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Poesia ajuda a superar desafios da escrita em escola de Cubatão

A poesia foi o recurso adotado pela professora paulista Milene Pinheiro para enfrentar desafios de aprendizagem não superados pelos alunos da Unidade Municipal de Ensino João Ramalho, em Cubatão, São Paulo. Para ajudar os estudantes do quarto ano do ensino fundamental que faziam recuperação paralela, em razão de dificuldades relacionadas ao processo inicial de alfabetização, Milene optou pelo limerique, estilo de poesia difundida no Brasil pela escritora russa Tatiana Belinky [1919-2013].

Com o projeto Oficina de Limeriques, desenvolvido de março a junho de 2012, a professora reforçou o trabalho com os alunos da turma de recuperação e também da turma regular do segundo ano do ensino fundamental. Nesse período, os estudantes aprenderam a escrever poemas com cinco versos, com a mesma rima na primeira, segunda e quinta linhas e outra na terceira e na quarta.

As dificuldades na escrita não impediram os alunos de produzir os próprios poemas. “Eles foram aprendendo esse estilo de escrever, engraçado, rimado e, ao mesmo tempo, desafiador, por exigir controle das palavras de cada verso, com contagem de sílabas poéticas”, diz a professora. Como incentivo, ela inscreveu os alunos das duas turmas em um concurso regional de poesias. A escola concorreu com 12 alunos, oito deles da turma de recuperação paralela. “Embora nenhum deles tenha vencido, esse tipo de reconhecimento foi muito importante para a autoestima de todos”, diz Milene.

O projeto foi concluído com a realização de um sarau na escola. O evento teve leitura de poemas autorais e de escritores como o inglês Edward Lear [1812-1888] e a paulista Viviane Veiga Távora, idealizadora do Prêmio Tatiana Belinky de Limeriques.

Com o sucesso do projeto, Milene continuou a desenvolvê-lo. Este ano, com alunos do segundo ano. “Eles puderam se expressar através da escrita e leitura de poemas, além de observar algumas normas e fazer uso delas, como a identificação e seleção de rimas, perfeitas e imperfeitas.”

Pedagoga com pós-graduação em alfabetização e letramento, há 11 anos no magistério, Milene também é, em Cubatão, professora na Unidade Municipal de Ensino Estado do Espírito Santo.

 

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Fonte: Portal MEC / Fátima Schenini

 

 

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

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Sobrecarga do professor brasileiro

O professor brasileiro larga em desvantagem na comparação com educadores de outros países se o assunto for relação de trabalho. Apenas 40,3% do magistério tem contrato de tempo integral com as escolas, enquanto a média mundial chega a 82,4% — mais do que o dobro.

A situação é mostrada na Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (Talis), divulgada na quarta-feira, 25, pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que examinou 34 países no ano passado. O levantamento traça o perfil do magistério brasileiro, dominado por mulheres (71,1%), com idade média de 39,2 anos e 13,6 anos de experiência.

O baixo número de contratos de tempo integral preocupa especialistas, por forçar o professor a buscar outras fontes de renda e interferir no regime de dedicação exclusiva. A gerente de projetos do movimento Todos Pela Educação (TPE), Andrea Bergamaschi, diz que a pesquisa confirma as dificuldades da carreira. Se o educador procurar o segundo emprego, precisará se desdobrar nos horários de trabalho. “Compromete o tempo que deveria dispor para planejar as aulas, corrigir temas, analisar as especificidades de cada aluno, cuidar de atividades fundamentais”, observa Andrea.

A gerente do TPE lembra que o professor ganha 50% menos que outros profissionais brasileiros com a mesma formação. Destaca que o piso salarial é reduzido para um ofício indispensável ao desenvolvimento do país. Sugere que se adote o modelo da Finlândia, onde o magistério é tão atraente e valorizado como a Medicina. “Essas situações têm impacto direto no aprendizado do aluno”, avisa Andrea.

Para a pesquisadora Tania Beatriz Iwaszko Marques, da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), contratos insatisfatórios sobrecarregam o professor. Reforça que educadores precisam de tempo, fora da classe, para a preparação de aulas. “Se não conseguir organizar uma aula de forma adequada, isso se refletirá no desempenho dos alunos”, diz Tania.

A professora da UFRGS atribui a condição nacional dos contratos a questões políticas e de falta de investimento. Afirma a especialista que os discursos de prioridade à educação, ao longo dos anos, não se concretizam.

A sobrecarga no número de alunos no país
O professor brasileiro também é sobrecarregado pela quantidade de alunos em sala de aula. Tem 30,8 estudantes em classe — acima da média mundial de 24,1 aferida pela pesquisa da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Pesquisadora da Escola de Administração da Fundação Getulio Vargas (FGV) em São Paulo, Regina Sílvia Pacheco alerta que o número inadequado de alunos pode atrapalhar o ensino principalmente nas séries iniciais. Já seria preocupante nos anos intermediários, mas torna-se grave no começo do aprendizado. “Uma saída seria ter dois professores em aula, do primeiro ao quinto ano”, diz Regina.

A professora da FGV/SP destaca que uma das soluções, para o país, seria a implantação massiva de escolas de tempo integral. Se os estudantes ficarem mais tempo nos colégios, os professores também seriam beneficiados com melhores contratos. Quem ganharia seria a qualidade do ensino.

A gerente de projetos do movimento Todos Pela Educação (TPE), Andrea Bergamaschi, diz que o acúmulo de alunos em sala decorre da falta de professores com formação específica. Menos de 20% lecionam Física sem ter formação superior na matéria. Com pequenas variações, a distorção também ocorre em Matemática, Química, História e Geografia.

Se as turmas fossem menores, Andrea diz que os educadores poderiam dispensar maior atenção aos alunos. A média brasileira é de 30,8, segundo a OCDE, mas há escolas com até 50 alunos por classe. “Se trabalhar com menos alunos, poderá dar uma atenção mais específica”, diz a gerente do TPE.

Ações do Sinpro/RS
O Sinpro/RS disponibiliza aos professores uma tabela para registro das atividades extraclasse realizada pelos professores do ensino privado. O documento servirá de base para ações individuais futuras. Acesse o Ponto Extra Classe

O Sindicato, desde 2010, vem denunciando as instituições de ensino com excesso de alunos em sala de aula. O levantamento de 2014 está disponível no site Limite de Alunos por Turma, onde pais e estudantes podem contribuir com o debate opinando ou denunciando o problema em alguma instituição. Acesse o site Limite de Alunos por Turma.

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Fonte: Sinpro RS com informações de Zero Hora

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

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Dinheiro não compra educação de qualidade

O investimento de 10% do PIB em educação pode não surtir o efeito desejado, caso o ensino brasileiro não se liberte da doutrinação que o assola, como defende a ONG Escola Sem Partido, que realiza o primeiro congresso a tratar do tema

José Maria e Silva – JORNAL OPÇÃO – GO

Caso a educação pudesse ser feita apenas com dinheiro, sem dúvida, o Brasil teria um ensino de Primeiro Mundo. Com a promulgação pela presidente Dilma Rousseff do Plano Nacional de Educação (Lei Federal 13.005), em 25 de junho último, o Brasil terá de aplicar 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação, o que significa uma soma anual de R$ 484 bilhões, considerando o PIB de 2013, segundo o IBGE. Hoje, o País investe 5,8% do PIB em educação e, a partir do quinto ano de vigência do plano, isto é, em 2019, esse investimento terá de ser de 7%, alcançando os 10% no final da vigência do plano, em 2024.

Com os 5,8% que já investe na educação, o Brasil desponta como um dos países que mais investem no setor. Segundo reportagem da “Folha de S. Paulo”, publicada em 5 de junho, “entre os países com maior peso na renda mundial, reunidos no G-20, os desembolsos com a educação variam de 2,8%, na Indonésia, a 6,3% do PIB no Reino Unido, de acordo com a ONU”. Ou seja, o Brasil já está próximo do topo do investimento e, com os 10% do PIB para a educação, tende a se isolar na liderança entre as grandes economias, ficando atrás apenas de nações diminutas, como Lesoto, que lidera investindo 13% do PIB, ou de Cuba, cujas estatísticas sociais – jamais fiscalizadas a sério pela ONU – são tão confiáveis quanto uma nota de 3 reais.

O comprometimento desse porcentual do PIB no ensino foi a grande bandeira da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, liderada pelo ex-líder estudantil Daniel Cara, com uma vasta rede de apoiadores nacionais e internacionais, que vão desde a ONG ActionAid, presente em mais de 40 países, até a Unesco e o Unicef, organismos da ONU para a educação, a cultura e a criança, passando pela Open Society do megainvestidor Georges Soros. Essa medida irá salvar a educação brasileira? A resposta é não. Nas condições em que se encontra o ensino no País, investir 10% do PIB em educação é quase jogar sal em carne podre. E uma das razões para se considerar esse gasto um desperdício e não um investimento é, sem dúvida, o viés ideológico da educação brasileira.

O próprio Plano Nacional de Educação é um sintoma da doutrinação que impera nas escolas do País, tanto públicas quanto privadas. A Campanha Nacional pelo Direito à Educação, que sustentou a luta pela aprovação do plano e dos 10% do PIB, é muito mais do que a face de Daniel Cara, fartamente entrevistado pela imprensa como líder do movimento. Seu comitê diretivo conta com 11 entidades, entre elas o Centro de Cultura Luiz Freire, um grupo de esquerda radical de Pernambuco, sediado em Olinda, que defende o controle social dos meios de comunicação, e até o indefectível MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), com 2 mil es­colas em seus assentamentos e a­campamentos, nas quais oferece uma educação à moda cubana, tendo Che Guevara como modelo.

Universidades viraram incubadoras de minorias

Hoje, muitos movimentos sociais não surgem espontaneamente – são fomentados ou até criados pelas universidades, que se tornaram verdadeiras incubadoras de minorias. Na maior parte dos casos, de forma culposa, em decorrência de uma pregação ideológica geral, mas, em alguns casos, de modo doloso, por meio da organização institucional desses movimentos, que contam até com financiamento público, geralmente com verbas destinadas à pesquisa e à extensão universitária.

É o caso, por exemplo, do Centro de Difu­são do Comunismo da Uni­ver­si­dade Federal de Ouro Preto (MG), um programa de extensão vin­culado ao Curso de Serviço Social da universidade, que oferecia bolsas de pesquisas para os alunos participantes de suas atividades de militância política contra o capitalismo.

Apesar de declarar que “não é um programa acadêmico com objetivos político-partidários”, o Centro de Difusão do Comunismo afirma que seu objetivo é “desenvolver o trabalho de ensino, pesquisa e extensão a partir da perspectiva da classe trabalhadora – do ser social que trabalha e é explorado – e lutar por uma sociedade para além do capital!”. O próprio nome não poderia ser mais expressivo: em vez de um “grupo de estudos” do marxismo, como muitos que pululam dentro das universidades pelo País afora, trata-se de um “centro de difusão” do comunismo, o que revela o seu papel de militância política e não de estudo apenas teórico.

Diante desse aparelhamento político da universidade, um advogado de São Luís do Maranhão, Pedro Leonel Pinto, entrou com uma ação popular contra o centro comunista e conseguiu que a Justiça Federal suspendesse o custeio de suas atividades por parte da Universidade Federal de Ouro Preto, que ficou impedida de fornecer professores e disponibilizar suas dependências para as atividades do centro. Todavia, a única medida que deve ter surtido efeito prático foi a suspensão do pagamento das bolsas de extensão para os ativistas do centro, pois a pregação comunista continuou dentro da própria universidade, a despeito da decisão da Justiça.

De 24 de abril a 10 de julho último, por exemplo, o Núcleo de Estudos Marxistas da Federal de Ouro Preto, vinculado ao CNPq, promoveu um encontro sobre a obra do marxista húngaro István Mészáros, realizado nas dependências do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas da universidade. Nos cartazes de divulgação das palestras aparece a frase: “Em apoio ao Centro de Difusão do Comunis­mo”. No mês de maio, também nas dependências do instituto, foi realizado um “Encontro com os Traba­­lhadores”, envolvendo quatro sindicatos, promovido pelo Curso de Serviço Social em apoio ao Centro de Difusão do Comunismo. No cartaz de divulgação do evento, uma frase desafiadora: “Ação judicial nenhuma vai impedir nossa luta ao lado dos trabalhadores”.

Minorias com verbas milionárias

Não se trata de um caso isolado, mas de uma tendência. Pelo Brasil afora, núcleos de estudantes de pós-graduação ou graduandos com bolsa de iniciação científica engrossam as fileiras de movimentos como a Marcha das Vadias, a Marcha da Maconha, o Movimento Passe Livre e os black blocs, geralmente associando a militância política com as atividades discentes. O movimento gay, o movimento negro e o movimento feminista são os que mais se beneficiam da doutrinação ideológica que impera nos meios acadêmicos. Hoje, na área de humanidades, não faltam linhas de pesquisa destinadas aos estudos de raça e de gênero, que se tornaram até mais atraentes do que os estudos de classe das velhas gerações do marxismo ortodoxo, calcado no materialismo histórico-dialético.

O próprio movimento negro, que tem raízes numa luta justa contra o racismo, especialmente nos Estados Unidos, adquiriu contornos claramente artificiais, chegando a ser ele próprio segregacionista ao tratar o branco como inimigo e o mulato como um ser desprezível, que só é digno de respeito caso se assuma como negro. No excelente livro “Uma Gota de Sangue”, o geógrafo e sociólogo Demétrio Magnoli disseca a criação artificial de minorias pelo mundo afora, num levantamento à altura dos estudos do economista norte-americano Thomas Sowell, que, analisando as ações afirmativas de países como Estados Unidos, Índia, Ni­gé­ria, Sri Lanka e Malásia, de­monstra a ineficácia das políticas pú­blicas que visam a emancipar as mi­norias e, no mais das vezes, acabam produzindo injustiças e conflitos.

E o que é mais grave: muitas dessas minorias só tomam consciência de si, criando uma história que nunca tiveram, por meio do discurso ideológico produzido nas universidades e fomentado com recursos de poderosas fundações privadas, como a Fundação Ford. De­métrio Magnoli descreve esse fenômeno: “Diferentemente das nações, que emanam de um processo complexo de fabricação de uma história, uma literatura e uma geografia, as ‘minorias’ da globalização emergem apenas de uma postulação étnica superficial. Nações podem até ser interpretadas como imposturas, mas são imposturas nas quais o povo acredita. As ‘minorias’, em contraste, são imposturas nas quais nem mesmo os impostores acreditam”.

Para Demétrio Magnoli, as elites multiculturalistas que formam essas minorias artificiais “não precisam de apoio popular, pois a sua legitimidade se conquista nos salões suntuosos das instituições internacionais”. O autor mostra que só a Fundação Ford destinou 280 milhões de dólares, em 2001, para criar programas de pós-graduação voltados para a formação de “lideranças emergentes de comunidades marginalizadas fora dos EUA”. Segundo outras fontes, de 1962 a 2001, a Fundação Ford investiu só no Brasil 347 milhões de dólares, em valores corrigidos pela inflação. Magnoli afirma que “as subvenções da Fundação replicaram nas universidades brasileiras os modelos de estudos étnicos e de ‘relações raciais’ aplicados nos EUA e consolidaram uma rede de organizações racialistas que começaram a produzir os discursos e demandas dos similares norte-americanos”.

Atentado à dignidade humana

Ora, se até o histórico movimento negro já está perdendo suas raízes legítimas e se tornando um engenho ideológico da academia, o que dizer de movimentos sem qualquer lastro histórico, como a Marcha das Vadias? Tanto no Canadá, onde teve origem, quanto no Brasil, que imita tudo, essa marcha é pura consequência dos estudos de gênero que se disseminaram pelas universidades de todo o mundo. Vá lá que, em metrópoles como São Paulo ou Nova York, onde existem tribos para todos os gostos, esse tipo de marcha pudesse surgir espontaneamente (e nem isso ocorre). Mas o que dizer da modesta cidade de Jataí, no interior de Goiás, com seus 93.759 habitantes? Lá, a “Marcha das Vadias” só existe porque conta com o apoio do Campus UFG, por meio de um grupo de extensão sobre gênero, direitos e violência.

O extremismo ideológico que grassa nas universidades pode chegar ao ponto de destruir a própria dignidade humana, equiparando-se aos experimentos de Joseph Men­gele no ápice do terror nazista. Em 29 de maio último, os alunos do curso de Produção Cultural da Universidade Federal Fluminense, como parte da disciplina chamada “Corpo e Resistência”, promoveram no Campus de Rio das Ostras o evento “Xereca Satânica”, em que, a pretexto de denunciar o alto índice de estupro, uma mulher teve a vagina costurada no meio da festa. Depois que o evento foi denunciado na grande imprensa, a Polícia Federal chegou a abrir inquérito para apurar responsabilidades, mas provavelmente a investigação não dará em nada, esbarrando na apregoada liberdade estética de seus promotores.

Mais espantoso do que o próprio evento foi a defesa que se tentou fazer dele. O coordenador do curso de Produção Cultural da Universidade Federal Fluminense, Daniel Caetano, graduado em Cinema e doutor em Literatura, Cultura e Contemporaneidade, explicou que a mulher que teve a vagina costurada integra um coletivo de Minas Gerais que foi ao Rio especialmente para participar do evento. E acrescentou: “É um coletivo que está habituado a fazer performances como a que aconteceu, feitas para chocar a sensibilidade das pessoas e fazê-las pensar sobre seus próprios limites”. Ora, se é para testar limites, que se acabe com a tal Comissão da Verdade e se contratem torturadores da ditadura para fazer performances nas universidades.

Daniel Caetano foi ainda mais longe, afirmando taxativamente: “Embora não tenham sido feitos ‘rituais satânicos’ e o título do evento fosse essencialmente provocativo (ao contrário do que o jornalismo marrom afirmou), precisamos dizer que não haverá de nossa parte qualquer censura a atos do gênero”. E desafiou: “Qualquer pessoa em cargo público que porventura se posicionar contra a performance será por nós inquirida acerca de suas atitudes prévias contra os estupros em Rio das Ostras”. Engraçado é que essa gente, quando se trata de combater criminosos armados, sempre fica contra a polícia, alegando que violência não se combate com violência. Mas na universidade ensina a combater o estupro estuprando – o corpo, a inteligência e a dignidade humana.

Efeitos negativos na educação básica

Mas engana-se quem pensa que essa ideologia destrutiva fica restrita às universidades e afeta apenas a qualidade do ensino superior. Ela tem graves consequências na sociedade, especialmente em áreas como saúde e educação. Esse tipo de ativista, até por integrar coletivos ideológicos, participando de amplas redes de relacionamento acadêmico, acaba fazendo especialização, mestrado, doutorado e se tornando autoridade pedagógica, indo pontificar na educação básica sobre gênero, minorias, exclusão. Em que outro lugar um especialista em costurar vagina e teorizar sobre isso arranjaria trabalho? Só mesmo nas Secretarias de Educação, onde poderá pontificar sobre teoria de gênero e “heteronormatividade burguesa”, coordenando a distribuição de camisinhas e kit gay.

Agora pensem quantas camisinhas não dá para distribuir nas escolas com 10% do PIB para gastar? É por isso que, antes de se investir essa fabulosa soma de recursos na educação, seria preciso combater a doutrinação nas escolas. É evidente que o conhecimento não é absolutamente neutro e o professor ou o autor de um livro, na relação com seus alunos e leitores, fatalmente há de misturar alguma crença pessoal em meio aos fatos que leciona. Mas justamente por reconhecer essas limitações humanas, é que a ciência sempre se esforçou para criar métodos que afastassem ao máximo a inevitável subjetividade do indivíduo – e a educação, que serve à ciência e dela se serve, tam­bém esposou esse mesmo prin­cípio, inculcando no mestre a necessidade de cultivar a imparcialidade.

Mas, hoje, ocorre o contrário: ancorando-se em pensadores como o pedagogo Paulo Freire e o filósofo Michel Foucault, o ensino se tornou um instrumento das mais diversas lutas políticas, transformando as escolas num feirão de experimentos de gueto, em que cada minoria julga-se no direito de ter o seu português, a sua matemática, a sua história, a sua geografia, a sua literatura, dilapidando o patrimônio comum que tornou possível o surgimento das grandes civilizações ao longo da história.

Seminário contra a doutrinação

Felizmente, já surgem reações a essa destrutiva politização do ensino. Exemplo disso é a ONG Escola Sem Partido, fundada e coordenada pelo jurista Miguel Nagib, à frente de um grupo de pais e alunos que lutam contra a doutrinação nas escolas. Além do blog que leva seu nome e acumula dezenas de estudos de caso de doutrinação, a ONG realizará na próxima quinta-feira, 24, em Brasília, o I Congresso Nacional so­bre Doutrinação Política e Ideológica nas Escolas, em parceria com a Federação Nacional das Escolas Particulares. O evento será sediado no Colégio Ciman, em Brasília, e terá transmissão ao vivo pela internet, no site da Fenep. O filósofo Olavo de Car­valho será um dos palestrantes, por videoconferência, diretamente dos Estados Unidos, onde reside.

Um fato que chama a atenção no seminário é a presença de professores universitários com doutorado, numa prova de que a fortaleza ideológica da esquerda no ensino superior não é inexpugnável. Luís Lopes Diniz Filho é doutor em Geografia pela USP, professor do Depar­tamento de Geografia da UFPR e autor dos livros “Funda­mentos Epistemoló­gicos da Geografia” (2009) e “Por uma Crítica da Geografia Crítica” (2013). Bráulio Porto de Matos é professor da Faculdade de Edu­cação de Brasília, mestre e doutor em sociologia pela UnB e pós-doutor pela University of Sussex, além de autor de “Pedagogic Authority and Girard’s Analysis of Human Vio­lence” e co-autor de “A Pós-Gra­du­ação no Brasil – Formação e Tra­ba­lho de Mestres e Doutores no País”.

O medievalista Ricardo da Costa é professor do Depar­ta­mento de Teoria da Arte e Música da Uni­ver­sidade Federal do Es­pí­rito e doutor pelo Institut Su­perior d’Investigació Coope­ra­tiva Ivitra. Trajano Sousa de Melo é promotor de Justiça do Minis­tério Público do Distrito Federal e Territórios. Ana Caroline Cam­pagnolo é mestranda em História na Universidade do Estado de Santa Catarina e foi professora de História na rede de ensino pública e privada de seu Estado. Miguel Nagib é advogado e o idealizador de tudo isso. Este que vos escreve completa o quadro de palestrantes. E levo comigo Durkheim, que profeticamente alertava: “De que serviria uma educação que levasse à morte a sociedade que a praticasse?”.

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Fonte: Do O Educacionista

 

 

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

 

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Campanha nacional contra o bullying nas escolas é aprovada pela Comissão de Educação

A Comissão de Educação aprovou, na quarta-feira, 16, proposta que obriga as escolas brasileiras a realizarem campanha contra o bullying. Pelo texto aprovado, as campanhas devem ser anuais, com duração de uma semana, na primeira quinzena de abril, em todos os estabelecimentos de ensino fundamental e médio.

Foi aprovado substitutivo do relator, deputado Glauber Braga (PSB-RJ) ao Projeto de Lei 6504/13, do deputado Dimas Fabiano (PP-MG). Braga fez mudanças de redação. Alterou, por exemplo, o conceito de bullying para “harmonizar” a proposta a um substitutivo global do deputado Jean Wyllys (Psol-RJ) a vários projetos sobre o assunto que tramitam na Casa.

De acordo com a proposta, caracteriza-se como bullying qualquer prática de violência física ou psicológica, intencional e repetitiva, entre pares, que ocorra sem motivação evidente, praticada por um indivíduo ou grupo de indivíduos, contra uma ou mais pessoas.

A prática deve ainda ter como objetivo intimidar, agredir fisicamente, isolar, humilhar, ou ambos, causando dano emocional ou físico à vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.

Legislação
Glauber Braga ressalta que vários entes da federação já contam com legislação sobre o tema. Caso do Rio de Janeiro (estado e município), Santa Catarina, Ceará, Distrito Federal, município de São Paulo e Rio Grande do Sul.

Conforme o deputado, todas essas leis têm em comum o foco na conscientização. Mesmo objetivo, segundo diz, das propostas em tramitação na Casa. “É bem-vinda toda e qualquer estratégia destinada a incentivar a tolerância, a promover o respeito mútuo e a combater estereótipos e preconceitos”, defende.

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Fonte: Sinpro RS / Agência Câmara

 

 

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

 

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Comissão aprova obrigatoriedade de escolas terem listas de autorizados a entrar

A Comissão de Educação aprovou no último dia 16, o Projeto de Lei (PL) 4263/12, do senador Paulo Bauer (PSDB-SC), que reforça a segurança dos alunos ao obrigar escolas de ensino básico a registrar, no ato da matrícula, a relação de todas as pessoas autorizadas a ingressar no estabelecimento.

Foi aprovado substitutivo do relator, deputado Dr. Ubiali (PSB-SP), que inclui na proposta a necessidade de pais e responsáveis manterem essa lista atualizada. Para Ubiali, a relação das pessoas autorizadas deve ser renovada ao longo do período letivo para acompanhar as possíveis mudanças nas relações familiares.

 

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Fonte: Sinpro RS/Agência Câmara

 

 

 

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

 

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Boa formação de docente pode fazer aluno aprender 70% a mais

A formação continuada é tão importante para a melhoria da qualidade das aulas – e para o aprendizado –, que um Aluno pode aprender de 47% a 70% a mais se exposto a bons Professores, revelam dados do trabalho feito pelo Instituto Ayrton Senna, com The Boston Consulting Group. Os bons resultados, segundo especialistas, não dependem de mais horas de curso, mas da qualidade dos treinamentos.

Segundo a diretora de Educação da Fundação Itaú Social, Patrícia Mota Guedes, formações em campo dentro da sala de aula são as que renderam mais frutos. “Isso provocou discussões porque as estratégias mais tradicionais tiravam o Professor da sala de aula, para palestras e conferências”, afirma. Depois do nível socioeconômico e a Escolaridade da mãe, a qualidade do Professor é o fator que mais afeta o desempenho da classe, diz Patrícia. “Conseguimos ver essa diferença em Escolas da mesma área, com o mesmo perfil de Alunos, mas que têm resultados diferentes. Se olhar de perto, aquela Escola onde os Professores usam melhores práticas tem um desempenho melhor.”

Outro desafio para turbinar a formação continuada é diminuir a resistência dos profissionais da Educação, que temem perda de autonomia. “É preciso mudar a cultura. O Professor ainda resiste a expor o que acontece em sala de aula”, explica Cláudio Oliveira, diretor do Instituto Singularidades, voltado para a formação Docente. “O paradigma mudou. O bom Professor hoje deve trabalhar na lógica de colaboração para tornar a classe mais atrativa”, defende. Partilha de experiências.

A colaboração entre Docentes faz parte da receita de sucesso da rede de Ensino de Sobral, no interior cearense, outro exemplo citado no estudo. “No início havia resistência, mas depois os próprios Professores viram que as formações eram positivas e eles ainda poderiam compartilhar as melhores práticas”, conta Júlio César da Costa, secretário municipal de Educação. Iniciada há 14 anos, a reforma educacional no município alavancou a aprendizagem dos Alunos no Ensino fundamental e inspirou programas federais na área.

Para a capacitação, Sobral montou uma Escola própria de formação do magistério, que oferece cursos que aperfeiçoa ma didática e a bagagem sociocultural dos Professores. “Também faza diferença o acompanhamento na Escola, de perto”, afirma o secretário. “Damos gratificação aos Professores que superam as metas, mas vemos que não é isso que mais os motiva”, diz. Até a escolha dos materiais didáticos, feita de acordo com a realidade de cada Escola ou classe, também influencia os treinamentos.“O material didático deve se adequar às ações propostas e é a base dessa formação. Com isso, o Professor tem condições de preparar seu plano de aula”, descreve.

Curso para aperfeiçoar professor tem baixa eficácia
A maioria das atividades de formação continuada com professores no Brasil (70%) tem baixa eficácia, segundo estudo do Instituto Ayrton Senna (IAS) com The Boston Consulting Group (BCG). Cursos de aperfeiçoamento, diz a pesquisa, são uma das principais alavancas para melhorar o desempenho de docentes e alunos.

A divulgação do levantamento, realizado com cerca de 3 mil professores, gestores e especialistas brasileiros, será feita hoje em São Paulo e deve ter a presença do ministro da Educação, Henrique Paim.

Esse tipo de formação, voltada a professores que já começaram a lecionar, enfrenta dificuldades para deslocar o foco da teoria para questões reais da sala de aula. Além do déficit de docentes no País, a maioria das redes não tem programas estruturados de formação continuada.

Tutoria com professores mais experientes, formação de ingressantes na carreira e observação crítica da sala de aula estão entre as atividades com melhores resultados, na opinião de especialistas e dos próprios docentes. O estudo revelou, entretanto, que elas são as que menos aparecem no País.

Segundo a analista de projetos de Educação e Desenvolvimento do IAS, Daniela Arai, o Brasil é um dos que menos incentivam professores a fazer formação continuada. Ela explica que ações governamentais de curto prazo e alta visibilidade são as mais frequentes, comprometendo um planejamento adequado dos programas. “Formação de professores é investimento de longo prazo. Acaba não sendo a principal preocupação dos governantes”, avalia.

Além da preferência por ações de curto prazo e visibilidade, o estudo menciona cinco principais obstáculos para o êxito da formação continuada. Também pesam a carência de incentivos formais, a escassez de tempo, lacunas e baixa aplicabilidade do conteúdo das ações oferecidas, falta de alinhamento das ações com o plano de carreira do magistério e alta rotatividade do corpo docente.

Com a função de “tapar buracos” da formação original, é para os recém-chegados à sala de aula que as ações podem ser mais efetivas. Não só para ensinar melhores práticas, como manter o interesse no ensino. Segundo Daniela, as redes que trabalharam com ingressantes, em residências e tutorias tiveram impactos significativos.

Experiências
Um dos bons exemplos citados no estudo foi o da rede estadual de Goiás, que em 2011 implementou um programa de tutoria de coordenadores pedagógicos. Com o sucesso da ação, estenderam a proposta para professores de Matemática e Língua Portuguesa do ensino fundamental 2 (6.º ao 9.º ano) e médio, com apoio diário de professores mais experientes. A atividade melhorou os índices de aprendizagem dos alunos entre 2011 e 2013.

“Vale a pena tirar da sala de aula esse ótimo professor. Ele vai acompanhar dez, 15 professores e influenciar mais alunos. Ele é a referência e tem legitimidade para influenciar os pares”, explica Ralph Gomes Alves, da Superintendência de Inteligência Pedagógica e Formação da rede goiana.

A professora Núbia Oliveira, tutora diária de Matemática, está em treinamento para a função desde 2011 e acompanha professores de seis escolas de Goiás. No início, ela encontrou receio dos professores para atividades, como a observação de aulas. Mas hoje, com o amadurecimento do projeto, há professores de outras disciplinas ou etapas do ensino que a procuram por ajuda.

“Um dos primeiros pontos de dificuldade é que o professor não sabe planejar”, aponta Núbia, que dá aulas há 18 anos. “Ele foi preparado para uma sala homogênea, mas na execução encontra salas lotadas, alunos com muitas dificuldades.” No caso dos docentes antigos, o desafio é maior. “É difícil mudar uma mentalidade errada mantida por anos.” Entre as atividades desenvolvidas na formação, estão a escuta ativa, em que se ouve demandas de professores para cada tipo de sala de aula, e o acompanhamento in loco.

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Fonte: Sinpro RS / com informações de Estadão

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

 

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IDH do Brasil é inferior à média da América Latina em Educação

O Relatório de Desenvolvimento Humano de 2013, divulgado nesta quinta-feira (23) pela Organização das Nações Unidas (ONU), informa que o Brasil está abaixo da média da América Latina em educação e expectativa de vida. O estudo das Nações Unidas calcula o Índice de Desenvolvimento Humano dos países com base em indicadores de educação, saúde e renda.

O Brasil avançou uma posição no ranking mundial em comparação com o ano anterior, passando do 80º lugar em 2012 (IDH de 0,742) para o 79º em 2013 (IDH 0,744) no ranking do desenvolvimento humano. O índice do Brasil coloca o país na faixa das nações com “elevado desenvolvimento humano”. O índice varia em uma escala de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, mais elevado é o IDH (veja tabela).

Apesar da melhora no ranking, os dados da ONU não revelam avanço significativo em educação e expectativa de vida. A média de estudo na América Latina é de 7,9 anos; no Brasil, 7,2 anos. O número é o mesmo desde 2010.

A coordenadora do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, Andreia Bolzon, minimizou o fato de os números permanecerem inalterados. Segundo ela, a ONU teve que usar dados mais antigos para a média de anos de estudo porque eram os números passíveis de serem comparados com a evolução dos demais países.

Segundo ela, levantamentos mais atuais revelam que o Brasil avançou para uma média de 7,6 anos de estudo, ainda abaixo, porém, da média da América Latina. A expectativa de vida do brasileiro teve um ligeiro aumento, de 73,7 anos em 2012 para 73,9 anos em 2013. Mas segue abaixo da média latino-americana, de 74,9 anos.

De acordo com o relatório das Nações Unidas, os países da América Latina com maior grau de desenvolvimento humano são Chile (41º no ranking), Cuba (44º) e Argentina (49º). Os três países são classificados como de “muito elevado desenvolvimento”.

Outros 29 países da região estão classificados como de “elevado desenvolvimento” ou “médio desenvolvimento”. Somente o Haiti permanece no grupo de “baixo desenvolvimento humano”.

Apesar desses indicadores, a melhora nos índices da América Latina desacelerou nos últimos anos.
De acordo com as Nações Unidas, o crescimento anual do IDH na região caiu pela metade nos últimos cinco anos em comparação com o crescimento verificado entre 2000 e 2010.

O relatório atribui a desaceleração à crise financeira internacional e sugere a criação de um Fundo Monetário Latino-Americano para completar reservas internacionais que servem de auxílio para países em situação de vulnerabilidade financeira.

De acordo com a ONU, 45 milhões de pessoas da América Latina e Caribe correm risco de cair na chamada “pobreza multidimensional”, quando há a carência de condições mínimas para a sobrevivência digna, como alimentos e saneamento básico.

Brasil se sairia melhor no IDH com dados atualizados, diz governo
Após a divulgação do Relatório de Desenvolvimento Humano de 2013 pela Organização das Nações Unidas (ONU), os ministros Tereza Campello (Desenvolvimento Social), Henrique Paim (Educação) e Arthur Chioro (Saúde) afirmaram nesta quinta-feira (24) que se os dados utilizados no levantamento fossem atualizados, a colocação do Brasil no ranking seria melhor.

Segundo os dados divulgados pela ONU, o Brasil avançou uma posição no ranking mundial em comparação com o ano anterior, passando do 80º lugar, em 2012 (IDH de 0,742), para o 79º (IDH 0,744) no ranking do desenvolvimento humano de 2013. O índice do Brasil coloca o país na faixa das nações com “elevado desenvolvimento humano”. O índice varia em uma escala de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, mais elevado é o IDH.

Titular do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campellox ponderou em entrevista coletiva nesta quinta-feira que se os dados levados em conta fossem compostos pelos números mais atualizados do governo federal, o Brasil estaria em 67º lugar. De acordo com o Executivo federal, a expectativa de vida ao nascer subiria de 73,9 para 74,8; e a escolaridade de 15,2 para 16,3.

“É importante reconhecer que o relatório faz tantos elogios ao Brasil que a gente vem melhorando, mas nós gostaríamos de fazer um exercício estatístico importante: se usássemos dados atualizados e se usássemos uma outra metodologia reconhecida mundialmente com as mesmas fontes o que a gente teria […] O que eu acho mais importante é discutir o nosso IDH, passaria de 0,744 para 0,764”, ressaltou Tereza Campello.

“A gente recebe o relatório de forma bastante confortável do ponto de vista dos dados e bastante animados do ponto de vista qualitativo porque o que o Brasil vem fazendo é reconhecido”, complementou.

Na área da educação, enquanto a média de estudo na América Latina é de 7,9 anos, no Brasil a média é de 7,2 anos. O número é o mesmo desde 2010. Na avaliação do ministro Henrique Paim, o país avançou “bastante” nas últimas décadas, quando se compara os dados da década de 1980 com os números atuais.

“Nós estamos satisfeitos com esses dados do relatório, mas é claro que o Brasil precisa trabalhar cada vez mais para melhorar todos os indicadores que estão sendo apresentados”, disse.

Dados do IBGE
Os três ministros destacados pelo governo federal para comentar os resultados do IDH de 2013 ressalvaram que a projeção de que o Brasil estaria em 67º lugar foi tomada com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Na avaliação da ministra do Desenvolvimento Social, o resultado do IDH divulgado pela ONU “não reflete o que aconteceu nos últimos quatro anos” no Brasil. “As fontes de informação são as mesmas, mas o que defendemos é que olhem os dados mais atualizados, de 2013, que nós temos e estão atualizadíssimos”, afirmou Tereza Campello.

 

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Fonte: Sinpro RS com informações do G1

 

 

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

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Preparatória para a Plenária Nacional de Educação

A Contee se reúne com as demais entidades nacionais que defendem o fortalecimento da educação pública, gratuita e de qualidade socialmente referenciada no próximo dia 25, na sede da CNTE/DF. Será uma reunião preparatória para a Plenária Nacional de Educação, promovida pelas entidades e marcada par os dias 19 e 20 de agosto, em Brasília. Trata-se de uma estratégia para reapresentar a pauta da educação no âmbito da disputa eleitoral – o que foi suprimido pelo adiamento da II Conferência Nacional de Educação (Conae). A agenda é uma reafirmação do que foi deliberado em fevereiro na reunião das entidades nacionais convocada pela Contee e aprovado em abril pela Diretoria Plena da Confederação.

Da reunião desta semana participarão representantes da CNTE, do Proifes-Federação, da UNE, da Ubes, da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, da Anped, da Anfope, da Anpae, do Cedes, do Forundir, da UBM, da CUT e da CTB.

Para a Contee, passada a sanção do Plano Nacional de Educação (PNE), a plenária será imprescindível para o acompanhamento e as definições de pautas importantes para a educação que devem ser pensadas, aprovadas e cumpridas. A Confederação também enfatiza que a organização e a participação das entidades em torno do debate são de suma importância para a consolidação de um projeto democrático e soberano para a educação do país.

 

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Fonte: Contee

 

 

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Campanha nacional contra o bullying nas escolas

A Comissão de Educação aprovou, na última quarta-feira, 16, proposta que obriga as escolas brasileiras a realizarem campanha contra o bullying. Pelo texto aprovado, as campanhas devem ser anuais, com duração de uma semana, na primeira quinzena de abril, em todos os estabelecimentos de ensino fundamental e médio.

Foi aprovado substitutivo do relator, deputado Glauber Braga (PSB-RJ) ao Projeto de Lei 6504/13, do deputado Dimas Fabiano (PP-MG). Braga fez mudanças de redação. Alterou, por exemplo, o conceito de bullying para “harmonizar” a proposta a um substitutivo global do deputado Jean Wyllys (Psol-RJ) a vários projetos sobre o assunto que tramitam na Casa.

De acordo com a proposta, caracteriza-se como bullying qualquer prática de violência física ou psicológica, intencional e repetitiva, entre pares, que ocorra sem motivação evidente, praticada por um indivíduo ou grupo de indivíduos, contra uma ou mais pessoas.

A prática deve ainda ter como objetivo intimidar, agredir fisicamente, isolar, humilhar, ou ambos, causando dano emocional ou físico à vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.

Legislação
Glauber Braga ressalta que vários entes da federação já contam com legislação sobre o tema. Caso do Rio de Janeiro (estado e município), Santa Catarina, Ceará, Distrito Federal, município de São Paulo e Rio Grande do Sul.

Conforme o deputado, todas essas leis têm em comum o foco na conscientização. Mesmo objetivo, segundo diz, das propostas em tramitação na Casa. “É bem-vinda toda e qualquer estratégia destinada a incentivar a tolerância, a promover o respeito mútuo e a combater estereótipos e preconceitos”, defende.

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Fonte: Sinpro RS / Agência Câmara

 

 

 

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás