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Expediente normal nesta sexta-feira, 20

O Sindicato dos Professores do Estado de Goiás (Sinpro Goiás) informa aos associados (as) que está funcionando normalmente nesta sexta-feira, 20, das 8 h às 18 h.

 

 

 

 

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

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Unesco lança portal de combate à corrupção na educação

Pesquisa mostra que, em alguns países, salários de professores fantasmas chegam a representar 20% da folha de pagamento; Brasil citado por programa de sucesso sobre merenda escolar.

O Instituto Internacional para Planejamento da Educação e a Unesco lançaram o portal Ético para combater a corrupção no setor. A Unesco é a agência da ONU para Educação, Ciência e Cultura.

Pesquisas feitas pelo instituto mostram que, em alguns países, os salários de professores fantasmas chegam a representar entre 15% e 20% da folha de pagamento.

Material Escolar

Em outros casos, a quantia chega a ser igual à metade dos fundos destinados a melhorar as instalações escolares e fornecer melhor material para os alunos.

O portal Etico traz as últimas pesquisas sobre corrupção na educação e busca promover transparência e discussões sobre o tema em um blog dentro do site.

A Unesco cita alguns casos de sucesso, como a criação de conselhos em escolas brasileiras para reduzir os riscos de desvio de verbas para merenda escolar.

Custos

Segundo a agência da ONU, a iniciativa do Brasil envolveu participação da sociedade civil, que checou os menus das escolas e avaliou os custos das merendas, diminuindo a transferência de recursos. Cerca de 45 milhões de pessoas foram beneficiadas com o projeto.

A Unesco cita também uma iniciativa do estado de Rajasthan, na Índia, onde 28% das escolas criaram paineis públicos com informações sobre investimentos financeiros, atuação dos professores e depoimentos sobre casos de corrupção.

Fonte: Uol notícias

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

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MEC processa 79 universidades por notas baixas no IGC

O Ministério da Educação (MEC) abriu processo administrativo para punir 79 instituições de educação superior que obtiveram resultados insatisfatórios no Índice Geral de Cursos (IGC) e que não tenham assinado Termo de Saneamento de Deficiências do MEC. A decisão e a lista de instituições estão publicadas na edição desta quarta-feira do Diário Oficial da União. (Confira aqui)

As instituições têm 15 dias para apresentar defesa à Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior do MEC. As instituições com o índice considerado insuficiente ficam impedidas de firmar novos contratos do Programa de Financiamento Estudantil (Fies), de participar de processo seletivo para oferta de bolsas do Programa Universidade para Todos (ProUni) e do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).

O IGC é um instrumento construído com base numa média das notas dos cursos de graduação e pós-graduação de cada instituição. Assim, sintetiza num único indicador a qualidade dos cursos de graduação, mestrado e doutorado da mesma organização de ensino. O índice tem notas de 1 a 5. Instituições com IGC 1 ou 2 estão abaixo da média e sofrem penalidades como suspensão de vestibulares e até fechamento do curso. O índice é divulgado anualmente pelo MEC.

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Fonte: Portal Terra

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

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Em favor da Política Nacional de Participação Social

23ª Nota Pública do Fórum Nacional de Educação de Manifestação em Favor da Política Nacional de Participação Social, aprovada “ad referendum”.

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Brasília, 17 de junho de 2014.

O Documento Final da Conae 2010 contém um conjunto de deliberações que demandam a ampliação e o fortalecimento da participação social na construção do Sistema Nacional de Educação e na implementação do Plano Nacional de Educação. O segundo eixo temático dessa conferência, teve como título “Qualidade da Educação, Gestão Democrática e Avaliação” por compreender que estas são dimensões interdependentes na consolidação da política nacional de educação.

Na mesma direção, a Conae 2014 assumiu como tema central “O PNE na Articulação do Sistema Nacional de Educação: Participação Popular, Cooperação Federativa e Regime de Colaboração”, onde a participação popular é reafirmada como dimensão fundamental na articulação fecunda entre governo e sociedade civil.

O Decreto Federal nº 8.243/2014, de 23 de maio, que instituiu a participação social como método de governo, impulsionará as instâncias e os mecanismos de democracia participativa a serem mais articulados e fortalecidos. Portanto, o FNE reitera importância da participação social considerando:
‐ ser esta uma luta histórica defendida pelo processo de redemocratização da sociedade brasileira, reiterada nas deliberações da Conae 2010;
– contribuir para a efetivação do princípio de democracia direta instituído pela Constituição Federal de 1988, quando determinou, “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou DIRETAMENTE, nos termos desta Constituição.”;
‐ por possibilitar que decisões do governo estejam mais próximas dos anseios da população; por aumentar o controle da população sobre as ações do governo, colaborando com a fiscalização e controle social sobre a aplicação dos recursos públicos e as decisões das políticas do Estado; enfim,
‐ por abrir o Estado à participação de todas as partes interessadas em cada setor, evitando‐se que somente aqueles que possuem canais privilegiados de acesso incidam sobre os tomadores de decisão.

O Fórum Nacional de Educação, portanto, manifesta‐se em favor da Política Nacional de Participação Social, instituída pelo Decreto Federal nº 8.243/2014, e solicita o apoio de todos os parlamentares para que esta política seja efetivada, fortalecendo a democracia representativa e participativa.

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Fonte: Contee / Coordenação do Fórum Nacional de Educação

 

 

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

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Justiça Trabalhista será acionada para garantir condições dignas para o exercício da docência na PUC Goiás

Os/as professores/as da PUC Goiás deliberaram, em Assembleia Geral realizada na sexta-feira (13/06), na Sede da Apuc, pelo ajuizamento de ações na Justiça Trabalhista: uma para cumprimento da Cláusula 11ª, do Acordo Coletivo de Trabalho e, as demais, coletivas, para equiparação salarial por desvio de função e contra o assédio moral na Universidade.

Saiba mais aqui

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Fonte: APUC

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

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Contee e demais entidades nacionais promovem plenária nacional para representar pauta da educação no âmbito da disputa eleitoral

A Contee, em parceria com as demais entidades nacionais que defendem o fortalecimento da educação pública, gratuita e de qualidade, socialmente referenciada, essencial para o desenvolvimento soberano do Brasil, vai promover, nos dias 19 e 20 de agosto, uma plenária nacional a fim de reapresentar a pauta da educação no âmbito da disputa eleitoral – o que foi suprimido pelo adiamento da II Conferência Nacional de Educação (Conae). A agenda é uma reafirmação do que foi deliberado em fevereiro na reunião das entidades nacionais convocada pela Contee e aprovado em abril pela Diretoria Plena da Confederação.

“Agora, com a aprovação do PNE, o qual aguarda sanção da Presidência da República, as entidades retomam pautas importantes como a plenária que será imprescindível para o acompanhamento e as definições de pautas importantes para a educação que devem ser pensadas, aprovadas e cumpridas”, ressaltou a Contee em ofício enviado na última semana às demais entidades, no qual consta também a agenda preliminar para a organização da plenária e sua realização.

A intenção é que, no dia 25 de julho, na sede da CNTE em Brasília, seja feita uma reunião para definição, programação, inclusão de entidades para além das que estavam no primeiro encontro e construção do documento referencial para discussão na Plenária Nacional de Educação. Já a plenária em si deve ter sua abertura às 19h30 do dia 19 de agosto, na sede do Sinproep-DF, com continuidades dos trabalhos de 9h às 16h30 do dia 20.

A Contee enfatiza que a organização e a participação das entidades em torno do debate são de suma importância para a consolidação de um projeto democrático e soberano para a educação do país.

 

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Fonte: Contee

 

 

 

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

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Inclusão escolar ainda é ponto polêmico no Plano Nacional de Educação

A meta 4 do novo PNE (Plano Nacional de Educação) estabelece as formas para garantir a inclusão de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades nas escolas. Em termos gerais, ela consolida a universalização do atendimento escolar a esses estudantes.

Educadores têm opiniões divergentes quanto ao formato de uma educação inclusiva que seja eficiente para o desenvolvimento social e cognitivo do aluno com necessidades especiais.

Alguns especialistas defendem que os alunos com deficiência devam ser educados em salas regulares, junto a alunos sem necessidades especiais. Mas há também aqueles que avaliam ser melhor que estudantes com deficiência tenham uma educação diferenciada, à parte dos demais alunos.

Este debate se refletiu nas discussões sobre a meta no Congresso Federal. Enquanto a redação do texto da Câmara dos Deputados acentuou a inclusão de alunos com necessidades especiais em salas regulares, o texto revisado durante a tramitação no Senado Federal, em 2012, incluiu a possibilidade de a educação desses alunos ser feita de maneira separada.

Impasse mantido

O atual texto, sancionado pela presidente Dilma Rousseff, mantém ambígua a base ideológica e pedagógica que define a forma de inclusão de alunos especiais nas escolas brasileiras nos próximos dez anos, período de vigência do PNE.

Para Luiz Araújo, professor do Departamento de Planejamento e Administração da UnB (Universidade de Brasília) e doutor em educação pela USP (Universidade de São Paulo), a aparente confusão tem relação com lobby das Apaes (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais).

Segundo o professor, a associação teria influenciado parlamentares quanto ao ensino de alunos com necessidades especiais fora das salas regulares.

— Não há um consenso sobre o tema.

Rodrigo Mendes, fundador do Instituto Rodrigo Mendes, organização que desenvolve programas de educação inclusiva, também destaca a existência de impasse sobre o tema e a atenta para as consequências disso.

— Há de se apontar uma involução conceitual decorrente da alteração do texto original, apresentado pelo MEC em 2010. Segundo ele, a educação especial deveria ser uma modalidade complementar à escolarização no ensino regular, e não substitutiva. Contrariando essa diretriz, o atual texto autoriza também as escolas especiais a desempenharem o papel da sala de aula regular.

Mendes afirma que, como consequência, o Brasil estará em dissonância com a Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, da qual o Brasil é signatário.

— E desperdiçaremos a oportunidade de investirmos em uma pedagogia não homogeneizadora, que estimula o desenvolvimento de competências para o convívio com as diferenças.

 

 

Fonte: Contee / Portal R7

 

 

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

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Pharma & Cia concede 20% de desconto em fórmulas manipuladas

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O Sinpro Goiás assina convênio com a Pharma & Cia, que, há 22 anos, utiliza matérias-primas de fornecedores altamente qualificados e certificados, com o objetivo de oferecer produtos e serviços com qualidade e segurança, visando o bem-estar dos clientes.

Lá, associados (as) e funcionários (as) do Sinpro Goiás e seus dependentes (comprovados), tem 20% de desconto em fórmulas manipuladas.

Conheça melhor a Pharma & Cia aqui

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End.: Av. Universitária, n 146, Setor Sul

Tel.: (62) 3237-7777

 

 

 

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa do Sinpro Goiás

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Clélia Brandão concede entrevista para a assessoria do Sinpro Goiás

O Sindicato dos Professores do Estado de Goiás (Sinpro Goiás) recebeu na última sexta-feira, 13, em seu auditório, a Prof.ª Clélia Brandão, que ministrou a palestra de encerramento do Café com Debate, com o tema “PNE – O presente e o futuro da educação”. Clélia Brandão concedeu entrevista exclusiva à imprensa do Sinpro Goiás. Confira!

 

 

 

1-    Ao longo da história da República Brasileira, todos os governantes, sem exceção, afirmam que a educação é prioridade, no entanto, até hoje, o país só teve um único Plano Nacional de Estado. Como explicar essa contradição?

R: Essa contradição talvez esteja, em parte, num país que ainda tem uma cultura bem refratária em termos de planejamento. É muita improvisação! Na realidade, a educação vem adquirindo força nos debates, mas, tudo isso, ainda é bem ligado ao desenvolvimento econômico e social. A discussão da educação como um direito social é mais nova no país, mesmo que a Constituição de 88 tenha dito com todas as letras que a educação é um direito, isso ainda, pode ser exemplificado tanto quanto imaturo, do ponto de vista da realização, que não conseguimos universalizar a (educação básica) no país.

2-    A primeira constituição brasileira a preconizar o Plano Nacional de Educação foi a de 1934, todavia, o primeiro Plano de Estado, somente foi aprovado em 2001. Por quê?

R: Entre uma aprovação da Constituição e toda a outra legislação que vem para organizar, formaliza a legislação ordinária, que muitas vezes, acaba não chegando às pessoas de direito e de fato que precisariam ter conhecimento e trabalhar (a falta de informação). O Brasil é muito grande, muitas vezes, o sistema federativo com a autonomia dos estados e municípios, que é um pouco confundido, considerando muitas vezes, que não tem um projeto de nação brasileira e cada um faz como quer porque não tem um projeto. A constituição é muito clara em dizer qual é o projeto da nação brasileira e caminha nesse sentido e muito ainda, da preocupação da educação pela educação ou, da educação como uma instrumentalização para o trabalho e, não como uma política pública como direito social de todos.

3-    O Projeto de Lei N. 8.035, de 2010, entre a Câmara Federal e Senado tramitou durante quarenta e dois meses (3 anos e meio) como explicar tamanha demora?

R: Foram 1.241 dias. Nós tivemos um primeiro plano e nesse, os artigos que falavam do financiamento das metas foi revogado pelo Presidente da República da época, no inicio dos anos 2000. A avaliação do primeiro para o segundo plano foi pouco sistematizada, e, assim, veio a conferência nacional de educação 2010, que deu essa sistematizada. A educação não tem sido tratada como direito social de todos, independentemente, do que fala a própria constituição (classe, à universalização da educação básica – ainda não possível a universalização),  as pessoas que ainda não concluíram a escola, são exatamente as pessoas que pertencem a um núcleo social completamente desigual socialmente, e, com isso, não conseguem o acesso (quase universalizado), que é no ensino fundamental, pois ainda temos uma grande dificuldade no ensino médio e como a escola também, não está preparada  para lidar com essas pessoas, elas acabam não concluindo o curso. É complexo o estudo da educação e das políticas educacionais no Brasil.

4-    Na sua avaliação, o PNE recém aprovado pela Câmara dos Deputados e que aguarda sanção presidencial será capaz de dar respostas satisfatórias aos principais desafios da educação?

R: Os desafios são muitos. Pega muito o financiamento. Logicamente é preciso de metas claras, para que o financiamento seja utilizado de acordo com aquilo que está sendo projetado, no entanto, ao se aprovar os 10% do PIB, que inclui não só educação básica, mas também, Fies, ajuda creche, Pronatec, educação profissional, Prouni, trás um conjunto de ações que não estavam contadas nesses 5% do PIB que foi sendo utilizado.  Creio que o dinheiro, hoje, para a educação básica, não é compatível com as metas. Acredito que um grande esforço precisa ser feito do ponto de vista de como os municípios vão conseguir alcançar meta da educação infantil, se não tem recursos para isso. A gente acaba indo ao encontro, batendo num aspecto que, costumo dizer que, tínhamos que começar com mais de 10% do PIB, para que possamos conseguir avançar naquilo que tem. Temos jovens de 15 a 17 anos que, até hoje, não concluíram o ensino fundamental. Temos que pensar para estes jovens, o que e como se pode fazer para que eles possam concluir o ensino médio, e ter o seu direito de ir para a faculdade. Se agora temos só uma parte desses 10%, acredito que será necessário fazer uma pactuação nacional muito grande, e acredito no papel fundamental da sociedade, das instituições da educação organizada, das famílias e dos fóruns (estaduais, municipais e federais) de educação.

5-    Quais são as principais garantias contidas no PNE recém aprovado?

R: Seria o financiamento e uma coordenação efetiva do Ministério da Educação com políticas públicas a partir do diagnóstico (o Brasil tem um banco de dados fabuloso). Precisam ser induzidas, políticas que sejam regionais para atender a redistribuição dos recursos. Não pode ser o mesmo para todos, se não, o que tem mais, vai ter mais sempre.

6-    Segundo recentes dados do IBGE, há 46,2 milhões de trabalhadores com contrato de trabalho formais, destes, somente 8,2 milhões possuem diplomas de cursos superiores e ganham o triplo dos que os não possuem. A que se pode atribuir esse quadro?

 

R: Esse quadro, apesar do Brasil ter começado a investir na educação superior, investiu num tipo de curso que era pra formar os quadros gestores do Brasil (direito, medicina e..), não se teve uma política pública durante muitos anos para ampliar as vagas, ampliar o acesso à educação superior, e isso ficou muito na política das instituições particulares; e, agora, acredito que nos últimos anos, vendo pelas estatísticas, que até o final do primeiro PNE, o Brasil teria que ter alcançado uma meta de 30% de alunos de 18 a 25 anos matriculados no educação superior e não foi possível. Com esses programas, como o Prouni e Fies, cada vez mais, intensificando cotas, tem crescido muito esse acesso. Isso demonstra que é um caminho que tem tido resultados em termos de ampliação, porque há, também, uma ausência de formação intermediaria. Ensino médio, por exemplo, até hoje, não se sabe se é para passar no Enem ou se ele vai qualificar para outras áreas conforme a legislação preconiza. É possível, então, que a ampliação desse acesso acelere cada vez mais, mas a minha preocupação ainda é com a universalização da educação básica. Ainda não fizemos o dever de casa, principalmente no ensino médio. Daqui um tempo, vamos ter vagas na educação superior, mas não vamos ter alunos concluindo o ensino médio suficiente para ocupar essas vagas.

7-    Em sua opinião a aprovação de investimento de 10% do PIB na educação é suficiente para resolver a multissecular deficiência de financiamento deste direito fundamental social? O que falta para tanto?

R: Como ele foi pensado inicialmente, voltado para a educação básica, acredito que possibilitaria uma grande mudança, mas considerando a forma como foi aprovado, que vamos ter que ter, não só criatividade, mas acabar deixando ainda alguma coisa para a próxima década.  Falta muito ainda no Brasil, a compreensão do papel da educação, não só no desenvolvimento social e econômico, mas como um componente fundamental do bem estar da vida do cidadão. Precisamos ter uma formação que dê condições às pessoas de uma vida melhor. Ainda falta o entendimento! A formação não é só aprender a ler, escrever e somar. Envolve muito mais do que isso. Hoje, quem conclui, por exemplo, um curso superior sem dominar uma língua estrangeira, está saindo meio analfabeto pro mundo. Não adianta dominar só a comunicação digital, mas, as linguagens, que são muitas. A educação vai ficando cada vez mais complexa. Para mim, talvez seja esse, o grande mote, que educação que nós queremos para essa sociedade que precisamos ter? Assim teremos os recursos necessários.

8-    O novo PNE assegura a construção do sistema nacional de educação e a organização desta, de forma sistêmica?

 

R: A partir da Emenda Constitucional N. 59, tráz o PNE para ser um eixo, a espinha dorsal do sistema nacional de educação. Por si só, o sistema vai acontecer, mas vai acontecer também, a partir do entendimento das atribuições de cada União, dos Estados e Municípios e das condições de realizar essas atribuições, que vão exigir pessoal, recursos materiais e financiamento, ou seja, uma infra-estrutura mínima.

9-    As metas e estratégias do novo PNE efetivamente garantirão a valorização dos profissionais da educação?

R: Ainda é um grande desafio à valorização do profissional de educação. Nós temos uma lei do piso nacional de 2009, que já preconizava que até dezembro daquele ano, todos os planos de carreira já deveriam ter sido aprovados e o PNE prorroga um pouco mais. A partir do plano da aprovação do PNE, os estados e municípios ainda terão mais três anos, ou seja, algo que já deveria ter sido aprovado, ainda vai se estender. O plano de carreira fortalece a profissionalização da docência e, além disso, a formação inicial e continuada. É preciso um grande debate com as universidades, no sentido de pensar uma formação para essas escolas, que nós precisamos hoje.

10 – Porque o PNE só fala em escola pública fazendo única referência às particulares na estratégia 7.35?

 

R: Não dá para se pensar que um PNE seja dirigido a uma parte do sistema, que é único, seja ele Estadual ou Municipal e quando você tem uma norma, é pra todos. Isso já é algo da história do plano. Se verificarmos a educação básica é prioritariamente pública, mas a educação superior é prioritariamente particular. Talvez devêssemos fazer um estudo mais aprofundado, porque se o sistema é único, as normas são para todos.

11    – Qual é o presente e o futuro da educação?

 

R: O futuro da educação é um futuro coletivo. Não adianta dizer que a União tem o dinheiro e é ela quem tem de fazer. Não adianta justificar que o município não tem o recurso e não vai fazer. Teremos que entrar num acordo nacional, porque o presente é o que está ai, e o PNE vem exatamente para mudar esse presente. Para que isso seja possível, precisamos de clareza do ponto de vista das atribuições, do acompanhamento das políticas públicas, com metas indicativas de quem responde pelo o quê e isso é fundamental.

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa do Sinpro Goiás