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Diretor da Plena da Contee e Presidente da Fitrae-BC, Geraldo Profírio Pessoa, aborda a importância da atuação unificada dos sindicatos da categoria e o papel das federações

A Contee traz uma entrevista com o seu diretor da Plena  e presidente da Federação Interestadual dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino do Brasil Central (Fitrae-BC), Geraldo Profírio Pessoa, que aborda a importância da atuação unificada dos sindicatos da categoria e o papel das federações. Confira!

Contee – Qual a importância da atuação unificada dos sindicatos e como as federações contribuem para o fortalecimento sindical?

Geraldo Profírio – Partindo do pressuposto que à medida que os diversos setores da sociedade se organizam para construir instrumentos de controle social das políticas públicas, desenvolvidas no âmbito dos entes federados, criam-se condições de se ter uma sociedade fraterna, solidária e democrática, e a possibilidade de todos viverem dignamente, usufruindo dos bens culturais e materiais por ela produzidos. Como o nosso campo de atuação enquanto profissional é a EDUCAÇÃO, esta, se desenvolvida com essa finalidade, seguramente, será um importante e fundamental instrumento de transformação social. Por essas razões, a atuação unificada dos sindicatos, com estes propósitos, tendo as federações como coordenadoras desse processo, será imprescindível para que a luta  na busca destes objetivos seja vitoriosa.

Contee – A Fitrae-BC foi criada em 2008. Como tem sido a experiência da Federação ao longo desses seis anos de atividades?

GP – A atuação da Federação, neste período, foi coerente com os fins, princípios e deveres conforme consta em seu estatuto, com o entendimento que a organização dos trabalhadores em educação deve ter origem no seu local de trabalho e se estender para outros espaços, com vistas à unificação das ações de todos os trabalhadores deste setor. Com esse objetivo, a Fitrae-BC realizou e participou de inúmeros eventos e debates, orientados pelas necessidades apresentadas em seus fóruns de deliberação.

Para melhor definir as suas ações e dar cumprimento as suas resoluções, a Fitrae-BC construiu vários coletivos com vistas a criar instrumentos para alguns setores considerados prioritários em sua base territorial. O Coletivo Jurídico tem realizado, na sede da Entidade e em parceria com os sindicatos filiados, inúmeros seminários sobre direitos trabalhistas, além de, com frequência, orientar e responder a questionamentos, neste setor, de demandas relativas aos trabalhadores em educação. O Coletivo de Gênero e Etnia da Fitrae-BC consolidou-se em um importante espaço de reflexões e debates acerca deste tema. Além das reuniões previstas na Agenda da Entidade, realiza anualmente o Seminário de Gênero e Etnia com uma grande participação de trabalhadoras e trabalhadores das entidades filiadas.

Existe também, na Federação, os coletivos de Comunicação e do Conselho Editorial, que cumprem um importante papel de avaliar, propor seminários, publicações e reflexões sobre temas de relevância para as entidades filiadas. Para além dessas questões, a Federação desenvolve um trabalho de mobilização e orientação, junto às entidades filiadas, para participar e dar efetividade ao cumprimento das atividades desenvolvidas pela Contee, bem como a participação nos Fóruns de Educação, Conselhos de Educação, Conae e movimentos sociais em geral.

Contee  –  Quais são, na sua opinião, as principais pautas que unem hoje os trabalhadores e trabalhadoras em educação do setor privado?

GP – Esta é uma questão complexa. Dadas as péssimas condições de trabalho, que por certo se tornam impedimento para o alcance de nossos objetivos, não há como deixar de reconhecer que as questões que dizem respeito às condições de trabalho são, no momento, a que mais unificam os trabalhadores e as trabalhadoras deste segmento. Plano de Carreira que valorize o profissional pela sua qualificação, independente da etapa, modalidade ou nível de ensino, tem-se tornado um instrumento necessário na melhoria da educação, na opinião daqueles e daquelas que atuam na educação privada. Outro ponto a considerar é a democratização das relações no interior das unidades escolares, que possa contribuir para a livre manifestação dos trabalhadores e trabalhadoras no desenvolvimento dos trabalhos administrativo e pedagógico de cada instituição.

Contee – Quais as particularidades enfrentadas pelos trabalhadores do setor privado de ensino na Região Central do Brasil?

GP – Acredito que os problemas (particularidades) enfrentados pelos trabalhadores e trabalhadoras do setor privado em nossa região são os mesmos que outras regiões enfrentam. A falta de Plano de Carreira com um piso salarial que valorize o docente e o trabalhador administrativo; a insegurança pela absoluta falta de estabilidade no emprego; a violenta discriminação dos docentes que atuam na educação infantil e no ensino fundamental quanto à exploração da carga-horária e dos salários e a grande dificuldade de diálogo e a exploração das mantenedoras do ensino superior privado em relação aos trabalhadores em educação, onde professores e técnicos administrativos são submetidos a formas e relações de trabalho humilhantes, sem fiscalização e sem garantias dos seus direitos elementares.

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Fonte: Contee

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás