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Doenças de fácil prevenção têm relação com desenvolvimento da criança

Especialistas sugerem que condições externas influenciam mais o ensino do que estrutura da escola

Em outubro de 2011, o economista e filósofo Eduardo Giannetti apontava como um dos principais problemas da educação básica brasileira a má formação neurológica de crianças por causa de doenças nos primeiros anos de vida. Entre os motivos, o saneamento básico precário de várias cidades brasileiras. Segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) do Ministério das Cidades, 53,8% da população brasileira não possui serviço de coleta de esgoto.

Os pesquisadores do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) Paulo Roberto Corbucci e Eduardo Luis Zen publicaram, recentemente, estudo que relaciona fatores externos – entre eles o saneamento básico – com os números do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), citado por eles no material como principal indicador de desempenho do sistema educacional brasileiro.

O estudo considerou os índices de abastecimento de água, esgotamento sanitário e coleta de lixo na comparação com os resultados no Ideb. Nos três casos, observou-se redução nos índices de educação baixos (menos de quatro pontos) de acordo com o aumento da presença dos serviços nos municípios. Na tabela de esgotamento sanitário, por exemplo, a proporção de Idebs baixos e médio-inferiores (entre quatro e cinco pontos) atinge 73% do total quando a incidência do serviço foi menor que 50%.

Para Corbucci, o estudo sugere que as condições sociais têm impacto maior que a estrutura interna das escolas analisadas pela pesquisa, como presença de bibliotecas, laboratórios de informática e ciências e infraestrutura pedagógica. “Mostra que é um equívoco investir só na escola. O segredo é a agregação de políticas públicas, de forma matricial e sistêmica. Na verdade, as políticas afetam umas às outras”, diz.

A pesquisadora Anne Jardim Botelho, em sua tese de mestrado, abordou o tema utilizando dados sociais, cognitivos e de saúde de 210 crianças, com idades entre 7 e 11 anos, residentes em Americaninhas, comunidade rural de Minas Gerais. Segundo o estudo, crianças afetadas por doenças como a ascaridíase e “amarelão”, decorrentes de problemas de saneamento básico da região, apresentaram piores resultados em testes aplicados. “Essas doenças são de fácil prevenção. São contraídas pela ingestão ou penetração na pele, através do solo ou de alimentos contaminados”.

Anne explica que as doenças podem afetar a formação escolar por dois mecanismos básicos. “Há prejuízo nutricional, alguns vermes se apropriam de nutrientes, principalmente calorias, vitaminas e minerais. Pode causar, inclusive, anemia. Isso afeta a boa formação do sistema nervoso e o desempenho cognitivo”. O segundo ponto negativo seria a dificuldade de aprendizado gerada pelos sintomas. “Crianças com alta carga parasitária se sentem cansadas, apáticas, indispostas e sonolentas. Elas acabam perdendo o interesse nos processos escolares, faltam mais à aula”.

Quanto mais cedo pior

Em artigo publicado em seu site, o médico Dráuzio Varella afirma que quadros de diarreia (sintoma comum relacionado a essas doenças) frequente durante os cinco primeiros anos de vida podem privar o cérebro das calorias necessárias para o desenvolvimento pleno e comprometer para sempre o quociente intelectual (QI). De acordo com ele, 87% das calorias ingeridas por recém nascidos são utilizadas na construção do cérebro. O número decai conforme a idade: 44% aos cinco anos e 34% aos dez, por exemplo.

Citando os mesmos 87% para crianças de zero a dois anos, Giannetti afirma que essa informação deveria estar no centro do projeto de futuro do Brasil: o País não estaria sabendo resolver um problema de agenda social do século XIX e, assim, condenando parte da população brasileira ao fracasso intelectual. Anne defende investimentos na área de saneamento como uma das necessidades básicas para melhorar a educação básica, juntamente com a nutrição adequada de crianças.

Até o final de 2014, o Instituto Trata Brasil promete lançar “estudo aprofundado que relaciona problemas de saneamento básico e educação”, conforme o presidente executivo da instituição, Édison Carlos. O projeto é desenvolvido em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Fonte: Portal Terra / educação

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Comissão especial vai votar relatório final no dia 11 de março

A comissão especial que analisa o Plano Nacional de Educação (PNE – PL 8035/10) realizou, na terça, 25, audiência pública com a participação de representantes do setor para discutir o substitutivo do Senado.

Entre as entidades convidadas, foram ouvidos representantes do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed); do Ministério da Educação, da União Nacional dos Estudantes (UNE), da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), da Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), e do movimento Todos Pela Educação. Ao todo, mais de 25 entidades estiveram presentes.

Para a coordenadora-geral da Contee, Madalena Guasco Peixoto, o substitutivo apresentado pelos senadores é um retrocesso à proposta aprovada pela Câmara. “Mesmo com alguns pontos positivos, que podemos discutir, a proposta [do Senado] representa retrocesso. É preciso ampliar o acesso à educação pública, bandeira que nós não abrimos mão.

Sobre as alterações da destinação dos 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação – o texto aprovado pelos senadores não garante a aplicação das verbas exclusivamente no ensino público, Peixoto afirmou que “é um processo que vai na contramão do fortalecimento da educação pública”. “No nosso entender, vai na contramão de um projeto soberano para o nosso País. Nosso país só vai ser um país democrático se nós tivermos uma educação pública, inclusiva e de qualidade”.

Propostas da Conae

O coordenador do Fórum Distrital de Educação, Clerton Oliveira Evaristo, defendeu a aprovação do texto original da Câmara, “que é o que mais nos atende”. No mesmo sentido, Aléssio Costa Lima, vice-presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), disse que a proposta aprovada pelos deputados é a que mais se aproxima do que foi discutido na Conferência Nacional de Educação (Conae).

Educação pública

Durantes os pronunciamentos, as entidades criticaram a demora na tramitação na matéria e, com exceção dos representantes do setor privado, todos defenderam investimento dos 10% do PIB exclusivamente para a educação pública.

Para a presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Virgínia Barros, o investimento dos 10% na educação pública tem o objetivo de “diminuir a mercantilização e dar celeridade à ampliação do ensino público de qualidade”. Ela destacou que a educação está passando por uma “desnacionalização”, com cada vez mais alunos nas universidades privadas e menos nas instituições públicas.

O relator da proposta na comissão especial, deputado Angelo Vanhoni (PT-PR), quer reincluir no relatório final a obrigatoriedade do investimento de 10% do PIB em educação pública. O texto do Senado prevê investimentos em educação, o que contempla também as entidades privadas.

Luta da CTB

Na última quarta-feira (19), em sessão na comissão especial, a dirigente da CTB Marilene Betros ressaltou a importância do investimento nas escolas públicas, e considerou positiva a atuação dos movimentos sociais no âmbito da comissão.

“A luta do movimento social é que tenha mais investimento em escolas públicas. Mais investimento significa melhores salários para os profissionais da educação, mais incentivo à formação destes profissionais, mais qualidade na educação pública. A luta da CTB é que o PNE seja votado o mais rápido possível”, disse a dirigente.

Metas

Ainda na audiência pública, o secretario-executivo do MEC, Luiz Cláudio Costa, disse que o PNE vai nortear as ações da pasta. No entanto, afirmou que há um consenso de que as metas não são fáceis de serem cumpridas. “As diferenças [entre os textos da Câmara e do Senado] são muito pequenas; e os avanços, muito grandes”, ressaltou.

Vários deputados se pronunciaram a favor do projeto nos termos do texto aprovado pela Câmara, que melhor representa a Conae.

Votação do PNE

Ao final da audiência, a deputada Professora Dorinha Seabra Rezende, que presidia a sessão naquele momento, disse que o relatório final do PNE será colocado em discussão e votado no dia 11 de março.

Depois disso, o texto ainda precisa passar por votação do Plenário, para, posteriormente, seguir para sanção da presidente Dilma Rousseff. Parlamentares ligados ao tema acreditam que isto será possível ainda neste semestre.

Fonte: Portal CTB

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Crianças e adolescentes desconhecem o estatuto feito para elas

Professor (a),

Leia o artigo divulgado no “abecedario.blogfolha.uol.com.br” e veja a necessidade de conversar com seus alunos sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA):

 

Recentemente passei alguns dias acompanhando uma ação da ONG britânica Plan em escolas nordestinas. Eles estão organizando uma série de atividades para disseminar conceitos sobre sexualidade, o que é certo e errado no sexo.

Digo ”certo” e “errado” não em um sentido moralista, claro, mas em termos legais mesmo.

Por exemplo: pela lei, uma criança não pode ter relações sexuais com um adulto. Isso é crime –e pode virar crime hediondo se uma lei que acaba de ser aprovada no Senado passar também na Câmara dos Deputados.

Na escola em que eu estava estava, no litoral sul do Rio Grande do Norte, uma das palestrantes lançou uma pergunta interessante para a meninada: “Seu corpo é seu.  Sabia disso?” Pairou no ar um clima confuso. Como assim?

 

DONO DA CRIANÇA

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), ninguém é “dono” de uma criança, mesmo que seja responsável por ela.

É por isso que bater em uma criança, mesmo que a intenção seja educar, como defendem alguns pais, é proibido. Também é proibido, obviamente, abusar sexualmente de crianças. É importante deixar isso claro na cabeça dos meninos e meninas.

Há casos em que os pais obrigam meninas a manterem relações sexuais com eles alegando que esse é um direito paterno. Ou que meninas e meninos são abusados sexualmente por estranhos porque não têm uma clareza do que podem aceitar ou negar.

Na escola em que eu estive, nenhuma criança havia tido contato com o ECA.  Aliás, nenhuma delas sequer sabia que o estatuto existe.  Pois bem.Estou falando de um estatuto que tem quase 25 anos. Eu sou mais velha que o ECA e em toda a minha vida escolar nunca me apresentaram o estatuto. Acho que eu nem sabia que ele existia quando eu era criança.

Na escola que visitei, os alunos receberam um exemplar do ECA e foram convidados a encontrar três direitos seus que eles desconheciam. Proponho que pais e educadores façam o mesmo. Quanto mais uma criança conhecer os seus direitos, menos vulnerável ela estará.

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Brasil deve melhorar acesso à educação de qualidade, diz OCDE

Relatório divulgado nesta sexta-feira pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) diz que o Brasil deve resolver problemas estruturais como o acesso desigual à educação de qualidade e deficiências de infraestrutura para incentivar a criação de empregos e o equilíbrio na proteção social. O relatório Avançando Rumo ao Crescimento 2014 foi apresentado pela OCDE em Sidney, na Austrália.

Uma das recomendações da OCDE é que o Brasil aprimore os resultados e a igualdade no acesso à educação, melhorando a remuneração dos professores, expandindo programas de formação profissional e concedendo incentivos de desempenho a esses profissionais. “No caso do Brasil, as reformas na área da educação contribuirão para a redução das desigualdades”, diz o relatório.

O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) é destacado no relatório como uma ação notável, responsável por um sistema de ensino profissionalizante cujo objetivo é ampliar a rede de escolas técnicas federais e dar treinamento gratuito a jovens de baixa renda.

A OCDE também faz recomendações ao Brasil na área econômica, tais como aumentar o investimento privado em infraestrutura, remover obstáculos à concorrência, reduzir as distorções no sistema tributário e incentivar a formalização dos trabalhadores.

O relatório ressalta que o governo simplificou procedimento para obras públicas e também cita o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) dizendo que as ações do programa estão em fase de implantação, mas que ainda há muito a ser feito para acelerar o investimento em infraestrutura.

Fonte: Portal Terra/Agência Brasil

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Deputados debatem mudanças no PNE com representantes da educação

A comissão especial que analisa o Plano Nacional de Educação (PNE) debate nesta terça-feira (25), com representantes do setor, as mudanças feitas no texto pelo Senado. Segundo o relator, deputado Angelo Vanhoni (PT-PR), a maioria dos deputados quer manter o texto aprovado na Câmara. O relatório final da comissão especial deve ser apresentado e votado até o dia 20 de março.

No Senado, os parlamentares mantiveram a meta mais polêmica do plano, que estabelece os gastos da União, dos estados, do DF e dos municípios em ações de educação. Hoje, o governo investe cerca de 6% do PIB (Produto Interno Bruto) na área. De acordo com o projeto, serão 7% em até cinco anos e 10% ao final do plano.

Os senadores mudaram ainda outros pontos da proposta, que precisam agora ser analisados pelos deputados. O texto da Câmara, por exemplo, estabelecia que todas as crianças deveriam estar alfabetizadas até o terceiro ano do ensino fundamental. Os senadores decidiram priorizar a idade dos estudantes. Pelo projeto do Senado, em dez anos todas as crianças brasileiras devem saber ler e escrever até os seis anos de idade.

Entre os convidados para o debate está a presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Virgínia Barros. Ela avalia que o texto aprovado no Senado não contempla as entidades educacionais como o texto da Câmara dos Deputados. No entanto, acredita que o texto ter saído do senado é importante para acelerar a votação da matéria, que prevê metas para o período de 2011 a 2020, e tramita há três anos no Congresso.

“O texto do Senado possibilita que a educação avance, mas retrocede em alguns pontos”, afirma a dirigente estudantil, lembrando que em junho de 2013 a UNE ocupou a casa parlamentar com 700 estudantes para pressionar pela aprovação do texto.

Também foram convidados para o debate o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Leão; -a presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), Margarida Machado; o presidente do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (CRUB), Wolmir Therezio Amado; entre outros.

Fonte: Portal Vermelho/Agência Câmara

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Preços em educação perdem força e ajudam a conter inflação

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) apresentou alta de 0,69% na terceira prévia do mês. Essa variação ficou abaixo da apurada na segunda prévia (0,78%) e reflete perda de força nos aumentos de preços em quatro dos oito grupos pesquisados, principalmente, educação, leitura e recreação que registrou decréscimo passando de 2,47% para 1,56%.

A medição feita pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) mostra queda no ritmo de elevação dos preços em despesas pessoais (de 2,79% para 2%); em habitação (de 0,78% para 0,68%) e saúde (de 0,63% para 0,59%). Nos demais grupos ocorreram avanços de preços: transportes (de 0,5% para 0,58%); vestuário (de -0,15% para 0,1%); comunicação (de 0,16% para 0,24%) e alimentação (de 0,58% para 0,61%).

Os cinco itens com maior influência sobre o IPC-S, no período de 23 de janeiro a 22 de fevereiro, comparado aos 30 dias imediatamente anteriores, foram: refeições em bares e restaurantes (de 1,01% para 1,03%); cigarros (de 5,63% para 4,10%); empregada doméstica mensalista (de 2,1% para 1,99%); tarifa de ônibus urbano (de 0,54% para 1,01%) e perfume (de 2,02% para 3,09%).

Fonte: Portal Vermelho/Agência Brasil

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Diretoria Executiva da Contee reitera documento em defesa do PNE JÁ e do fortalecimento do FNE

A Diretoria Executiva da Contee se reuniu na última sexta-feira, 21, em São Paulo e fez uma avaliação bastante positiva em relação ao encontro com as entidades nacionais realizado há uma semana, no qual foi debatido o adiamento da Conferência Nacional de Educação (Conae) e a importância da centralidade da mobilização pelo PNE JÁ neste momento. Esse posicionamento foi ressaltado no documento produzido e compartilhado por todas as entidades, o qual reafirma o PNE como pauta prioritária do movimento educacional nacional.

Assim como no próprio documento, a Executiva também destacou a importância do Fórum Nacional de Educação (FNE) e a necessidade de uma composição que de fato assegure a representatividade, no âmbito nacional.  Além disso, a coordenadora-geral da Contee, Madalena Guasco Peixoto, reiterou a deliberação sobre a realização de uma plenária conjunta das respectivas entidades, a qual terá, como uma de suas atribuições, a elaboração de um documento a ser encaminhado aos presidenciáveis e aos candidatos ao Congresso Nacional, tendo a educação como prioridade para o desenvolvimento soberano do Brasil.

A coordenadora da Secretaria de Assuntos Educacionais, Adércia Bezerra Hostin, deu um relato detalhado sobre a reunião do FNE realizada ontem (20), com destaque para a necessidade das articulações em defesa do PNE sem os retrocessos imputados pelo Senado. Por sua vez, a coordenadora da Secretaria de Assuntos Institucionais, Nara Teixeira de Souza, fez uma explanação sobre a tramitação do projeto na Câmara e audiência pública para tratar do tema, da qual a Contee participará na próxima semana.

Outros temas

Durante a reunião de hoje, a Diretoria também realizou um amplo debate em relação à campanha que desqualifica a realização da Copa no Brasil, trazendo para a reflexão o que de fato acontece com campanhas desse nível. Sobre isso, serão desenvolvidos materiais que contribuam com a discussão sem compartilhar da análise simplista de que, sem Copa, haveria mais investimentos em saúde e educação.

O coordenador da Secretaria da Saúde do Trabalhador, Luiz Gambim, lembrou a realização, em novembro deste ano, da 4ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e salientou a necessidade de incentivar fortemente, junto às federações, a coleta de materiais produzidos nessa área e que poderão ser peça de trabalho importante nas etapas preparatórias da conferência.

Gambim e João Batista da Silveira, coordenador da Secretaria de Assuntos Jurídicos da Contee, falaram da avaliação do encontro dos técnicos administrativos, realizado em janeiro. Na reunião da Diretoria Plena, em abril, será feita uma reunião com todos os técnicos que compõem a Plena a fim de apresentar as propostas discutidas e aprofundar o debate. O coordenador da Secretaria-Geral, Cássio Bessa, apresentou uma síntese das resoluções do encontro, destacando que a proposta é que o próximo seja realizado em novembro de 2015, em Goiás. Encaminhamentos organizativos sobre a Plena, que acontece nos dias 11 e 12 de abril, foram conduzidos pelo coordenador da Secretaria de Finanças, Fábio Eduardo Zambon e A Executivo também debateu a proposta de pauta para a referida reunião, com ênfase na conjuntura nacional e as eleições de 2014. Também será levada à apreciação da Plena a indicação de data de realização do próximo Conselho Sindical (Consind), nos dias 7 e 8 de novembro, possivelmente em São Paulo.

A coordenadora da Secretaria de Políticas Internacionais, Maria Clotilde (Tide) Lemos Petta, apresentou os critério de participação no Encontro Sindical Nossa América (Esna). Conforme deliberação, a Contee aprovou a participação de uma delegação no Esna. Ainda no campo internacional, a Executiva aprovou uma manifestação da Contee contra a ação golpista e em defesa dos trabalhadores da Venezuela e da Ucrânia.

Os diretores Adércia, Cássio e Tide apresentaram aos demais informes a respeito do Encontro de Entidades Sindicais de Educação Superior da Internacional da Educação para a América Latina (Ieal) – Proifes-Federação e Contee, que acontece entre os dias 23 e 25 de abril, para os trabalhadores do ensino superior. Já o coordenador da Secretaria de Formação, Wanderley Quêdo, apresentou informações detalhadas acerca da atuação da Comissão Nacional de Acompanhamento e Controle Social do Prouni (Conap) e da situação da Universidade Gama Filho (UGF) e do Centro Universitário da Cidade (UniverCidade).

Ainda na reunião, a coordenadora da Secretaria de Comunicação Social, Cristina de Castro, informou os demais diretores sobre a indicação de nomes para o Conselho Curador da EBC e a participação no apoio às indicações, seguindo a plataforma do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC). Cristina ressaltou também a importância de as entidades participarem dos comitês estaduais do FNDC, inclusive por causa da plenária do fórum, que acontece nos dias 25, 26 e 27 de abril. Por fim, ela destacou que foi disponibilizado, no Portal da Contee, o link para baixar o kit de coleta de assinaturas em defesa do Projeto de Lei de Iniciativa Popular da Mídia Democrática.

A Executiva também tratou hoje do ato unificado das centrais sindicais, marcado para o dia 9 de abril, enfatizando a importância de a pauta dos trabalhadores ser colocada em evidência. Outro tema de relevo abordado foi a atividade a ser promovida pela Contee no dia 28 de março, na Câmara Municipal de São Paulo, sobre “A mulher nos anos de chumbo”, bem como o lançamento da Comissão da Verdade dos Trabalhadores em Educação do Setor Privado de Ensino.

Questões administrativas e de funcionamento da Confederação também foram apresentadas na reunião, pelo coordenador da Secretaria de Finanças. A próxima reunião da Executiva será no dia 27 de março.

Fonte: Contee

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Percepção dos Professores sobre Ciência e Tecnologia

No ano passado, durante a Campanha Nacional de Valorização Profissional dos(as) Trabalhadores(as) em Educação desenvolvida pela Contee em parceria com as entidades filiadas, uma das causas apontadas para o aumento do número de atividades extraclasse às quais os professores estão submetidos – grande parte das vezes em excesso e sem regulamentação – foram as obrigações trazidas pelas novas tecnologias, entre as quais a disponibilização de conteúdo e atividades em plataformas virtuais, interação on-line com alunos e coordenação, participação em fóruns de discussão na web, etc. Antes mesmo da realização do Domingo de Greve nacional, o uso de novas tecnologias na educação e a remuneração da hora tecnológica já vinha sendo tema recorrente das campanhas salariais dos sindicatos de todo o país. Em 2014, esse tema deve retornar mais forte às pautas após toda a mobilização realizada em outubro do ano passado, juntamente com o combate ao excesso de trabalho fora da sala de aula que afeta a saúde dos docentes e fere seu direito ao descanso.

É claro que não se pode negar que as novas tecnologias também trazem benefícios à educação. Um dos pontos indiscutíveis é a facilidade de acesso às informações, um dos argumentos pelo qual a Contee tem defendido a aprovação do Marco Civil da Internet, com o fundamental princípio da neutralidade de rede. O que transforma o avanço tecnológico em uma das razões pelas quais os educadores se veem sobrecarregados não são as ferramentas em si, mas o fato de a iniciativa privada valer-se delas com o intuito de beneficiar seu próprio bolso, e não a qualidade da educação.

Uma reflexão sobre esse tema, abordando de forma ampla as maneiras como a tecnologia se insere na vida do professor, tanto no trabalho como nas outras atividades do dia a dia, como o contato com outras pessoas, o lazer e a busca por informações, faz-se fundamental. Nesse sentido, o Sinpro-SP, por exemplo, está realizando, desde o ano passado, um levantamento sobre as impressões da categoria frente às questões relacionadas à ciência e à tecnologia. A pesquisa “Percepção dos professores de ensino médio sobre assuntos relacionados a ciência e tecnologia” trata o assunto de forma abrangente, incluindo não só a tecnologia como ferramenta, mas também a ciência em um espectro geral, num momento em que o Estado busca incentivar a formação de cientistas e docentes nas áreas de ciências, consideradas estratégicas para o desenvolvimento do país, mas cujas licenciaturas padecem por falta de estudantes. É uma das razões para esse desinteresse pela docência passa também pela mercantilização do ensino e pela desvalorização dos educadores.

Em relação a esses pontos, levantados na Campanha Nacional de Valorização, é preciso esclarecer que sondagem do Sinpro-SP não visa diretamente apurar o quanto a tecnologia interfere na vida profissional dos professores. Segundo o sindicato, a pesquisa busca, na verdade, ampliar o conhecimento sobre necessidades da educação no ensino médio e contribuir para o aprimoramento das propostas educacionais. “O questionário não tem qualquer intuito de medir conhecimento, mas sim de averiguar a percepção, ou seja, a interpretação de fatos, atitudes e ações”, explica a entidade. A Contee considera que entender de que modo o professor se relaciona com essa nova realidade em seu cotidiano é uma maneira importante de compreender de que modo usá-la de forma consciente, em proveito do trabalhador e da educação.

As respostas são anônimas. Para responder as questões, basta acessar o formulário Percepção dos Professores de Ensino Médio sobre Ciência e Tecnologia. O prazo para responder vai até o próximo domingo, dia 23 de fevereiro.

Fonte: Contee

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Presidente do Sinpro Goiás participa de ato público em São Paulo contra o adiamento da Conae e em defesa do PNE como a sociedade quer

Cerca de 400 manifestantes realizaram um ato político ontem (20), no vão do Masp, em São Paulo, em protesto contra o adiamento unilateral da Conferência Nacional de Educação (Conae) de 2014 pelo MEC e em defesa de um Plano Nacional de Educação que de fato atenda as exigências da sociedade pelo fortalecimento da educação pública, gratuita e de qualidade socialmente referenciada. O ato foi organizado pelas entidades, segmentos e setores que compõem o Fórum Estadual de Educação de São Paulo. Os diretores da Contee Fábio Eduardo Zambon (Secretaria de Finanças) e Rita Fraga (Secretaria de Gênero e Etnia) participaram da mobilização, representando o Sinpro-SP. Também estavam presentes o presidente do Sinpro Goiás, Alan Francisco de Carvalho e  José Jorge Maggio, presidente do Sinpro ABC e diretor da Fepesp,.

Segundo Rita, a manifestação tinha três pontos prioritários: a luta pelo PNE já; a cobrança de autonomia e respeito às instâncias dos fóruns, sejam municipais, estaduais ou nacional; e a indignação com a atitude arbitrária do adiamento da Conae/2014 para novembro. “Temos que reiterar à sociedade que o Brasil é um país rico, com belezas, fauna, flora, tem crescido economicamente… mas está claro que educação precisa ser a grande prioridade.”
Foram cerca de três horas e meia de manifestação, com direito a vigília com velas acesas e um “cirandão pela educação”. Rita ressaltou a participação de movimentos sociais, estudantes e trabalhadores, inclusive do transporte escolar. Ela também enfatizou a atuação dos trabalhadores do setor privado, que nas diversas etapas da Conae participaram ativamente.

Fonte: Contee

Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa do Sinpro Goiás