contemplam aquilo que, de fato, é a reivindicação da sociedade. Por isso, há que não só se analisar com calma, como também lutar para, neste período eleitoral, reinserir os pleitos educacionais das entidades representativas dos professores, técnicos administrativos e estudantes, bem como do movimento social, na agenda da disputa de 2016.

Por isso, nesta semana, a poucos dias os cidadãos e cidadãs brasileiros irem às urnas escolher seus representantes nos mais de 5 mil municípios brasileiros, a Contee relembra a campanha “Voto, voz e vez para a educação”, lançada pela Confederação em 2014. Naquela ocasião, a pauta educacional incluía a colocação em prática do Plano Nacional de Educação (PNE) e a elaboração ou adequação dos planos municipais, estaduais e distrital. Agora, dois anos depois, num pleito municipal, essa questão ganha contornos ainda mais locais. Ainda que a maior parte dos planos municipais por todo o Brasil já tenha sido aprovada e sancionada, os prefeitos e vereadores que forem eleitos em outubro terão a tarefa de executar e fiscalizar o cumprimento dessas normas.

Não se trata apenas da luta pela concretização prática e efetiva de garantias já asseguradas em lei, mas também de insistir na reversão de dispositivos que, a despeito da intensa mobilização em defesa do fortalecimento da educação pública, acarretaram prejuízos aos planos — como o fato de não se ter conseguido avançar na garantia de uma educação voltada para a promoção da igualdade de gênero, por exemplo.

A essa questão soma-se um novo desafio: o enfrentamento às tentativas de criminalização de professores e professoras por meio de projetos de instauração de uma Lei da Mordaça que tramitam não somente no Congresso Nacional, mas também em câmaras municipais de diversas cidades brasileiras. Enfrentar esses retrocessos é nosso papel no dia a dia, que também deve se refletir nas urnas, elegendo candidatos realmente comprometidos com uma educação pública, gratuita, democrática, de qualidade e promotora da igualdade, contra qualquer discriminação.

Além disso, neste momento de precarização das relações de trabalho e de ameaças aos direitos trabalhistas, incluindo uma proposta de reforma previdenciária que representa um ataque direto ao nosso direito à aposentadoria, é fundamental que os representantes municipais eleitos em 2016, ainda que sua atuação vá se dar nas câmaras de vereadores e prefeituras, estejam alinhados com a luta nacional em defesa dos trabalhadores e trabalhadoras e contra qualquer tipo de retrocesso.

 

Fonte: Contee

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Dieese aponta impactos negativos da PEC 241

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) lançou neste semana uma simulação de como seriam os investimentos feitos pelo governo federal na saúde e educação, caso a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241 estivesse em vigor desde 2002.

estudo_dieese101250Segundo o estudo, o governo federal teria investido 47% menos em educação do que investe atualmente, totalizando 377 bilhões de reais. Na saúde teríamos menos 26%, quase R$ 300 bilhões a menos.

A PEC 241, que o presidente Michel Temer enviou ao Congresso Nacional em junho, impõe congelamento por 20 anos dos gastos da União. A medida limita as despesas primárias aos equivalente aplicado no ano anterior corrigidos apenas pela inflação.

“A maior despesa do orçamento público é com a dívida. São os juros e a amortização da dívida, que beneficiam apenas o pequeno número de pessoas que são os detentores da dívida pública”, afirma a coordenadora de Pesquisas e Tecnologia do Dieese, Patrícia Pelatieri.

Patrícia lembra que em 2015 o serviço da dívida correspondeu a 6,7% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de tudo que o Brasil produziu no ano. Para comparar, os investimentos em áreas como saúde, educação e infraestrutura foram menos da metade do que foi gasto somente com o pagamento dos juros.

A PEC 241 também vai atingir o funcionalismo público e quem depende do reajuste do salário mínimo, como aposentados e pensionistas. “Os salários poderão ser congelados. É uma PEC que ela limita a concessão de benefícios que estão no plano de carreira de conjunto do funcionalismo, então significou o arrocho no conjunto do funcionalismo”, diz o presidente da CUT-SP, Douglas Izzo.

“Não é feito nenhum debate por parte do governo Temer de criar novas possibilidades de arrecadação, como a taxação das grandes fortunas, a construção de instrumentos que arrecade sobre aqueles que têm muito no país e que não pagam imposto. Rico, no Brasil, não paga imposto.”

Douglas Izzo diz que para evitar mais esse retrocesso do governo Temer, a CUT fará mobilizações. “Nós estamos também fazendo um trabalho de diálogo com os deputados federais nos seus estados e pediremos para que votem contra essa PEC.”

 

Fonte: Rede Brasil Atual

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É preciso enxugar regalias dos professores para equilibrar cofres de estados e municípios, diz governo federal

“Eles têm férias de 45 dias, aposentadoria especial, descanso pedagógico, piso nacional e até lanche grátis”. Que outro trabalhador possui tantas regalias? É preciso enxugar tudo isso ou o país continuará quebrado”, dizem burocratas do MEC.

Brasília - Deputado Mendonça Filho fala sobre decisao do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão que anula votação do processo de impeachment de Dilma na Câmara (José Cruz/Agência Brasil)
(José Cruz/Agência Brasil)

Desde que assumiu ilegitimamente a presidência da república, Michel Temer mira seus canhões no setor público do país. Não à toa, sua principal medida até aqui é a edição da PEC 241, que limita os gastos nessa área por 20 anos. Isto traz impactos muito negativos para o funcionalismo da União, estados e municípios, que poderá ficar com salários congelados por duas décadas.

Nessa linha de ataques ao setor público, o governo federal começa a fazer dobradinha com prefeitos e governadores no sentido de atingir ainda mais negativamente o pessoal do magistério. Segundo técnicos do MEC, redes estaduais e municipais de educação são gigantes demais e consomem muito dinheiro de estados e municípios. “É preciso enxugar, pois 12 estados cogitam declarar calamidade financeira”, alardeiam no site da Agência Brasil.

Uma das principais saídas em discussão entre Temer e gestores de estados e municípios é o “enxugamento” de supostas regalias dos professores. “Eles têm férias de 45 dias, aposentadoria especial, descanso pedagógico, piso nacional e até lanche grátis”. Que outro trabalhador possui tantas regalias? É preciso enxugar tudo isso ou o país continuará quebrado”, dizem burocratas do MEC.

As representações dos educadores, no entanto, ponderam que o problema é outro. “Temer que enxugar o setor público para fazer caixa e manter com ainda mais privilégios meia dúzia de grandes empresários e banqueiros que financiaram o golpe de Estado no país”, declara a professora Ana Beatriz, de Brasília.

Para combater mais arrocho, CUT e CNTE preparam uma greve geral em todo o Brasil. “Temer e aliados devem fazer enxugamento é nos lucros dos ricos que se acham donos do Brasil”, alertam os sindicalistas.

 

Fonte: Mídia Popular

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Fim da Aposentadoria Especial: Temer diz que é preciso acabar com privilégios dos professores

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O presidente ilegítimo Michel Temer declarou na “grande” imprensa que enviará até sexta (30.09) proposta de reforma da previdência que, dentre outros pontos negativos, acaba com a Aposentadoria Especial dos professores.

Temer e seus ministros alegam que o projeto é necessário para o equilíbrio da nação e que os professores não podem mais continuar com tantos privilégios. “Eles têm que se conformar”, disse o presidente. Pelas regras atuais, docentes se aposentam cinco anos antes dos demais trabalhadores.

Medida do governo revolta o magistério de todo o país. “Temer é golpista e picareta, veio apenas para piorar a vida dos trabalhadores”, desabafa a professora Ana Beatriz, de Fortaleza-CE. “Se esse projeto passar, vamos iniciar greve geral nas escolas de todo o Brasil”, alerta o docente Flávio Abreu, de Curitiba-PR.

 

Mais problemas

Segundo o Dr. Franklin G Albuquerque, do Rio de Janeiro, mais tempo de serviço pode criar situações bastante delicadas aos professores. O Dr. Franklin atende há muito tempo educadores vítimas de doenças provocadas pelo desgaste da sala de aula

“O exercício da docência no Brasil é uma das atividades laborais mais desgastantes que existem. Professores estão sujeitos a sérios problemas nas cordas vocais, coluna, coração, distúrbios psíquicos, dentre outros. Muitos correm o risco de ter que ir trabalhar em cadeira de rodas”, diz o médico.

 

 

Fonte: Mídia Popular

 

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Estudantes saem às ruas em SP contra Reforma do Ensino Médio

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Contra a Medida Provisória (MP) que propõe a reforma do Ensino Médio, encaminhada às pressas na última quinta-feira (22) pelo ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM-PE), movimentos sociais e secundaristas independentes ocuparam a Avenida Paulista, no início da noite desta segunda-feira (26), para dizer que não se sentem representados por um projeto que sucateia ainda mais a educação, é antidemocrático e penaliza professores e alunos.

Educadores, entidades estudantis e especialistas em educação denunciam que a Reforma da Educação de Temer foge do debate educacional – o único grupo que o ministro Mendonça Filho consultou foi o de extrema direita Revoltados on Line, liderado pelo ator pornô Alexandre Frota – excluindo centenas de entidades compromissadas com o tema e milhares de cidadãos que se preocupam e querem opinar sobre os rumos da educação, reafirmando o caráter antidemocrático do governo golpista.

 

O que já era ruim pode piorar 

Além disso, o projeto de Reforma da Educação retira a obrigatoriedade de disciplinas estratégicas como artes, educação física e sociologia, e também abre precedentes para as nocivas parcerias público-privadas, dividindo a pouca verba já existente com os grandes empresários do ensino.

 

 

Fonte: Portal Vermelho

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Ensino Médio e Previdência Social: mentiras e ataques do (des)governo Temer

Se não bastasse encaminhar o projeto de reforma do ensino médio ao Congresso Nacional por meio de Medida Provisória (MP nº 746), sem o mínimo debate social e com medidas trágicas para o futuro da juventude brasileira, o governo golpista de Michel Temer mentiu mais uma vez à sociedade ao dizer logo após o lançamento da MP, que iria retificar a proposta para reintegrar as disciplinas de artes, educação física, sociologia e filosofia ao currículo obrigatório do ensino médio.

Efetivamente, o governo manteve a supressão da obrigatoriedade dessas quatro disciplinas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) com o argumento fajuto de que as mesmas integrarão a Base Nacional Curricular Comum (BNCC) para o ensino médio. Ora, sem base legal as disciplinas podem até compor a referência da BNCC, mas os sistemas de ensino que regem a educação pública e privada não serão obrigados a implementá-las.

Aliás, tal como está disposto no texto da MP, caberá a cada sistema educacional (desprezadas as diretrizes do Conselho Nacional de Educação) organizar a implementação da BNCC e a oferta das áreas específicas de conhecimento. E não há dúvida de que a maioria seguirá estritamente o texto legal, a fim de economizar recursos com salários de professores e com a infraestrutura escolar.

Neste sentido, reafirmamos o caráter limitador de direitos e de “expectativas de aprendizagens” não só para os estudantes do ensino médio, mas também para os do ensino fundamental, que já perderam o direito à aprendizagem da língua espanhola com a revogação da Lei 11.161, e junto com ela o processo de articulação e valorização da cultura latino-americana que vinha sendo feito pelas escolas de ensino médio, sobretudo das regiões de fronteira.

Conforme anunciado na análise da CNTE sobre a MP 746, nossa Entidade ingressará com Ação Direta de Inconstitucionalidade no STF com vistas a suspender os efeitos dessa lei impositiva (e impostora), implementada por meio de medida provisória.

Previdência

Seguindo a trajetória de ataque aos direitos duramente conquistados pelo povo brasileiro, o governo golpista deve anunciar esta semana o projeto de reforma da previdência social (pública e privada).

Os anúncios prévios veiculados na imprensa e adiantados pela CNTE em outros informativos, dão conta de que as regras serão iguais para os trabalhadores públicos e privados, e sem distinção de gênero.

O objetivo do governo consiste em limitar ao máximo o direito à previdência social, inclusive para os/as trabalhadores/as que estão prestes a se aposentar, retirando até mesmo direitos adquiridos dos/as aposentados/as.

As novas regras devem estabelecer idade mínima para aposentadoria aos 65 anos para homens e mulheres – acima da expectativa de vida de muitas regiões e microrregiões do Brasil -, conjugada com tempo de contribuição obrigatório para todos os trabalhadores que poderá chegar a 50 anos para se ter direito ao teto previdenciário, hoje de R$ 5.189,82. E isso implica dizer que o/a trabalhador/a público e privado deverá iniciar (ou ter iniciado) sua vida laboral aos 15 anos de idade, descontando religiosamente as contribuições mensais para o fundo previdenciário (estatutário ou INSS), a fim de alcançar o teto da Previdência válido para o setor público e privado aos 65 anos de idade. Caso não cumpra essa regra, não receberá 100% dos proventos para o qual contribuiu a vida toda.

Regras de transição valerão para os servidores públicos e segurados do INSS a partir de 50 anos de idade para homens e 45 anos para mulheres.

Sobre a aposentadoria do magistério da educação básica, faltam informações concretas das medidas, embora haja comentários de bastidores de que será extinta ou reduzida.

Para quem tem dificuldade em acreditar nas novas regras esdrúxulas propostas pelo governo golpista para a Previdência Social, é bom saber que ela dialoga com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 18/2011, que visa reduzir para 14 anos a idade mínima para o trabalho no país. Dessa forma, os novos limites previdenciários ficarão em sintonia com outros dispositivos legais, sem falar da jornada de trabalho que se pretende elevar para 12 horas diárias.

A CNTE, a CUT e outras centrais sindicais do campo progressista, que atuam em defesa dos direitos da classe trabalhadora e da sociedade, têm alertado para a agenda de desmonte social e trabalhista do atual governo golpista. Dia 22 de setembro foi realizada paralisação nacional para denunciar os ataques aos direitos do povo conquistados com muito suor e sangue. Dia 5 de outubro está agendada a paralisação nacional dos servidores públicos brasileiros. Na próxima sexta-feira (30/9), em São Paulo, a CNTE e a APEOESP realizarão webconferência sobre a reforma do ensino médio. E esperamos contar com a presença massiva de trabalhadores/as nessas e em outras atividades de construção da Greve Nacional.

 

Fonte: CNTE

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Reforma de Temer é autoritária e precariza o Ensino Médio

Entidades estudantis, educadores e organizações que atuam em defesa da educação rechaçam a Medida Provisória (MP) imposta pelo governo Temer para reformar o Ensino Médio. Apresentada às pressas nesta quinta-feira (22) pelo ministro Mendonça Filho (DEM-PE), sem consulta popular ou debate no meio político, a proposta tem como objetivo aumentar a carga horária, fatiar o currículo e precarizar a docência.

escola_sem_partido97891Na proposta apresentada por Mendonça nesta quinta-feira (22), as disciplinas de artes, educação física, filosofia e sociologia tornariam-se eletivas no Ensino Médio. Coincidência ou não, após a repercussão negativa entre vários segmentos da sociedade, o governo disse que cometeu um erro de publicação e que tais matérias continuarão obrigatórias.

 

 
Ubes: “São autoritários” 

A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), emitiu uma nota nesta quinta-feira (22) na qual condena a ação do Ministério da Educação (MEC): “As mudanças no Ensino Médio propostas pelo ministro ilegítimo da Educação, Mendonça Filho, acarretarão modificações estruturantes, de caráter tecnicista e que não avançam na política pedagógica da escola. Aumentam carga horária sem especificar de que forma isso será feito; retiram disciplinas críticas e de formação cidadã como arte, educação física, filosofia e sociologia; inclui o ensino técnico dentro do médio, desvirtuando essa modalidade de ensino e, além de tudo, precariza a atividade do professor”.

“Parece que os golpistas Michel Temer e Mendonça Filho não entenderam o real recado dos estudantes secundaristas que ocuparam as suas escolas em todo o Brasil como forma de luta e demonstração de que esse modelo que hoje perdura não basta. Autoritários como são, eles não conseguem ouvir o grito das ruas por ‘nenhum direito a menos’, que nesta mesma quinta-feira voltou a tomar as ruas do país”, afirma um trecho do comunicado. Confira a íntegra aqui.

Manifesto

o Movimento Nacional em Defesa do Ensino Médio lançou um manifesto a respeito da medida provisória, destacando que “o Ensino Médio tem sido alvo de preocupações por parte de gestores, professores, pesquisadores e várias entidades da área, o que, por si só, justifica a necessidade de uma ampla discussão na sociedade brasileira, desde que considere os interesses e necessidades de todos os envolvidos, em particular de estudantes”.
sala_de_aula101091“Quanto ao conteúdo em si da referida Medida Provisória, ressaltamos seus limites ao considerar apenas parcialmente as necessidades de mudanças, além do que as medidas anunciadas carregam em si perigosas limitações, dentre elas: o fatiamento do currículo em cinco ênfases ou itinerários formativos implica na negação do direito a uma formação básica comum e resultará no reforço das desigualdades de oportunidades educacionais, já que serão as redes de ensino a decidir quais itinerários poderão ser cursados; o reconhecimento de ‘notório saber’ com a permissão de que professores sem formação específica assumam disciplinas para as quais não foram preparados institucionaliza a precarização da docência e compromete a qualidade do ensino; o incentivo à ampliação da jornada (tempo integral) sem que se assegure investimentos de forma permanente resultará em oferta ainda mais precária, aumentará a evasão escolar e comprometerá o acesso de quase 2 milhões de jovens de 15 a 17 anos que estão fora da escola ou que trabalham e estudam; a profissionalização como uma das opções formativas resultará em uma forma indiscriminada e igualmente precária de formação técnico-profissional acentuada pela privatização por meio de parcerias; a retirada da obrigatoriedade de disciplinas como filosofia, sociologia, artes e educação física é mais um aspecto da sonegação do direito ao conhecimento e compromete uma formação que deveria ser integral – científica, ética e estética”, afirma um trecho do manifesto. Clique aqui e leia a íntegra.

Madalena: “Só piora ainda mais”

mada194671A diretora da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimento de Ensino (Contee), Madalena Guasco, também posicionou-se a respeito da MP. “O pior é que essa medida provisória piora ainda mais o que foi a experiência anterior, porque pressupõe que o aluno possa decidir pela área ou pelo ensino profissional, mas não garante que ele terá a escolha que fez, já que isso dependerá de a rede oferecê-la ou não’’, alerta Madalena. ‘‘A medida aumenta a carga horária, mas não trata de questões como a valorização dos profissionais da educação, do número de alunos por sala e das dificuldades reais que os estudantes brasileiros possuem em somente estudar, ou seja, não cria nenhuma bolsa para que esses alunos possam se manter em tempo integral na escola. Não leva em conta, portanto, que os alunos que desistem do ensino médio, na sua grande maioria, fazem isso porque precisam trabalhar’’, disse Madalena ao site da Contee.

Abaixo-assinado 

Um abaixo-assinado on line foi criado para dizer não à proposta antidemocrática de Reforma do Ensino Médio apresentada pelo governo Temer. Clique aqui e assine.

Desmonte 

alexandre_frota95310Não legitimado pela grande maioria dos movimentos em defesa da educação, o único grupo consultado pelo ministro para debater a conjuntura educacional foi o de extrema-direita, Revoltados on Line, liderado pelo ator pornô Alexandre Frota. Além do encontro nada convencional, Mendonça tem produzido um desmonte cotidiano no MEC, exonerando funcionários estratégicos para acompanhar o Plano Nacional de Educação, promovendo o corte de verbas estratégicas para a educação (as universidades federais terão seu orçamento cortado em 45%), encerrando programas de cunho social e destroçando o Fórum Nacional de Educação.

O governo ilegítimo Temer quer que a medida provisória passe a valer a partir de meados de 2017.

 

Fonte: Portal Vermelho

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Em São Paulo, reforma na educação deve reacender ocupações

Democratize – O alvo da vez é a reforma no ensino médio, anunciada pelo governo de Michel Temer (PMDB) esta semana. A primeira mudança importante determinada pela medida provisória é que o conteúdo obrigatório será diminuído para privilegiar cinco áreas de concentração: linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e formação técnica e profissional.

Além disso, a reforma tem como matéria o aumento da carga horária, ampliada progressivamente até atingir 1,4 mil horas anuais. Atualmente, o total é de 800 horas.

Considerado um retrocesso, a medida do governo federal foi duramente criticada durante a semana, principalmente nas redes sociais.

Alunos, professores e pais não foram sequer consultados sobre a matéria, incluindo os próprios sindicatos dos professores das redes estaduais.

Com a polêmica, o governo federal recuou e publicou o texto da MP com alterações, mantendo a obrigatoriedade das aulas que inicialmente seriam deixadas de lado. Mesmo assim, o texto é repleto de polêmicas.

E a polêmica reforma já tem sinais de esgotamento: alunos da Escola Estadual Domingos Mignoni, localizada em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, tentaram ocupar a escola na sexta-feira (23). Após uma assembleia realizada pelos secundaristas, a decisão foi de adiar a mobilização para a segunda-feira (26), onde uma nova assembleia será realizada para determinar a ocupação ou não em definitivo.

A primeira onda de ocupações, ocorrida em São Paulo no ano passado, começou de forma semelhante, quando estudantes ocuparam uma escola estadual em Diadema, cidade que faz parte da Grande São Paulo. A partir dai, em questão de meses, mais de 200 escolas foram ocupadas pelos secundaristas, causando a derrota do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que no final do ano passado foi obrigado pela opinião pública a abrir mão da reorganização escolar, que fecharia mais de 90 escolas estaduais em São Paulo.

A mobilização secundarista teve continuidade em outros estados, como Rio de Janeiro, Goiás, Rio Grande do Sul e Ceará.

Agora, com uma causa em comum, todos os estados devem viver novamente uma mobilização secundarista ainda mais forte.

Protestos também estão sendo marcados por organizações estudantis contra a medida de Temer na Educação. Para a segunda-feira, um ato convocado por um grupo autônomo e sem ligações partidárias já conta com milhares de confirmações no Facebook. A manifestação terá concentração no vão livre do Masp, às 17h, na Avenida Paulista.

 

Da Rede Brasil Atual

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Reforma do ensino médio e PEC 241 liquidam com a educação pública

 

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O presidente golpista Michel Temer assina neste fim de semana uma medida provisória que reforma o ensino médio. Pela MP a carga horária do ano letivo passa para 1.400 horas anuais, atulamente são 800 horas.

O ministro da Educação Mendonça Filho pretende mudar também a Base Nacional Comum Curricular, com diminuição das matérias obrigatórias e vinculando-a ao vestibular.

“Na prática, a proposta deles significa um retrocesso sem precedentes. Volta a dominar a visão de que os filhos da classe trabalhadora só devem estudar o suficiente para se manter razoavelmente no mercado de trabalho”, diz Marilene Betros, dirigente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).

Além do mais, diz ela, “aumentar a carga horária, sem investimentos na infraestrutura das escolas e na formação dos profissionais da educação é uma medida inócua e essa reforma visa a privatização do ensino médio e o fim do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio)”.

Já Isis Tavares, presidenta da CTB-AM e dirigente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), afirma que “não existe discussão de política pública sem participação da sociedade. E não existe política pública de fato e de direito sem financiamento do Estado”.

Tavares lembra também da Proposta de Emenda à Constituição 241/2106, em tramitação, que poderá fazer estragos inimagináveis à economia do país. Somente da educação essa PEC tira ao longo de 10 anos R$ 58 bilhões de recursos para a manutenção do ensino nas redes públicas das cidades, afirmam especialistas.

Ela acredita que “a PEC 241, significa o fim do Piso Nacional do Magistério e de qualquer possibilidade de Plano de Cargos, Carreira e Salários, conquistados pelo movimento dos trabalhadores e das trabalhadoras em educação”.

Já Betros afirma que as medidas tomadas pelos golpistas “liquidam com o Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado há 2 anos, depois de muitas e amplas discussões”. Ela explica que os cortes promovidos por eles não permitem a efetivação de nenhuma das 20 metas do PNE, essenciais para elevar o patamar da educação pública no país”.

Alessio Costa Lima, presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) diz que “todos os países, em época de crise, enfrentaram problemas econômicos e de outras naturezas investindo na educação. E saíram dela vitoriosos por meio da opção de investimento em massa na educação do seu povo”.

Para Tavares, “as medidas determinadas pelo MEC representam o desmonte da educação pública através da precarização do serviço público. Paralelamente, às reformas anunciadas para o ensino médio e a lei da mordaça vêm no bojo da sustentação ideológica desse governo golpista”.

“Nós, gestores municipais, vemos com muita aflição e preocupação a discussão dessa PEC no Congresso. Somos totalmente contrários à desvinculação dos recursos porque é a única garantia que temos de a União, ente que mais arrecada, repassar recursos aos municípios e aos estados”, diz Lima.

Betros defende a união de todas as entidades que trabalhem com a educação pública para “tomar as ruas e levar informação à sociedade como um todo sobre as consequências nefastas dessas mudanças nessa área estratégica para qualquer país que almeje desenvolvimento salutar e consequente de sua infância e juventude”.

 

Marcos Aurélio Ruy – Portal CTB