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Sinpro Goiás assina parceria com o Centro Integrado de Fisioterapia e Qualidade de Vida

Cinèse

O Sinpro Goiás e o Centro Integrado de Fisioterapia e Qualidade de Vida – Cinèse, assinaram contrato de convênio para associados (as), funcionários e seus respectivos dependentes, que concede 20% de desconto em tratamento especializado em coluna (RMA) – Reconstrução Músculo Articular da Coluna Vertebral + 45% de desconto na avaliação cinético funcional.

 

A clínica de fisioterapia Cinèse, localizada em Goiânia, é fruto de uma parceria de sucesso que desde o princípio se preocupou em estabelecer uma reabilitação física pautada em conhecimento científico e resultados. Aliou-se ao Instituto de Tratamento da Coluna Vertebral e hoje é referência no tratamento de problemas ligados à coluna, oferecendo serviços como a Reconstrução Músculo Articular (RMA) da Coluna Vertebral, Reeducação Postural, Reabilitação Ortopédica e Desportiva e Atividade Funcional que agrega métodos consagrados na qualidade de vida como o Pilates.

Mais informações: www.fisioterapiagoiania.com.br/

 

Agende seu horário: (62) 3246-0327

Endereço: Av. Alphaville Flamboyant, nº 160, sala 37

Alpha Mall, Alphaville – Goiânia/GO

 

 

 

 

Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

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Qually Fórmula – Farmácia de Manipulação

Qually FórmulaO Sinpro Goiás e a Qually Fórmula Farmácia de Manipulação acabam de firmar parceria, que oferece desconto de 30% (efetuados em fórmulas manipuladas com pagamento à vista), e 10%, em pagamentos no cartão de crédito para associados (as) do Sinpro Goiás e seus dependentes.

 

Endereço: Av. São Paulo, Qd. 20, Lt. 3, Jardim das Esmeraldas – Aparecida de Goiânia

Fone: (62) 3085-2888 / 3280-0088

 

Lembre-se: Para obter os descontos com os conveniados ao Sinpro Goiás é necessária a apresentação da carteirinha de associado do Sinpro Goiás.

 

 

 

Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

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15% de desconto em molduras

Moldura MinutoO Sinpro Goiás informa que acaba de assinar contrato com a Moldura Minuto, localizada na Rua 137, nº 259, no Setor Marista.

Associados (as) do Sinpro Goiás e seus dependentes tem 15% de desconto em todas as molduras.

A Moldura Minuto nasceu em 1999 com o conceito de emolduramento rápido: molduras em apenas 1 hora. Este foco foi extremamente importante tornando a Moldura Minuto referência máxima no segmento, através da eficiência e excelente atendimento supera as expectativas de seus clientes mais exigentes.

 

Para conhecer melhor a loja, acesse:

www.facebook.com/molduraminuto.goiania

 

Contato: (62) 3088-090

 

 

 

 

Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

 

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No coração do ensino

Intenção do Ministério da Educação de adotar uma base nacional curricular traz de volta ao debate questões como autonomia docente, formação continuada e condições de trabalho nas escolas.

Já estava na agenda do então ministro da Edu­cação Aloizio Mer­cadan­te o estabelecimento de padrões mínimos para a educação brasileira, incluindo o debate em torno da instituição de um currículo nacional para o ensino fundamental e médio. Agora, o recém-empossado ministro José Henrique Paim conta com um aliado de peso na defesa da adoção de uma base nacional curricular: o estatístico José Francisco Soares, que também acaba de assumir o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

“No meu entendimento, a descrição dos objetivos da educação contida nos docu­mentos legais não é suficien­temente explícita para informar os cur­rículos das escolas, que pre­cisam de orientações mais detalhadas pa­ra organizar o ensi­no”, disse Jo­sé Francisco Soares à revista Educação.

O debate em torno de um currículo nacional no Brasil remonta à década de 90. Há algum tempo, os críticos avaliam que os conteúdos mínimos citados na legislação brasileira não são suficientemente específicos para serem adotados de forma igualitária em todo o território nacional. A solução, portanto, seria a criação não de um currículo nacional comum, mas de uma base nacional curricular, como defende o presidente do Inep. “Assim os currículos de todas as escolas teriam uma parte em comum, o que criaria uma linguagem de expressão dos fatos pedagógicos”, defende José Francisco Soares.

 

 

Fonte: Revista Educação/Uol

 

 

 

Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

 

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Professores são instruídos a tratar a Copa de maneira crítica nas escolas

Contra as distorções no conhecimento, e contra uma parte do que está aí, um professor da Universidade de São Paulo (USP) criou um curso para ajudar professores atuantes na Educação Básica a levar o assunto Copa do Mundo às salas de aula de uma maneira mais crítica e menos passiva.

“Notamos que, em muitas escolas, trabalhar Copa do Mundo se restringe a montar aquele campeonato em que cada turma escolhe um país e depois apresenta as pesquisas em cartazes expostos pela escola”, diz o professor responsável pelo curso Marcos Neira, que integra o Grupo de Pesquisas em Educação Física Escolar da Faculdade de Educação da USP

Segundo Neira, discute-se muito a metodologia de ensino com os professores, mas não os temas a serem abordados com os alunos. “Queremos que os professores possam ajudar as crianças a analisar criticamente a Copa, acabando com o discurso ufanista. Queremos abalar um pouco essa ideia do ‘legado da Copa do Mundo'”, diz.

A reportagem do UOL Esporte esteve presente ao último dos seis encontros do curso “Olhares e análises da Copa do Mundo 2014: subsídios para uma abordagem diferenciada”, neste mês de abril. Nesta aula, os professores deveriam apresentar para os colegas o resultado do trabalho desenvolvido com seus alunos no período do curso. O encontro começou, no entanto, com um debate baseado em críticas ferrenhas ao ente chamado de “grande mídia” e sua colaboração para a perpetuação da ordem estabelecida. Em seguida, eles iniciaram as apresentações.

“Trabalhando a pedagogia do dissenso, saíram discussões calorosas entre os estudantes sobre os aspectos positivos e negativos do evento.  Eu espero que eles tenham uma opinião e que não se rendam ao discurso simplista, ao senso comum”, disse o professor de educação física da Escola Municipal de Ensino Fundamental Dom Pedro I, Marcos Ribeiro das Neves, que dá aulas para alunos da 7ª série.

Já o professor Felipe Nunes, da Escola Estadual Eugênio Mariz de Oliveira Netto, iniciou um trabalho diretamente com os debates. Primeiro, perguntou aos alunos o que achavam da realização do evento no Brasil, e ouviu mais considerações negativas do que positivas. Depois, pediu a eles que perguntassem a opinião dos pais. As respostas tiveram um tom mais ufanista.

O professor confrontou os dois discursos em sala de aula num debate sobre ufanismo e nacionalismo, usando a história do Brasil nas Copas como referência. Ao fim do processo, os alunos sugeriram pintar questionamentos sobre a Copa nos muros de uma das ruas que sempre são decoradas antes das Copas.

“Achei mais prudente que fizéssemos de outra forma. Tivemos, então, a ideia se chamar para um debate na sala de aula as pessoas que pintam essa rua, perto da casa de um dos alunos, e debater com eles as questões que os alunos apresentaram em cartolinas”, falou o professor. Alguns exemplos das frases escolhidas pelos alunos para estes cartazes, segundo Nunes, foram “O que a Copa vai mudar no Brasil?” e “Avança Brasil. Copa para quem?”.

Apesar de entender que os valores gastos pelo Estado com a Copa são bem menores, comparativamente, do que aquilo que o governo federal destina anualmente à Saúde e à Educação no país todo, Neira vê na Copa do Mundo de 2014 um problema de prioridades:”O governo poderia ter escolhido dedicar-se a outros temas e meu medo é que eventos deste porte sejam usados politicamente para camuflar outras questões. Vemos aí gente importante dizendo que ‘morrer faz parte’ ou que ‘não se faz Copa com hospital’. A maioria dos atletas só ajuda a reforçar essa alienação”, diz, referindo-se aos comentários recentes de Pelé sobre a morte de um operário no Itaquerão e de Ronaldo, no ano passado, quando questionado sobre os gastos públicos com o Mundial.

Para Marcos Neira, esse olhar acaba contaminando as escolas também, que deixam de estimular o pensamento crítico: “Em vez de educadores, nos tornamos torcedores. Não há nenhum problema em torcer, mas não podemos transformar a escola numa extensão do estádio”.

Fonte: Educação Uol

 

 

 

Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

 

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Integração do ensino convencional à educação online

Um encontro voltado a debater novos modelos de ensino reuniu hoje (28), na capital paulista, especialistas no assunto, vindos de várias partes do mundo. Educação híbrida, liberdade no ensino e aprendizagem online foram alguns do temas discutidos durante esta manhã no evento Transformar, que está em sua segunda edição.

Michael Horn, bacharel em história pela Universidade de Yale e formado também na Universidade de Harvard, integra o ranking da revista Tech&Learning das 100 pessoas mais importantes quando se trata de tecnologia na educação. Horn acha que o ensino atual mantém um modelo ultrapassado, semelhante à produção em uma fábrica do início do século passado, no qual as crianças são divididas em turmas conforme a faixa etária e recebem um ensino padronizado. “O mundo mudou, cada criança precisa de um modelo que maximize cada uma. As pessoas aprendem de maneiras diferentes, ritmos diferentes”, disse ele.

A proposta do especialista é que as escolas utilizem o ensino híbrido, ou seja, inserir a aprendizagem online no contexto das aulas convencionais. “A criança pode progredir no seu próprio ritmo, e personalizar a educação”. A ideia é tornar o conteúdo mais envolvente e interessante para o aluno, por meio de games e simulações, por exemplo.

O modelo virtual já foi testado em escolas norte-americanas, entre elas uma em Los Angeles, na Califórnia, onde 90% dos estudantes são carentes. Na escola, uma das melhores do país, o professor não precisa montar uma aula capaz de atingir todos os alunos em sala de aula de uma vez só. “Esse modelo não faz sentido para o aprendizado”, destacou.

O brasileiro Luís Junqueira, formado em letras pela Unicamp, acredita que a escola tem que dar liberdade e confiar na autonomia do aluno. O projeto Primeiro Livro, que ele desenvolve, dedica tempo das aulas de língua portuguesa para que o estudante escreva o seu próprio livro de ficção. O objetivo é elaborar uma plataforma virtual que concentre essas publicações, e permita que as crianças interajam.

Luís conta que obteve resultados excelentes na Escola do Sítio, em Campinas, onde o Primeiro Livro existe desde a década de 80, e na Escola Castanheiras, onde o projeto começou em 2009. “As dúvidas gramaticais dos alunos surgem a partir do livro que eles estão escrevendo”, disse. Além disso, com a ajuda da tecnologia, as crianças podem sanar suas dúvidas assistindo a videoaulas.

Zach Sims, eleito uma das 100 pessoas mais influentes pela revista Time de 2013, contou a sua experiência na fundação do projeto Codecademy, criado para estimular o aprendizado de linguagem de programação. Enquanto fazia a graduação em ciências políticas na Universidade de Columbia, Zach percebeu que a maioria dos seus colegas estavam insatisfeitos por gastar dinheiro com um aprendizado que não importava para a sua vida profissional.

“Passei um verão aprendendo sozinho a como programar e aprendi com os meus próprios erros. Isso funcionava mais do que se eu ouvisse os conceitos e tentasse aplicá-los. Enfrentando problemas, consertando erros, você aprende mais”, declarou.

Zach decidiu criar o site www.codecademy.com, uma plataforma gratuita para ensinar programação de uma maneira simples e, assim, ajudar quem também tem interesse em aprender. “Fizemos de um modo fácil para todo mundo, para [os interessados] não ficarem amedrontados”. Na contramão do imaginário da maioria das pessoas, que acreditavam que programação é algo difícil e que não desperta grande interesse, o site teve 200 mil inscrições apenas no segundo dia de funcionamento, lembrou Zach.

“Ninguém sabia dessa demanda, muitas crianças se inscreveram. O site é como um jogo, legal, divertido e envolvente. A programação é a linguagem do século 21”, garantiu.

 

 

Fonte: Educação Uol

 

 

 

Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

 

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Educação para além dos muros das escolas

     A proposta do Projeto Mundial da Educação é extrapolar os muros da escola e levar a educação para os vários espaços da cidade: praças, museus, jardins. Sob o princípio de que qualquer espaço público tem potencial educativo, entidades decidem organizar em um site uma lista de locais com propostas de atividades educativas que podem ser desenvolvidas em cada um deles. Para começar, foram escolhidas as 12 cidades-sede da Copa do Mundo. O primeiro desafio é: ativar as praças.

     As praças fazem parte do primeiro chamamento. Todo mês será escolhido um ambiente para ser mapeado. O convite é simples: “Toda cidade, por menor que seja, tem uma praça. E toda praça é um respiro, um espaço feito para que as pessoas possam parar, se encontrar e conviver. Já imaginou ocupar esse território com atividades educativas?”. Qualquer um pode participar. Basta acessar o site e indicar locais e atividades que podem ser desenvolvidas. As atividades podem ser voltadas para qualquer idade do período escolar.

     As contribuições podem ser inspiradas em atividades que já são desenvolvidas. No site, estão disponíveis exemplos de utilizações das praças. Um deles é o da Escola Municipal de Ensino Fundamental Olavo Pezzotti que, uma vez por semana, desenvolve atividades com os alunos no Parque Linear das Corujas, na zona Oeste de São Paulo. O espaço é uma espécie de praça-parque gerido com apoio da comunidade. Lá, os estudantes discutem temas próprios do local, como permacultura, arte e cidadania.

     O projeto conta com o apoio de organizações como AoQuadrado, Catraca Livre, Centro de Referências em Educação Integral, Fábrica de Aplicativos, Fundação Itaú Social, Fundação SM, Imagem, Imagina na Copa, Inspirare, Instituto Esporte Educação e movimento Todos Pela Educação, além das secretarias municipais de Educação das cidades-sede da Copa.

     O que é organizado fica disponível na internet e em aplicativo para smartphones. Dessa forma, as escolas e os educadores têm acesso e podem planejar aulas e atividades nos espaços urbanos. A intenção é a partir do ano que vem levar o projeto para além das cidades-sede.

     “Esperamos conseguir trazer para os alunos de hoje maior interesse pela aprendizagem. É possível aprender em vários outros lugares além da escola, fazendo uma conexão do conteúdo que se está ensinando nas salas de aula com outros ambientes”, explica a gerente de comunicação do movimento Todos pela Educação, Camilla Salmazi. “Sabemos que um dos maiores motivos de evasão escolar é o desinteresse”, acrescenta.

     A fim de mobilizar mais pessoas para que contribuam com o projeto, o Mundial da Educação vai formar ativadores, voluntários que serão responsáveis por atrair contribui dores. Segundo o projeto, professores, alunos, familiares de estudantes, líderes comunitários, e qualquer cidadão pode se candidatar para ser um ativador. As inscrições podem ser feitas pela internet.

 

Fonte: Portal Terra

 

 

Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

 

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Dia da Educação

        DIA DA EDUCAÇÃO - 28/4

        Os mais de cento e oitenta países, reunidos em Jomtiem, na Tailândia, dentre eles, o Brasil, aos 28 de abril do ano de 2000, para discutir e aprovar um pacto mundial pela educação, decidiram consagrar este dia do mês como sendo o da educação, em  todos eles.

         Portanto, hoje, é o dia mundial da educação. Pena que, em muitos países, inclusive no Brasil, as políticas públicas implementadas não a consagrem, efetivamente, como o primeiro e o principal dos direitos fundamentais sociais, daqui e de alhures, sem o qual o progresso e do desenvolvimento sociais não passam de palavras vazias, desprovidas de conteúdo.

         Apesar de a Constituição da República Federativa do Brasil (CR), de 1988, haver, em seu Art. 6°, escolhido, de maneira proposital, a educação como sendo o primeiro, dentre todos os demais direitos fundamentais sociais, que são  a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, a previdência social, o lazer, a segurança, a proteção à maternidade e à infância, e a assistência aos desamparados; até aqui que esta condição, lamentavelmente, ainda não se concretizou.

         Após decorridos mais de vinte e cinco anos da promulgação da CR, a educação brasileira continua debatendo-se em meio a dificuldades e muitos descasos, notadamente, quanto ao financiamento, à valorização dos profissionais da educação escolar e de sua organização sistêmica, com regras comuns para a pública e privada.

         Para comprovar esta assertiva, basta que se diga que há mais de três anos, o Brasil acha-se sem plano nacional de educação (PNE), pois o  único, como plano de Estado, que teve, ao longo de sua história, expirou-se aos 31 de dezembro de 2010; e o que é pior, com apenas um terço de suas metas concretizado.

         Cada discussão que se trava no Congresso Nacional, sobre o plano nacional de educação, previsto no Projeto de Lei N. 8.035/2010, encerra-se com um retrocesso, que representa o divórcio entre os anseios e os interesses da sociedade, amparados pela CR, de um lado, e os do Governo e dos parlamentares, por outro.

         Esperemos que, neste dia, importância simbólica colossal,  os poderes executivos e legislativos sejam iluminados e que decidam aprovar o PNE, acorde com os fundamentos e princípios constitucionais.

         De nossa parte, os (as) cidadãos(ãs), renovamos, nesta data, o nosso compromisso com a cidadania plena, que não será construída sem que a educação alcance o seu pedestal.

 

 

José Geraldo de Santana Oliveira

Assessor Jurídico do Sinpro Goiás

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Educação: uma questão de conteúdo

Quando eu comecei a ter noção das coisas, iniciei a minha indagação no sentido de saber porque eu estudava determinado tipo de conteúdo. Devido à pouca idade, à maturidade intelectual e ao pouco conhecimento não cheguei a nenhuma conclusão.

Com o passar dos anos, apareceram as primeiras pistas e na graduação as primeiras respostas começaram a surgir.

Em seguida, percebi a existência de duas alternativas para responder a minha antiga questão. Uma vinculada à ideia de que os conteúdos educativos colaboram para tornar a pessoa mais erudita e a outra afirmando que eles tem uma utilidade para a vida.

Só no mestrado é que compreendi o real sentido dos conteúdos educativos. Também não sei se esse processo foi totalmente concluído. O fato concreto é que conclui que o embate ideológico para a edificação ou não de uma sociedade melhor perpassa por essa discussão.
Assim, me parece oportuno compartilhar algumas reflexões.

A primeira delas manifesta-se na extinção de uma suposta controvérsia entre a educação erudita (tradição alemã) versus a educação para a vida (tradição inglesa e francesa). Penso que os conteúdos educativos precisam caminhar para as duas direções, de forma simultânea e conflituosa.

Em seguida, os conteúdos devem ter como eixo central o tempo do não-trabalho, o tempo livre. A cultura, o ócio criativo, o lazer devem ser uma espécie de “locomotiva” educacional.

A análise que Domenico de Masi faz sobre a sociedade pós-industrial apresenta ferramentas teóricas suficientes para “superarmos” o paradigma que valoriza a educação para o trabalho.
Sei que meus amigos marxistas e liberais simpáticos a teoria do capital humano não vão gostar muito dessa defesa. Paciência.

O terceiro aspecto refere-se para este debate é a necessidade de identificar o caráter emancipatório dos conteúdos educativos.

Emancipação aqui no sentido dado pela Teoria crítica. Sem misticismos. Desse modo, identificar o viés que possa libertar o ser humano da opressão do capital e realizar um diagnóstico de situação torna-se relevante.

Talvez resida no caráter emancipatório dos conteúdos educativos o principal conflito com as forças políticas conservadores e aliados que atuam na educação.

Para tanto, me parece que a tática da resistência ativa, elaborada por Saviani, permite, em um período de resistência, constituir a hegemonia necessária para as transformações mais abruptas.

Falo isso porque ainda vivenciamos a avalanche causada pelo ideário neoliberal, embora ela encontra-se em um momento de “insuficiência respiratória”.

Contudo, Mészáros, na obra intitulada Educação para além do capital, atenta ao fato de que “Limitar uma mudança educacional radical às margens corretivas interesseiras do capital significa abandonar de uma só vez, conscientemente ou não, o objetivo de uma transformação social qualitativa.” Embora esta formulação possa pôr em risco o conceito de resistência ativa de Saviani, que tem um forte componente gramsciniano, tenho a impressão que é um risco tático que precisa ser corrido.

Vivemos em uma época marcada pela heterogeneidade nas correntes educativas. O que precisa ser feito é buscar nelas os elementos que possam colaborar na direção emancipatória que os conteúdos educativos precisam ter. Em outras palavras, identificar as forças políticas que jogam água no leito emancipatório.

Digo isso porque não há uma homogeneidade nas teorias educativas que fundamentam o establishment.

Assim, pensar educação sem considerar a política significa, além de uma postura ingênua, não compreender o processo em que se deu as diversas concepções educativas ao longo da história.

De igual modo, considerar que a educação é um campo neutro, que está “suspensa no ar”, como se fosse uma categoria transcendental, é não compreender o seu caráter político.
Por isso que os conteúdos educativos precisam estar no centro do debate educacional. Negligenciá-lo é corroborar, de forma inconsciente, com o status quo.

Por fim, a educação é um campo em disputa. É um locus onde a emancipação pode ser constituída. É onde a mudança qualitativa pode ser fecundada.

 

 

Christian Lindberg

Ex diretor da UNE,ex consultor do MEC, Mestre em Educação pela UFS, faz doutorado em Filosofia da Educação na UNICAMP

 

 

 

Fonte: Portal Vermelho

 

 

 

Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás