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Lideranças cobram regulamentação de direitos constitucionais dos trabalhadores

Lideranças e representantes de movimentos sindicais querem a regulamentação de mais de cem dispositivos constitucionais que ainda não podem ser aplicados em sua totalidade, principalmente os que afetam diretamente interesse dos trabalhadores, como a proteção contra a demissão imotivada, o direito de greve e a concessão de aposentadoria especial dos servidores públicos.

Eles fizeram a cobrança durante a audiência da Comissão de Direitos Humanos Legislação e Participação Popular (CDH), na manhã da segunda-feira 16, sobre os 25 anos da Constituição e a situação dos direitos trabalhistas nela previstos. Todos foram unânimes em apontar os avanços da Carta de 1988; por outro lado, demonstraram desconfiança e receio em relação a projetos de lei e a emendas constitucionais em tramitação no Congresso Nacional.

“Embora a Constituição tenha trazido avanços, há uma demora na regulamentação de muitos pontos e, quando ela acontece, muitas vezes, vem para piorar a situação. Isso é motivo de preocupação e exige luta para não deixarmos haver retrocessos”, afirmou o diretor-executivo da CUT, Antonio Lisboa Amâncio do Vale. Ele citou como exemplo a proposta de regulamentação do direito de greve dos servidores. Para ele, trata-se, na verdade de um projeto “antigreve”.

Para o vice-presidente Nacional da Central dos Sindicatos Brasileiros, Flávio Werneck Meneguelli, a proposta é “assustadora” e chega a ser uma vedação de um direito constitucional, que não pode jamais ser aprovada. O tema está sendo tratado pela Comissão de Consolidação da Legislação Federal e Regulamentação de Dispositivos da Constituição (CMCLF), que deve votar relatório do senador Romero Jucá sobre o direito de greve no serviço público nesta quarta-feira (18).

Já o representante da Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas), José Maria de Almeida, criticou a proposta que tipifica o crime de terrorismo. Segundo ele, do jeito que está, se houver uma greve no setor de transporte, por exemplo, os trabalhadores poderão ser enquadrados como terroristas.

“A Constituição assegura a liberdade de manifestação, mas o movimento sindical vem suportando há anos leis restritivas. Há uma escalada da repressão policial às manifestações de rua e às greves. Agora mesmo o governo do Ceará vai gastar R$ 500 milhões em armas não letais. Em São Paulo há 160 trabalhadores e jovens indiciados por terem sido acusados de liderarem manifestações. Estão querendo transformar lideranças de movimentos sociais em chefes de quadrilhas”, reclamou. Na opinião dele, há um processo de criminalização dos que lutam por seus direitos, o que é inaceitável. “Lutar por uma causa não é crime, mas direito constitucional.”

Diante da queixa, o senador Paulo Paim informou que pretende debater a tipificação do terrorismo na Comissão de Direitos Humanos. A questão também está sendo tratada pela Comissão de Consolidação da Legislação Federal. O senador disse ainda que vai pedir ao Ministério da Justiça apoio a lideranças sindicalistas que estão sendo ameaçadas, conforme relatos apresentados na audiência. Segundo ele, a CDH vai realizar uma nova audiência pública, especificamente para discutir a liberdade de manifestação e a criminalização de movimentos sociais.

Também participaram da reunião o secretário-geral da Nova Central Sindical dos Trabalhadores, Moacyr Roberto Tesch Auversvald; o vice-presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Lourenço Ferreira do Prado; e o representante da Secretaria Nacional da Alimentação da Força Sindical, João Agostin.

 

 

Fonte: Agência Senado / Rede Brasil Atual

 

 

 

Jorn. Fernanda Machado

Assess. de Imprensa do Sinpro Goiás

 

 

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Abertura de crédito extraordinário para o Fies é enviada ao Senado

O presidente do Senado, Renan Calheiros, leu nesta terça-feira (17), ao presidir a sessão plenária, o texto da Medida Provisória (MP) 626/2013, que abre crédito extraordinário de R$ 2,53 bilhões para o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies). O programa oferece financiamento com juros baixos para estudantes em instituições de ensino superior privadas. Renan Calheiros anunciou que a matéria constará da pauta do Plenário desta quarta-feira (18).

O Poder Executivo argumenta que o Fies é um dos principais instrumentos do governo federal para ampliar o acesso à universidade. Com a queda da taxa de juros do financiamento, a ampliação dos prazos de carência e a criação de um fundo que permitiu a dispensa de fiador para estudantes de baixa renda, o governo diz ter havido crescimento exponencial na demanda nos últimos três anos.

Segundo o Executivo, há urgência na aprovação do crédito para que se permita a criação de novas vagas e para que não haja evasão dos estudantes das universidades. Por esse motivo, optou por editar a MP, apesar de já haver projeto de lei sobre o mesmo tema (PLN 15/2013) tramitando no Congresso. Após a edição da MP, o governo retirou o projeto. Segundo o relator, senador Wilder Morais (DEM-GO), o crédito não envolve despesas ou receitas primárias, portanto não impacta a meta de resultado fiscal.

Fonte: Agência Senado

Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa do Sinpro Goiás

 

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Texto foi aprovado pelo Senado e terá de voltar à Câmara

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O Plenário do Senado aprovou ontem, 17 o projeto que institui o Plano Nacional de Educação (PLC 103/2012). A votação se deu em meio a protestos de parlamentares contra o encerramento da discussão − que havia sido iniciada na última quarta-feira − e pedidos de agilidade por parte de senadores que queriam votar o Orçamento de 2014. O plano, que prevê metas para o período de 2011 a 2020, tramita há três anos no Congresso e ainda terá de voltar à Câmara dos Deputados.

O projeto do PNE foi enviado pelo governo federal ao Congresso em dezembro de 2010 e só foi aprovado pela Câmara dos Deputados quase dois anos depois, em outubro de 2012. No Senado, passou por três comissões, durante pouco mais de um ano de tramitação.

O texto defendido pelo governo e aprovado nesta terça-feira foi relatado em Plenário pelo senador Eduardo Braga (PMDB-AM). O senador acolheu a maior parte do relatório elaborado por Vital do Rêgo (PMDB-PB) para a votação em Plenário. Vital acatou 47 das 101 mudanças previstas no substitutivo do senador Alvaro Dias (PSDB-PR) na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), última a examinar o texto.

O senador do PSDB é um dos principais críticos do texto apoiado pelo governo. Ao se pronunciar contra a preferência na votação para o texto dos governistas, Alvaro Dias voltou a declarar que, da maneira como estava, o projeto transformaria o plano em uma simples manifestação de intenções.

–  Nós não teremos um Plano Nacional de Educação para valer, teremos uma carta de intenções. Estaremos vendendo ilusão, estaremos gerando falsa expectativa e nós não podemos brincar com o futuro do Brasil – disse.

Entre os pontos que geraram críticas do senador está a falta de punição para os agentes e  gestores que não cumprirem as metas do plano e a retirada de dispositivo que fixava prazo de um ano para a aprovação de uma proposta de lei de responsabilidade educacional. O senador também criticou a falta de definição sobre a fonte dos recursos para a educação e sobre os percentuais de investimento da União, dos estados e dos municípios.

Relator do texto na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), Vital do Rêgo elogiou osubstitutivo aprovado e lembrou ter acolhido 50% das modificações feitas por Alvaro Dias na CE. Eduardo Braga afirmou que o texto traz avanços importantes e representa o entendimento e o consenso, após ampla negociação com a sociedade.

Além das modificações previstas no relatório de Alvaro Dias, foram rejeitadas seis emendas apresentadas por Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e sete por Inácio Arruda (PCdoB-CE). Após reconhecer que o Senado fez um bom trabalho, o senador pelo Ceará disse esperar que o textoseja aprimorado na sua volta à Câmara ou em projetos futuros.

Procedimento

A maior parte da discussão nesta terça-feira não foi sobre o mérito do plano, mas sobre o procedimento de votação. O presidente da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), senador Lobão Filho (PMDB-MA), lembrava aos colegas da necessidade de se votar o relatório-geral do Projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2014 (PLN 9/2013). Outros parlamentares queriam continuar a discussão do PNE, que acabou sendo encerrada após a aprovação de requerimento com esse fim.

Autor de texto alternativo rejeitado em Plenário, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) disse que era incoerente que, após três anos de discussão no Congresso, o plano não pudesse ser amplamente debatido em Plenário.

– Como é possível que o governo tenha deixado passar três anos de debate do PNE e agora não queira deixar que a gente fique por três horas debatendo? Em três horas, a gente resolveria isso – defendeu o senador, cujo substitutivo previa a federalização da educação de base.

Ao protestar contra o encerramento da discussão, o senador José Agripino (DEM-RN) citou o resultado negativo do Brasil em exames internacionais e lamentou que a minoria não tenha conseguido debater o plano.

– Que se assuma que o PNE que vai ser votado é o PNE do governo e não o que o Brasil espera, precisa, deseja e algum dia vai ter – afirmou.

Cyro Miranda (PSDB-GO), por sua vez, lembrou que o texto de Alvaro Dias foi elaborado após diversas audiências públicas na CE e apontou pressa na elaboração do texto do governo, que teria sido “feito em três dias”. O senador também criticou a flexibilização de metas no textogovernista.

Randolfe Rodrigues fez um apelo aos colegas para que a votação fosse concluída e para que o orçamento fosse discutido em outro dia. O senador questionou o motivo da pressa na votação.

– Por que a pressa? Para todos os congressistas irem para casa cedo antes de a semana acabar? É essa a pressa? Não tem por que isso – disse.

Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), que defendia o adiamento da votação para esta quarta-feira (18), disse que o texto não é o ideal e que algumas sugestões deveriam ter sido mais discutidas. Ainda assim, declarou seu voto a favor do plano.

Fonte:Agência Senado

Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa do Sinpro Goiás

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Termo Aditivo garante recesso escolar aos professores

A determinação é proveniente do “Termo Aditivo à Convenção Coletiva de condições de trabalho”, assinada com o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de Goiás (Sinepe), e com o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Município de Goiânia (Sepe).

A partir de hoje, 12, o Sindicato dos Professores do Estado de Goiás (Sinpro Goiás) determina recesso escolar obrigatório, no período de 21 de dezembro de 2013 a 10 de janeiro de 2014, no qual os professores não poderão ser convocados para nenhuma atividade. Os estabelecimentos de educação já estão sendo notificados por meio de ofício circular.

“Nós do sindicato estamos muito felizes com a realização e conquista da nossa primeira convenção coletiva que assegura o recesso aos professores”, declara o presidente do Sinpro Goiás, Alan Francisco de Carvalho. Para ele o (a) professor (a) tem o direito ao descanso de fim de ano, o que faz com que se renovem para a volta as aulas.

A instituição que infringir o Termo terá de pagar o professor (a) em dobro, acrescido de 50%, além de estar sujeita a cominações legais, dentre elas, multas e indenização por dano material e moral.

Para denunciar irregularidades no recesso escolar obrigatório, entre em contato com o Sinpro Goiás: (62) 3261-5455.

 

Clique aqui para visualizar o Termo Aditivo na íntegra.

 

 

Fernanda Machado

Assess. de Imprensa do Sinpro Goiás

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Insaes na pauta de hoje da Comissão de Finanças e Tributação

O projeto de lei que cria o Instituto Nacional de Supervisão e Avaliação do Ensino Superior (Insaes) está novamente na pauta de hoje (17) da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados. A Contee estará acompanhando a sessão e entregará em mãos aos parlamentares do colegiado a nota em defesa da aprovação da matéria.

Entre os argumentos levantados pela Confederação estão o cumprimento do Artigo 209 da Constituição, a falta de estrutura da Secretaria de Regulação do MEC, a necessidade de regulamentação da educação privada – que não pode ter critérios diferenciados de qualidade dos aplicados à educação pública – e o combate à financeirização, desnacionalização e oligopolização do ensino.

“O Insaes busca regular não só do ponto de vista econômico (atribuição do Cade), mas também EDUCACIONAL E PEDAGÓGICO as fusões e aquisições que transformam as instituições da educação superior em instituições de capital aberto na bolsa de valores”, diz o documento. “As fusões e aquisições passam a precisar de autorização prévia do MEC, a fim de que sejam mantidas as mesmas condições de oferta dos cursos e instituições na época de sua avaliação. Isso é importante porque os grupos que compram as instituições esperam o processo de avaliação se encerrar para depois alterar o projeto pedagógico e demitir os docentes mais qualificados, burlando de forma aberta o processo de avaliação e, portanto, driblando o que afirma o Art. 209 da Constituição.”

Exemplo internacional

Para se ter uma ideia da importância do Insaes, basta comparar a realidade brasileira com a de outros países. Na semana passada, o jornal Valor Econômico publicou matéria mostrando a revisão, feita pela Suécia, da atuação das empresas de educação. “Quando uma das maiores empresas privadas de educação faliu, alguns meses atrás, deixou 11 mil alunos a ver navios e fez com que o governo da Suécia repensasse sua reforma pioneira da educação pública, aos moldes do mercado”, diz a reportagem. “Duas décadas após o início de seu experimento de livre mercado na educação, cerca de 25% dos alunos do ensino médio da Suécia frequentam agora escolas financiadas com recursos públicos, mas administradas pela iniciativa privada. Essa proporção é quase o dobro da média mundial. Quase metade desses alunos estudam em escolas parcial ou totalmente controladas por empresas de private equity , que compram participações em outras empresas.”

Ainda segundo o jornal, a falência, neste ano, da JB Education, controlada pela empresa dinamarquesa de private equity Axcel, foi o maior, mas não o único, caso do setor educacional sueco. “O fechamento da JB custou o emprego de quase mil pessoas e deixou mais de 1 bilhão de coroas suecas (US$ 150 milhões) em dívidas, principalmente com bancos e fornecedores. Os alunos de suas escolas ficaram abandonados.” A matéria menciona ainda a pressão sobre os trabalhadores. “As escolas privadas introduziram muitas práticas antes exclusivas do mundo corporativo, como bônus por desempenho para funcionários e divulgação de anúncios no sistema de metrô de Estocolmo. Ao mesmo tempo, a concorrência pôs os Professores sob pressão para dar notas mais altas e fazer marketing de suas escolas.”

Trata-se de um caso que atingiu, como já mencionado, 11 mil alunos. No Brasil, essa tem sido a realidade de milhões de estudantes matriculados em instituições privadas, encarados pelo setor privatista como meros consumidores, e que muitas vezes veem ser desmantelado seu sonho de cursar o ensino superior por conta de empresas que não têm o menor compromisso com a qualidade da educação, o futuro dos alunos e o destino dos trabalhadores.

Frente a essa realidade, a Contee reafirma sua defesa do Insaes como instrumento essencial para garantir o cumprimento da Constituição e a garantia de qualidade da educação superior brasileira.

Fonte: Contee

Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino

 

 

 

 

Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa do Sinpro Goiás

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Em defesa do PNE que a sociedade quer

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O Plano Nacional de Educação (PNE) retorna à pauta desta terça-feira (17) no Congresso Nacional. O PNE, na verdade, juntamente com o orçamento da União para 2014, domina a agenda de senadores e deputados nesta última semana legislativa de 2013. Trata-se de uma semana decisiva, na qual a mobilização dos trabalhadores em educação e toda a sociedade é extremamente necessária, uma vez que há expectativa de que o texto, após ser aprovado no plenário do Senado nesta terça, seja novamente votado pela Câmara ainda este ano.

A pressão da sociedade e das entidades que defendem a educação, como a Contee e os sindicatos e federações filiados, deve ser feita, principalmente, sobre os deputados, para que não se efetive o resultado desastroso que parece se desenhar no Senado. Isso porque, ao que tudo indica, pode se confirmar hoje a aprovação de um PNE completamente desfigurado em relação ao que foi votado pela Câmara no ano passado. Caso se consagre a aprovação do substitutivo apresentado pelo senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), o Governo Federal ficará desobrigado de expandir matrículas na educação técnica de nível médio e na educação superior, relegando essa tarefa – e os recursos públicos que a ela competem – ao setor privatista. Além disso, a União também ficará desobrigada de colaborar com estados e municípios na expansão e garantia de padrão de qualidade para as creches, o ensino fundamental e o ensino médio por meio dos mecanismos do Custo Aluno-Qualidade Inicial (CAQi) e do CAQ (Custo Aluno-Qualidade).

A Contee está engajada na mobilização para tentar reverter este quadro negativo ainda no Senado. No entanto, juntamente com as demais entidades de educação, a Confederação já está empenhada também na tentativa de corrigir os retrocessos na Câmara dos Deputados, caso o resultado da votação de hoje seja o previsto. Por isso, a Contee alerta todas as entidades filiadas para a importância de acompanhar atentamente a votação e procurar os parlamentares de seus estados e municípios em defesa de um PNE de acordo com o deliberado pela Conferência Nacional de 2010.

Fonte: Contee

Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino

Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa do Sinpro Goiás

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Inep prorroga prazo de envio da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA)

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Foi prorrogado para o dia 30 de dezembro, o prazo para o preenchimento  dos questionários contextuais da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA), direcionado a diretores e professores de turmas do terceiro ano do ensino fundamental das escolas públicas de todo o Brasil.

O questionário é realizado on line através do link //faeb.inep.gov.br/faeb/. Após serem cadastrados pelos diretores das instituições, os professores receberão via mensagem, o login e senha de acesso aos formulários.

A avaliação tem como objetivo analisar as condições de infraestrutura, formação docente, gestão da unidade escolar e a organização do trabalho pedagógico, que compõe o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), aplicada pela primeira vez este ano.

O Saeb avalia conteúdos de leitura, escrita e matemática dos alunos no final do ciclo da alfabetização. Entre os dias 11 e 21 de novembro, 2,6 milhões de alunos fizeram esta avaliação, ao todo, em 55 mil escolas.

Os estudantes avaliados foram aqueles matriculados no terceiro ano do ensino fundamental das escolas públicas das zonas urbana e rural, organizadas no regime de nove anos. As provas foram aplicadas em todas as turmas regulares e uma amostra de turmas multisseriadas.

 

 

Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa do Sinpro Goiás

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Ministro lamenta atraso na votação do PNE

Na última semana de atividades no Congresso antes do recesso, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, lamentou nesta segunda (16) que os parlamentares não tenham aprovado, em caráter terminativo, o Plano Nacional de Educação (PNE). A matéria deve ser votada amanhã (17) no Senado, mas, como o texto foi alterado, terá que retornar à Câmara. O ministro acredita, no entanto, que o plano seja aprovado assim que os parlamentares retomarem as atividades, no próximo ano.

“Espero que essa matéria seja eleita prioridade estratégica logo na retomada dos trabalhos. Como [ela] é para o país deve ser para o Congresso. Já perdemos tempo demais na tramitação e precisamos resolver isso. Assim que voltar [às atividades], a Câmara dará prioridade absoluta e encerraremos esse capítulo”, disse ele, após participar de solenidade de entrega do 27° Prêmio Jovem Cientista, no Palácio do Planalto.

Mercadante espera que a próxima fase da tramitação seja rápida, pois ao retornar à Câmara o texto não poderá mais ser alterado ou receber novas emendas. “Na Câmara é uma votação só. Ou é o texto da Câmara ou é o do Senado. Não há mais possibilidades de emendas”, acrescentou.

O PNE estabelece 20 metas para melhorias na educação pelos próximos dez anos. Entre os pontos estão a universalização do ensino fundamental e do ensino médio e a oferta de creches e ensino integral. O plano também define a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação e prevê a participação dos tribunais de Contas da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios no acompanhamento da meta de ampliação do investimento público em educação.

 

Fonte: uol educação

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Programa envia professores para trabalhos sociais no Timor Leste por 18 meses

O Programa de Qualificação de Docente e Ensino de Língua Portuguesa (PQLP), da Capes, envia professores brasileiros ao Timor Leste. A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) é a instituição responsável pelo projeto em que brasileiros contribuem com a formação de professores no país.

País do Sudeste Asiático, o Timor Leste foi colônia portuguesa por 400 anos, dominado pela Indonésia por duas décadas e, enfim, se tornou independente em 2002. Em 2000, o português foi adotado como língua oficial. “Com a devastação deixada pela invasão, qualquer pessoa que soubesse um pouco de português passou a ensinar”, explica a professora Suzani Cassiani, uma das coordenadoras do programa.

Suzani está envolvida com o projeto há seis anos e já visitou o Timor Leste nove vezes. Ela conta que o programa funciona em parceria com a Universidade Nacional de Timor-Leste (UNTL), a única instituição pública dedicada ao ensino superior no país. Os docentes enviados realizam trabalhos de qualificação de professores, ensino de português em ministérios, orientação de trabalhos, grupos de pesquisa e até atuam na realização de programas educativos para televisão.

Bióloga de formação e doutora em Educação, a professora do Departamento de Metodologia de Ensino da UFSC afirma que é muito importante orientar os docentes brasileiros para entender a outra cultura. “Não é uma missão colonialista. Não se pode ir achando que vai mudar um povo”, ressalta.

São grandes as diferenças culturais. Suzani afirma que, às vezes, pode ser difícil compreender tradições como o Barlaque, dote oferecido por homens à família da noiva para casar. “Em uma primeira impressão, pode parecer que é uma compra da mulher. Porém, mais a fundo, podemos perceber que é uma questão cultural, que originalmente é de respeito e valorização”, explica.

Suzani afirma que a convivência entre brasileiros e timorenses é muito boa. “Temos uma teoria de que os brasileiros conseguem compreender as dificuldades dos professores locais, pois lidamos com situações parecidas. Condições ruins e salários baixos, por exemplo”, explica. Ela conta que os timorenses chamam os brasileiros de irmãos e os portugueses de pais. “Acabamos criando uma relação de afetividade, são pessoas muito bacanas. Passa da questão de solidariedade e gratidão, vira amizade”, diz.

A parceria entre a UFSC e a UNTL deu tão certo que eles passaram a realizar também outros projetos em conjunto. Este ano, a universidade catarinense recebeu 15 alunos das áreas de graduação e pós do Timor Leste para um programa de intercâmbio pelo Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G).

O Programa 
O PQLP, oferecido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), existe desde 2008, enviando os primeiros professores em 2009. O último edital está com as inscrições abertas até 17 de dezembro, para ficar de seis a 18 meses no Timor Leste. Serão 50 bolsas, 44 de estágio docente, com auxílio mensal de 2.100 euros, e seis vagas de articulador pedagógico, com bolsa de 2.300 euros mensais.

Para se inscrever, os educadores devem enviar uma proposta de projeto, além de outras informações. Depois disso, participam de uma entrevista e uma prova escrita. “Percebemos que muitos candidatos sabiam muito pouco sobre o país, por isso buscamos fazê-los aprender um pouco sobre o Timor durante o processo”, explica Suzani.

Rede Salesiana envia docentes ao Haiti
Em julho deste ano, quatro professores da Rede Salesiana de Escolas (RSE) viajaram ao Haiti para participar do projeto “Professores Sem Fronteiras”. A iniciativa tinha o objetivo de compartilhar práticas esportivas e educacionais do Brasil com os alunos das escolas e obras sociais salesianas do país.

A diretora do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, Irmã Adair Sberga, foi a coordenadora do projeto. Ela conta que o pedido veio do próprio Haiti, e os professores brasileiros visitaram diversas escolas no país. “Os haitianos gostam muito de esporte, por isso enviamos professores da área de Educação Física”, explica.

Além de organizar a ida dos docentes, Irmã Adair realizou uma campanha de coleta de materiais esportivos com os alunos da rede. “Foi muito legal ver o interesse dos jovens, tanto dos haitianos que foram beneficiados na experiência, quanto dos que se motivaram para doar aqui no Brasil”, afirma. Segundo a diretora, eles conseguiram juntar mais de 200 quilos em materiais. “Tivemos que ultrapassar algumas dificuldades, como o contato e o transporte das arrecadações. Fizemos muitas reuniões”, conta.

Para participar, a diretora recebeu inscrições de cerca de 15 docentes. A escolha foi por sorteio. No fim, foram selecionados dois professores de Campinas, um da capital paulista e um do próprio colégio que dirige. “Com certeza foi um experiência muito gratificante para todos nós”, descreve.

O Haiti é um dos países mais pobres das Américas e ainda sofre com os resultados do terremoto em 2010. Por isso, Irmã Adair conta que os professores retornaram com um sentimento de mudança interior e que “voltaram outros”. “Foi mesmo um choque de realidade para eles”, afirma.

Fonte: terra.com/educacao

Fernanda Machado

Assess. de Imprensa do Sinpro Goiás