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Brasil passa a integrar Conselho Diretor do Pisa

O Brasil passa a integrar o Conselho Diretor do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), uma iniciativa internacional de avaliação que compara a educação em 76 países. O conselho é formado pelos 34 membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O Brasil é o primeiro país não membro da OCDE a integrar o grupo. O anúncio foi feito na segunda-feira, 21, pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

O objetivo do Pisa é produzir indicadores que contribuam para a discussão da qualidade da educação nos países participantes e para subsidiar políticas de melhoria do ensino básico. A avaliação é aplicada em jovens de 15 anos a cada três anos. O Pisa abrange três áreas do conhecimento – leitura, matemática e ciências – havendo, a cada edição do programa, maior ênfase em cada uma das áreas.

“O Brasil está entre os que mais melhoraram os resultados”, disse o secretário-geral da OCDE, Angel Gurría. “O sistema educacional brasileiro é inclusivo e de fácil acesso”. O último resultado, divulgado em 2010, mostra que o Brasil ocupa a 53ª posição em leitura e ciências e o 57º lugar em matemática. O exame avaliou 65 países, ou seja, o Brasil ocupou as últimas posições, atrás de países da América Latina, como Chile, Uruguai e México. Mesmo assim, o país foi elogiado em relatório da OCDE por atender a 95% da população em idade escolar na educação básica. Segundo Gurría, até 2021, o Brasil deve alcançar a média dos países da OCDE – que muda a cada ano.

Como membro do conselho diretor, o Brasil poderá propor mudanças na forma de avaliação. De acordo com Mercadante, esse é o objetivo principal. Os indicadores, segundo ele, não levam em consideração especificidades de países em desenvolvimento, como o fluxo escolar, por exemplo. A avaliação é aplicada sempre em jovens de 15 anos, independente da série em que estão cursando. Na maior parte dos países membros da OCDE, a grande maioria dos jovens estão de acordo com a idade escolar. No Brasil a defasagem chega a 28,2% nos anos finais do ensino fundamental (5º a 9º ano) e a 31,1% no ensino médio, que abrange essa faixa etária.

Mercadante disse que é preciso considerar as diferenças entre os países. “A renda per capita [dos países da OCDE] é três vezes superior à brasileira. O investimento em educação por estudante nos demais países também é três vezes superior ao brasileiro em termos brutos”. Sobre os avanços do país, de acordo com Mercadante, nos último 20 anos, o acesso ao ensino médio cresceu 120%, mas não foi acompanhado da melhora na qualidade de ensino. “Temos muito trabalho, muito dever de casa a fazer”.

Durante o anúncio, o ministro ressaltou a importância da destinação dos recursos do pré-sal para educação. A oferta do leilão de Libra, feito há pouco no Rio de Janeiro, garante à União 41,65% do lucro do óleo retirado do campo. “Daremos um salto em termo de recurso novo”, disse.

Fonte: Sinpro RS, com informações de Agência Brasil.

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Aprovada proibição que exige material escolar de uso coletivo

A proibição foi aprovada de forma terminativa, pelo Congresso Nacional, a partir do projeto de lei 126/2011, originário da Câmara Federal e de autoria do deputado federal Chico Lopes (PCdoB-CE), aprovado na terça-feira passada (15/10), pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização de Controle, do Senado.

Pelo projeto, que agora segue para sanção pela presidenta Dilma Rousseff, caberá exclusivamente às escolas, e não aos pais de alunos, arcar com itens de uso coletivo, como papel ofício em grandes quantidades, papel higiênico, álcool, flanela e outros produtos de limpeza e escritório.

O projeto de lei, cuja aprovação está tendo grande repercussão na imprensa nacional, proíbe que esses e outros itens – como fita adesiva, cartolina, estêncil, grampeador e grampos, papel para impressora, talheres e copos descartáveis, esponja para louça – sejam incluídos nas listas de material escolar. Caso constem da lista ou do contrato firmado entre a escola e os pais, a cláusula do contrato que dispõe sobre o material será considerada nula, isentando os pais da obrigação de fornecer os produtos, mesmo que tenham assinado o contrato.

“O projeto, que agora depende apenas da sanção da presidenta Dilma para se tornar lei, tem o objetivo de evitar abusos nas listas de material escolar que são cobradas por muitos colégios. Apresentamos esse projeto após termos várias reclamações de pais, quanto à presença de itens como esses, de uso coletivo, nas listas de material cobradas pelas escolas”, destaca o deputado federal Chico Lopes, militante da defesa do consumidor.

O parlamentar ressalta que a proposta conta, em sua justificativa, com informações do sobre manifestações anteriores de Procons e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) sobre o tema, reforçando a importância de proteger o consumidor de eventuais abusos na lista de material escolar. “A obrigação de fornecer os meios para a prestação dos serviços educacionais é da escola, que cobra anuidade para isso. Então, ela não pode cobrar que o pai de aluno forneça itens que vão servir não ao estudante, mas à escola, às suas tarefas administrativas, de organização ou limpeza”, enfatiza o deputado.

Pastas, plástico para pastas classificadoras, cartuchos de impressão, apagadores e até medicamentos são outros itens citados na justificativa do projeto, que altera a lei 8.078/1990, inserindo no rol das cláusulas abusivas a exigência, na lista de material escolar, de fornecimento de itens de uso coletivo, ou seja, “que não fazem parte do uso individual do aluno”.

Vitória dos consumidores

“Essa é uma importante vitória dos consumidores”, avalia Chico Lopes, ressaltando que o projeto, cuja tramitação se prolongava desde 2008, foi aprovado em época de matrículas escolares e exatamente no Dia do Professor.

“É uma boa coincidência. Ao longo desse tempo de tramitação, tivemos oportunidade de divulgar esse direito do consumidor, que também foi buscado por entidades como os Procons, através de portarias, por exemplo. Temos certeza que agora, com força de lei, a medida passará a ser respeitada em todo o País e vamos conseguir aumentar o combate a essa prática abusiva, beneficiando os pais de alunos”.

A aprovação do projeto é muito importante para os pais de alunos e para o reforço das ações de defesa do consumidor.

Fonte: Portal Vermelho, com informações da Assessoria do deputado federal Chico Lopes (PCdoB-CE)

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Carta-resposta ao presidente do Sepe, Professor Flávio Roberto de Castro

O Presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Município de Goiânia, Professor Flávio Roberto de Castro, em entrevista concedida à Televisão Anhanguera, no último dia 20, revelou que desconhece a realização de qualquer trabalho docente, fora do ambiente escolar; e que o pagamento de 5,25 semanas, por mês, inclui todas as tarefas docentes, quer realizadas em sala de aula, quer fora delas.

Com o devido respeito, as palavras do Presidente do Sepe não encontram eco na realidade social, na Constituição Federal, na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei N. 9.394/96.

Primeiro, porque é do conhecimento de todos, ao que parece, menos do Presidente do Sepe, que o trabalho docente não se resume à regência de classe. Ao contrário, vai muito além desta, pois que exige estudo, formação continuada, preparação de aulas, correção de exercícios, provas e tarefas, preenchimento de diários de classe e anotações do acompanhamento da aprendizagem dos alunos.

Todas estas atividades, com exceção da regência de classe, são realizadas fora da sala de aula. Como durante todo o período em que o docente permanece na escola, o faz em sala de aula, com exceção das reuniões pedagógicas e conselhos de classe, claro está que as demais atividades são realizadas em casa.

Como os salários são baixos, os docentes vêem-se obrigados a trabalhar os três períodos de aula; restando-lhe, portanto, as madrugadas, os sábados, domingos e feriados para o desenvolvimento das demais tarefas.

Frise-se que nenhuma escola particular de educação básica proporciona aos seus docentes condições para que desenvolvam as demais funções pedagógicas, no seu ambiente; bem assim, recusam-se, terminantemente, a remunerá-las. Não obstante a Constituição Federal preconizar que a valorização dos profissionais da educação escolar é princípio sobre o qual se assenta o ensino, e de a LDB, em seu Art. 67, inciso V, determinar que na carga horária semanal é obrigatória a reserva de período específico, para estudo, planejamento e avaliação. O Estado de Goiás e o Município de Goiânia destinam um terço da carga horária semanal de seus docentes, para estas finalidades. As escolas particulares não destinam nem um minuto.

Segundo, porque o Art. 322, da CLT, o 7°, da Lei N. 605/49, e a Súmula 351, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), combinados, estabelecem que a remuneração dos docentes é calculada com base em quatro semanas e meia, acrescidas, cada uma delas, um sexto, a título de repouso semanal remunerado, não condicionando este cálculo ao cumprimento de tarefas outras, que não sejam aulas.

Tanto isto é verdadeiro, que, conforme já explicitado, a LDB, em seu Art. 67, determina a destinação de parcela da carga horária semanal, para estudo planejamento e avaliação, sem prejuízo da remuneração.

A Constituição Federal, em seu Art. 7°, inciso XV, assegura o repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos, como direitos de todos os trabalhadores urbanos e rurais, igualmente, não o condicionando a nenhum evento.

Ademais, o Art. 884, do Código Civil (CC) veda o trabalho gracioso e o enriquecimento sem causa.

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TV Anhanguera: professores da rede particular cobram remuneração por trabalho extraclasse

Deu na TV Anhanguera – Domingo de Greve em Goiás

 Professores da rede particular cobram remuneração por trabalho extraclasse”

 

Como protesto, eles suspenderam atividades no final de semana, em Goiânia
Sindicato de escolas particulares nega que categoria não receba pelo serviço.

 

Imagem-adeladir_entrevista_TVProfessores de escolas particulares de Goiânia reclamam da falta de remuneração por trabalhos extraclasse, como preparar aulas e corrigir provas. Para alertar sobre o problema, eles protestaram no domingo (20) de uma forma diferente: suspenderam as tarefas escolares e dedicaram o dia ao lazer. O sindicato da categoria acredita que 5 mil profissionais aderiram ao movimento.

Adeladir Abadia da Silva é uma das professoras que paralisaram as atividades. Lecionando em escolas municipais e particulares, ela afirma que educadores da rede pública recebem pelo trabalho levado para casa.

Clique aqui, ou na foto acima, para ver o vídeo da matéria da TV Anhanguera)

 

“No município, nós temos esse tempo para planejar, e no estado também fornece esse tempo para o professor fazer o planejamento na escola. No setor privado ainda não tem. A gente entende que o mais importante pra nós, e prazeroso, é estar na sala de aula com o aluno. Mas o nosso trabalho é muito maior fora da sala de aula e não é remunerado”, ressalta Adeladir.

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Professor Alan: “A não realização de atividades docentes em casa vai repercutir”

Reunindo 236 escolas, o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino de Goiânia nega que os professores trabalhem mais do que o devido. “Desconheço alguma escola que passe trabalho para o professor durante o final de semana. Se o faz, faz contra a orientação do sindicato. O mês tem 4.2 semanas e o professor recebe por 5.25 semanas. Esse 0.75 semana é para o trabalho extraclasse e descanso remunerado”, afirma o presidente do sindicato, Flávio Roberto.

)Fonte: Portal G1 – reprodução integral de texto)

 

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Toma posse a nova diretoria do Sinpro Goiás

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À mesa, presidida pelo professor Alan Francisco de Carvalho, autoridades da área de educação e sindicalistas prestigiam a posse da nova diretoria do Sinpro Goiás

 

O Sindicato dos Professores do Estado de Goiás (Sinpro Goiás) tem nova diretoria. Em solenidade realizada na noite de quinta-feira, dia 17 de outubro, foram empossados os sindicalistas que responderão pela direção da entidade que representa os docentes dos estabelecimentos particulares de ensino, em Goiás, pelo triênio 2013-2016. Na presidência, permanece o professor Alan Francisco de Carvalho e, na vice-presidência, está o professor Orlando Lisita Júnior, que é também atual presidente da Associação de Professores da PUC Goiás (Apuc).

Prestigiado pela presença de autoridades da área da educação e por sindicalistas, o evento foi realizado no auditório do Hotel Empresarial Biss Inn, no Setor Universitário, em Goiânia. O cerimonial esteve a carga da professora Zilmarina Zilmarina Camilo de Oliveira, Secretária de Gênero e Etnia do Sinpro Goiás. O evento foi, também, um momento de celebração dos 50 anos existência do Sinpro Goiás, que se completarão dia 27 de dezembro.

Na solenidade, também foram empossados os quatro novos delegados sindicais eleitos pelos professores da PUC Goiás: Goiaz do Araguaia Leite Vieira; Mardônio Pereira da Silva; Maria Ximena Vázquez F. Lima e Rodrigo Mariano da Silva.

Compondo a mesa, presidida pelo professor Alan Francisco de Carvalho, estavam a professora Maria Ester Galvão de Carvalho, presidenta do Conselho Estadual de Educação; professor Elcivan Gonçalves França, presidente do Conselho Municipal de Educação; professor Geraldo Profírio Pessoa, presidente da Federação Interestadual dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino do Brasil Central (FitrasBC); professora Ailma Maria, presidenta da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB); professora Maria Eusébia, presidenta da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Cleuber Maia, representante da Força Sindical, em Goiás.

Em breves pronunciamentos, os integrantes da mesa saudaram a diretoria do Sinpro Goiás e fizeram referências à trajetória de 50 anos do sindicato. O professor Alan Francisco de Carvalho, em seu discurso, teceu considerações sobre os desafios a serem enfrentados pela gestão que se inicia e reafirmou o compromisso dos que tomaram posse com a tradição de luta do sindicato, seu compromisso com a categoria docente, em defesa dos interesses e seus direitos dos profissionais do ensino, assim como com a construção de um país mais justo, por meio da educação.

A noite foi, ainda, marcada por homenagens à professora Adeladir Abadia da Silva e ao professor e advogado José Geraldo de Santana. Até então vice-presidente do Sinpro Goiás, ela deixou a diretoria, porém continua a ser a representante da categoria no Conselho Municipal de Educação.

Geraldo Santana recebeu a homenagem por ser, ao longo de vida de professor, intensamente dedicado ao sindicato e à causa da educação. Ele foi presidente do Sinpro Goiás por quatro mandatos, de 1986 a 1998, período em que, por exemplo, atuou de modo decisivo quando da elaboração da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, de Goiás. Na extensa folha de serviços prestados à categoria docente, conta-se ainda, a sua marcante presença na galeria de presidentes do Conselho Estadual de Educação.

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Insaes é aprovado pela Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara

A Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados aprovou hoje (16) o Projeto de Lei 4.372/2012, que cria o Instituto Nacional de Supervisão e Avaliação do Ensino Superior (Insaes). De extrema importância para a educação brasileira, a proposta, na forma no parecer favorável do relator deputado Alex Canziani (PTB-PR), foi apoiada pela maioria, mas recebeu voto contrário dos parlamentares Silvio Costa (PSC-PE), Augusto Coutinho (SDD-PE), Jorge Corte Real (PTB-PE), Isaias Silvestre (PSB-MG) e Erivelton Santana (PSC-BA).

O PL ainda precisa passar pelas comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça. No entanto, dados o número de votos contrários e o lobby feito pelos empresários do ensino superior contra a matéria, a aprovação desta quarta-feira (16/10) representa a vitória em mais uma batalha no sentido de garantir uma educação superior de qualidade no Brasil e combater a financeirização do setor.

O Insaes representa uma maior capacidade do Estado de atuar na garantia da qualidade da educação, inclusive em instituições que vivem do dinheiro público. Um dos pontos fundamentais do PL é a determinação de que as fusões e incorporações de empresas no ensino superior se deem mediante aprovação prévia do MEC. O projeto também exige que, para credenciamento e recredenciamento, as instituições estejam em regularidade perante as fazendas federal, estadual e municipal, a seguridade social, o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e a Justiça do Trabalho. A criação do Insaes é fundamental para assegurar que a educação brasileira seja de fato tratada como prioridade para o desenvolvimento nacional.

 

Fonte: Contee

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Comissão de Educação debate principais pontos do PNE em audiência pública

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) realizou audiência pública nesta terça-feira (15/10), sobre o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 103/2012, que estabelece um novo Plano Nacional de Educação (PNE) para o decênio 2014-2023. O debate foi solicitado pelo relator da proposta, senador Alvaro Dias (PSDB-PR).Os principais temas abordados durante a audiência foram fontes de financiamento; política de valorização e capacitação do professor; e inclusão de alunos com deficiência na escola regular.No debate, foi consensual entre os participantes que o financiamento pelas verbas extras dos royalties do petróleo e a aplicação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB), no último ano do PNE, não serão suficientes para bancar as metas do plano. Com isto, a senadora Ângela Portela (PT-RR) disse que o Senado vai instalar uma Comissão Especial exclusiva para debater a questão do financiamento da educação. Segundo a senadora, está comissão será presidida por ela mesma e terá como relator o senador Cristovam Buarque (PDT-DF).

O representante do Conselho Nacional de Educação (CNE), conselheiro Luiz Dourado, além de reivindicar mais recursos da União para a educação básica, defendeu a criação de um fundo nacional para o financiamento do setor. Outra questão relevante foi levantada pela presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Cleuza Rodrigues Repulho, que é o financiamento da creche e da educação infantil como ponto mais desafiador, já que demanda maior volume de recursos.

Meta 4

O ponto mais polêmico da matéria é a Meta 4 do PNE, que contém 20 itens no total e regula a inclusão escolar de pessoas com deficiência. A CE se debruça sobre a redação dada por substitutivo da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), que estabelece a universalização do acesso à educação básica para a população de 4 a 17 anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, assegurando-lhe atendimento educacional especializado preferencialmente na rede regular de ensino.

Apesar de ser diferente da redação proposta pelo governo, o texto aprovado pela CCJ “avançou muito, pois assegura atendimento educacional especializado preferencialmente na rede de ensino regular, mas resguarda também o atendimento de entidades especializadas na área”, afirmou o secretário-executivo do Ministério da Educação, José Henrique Paim.

Ao se pronunciar, a representante do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Leuzinete Pereira da Silva, elogiou outra inovação do Senado ao texto do PLC 103/2012: “a previsão de definir, no segundo ano de vigência do PNE, indicadores de qualidade, política de avaliação e supervisão para entidades públicas e privadas de ensino que prestam atendimento a alunos com deficiência intelectual”.

É importante frisar que o texto aprovado pela CE, comissão de mérito, será o texto a ser deliberado pelo Plenário do Senado. A próxima audiência pública sobre o tema acontece na próxima terça-feira (22/10), os horários e locais ainda serão definidos oportunamente.

Além do senador Alvaro Dias e do presidente da CE, senador Cyro Miranda (PSDB-GO), participaram do debate os senadores Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), Ângela Portela (PT-RR), Ana Amélia (PP-RS), Inácio Arruda (PCdoB-CE), Ana Rita (PT-ES), Osvaldo Sobrinho (PTB-MT) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).

Fonte: Portal CTB. Matéria de Daiana Lima 

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Audiência pública na Câmara debate a fusão entre Kroton e Anhanguera e a financeirização do ensino superior

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José Geraldo de Santana Oliveira, consultor jurídico da Confederação e do Sinpro Goiás.

Ocorreu ontem (10/09) audiência pública realizada pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados para discutir a fusão entre as empresas Kroton Educacional e Anhanguera Educacional, e seu impacto na qualidade do ensino brasileiro. A coordenadora da Secretaria de Assuntos Institucionais da Contee, Nara Teixeira de Souza, e o consultor jurídico da Confederação e do Sinpro Goiás, José Geraldo de Santana Oliveira, acompanharam o processo.

A audiência foi requerida pelos deputados Chico Alencar, Ivan Valente, Jean Wyllys (todos do PSOL) e Celso Jacob (PMDB) e teve como um dos debatedores o presidente da Fepesp, Celso Napolitano, além do representante da Kroton Rodrigo Capelato, da professora da UnB Cristina Helena Almeida de Carvalho (que pesquisa a questão da financeirização do ensino superior no Brasil) e do diretor do Fórum das Entidades Representativas de Ensino Superior                                                                    Particular José Roberto Covac.

O Ministério da Educação foi convidado para o debate, mas não compareceu. Em vez disso, enviou carta à Comissão de Educação alegando que o MEC não tem conhecimento oficial sobre a operação financeira, que ainda se encontra sob análise do Conselho Administrativo de Defesa Econômico (Cade), e que, portanto, não compete à Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres) se pronunciar sobre o tema.

O teor da carta foi criticado pelos deputados, que a consideram um desrespeito ao Parlamento e à educação brasileira. “A não ser que o MEC ache que a educação é para ser discutida na bolsa de valores”, ironizou o deputado Ivan Valente. “É um desrespeito à educação e aos educadores desse país.”

Em sua fala, o presidente da Fepesp tomou a justificativa do MEC como exemplo de como é importante uma maior atuação da pasta sobre as aquisições e fusões de empresas educacionais, como é proposto no projeto de lei que cria o Instituto Nacional de Supervisão e Avaliação do Ensino Superior (Insaes). “O MEC não tem a menor ingerência educacional sobre a questão das fusões e confessa isso nessa resposta”, apontou o professor Celso Napolitano. “O MEC trata a fusão entre duas empresas de educação – falando aqui sem qualquer preconceito ou discriminação – como se fosse a fusão entre a Sadia e a Perdigão; como se educar os jovens brasileiros fosse vender salsichas.”

Em sua intervenção, o presidente da Fepesp abordou todo o processo de mercantilização e financeirização da educação superior no país – citando, além da própria questão Kroton-Anhanguera, casos específicos, como o da Uniesp e o da recente compra da FMU pela Laureate –, o crescimento da educação a distância, a relação dessas empresas com programas governamentais como o ProUni e o Fies, os impactos trabalhistas como a demissão, sobretudo, de professores doutores.

“Educação no Brasil hoje virou um excelente negócio. A educação superior então é um negócio melhor ainda”, criticou Napolitano. “Por que as empresas e os fundos financeiros estão interessadas em investir na educação no Brasil? Para qualificar o jovem e o trabalhador brasileiro ou para ganhar dinheiro?”

O diretor da Fepesp também citou o documento aprovado pelo Fórum Nacional de Educação, com a assinatura de 25 entidades e as questões básicas que o FNE propõe que sejam discutidas: o impacto dessa fusão e de todo o processo de financeirização para a educação brasileira; a construção do padrão de qualidade social da educação; os princípios constitucionais da valorização dos profissionais da educação e da liberdade de ensinar e aprender; a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão; e os interesses maiores da educação como política estratégica de desenvolvimento social.

Já em suas considerações finais, Celso também ressaltou que não se trata de ser contra as escolas particulares.Trata-se, antes sim, de combater essa possibilidade de negócio fácil e lucrativo que tem existido na educação superior sem uma regulação do MEC.

Estudo

A fala de Celso Napolitano foi complementada pelo estudo apresentado pela professora Cristina Carvalho sobre todo o processo de financeirização, que demonstrou a concentração financeira e a oligopolização do setor. Além disso, a pesquisadora da UnB destacou como as empresas educacionais mercantis têm se valido do ProUni e do Fies para conferir estabilidade aos seus negócios – já que, com eles, têm recursos certos com inadimplência nula – e passar confiabilidade aos acionistas. Segundo ela, 20% das matrículas presenciais da Anhanguera e 45% da Kroton são custeadas via Fies.

A professora também apontou que com o agravamento da mercantilização, nesse processo de financeirização, a maximização dos lucros foi transformada na maximização do valor acionário. Ela também ressaltou o impacto negativo sobre o processo educacional. Um exemplo recente, conforme Cristina, é o próprio resultado do Enade. Numa análise rápida feita por ela sobre os cursos possíveis de serem detectados na listagem divulgada nesta semana pelo MEC, 53% dos cursos oferecidos por instituições mantidas pela Anhanguera tiveram notas 1 e 2.

Fonte: Contee.

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TV Contee mostra jornada exaustiva no verdadeiro dia dos(as) professores(as)

No dia 15 de outubro se comemora o Dia do Professor. Mas como é de fato um dia na vida de um docente no Brasil? Neste mês, para o qual está convocado o Domingo de Greve – greve nacional a ser realizada no dia 20 de outubro a fim de denunciar o excesso de trabalho extraclasse aos qual os professores são submetidos –, a TV Contee acompanhou a jornada diária de uma professora da cidade de São Paulo para mostrar como o dia a dia dessa categoria vai muito além da sala de aula e de uma jornada estabelecida.

Confira o vídeo na íntegra clicando aqui.

Fonte: Contee.