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Conjuntura educacional encerra dia de debates para embasar as ações da Contee e das entidades filiadas

Foto07O seminário realizado nesta sexta-feira, (02/12) pela Contee como antecipação à primeira reunião da nova Diretoria Plena, cujo objetivo foi abrir o diálogo com os sindicatos e federações filiados à Confederação, teve como última mesa uma discussão sobre a conjuntura educacional brasileira. A mesa contou com a participação da coordenadora da Secretaria de Assuntos Educacionais da Contee, Adércia Bezerra Hostin dos Santos, do coordenador-geral do Fórum Nacional de Educação (FNE), Heleno Araújo, e da coordenadora da Rede Latino-americana de Estudos sobre Trabalho Docente (Rede Estrado), Dalila Andrade Oliveira. As explanações dos três, na mesa mediada por Maria Clotilde Lemos Petta (Secretaria de Relações Internacionais) e Manoel Henrique Filho (Secretaria de Políticas Sindicais) foram seguidas por um amplo debate com os representantes da diretoria da Contee e das entidades de base.

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Adércia deu início à reflexão apontando que a principal linha de ação de todas as políticas para a educação que estão sendo apreciadas atualmente, incluindo a Medida Provisória 746 (da reforma do ensino médio) e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, vai no sentido da privatização da educação pública. “A reforma do ensino médio, por exemplo, é uma reforma tecnicista e excludente, na qual temos um corte do acesso e da escolha. Já temos uma evasão muito grande. Com a imposição do ensino integral e o fim do estudo médio noturno, haverá aqueles que não poderão estudar, porque precisam trabalhar para complementar a renda familiar. A evasão será ainda maior.” A diretora da Contee também criticou o argumento para a contração de pessoas “notório saber” non lugar de docentes, segundo o qual a prática já acontece no Sistema S. “Acontece no Sistema S, mas há anos esta Confederação luta pela representação dos trabalhadores no Sistema S”, destacou. “A Contee nunca foi contrária a discutir e reformular o ensino médio, mas isso tem que ser feito visando formação e acesso inclusivos, o que não acontece com a medida provisória.”

Foto06Diante do cenário de propostas privatizantes apontado por Adércia, Heleno apontou as diversas iniciativas de ataques à educação e seus trabalhadores por meio de mudanças na Constituição, entre os quais se destaca o último: a própria PEC 55. Para enfrentá-los ele enfatizou a luta pelos espaços democráticos de discussão e representatividade, como a Conferência Nacional de Educação (Conae), o Fórum Nacional de Educação e os fóruns estaduais e municipais, o Comitê Nacional de Luta em Defesa da Educação Pública. No entanto, para enfrentar as dificuldades impostas pelo Ministério da Educação do governo ilegítimo de Michel Temer — como o fato de o MEC estar se recusando a marcar reuniões sobre a Conae/2018, ele frisou, assim como nas mesas anteriores, que a unidade é fundamental.

Foto08Dalila Andrade, por sua vez, buscou inserir a atual realidade educacional brasileira e o crescimento das diferentes formas de privatização no contexto de restauração conservadora na América Latina, citando os exemplos dos golpes em Honduras e no Paraguai, das eleições da Argentina e no Peru, da vitória do Não no referendo da paz na Colômbia e das questões relativas à educação no México e no Chile. “Temos vivido grandes ameaças na América Latina aos profissionais e aos sindicatos e movimentos sociais, de criminalização desses movimentos e com uma ameaça direta às carreiras profissionais. A docência é uma delas.”

Um dos exemplos dado por Dalila foi justamente o “notório saber” citado anteriormente por Adércia. Isso porque o notório saber é um reconhecimento dado pelas universidades brasileiras para qualificar o professor que não fez um curso de doutorado e que, por isto mesmo, não tem o título de doutor, mas possui conhecimentos equivalentes. “Não é para justificar a contratação de mão de obra barata”, criticou. Segundo ela, o que a MP faz ao adotar essa denominação e, na verdade, promover o rebaixamento salarial e a desprofissionalização.

As questões levantadas por esse debate, assim como pelas discussões provocadas pelas mesas de conjuntura nacional e de conjuntura trabalhista, servirão para embasar, amanhã (3) e no domingo (4), a reunião de planejamento da Diretoria Plena da Contee, tanto nas ações concernentes às diferentes secretarias quanto na política central e unificada a ser adotada pela Confederação e pelas entidades de base para enfrentar as diversas facetas do golpe ainda em curso.

 

 

Fonte: Contee
Fotos: Rodrigo Gontijo

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Gilson Reis: ‘Uma entidade nacional tem que estar em sintonia completa com suas entidades de base’

A Diretoria Plena da Contee, eleita no fim de agosto para a gestão 2016-2020, se reúne nesta sexta (2) até o próximo domingo (4) para traçar as expectativas e objetivos do planejamento da Confederação para os próximos quatro anos. E, juntamente a esta primeira reunião da nova Diretoria, a Contee promove também um seminário nesta sexta, para o qual foram convidados todos os sindicatos e federações filiados e no qual serão discutidas as conjunturas nacional, internacional, educacional e trabalhista, a fim de embasar as ações políticas da Contee, criando unidade com as entidades de base.

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Para falar sobre a importância desse diálogo, o Portal de Contee conversou com coordenador-geral da Confederação, Gilson Reis:

Portal da Contee — Este é o primeiro encontro da nova Diretoria Plena desde sua eleição, no 9° Conatee. Qual a importância de envolver as entidades filiadas neste momento de planejamento da Contee para esta gestão?

Gilson Reis — Primeiramente, é bom a gente reiterar que a reunião da Plena reafirma todas as decisões políticas tomadas no Conatee, que têm como centro a construção da unidade da entidade sob todos os aspectos — e o congresso reforçou isso a partir do momento em que conseguimos construir uma chapa unitária. A segunda questão é que uma entidade nacional tem que estar em sintonia completa com suas entidades de base, sindicatos e federações. Essa primeira reunião da Plena tem justamente esse objetivo: reafirmar a unidade entre todos os integrantes da Diretoria, reafirmar nossa política de unidade com os sindicatos e federações e estabelecer um planejamento unitário, que possa colocar a entidade nacional em movimento sintonizado com os sindicatos de base e as federações. Então, o seminário é, na verdade, um aprofundamento das decisões tomadas no congresso e as questões que envolvem as decisões políticas e a construção de unidade sobre todos os fatores, fundamentalmente num período em que a ofensiva do capital e do Estado liberal é profundamente contrária aos interesses dos trabalhadores e do povo brasileiro. Essa é a visão e o objetivo central do nosso seminário: construir política para enfrentar a situação que está em curso no Brasil.

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Portal da Contee — Dentro dos temas que estão programados na pauta do seminário — conjuntura nacional e internacional, conjuntura trabalhista e conjuntura educacional —, o que você destaca como desafios principais neste momento político?

Gilson Reis — A Contee é uma entidade que tem preocupações com várias áreas e temos aí hoje 17 secretarias temáticas, todas elas com sua importância na luta política brasileira. Mas consideramos que diante da ofensiva que o Brasil vive, que os trabalhadores terão que enfrentar, nossa entidade deve dar centralidade a duas ações: a ação que envolve o direito ao trabalho, os direitos trabalhistas — que incluem a questão previdenciária —, e a questão da educação, pois há também uma ofensiva grande no sentido de desestabilizar, desorganizar e precarizar tanto o direito à educação, como faz a PEC 55, como também a questão da reformulação do ensino médio. Essas são duas propostas concretas que estão em curso no Brasil. Assim, o objetivo desse seminário que estamos realizando no primeiro dia da nossa Plena, para o qual fizemos convites aos sindicatos que quisessem participar desse debate, é dizer que na política, na análise da conjuntura, a entidade tem duas centralidades: a do trabalho e a da educação. A partir daí vamos tirar o planejamento de todas as ações que serão executadas e encaminhadas pela entidade nesse próximo período. Então, é uma Plena que tem objetivo de formação, mas também o objetivo de centralizar nossa entidade e não ter um conjunto de pequenas agendas. Essas agendas são importantes — não temos dúvida da importância de todas elas —, mas, se não tivermos foco e capacidade de ampla unidade da nossa entidade e de outras entidades para enfrentar a ofensiva do capital contra o povo brasileiro, seremos derrotados.

Portal da Contee — Nesse sentido, essa discussão de sexta-feira, do seminário, vai embasar totalmente e é essencial para a reunião de planejamento no sábado e no domingo…

Gilson Reis — A ideia de fazer essas três mesas temáticas é justamente para criar as convicções necessárias à nossa Plena, aos dirigentes, do nosso objetivo de centralizar nessas duas áreas para que a gente tenha então um planejamento que não seja fragmentado. Para que tenhamos um planejamento unitário e que a gente dê, com o seminário, capacidade reflexiva para que os nossos dirigentes possam realmente tomar decisões e embasar a nossa ação político-sindical para o próximo período.

 

Fonte: Contee
Fotos: Alan Francisco de Carvalho

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Nota de repúdio à violência policial contra trabalhadores e estudantes no #OcupaBrasília

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino — Contee manifesta seu repúdio à truculência e a violência empregadas ontem (29) pela Polícia Militar do Distrito Federal contra a manifestação pacífica em frente ao Congresso Nacional. O movimento #OcupaBrasília e a marcha contra a Proposta de Emenda à Constituição 55, votada ontem em primeiro turno pelo Senado, foram uma manifestação democrática que teve como objetivo denunciar os enormes prejuízos que serão acarretados pela redução dos investimentos em políticas públicas e que atingirá severamente, entre outras áreas importantes, a saúde e a educação.

Somos uma entidade sindical que representa educadores, sejam professores ou técnicos e administrativos. Como trabalhadores em educação, lidamos diariamente também com os estudantes que têm mostrado força e coragem em seu movimento. Nem nós nem eles incentivamos qualquer tipo de depredação ao patrimônio público. O ato realizado ontem foi pacífico e asseguramos que nenhum ato violento partiu dos manifestantes do #OcupaBrasília. Por outro lado, a repressão policial do governador Rolemberg, que jogou bombas de efeito moral, gás de pimenta, cavalaria e balas de borracha contra trabalhadores e estudantes, incluindo menores de idade, é mais uma amostra do autoritarismo. A PEC imposta à revelia do Estado de Bem-Estar Social, o vazio do Plenário do Senado durante a votação da proposta e a violência contra os manifestantes são três faces do golpe que estamos enfrentando: contra a democracia, contra o povo, contra o Brasil.

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Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino — Contee

Fotos: Mídia Ninja

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Confira período de recesso do SINPRO GOIÁS

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O Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – SINPRO GOIÁS informa que em decorrência das festas de fim de ano, ficará com suas atividades suspensas de 23/12, inclusive, a 02/01, inclusive, retornando seu expediente normal no dia 03/01.

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Além de Futebol Soçaite, Copa Sinpro Goiás promove disputas de Peteca

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Neste sábado, 03/12 acontece as disputas de Peteca, que além do Futebol Soçaite, também é uma modalidade da Copa SINPRO GOIÁS 2016/2 – Taça José de Oliveira Martinelli. As partidas serão entre quatro equipes e começam a partir das 9h da manhã no Campus II da Universo.

No período vespertino, às 16h45 terá início a semi – final do Futebol Soçaite com o jogo entre os professores do Araguaia e Córtex. Em seguida o time de professores da UNIVERSO enfrenta os professores do Degraus. Nesta etapa começa o conhecido “mata – mata”, sendo que os times vencedores vão pra final e os perdedores disputam o terceiro lugar.

IMG_3981Assim como na Copa passada, além das medalhas e troféus, haverá premiação para o time campeão do Futebol Soçaite, que receberá R$1.500 reais, o vice-campeão R$ 1.000 reais, o artilheiro vai receber R$250 reais e o goleiro menos vazado também receberá R$ 250 reais.

Até o momento Colégio Araguaia está em primeiro lugar com 10 pontos. Em seguida Degraus e Universo estão empatadas na pontuação, cada uma com 5 pontos, entretanto, Degraus leva vantagem por ter sofrido menos gols. Na artilharia, Rychard Sartorato, jogador do Araguaia, está na frente com 6 gols.

A Copa SINPRO GOIÁS é promovida pelo o Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – SINPRO GOIÁS, por meio da Secretaria de Esporte, Cultura e Lazer com o objetivo de incentivar a prática esportiva entre professores da rede de ensino das escolas particulares de Goiás.

 

Por

Elen Aguiar

Assessora de Comunicação do SINPRO GOIÁS

 

 

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Repressão policial à serviço da aprovação da PEC 55

Estudantes, trabalhadores e representantes de movimentos sociais foram reprimidos nesta terça-feira (29), na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Eles estavam mobilizados contra a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55. A proposta do governo Michel Temer já foi aprovada em dois turnos na Câmara dos Deputados e agora tramita no Senado Federal. A PEC visa a um ajuste fiscal congelando os investimentos da União por 20 anos.

 

repressao_pm103903A tropa de choque da Polícia Militar do Distrito Federal desmobilizou a manifestação, que seguia pacífica, com o uso de bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral. “Não dá nem pra respirar neste lugar. Estamos aqui manifestando nosso apoio aos estudantes. Consideramos inaceitável esse grau de repressão. Temos adolescentes, isso é uma grande irresponsabilidade”, afirmou a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), que foi até o local, acompanhada do deputado Paulo Pimenta (PT-RS), para prestar solidariedade aos manifestantes.

“Faremos um documento estruturado pelos parlamentares e pela sociedade brasileira para denunciar internacionalmente esta violência”, completou Maria do Rosário. “Não havia um comando dessa ação, e sim uma tropa fortemente armada e fanatizada. Falamos com tenentes, coronéis e não houve disposição para diálogo. Cada grupo teve uma decisão própria”, completou Pimenta.

algemas103905Os jovens organizaram o ato de hoje “para derrubar a PEC, que é uma injustiça contra os estudantes, contra ostrabalhadores, que vai barrar investimentos em áreas essenciais. Isso é um sofrimento para nós. Já temos a vida sofrida e isso não está certo. Temos que barrar isso e o Temer”, disse a estudante Natália, para os Jornalistas Livres.

“É lamentável que esse Congresso, mais venal da história do país, esteja a legislar contra a democracia, contra o Estado democrático de direito, e queira por fim a direitos sagrados da nossa tão sofrida classe trabalhadora. Eles pretendem congelar investimentos, querem promover um profundo retrocesso e assim desconstruir a nação”, disse o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, destacando a importância da resistência contra o projeto.

O ato intitulado “Ocupa Brasília” também lembrou o estudante Guilherme Irish, militante do movimento estudantil contra a aprovação da PEC, morto no último dia 15 pelo pai por discordâncias políticas e ideológicas. O ato contra a proposta começou com uma concentração em frente ao Ministério da Educação, onde estudantes protestaram contra a reforma do ensino médio, prevista pela Medida Provisória (MP) 746, e parte agora em passeata até a frente do Congresso Nacional.

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cavalaria103904A União Nacional dos Estudantes (UNE), uma das entidades organizadoras da manifestação, emitiu nota em que afirma que “foi um ato pacifico, democrático

e livre contra a PEC 55. Não incentivamos qualquer tipo de depredação do patrimônio público”. A nota afirma ainda que “o que nos assusta e nos deixa perplexos é a polícia militar do governador Rolemberg jogar bombas de efeito moral, gás de pimenta, cavalaria e balas de borracha contra a estudantes, alguns menores de idade, que protestam pacificamente”. Para a entidades estudantil “esse é o reflexo de um governo autoritário, ilegítimo e que não tem um mínimo de senso de diálogo”.

 

 

Fonte: Portal Vermelho

 

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Senado compactua com crime de lesa-pátria e aprova PEC 55 em primeiro turno

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Se do lado de fora do Congresso Nacional, os manifestantes foram recebidos com truculência e bombas de gás lacrimogêneo pela polícia, dentro do prédio, diante de galerias vazias, o Senado compactuou com o crime de lesa-pátria representado pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55. O texto-base da matéria foi aprovado por 61 senadores, contra apenas 14 contrários.

A proposta, que institui o Novo Regime Fiscal, foi apresentada em junho pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e se for aprovada ainda este ano como pretende o governo, terá tramitado em tempo recorde no Congresso, segundo o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).

Os senadores da oposição utilizaram seu tempo de encaminhamento da votação para protestar contra a proibição de que manifestantes pudessem acompanhar os trabalhos no plenário.

“Parece-me que têm medo do povo. Vamos para o referendo, porque ninguém foi eleito com esse programa. Dilma não foi eleita com esse programa, muito menos Temer. Então, vamos para o referendo. Faça-se uma pesquisa isenta e vamos ver quem está a favor. Esse debate deveria se estender mais, devia não ter essa pressa toda”, disse a senadora Regina Sousa (PT-PI).

Para a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB) “aprovar uma medida como essa, que mantém intacto os gastos financeiros, ou seja, pagamento de juros e serviços da dívida pública, que consome a metade do Orçamento e cortando somente recursos para a aplicação em infraestrutura e programas sociais, é dessa forma que eles pensam que estão defendendo a população brasileira? Não!”.

Adilson Araújo, presidente da CTB, afirmou que “é lamentável que esse Congresso, mais venal da história do país, esteja a legislar contra a democracia, contra o Estado democrático de direito, e queira por fim a direitos sagrados da nossa tão sofrida classe trabalhadora. Eles pretendem congelar investimentos, querem promover um profundo retrocesso e assim desconstruir a nação”.

O presidente da CUT, Vagner Freitas, disse que este é um triste dia para o Brasil. “Sou testemunha da violência contra a manifestação, em sua maioria estudantes. O impeachment, a renúncia, a saída do Temer é necessária. Estamos vivendo um estado de exceção”, afirmou Freitas.

Casa do povo

Sobre a repressão policial e as galerias vazias, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). O senador disse que a prática é “a forma de dialogar dos golpistas”. “Isso é um absurdo. Basta a gente circular pelos corredores do Senado, chegar numa das vidraças, para vermos as bombas de gás lacrimogêneo e os cassetetes lá fora. Não é desta forma que se trata o povo”, protestou.

“Retornamos à época da ditadura, em que o parlamento é vetado para o povo. Se por acaso isso é medo de que o povo saiba o que representa essa PEC, não vai adiantar. Os que estão lá fora já sabem e os que estão em suas casas, nos assistindo pela TV, eu digo agora: essa PEC é danosa para o país, vai prejudicar nossas vidas por 20 anos”, destacou a senadora Vanessa Grazziotin. “É uma matéria muito grave para ser decidida, porque vai acabar com os gastos sociais. É isso que este governo ilegítimo não quer que seja propagado.”

Não ao retrocesso!

A PEC 55 ainda precisa ser votada em segundo turno. A Contee conclama as entidades filiadas e toda a categoria que mantenham a mobilização e a denúncia sobre os enormes danos sociais provocados pela proposta.

A Confederação também reafirma o manifesto lançado pelo Comitê Nacional de Luta em Defesa da Educação Pública:

Não à PEC 241 (hoje PEC 55)!

Uma perda de R$ 377 bilhões. Esse é o montante que, segundo estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a educação brasileira teria deixado de receber como investimento caso a Proposta de Emenda à Constituição 241 — ou PEC 55, como foi rebatizada no Senado Federal — tivesse sido aplicada no orçamento público brasileiro desde 2002. E esse é apenas um exemplo do impacto dessa proposta nos investimentos públicos sociais, incluindo as políticas em prol do desenvolvimento e do fortalecimento da educação pública, laica, gratuita, de qualidade social, democrática e inclusiva para nossas crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos.

A PEC 241/16, proposta pelo governo ilegítimo de Michel Temer, quando ainda ocupava o cargo em condição interina, tem como explícito objetivo atender às exigências e expectativas do mercado financeiro, uma vez que, ao congelar despesas, exclui da lista qualquer limitação ao pagamento de juros da dívida pública (responsável por 80% do déficit público, conforme apontado pelo Conselho Federal de Economia). A justificativa é, supostamente, resgatar o “grau de investimento” que foi retirado do país pelas agências de risco — as mesmas que contribuíram para a crise mundial eclodida com a bolha imobiliária estadunidense e que já se arrasta há oito anos. Exigimos que seja revogada a alínea b do inciso II do §3º do art. 166 da Constituição Federal (CF), que impede o Congresso Nacional de alterar o montante destinado pelo Poder Executivo para o pagamento do serviço da dívida – um privilégio absolutamente inaceitável. Além disso, e mais gravemente, esse dispositivo espúrio foi inserido na CF de forma fraudulenta, sem que tivesse sido votado.

Em contrapartida, assegurados os juros que engordam os bolsos de banqueiros e rentistas, a PEC 55 estabelece um teto para o gasto público, que terá como limite a despesa do ano anterior corrigida apenas pela inflação (IPCA), sendo que a Constituição Federal de 1988 prevê que, no caso da educação, o investimento da União seja de 18% da arrecadação e de 25% pelos estados, Distrito Federal e municípios.

Ao se disfarçar de pretensa austeridade sob o argumento de que o país necessita dela para contornar a crise econômica, o que o texto faz é, na verdade, inviabilizar as políticas sociais em todas as áreas, incluindo saúde — provocando um desmonte completo do Sistema Único de Saúde (SUS) —, segurança pública, assistência social, valorização dos trabalhadores e trabalhadoras, Previdência e, é claro, educação.

Em outras palavras, com vigência de até 20 anos — o tempo equivalente a nada menos do que cinco governos —, a matéria, se aprovada, torna inexequível a própria atuação do Estado brasileiro nos setores públicos essenciais para garantir direitos assegurados na Constituição. Ao invés de propor a alteração do modelo tributário, o governo golpista aplica um programa não eleito e opta por traçar um falso diagnóstico e que promoverá um desmonte das políticas sociais, dentre elas as políticas educacionais, penalizando sobretudo os mais pobres e acentuando ainda mais as desigualdades no Brasil. A mudança da Constituição Federal é um golpe contra a democracia, ao impedir os brasileiros de decidir democraticamente, por duas décadas, qual deve ser a presença do Estado nas áreas sociais.

A despeito de toda a argumentação enganosa do Executivo e de sua base no Legislativo, na defesa de que a PEC não afeta a saúde e a educação, o único motivo pelo qual essa suposta “contenção de gastos” por um prazo tão longo está sendo feita através de emenda constitucional, e não na própria lei orçamentária, é precisamente a suspensão das vinculações constitucionais vigentes — que determinam patamares mínimos de investimentos nesses setores —, eliminando quase irreversivelmente os avanços conquistados pela Constituinte, o que implicará a precarização e o aumento quase certo da privatização dos serviços públicos, atendendo aos interesses de vários grupos representados no Legislativo e no governo.

No caso específico das políticas educacionais, a aprovação da PEC 55 significará comprometer por completo as metas do Plano Nacional de Educação (PNE) aprovado e sancionado em 2014 e que prevê a aplicação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do país no setor. Em se mantendo os efeitos da PEC 55, pode-se deduzir, a partir das projeções feitas pelo documento “Impactos do Novo Regime Fiscal”, produzido em agosto de 2016 pela Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara dos Deputados, que o investimento em educação irá declinar para 5,5% do PIB em uma década; e será progressivamente reduzido até chegar a 4,5% do PIB, ao final de 20 anos. Ou seja: é não apenas a morte do PNE e de todo o esforço da sociedade civil para garantir sua aprovação, como, pior ainda, um imenso retrocesso, retornando-se aos níveis de investimento em educação praticados na década de 1990.

O que o governo golpista propõe na prática, com a PEC 55, agora no Senado Federal, é a destruição total de todas as conquistas sociais da população brasileira desde a redemocratização. Por isso, nós, entidades reunidas no Comitê Nacional de Luta em Defesa da Educação Pública, registramos nosso posicionamento contrário à PEC 55, por vermos nela uma perda imensurável para o Brasil e o povo brasileiro, que será privado de seus direitos constitucionais básicos. Pelo desmonte que essa medida acarretará na educação, na saúde e em todas as políticas sociais, dizemos NÃO a essa Proposta de Emenda à Constituição e ao governo usurpador que a impõe.

 

 

Fonte: Contee

Com informações Portal Vermelho e Rede Brasil Atual

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SINPRO GOIÁS divulga o período de recesso escolar

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O Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – Sinpro Goiás informa que o recesso escolar dos professores (as), das escolas particulares de educação básica de Goiânia e municípios do interior do estado de Goiás, terá vigência no período de 21 de dezembro de 2016, inclusive, a 10 de janeiro de 2017, inclusive, por força dos Termos Aditivos às Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs), firmados com os sindicatos patronais, Sepe e Sinepe.

 

Ressalta-se que, no período de recesso escolar, é vedada a convocação de professores (as) para o exercício de qualquer atividade, sem prejuízo dos salários e das demais vantagens constitucionais, legais e convencionais, inclusive os assegurados pelo Art. 322, caput e § 3º, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), e Súmula N. 10, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), sendo que, o seu descumprimento implicará na adoção das medidas judiciais cabíveis.

 

Confira abaixo ofício enviado às instituições de ensino particular:

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Presidenta da CTB-GO convoca para o ato desta terça (29) contra a PEC da Morte. Assista!

 

A professora Ailma Maria de Oliveira, presidenta da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil em Goiás (CTB-GO), divulga um vídeo convocando para o ato #OcupaBrasília nesta terça-feira (29), dia da votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, também chamada PEC da Morte ou do Fim do Mundo.

“O povo precisa se unir pela melhoria de qualidade de vida”, diz. De acordo com ela, Goiás é um dos estados com maior desenvolvimento do país, mas “não temos esse crescimento refletido no desenvolvimento humano”.

A sindicalista destaca também que o índice de desemprego vem crescendo terrivelmente no governo golpista de Michel Temer e esse desemprego “afeta principalmente as mulheres, a juventude, os negros e negras e a população LGBT”.

Por isso, ela convoca para a ocupação da capital federal contra a “PEC da Morte, que representa um retrocesso de mais de um século, congelando por 20 anos o orçamento da educação, saúde, serviço social e segurança pública”.

 

 

Ailma Maria e Oliveira, presidenta da CTB-GO

 

 

Portal CTB