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IDH do Brasil é inferior à média da América Latina em Educação

O Relatório de Desenvolvimento Humano de 2013, divulgado nesta quinta-feira (23) pela Organização das Nações Unidas (ONU), informa que o Brasil está abaixo da média da América Latina em educação e expectativa de vida. O estudo das Nações Unidas calcula o Índice de Desenvolvimento Humano dos países com base em indicadores de educação, saúde e renda.

O Brasil avançou uma posição no ranking mundial em comparação com o ano anterior, passando do 80º lugar em 2012 (IDH de 0,742) para o 79º em 2013 (IDH 0,744) no ranking do desenvolvimento humano. O índice do Brasil coloca o país na faixa das nações com “elevado desenvolvimento humano”. O índice varia em uma escala de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, mais elevado é o IDH (veja tabela).

Apesar da melhora no ranking, os dados da ONU não revelam avanço significativo em educação e expectativa de vida. A média de estudo na América Latina é de 7,9 anos; no Brasil, 7,2 anos. O número é o mesmo desde 2010.

A coordenadora do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, Andreia Bolzon, minimizou o fato de os números permanecerem inalterados. Segundo ela, a ONU teve que usar dados mais antigos para a média de anos de estudo porque eram os números passíveis de serem comparados com a evolução dos demais países.

Segundo ela, levantamentos mais atuais revelam que o Brasil avançou para uma média de 7,6 anos de estudo, ainda abaixo, porém, da média da América Latina. A expectativa de vida do brasileiro teve um ligeiro aumento, de 73,7 anos em 2012 para 73,9 anos em 2013. Mas segue abaixo da média latino-americana, de 74,9 anos.

De acordo com o relatório das Nações Unidas, os países da América Latina com maior grau de desenvolvimento humano são Chile (41º no ranking), Cuba (44º) e Argentina (49º). Os três países são classificados como de “muito elevado desenvolvimento”.

Outros 29 países da região estão classificados como de “elevado desenvolvimento” ou “médio desenvolvimento”. Somente o Haiti permanece no grupo de “baixo desenvolvimento humano”.

Apesar desses indicadores, a melhora nos índices da América Latina desacelerou nos últimos anos.
De acordo com as Nações Unidas, o crescimento anual do IDH na região caiu pela metade nos últimos cinco anos em comparação com o crescimento verificado entre 2000 e 2010.

O relatório atribui a desaceleração à crise financeira internacional e sugere a criação de um Fundo Monetário Latino-Americano para completar reservas internacionais que servem de auxílio para países em situação de vulnerabilidade financeira.

De acordo com a ONU, 45 milhões de pessoas da América Latina e Caribe correm risco de cair na chamada “pobreza multidimensional”, quando há a carência de condições mínimas para a sobrevivência digna, como alimentos e saneamento básico.

Brasil se sairia melhor no IDH com dados atualizados, diz governo
Após a divulgação do Relatório de Desenvolvimento Humano de 2013 pela Organização das Nações Unidas (ONU), os ministros Tereza Campello (Desenvolvimento Social), Henrique Paim (Educação) e Arthur Chioro (Saúde) afirmaram nesta quinta-feira (24) que se os dados utilizados no levantamento fossem atualizados, a colocação do Brasil no ranking seria melhor.

Segundo os dados divulgados pela ONU, o Brasil avançou uma posição no ranking mundial em comparação com o ano anterior, passando do 80º lugar, em 2012 (IDH de 0,742), para o 79º (IDH 0,744) no ranking do desenvolvimento humano de 2013. O índice do Brasil coloca o país na faixa das nações com “elevado desenvolvimento humano”. O índice varia em uma escala de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, mais elevado é o IDH.

Titular do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campellox ponderou em entrevista coletiva nesta quinta-feira que se os dados levados em conta fossem compostos pelos números mais atualizados do governo federal, o Brasil estaria em 67º lugar. De acordo com o Executivo federal, a expectativa de vida ao nascer subiria de 73,9 para 74,8; e a escolaridade de 15,2 para 16,3.

“É importante reconhecer que o relatório faz tantos elogios ao Brasil que a gente vem melhorando, mas nós gostaríamos de fazer um exercício estatístico importante: se usássemos dados atualizados e se usássemos uma outra metodologia reconhecida mundialmente com as mesmas fontes o que a gente teria […] O que eu acho mais importante é discutir o nosso IDH, passaria de 0,744 para 0,764”, ressaltou Tereza Campello.

“A gente recebe o relatório de forma bastante confortável do ponto de vista dos dados e bastante animados do ponto de vista qualitativo porque o que o Brasil vem fazendo é reconhecido”, complementou.

Na área da educação, enquanto a média de estudo na América Latina é de 7,9 anos, no Brasil a média é de 7,2 anos. O número é o mesmo desde 2010. Na avaliação do ministro Henrique Paim, o país avançou “bastante” nas últimas décadas, quando se compara os dados da década de 1980 com os números atuais.

“Nós estamos satisfeitos com esses dados do relatório, mas é claro que o Brasil precisa trabalhar cada vez mais para melhorar todos os indicadores que estão sendo apresentados”, disse.

Dados do IBGE
Os três ministros destacados pelo governo federal para comentar os resultados do IDH de 2013 ressalvaram que a projeção de que o Brasil estaria em 67º lugar foi tomada com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Na avaliação da ministra do Desenvolvimento Social, o resultado do IDH divulgado pela ONU “não reflete o que aconteceu nos últimos quatro anos” no Brasil. “As fontes de informação são as mesmas, mas o que defendemos é que olhem os dados mais atualizados, de 2013, que nós temos e estão atualizadíssimos”, afirmou Tereza Campello.

 

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Fonte: Sinpro RS com informações do G1

 

 

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

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Preparatória para a Plenária Nacional de Educação

A Contee se reúne com as demais entidades nacionais que defendem o fortalecimento da educação pública, gratuita e de qualidade socialmente referenciada no próximo dia 25, na sede da CNTE/DF. Será uma reunião preparatória para a Plenária Nacional de Educação, promovida pelas entidades e marcada par os dias 19 e 20 de agosto, em Brasília. Trata-se de uma estratégia para reapresentar a pauta da educação no âmbito da disputa eleitoral – o que foi suprimido pelo adiamento da II Conferência Nacional de Educação (Conae). A agenda é uma reafirmação do que foi deliberado em fevereiro na reunião das entidades nacionais convocada pela Contee e aprovado em abril pela Diretoria Plena da Confederação.

Da reunião desta semana participarão representantes da CNTE, do Proifes-Federação, da UNE, da Ubes, da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, da Anped, da Anfope, da Anpae, do Cedes, do Forundir, da UBM, da CUT e da CTB.

Para a Contee, passada a sanção do Plano Nacional de Educação (PNE), a plenária será imprescindível para o acompanhamento e as definições de pautas importantes para a educação que devem ser pensadas, aprovadas e cumpridas. A Confederação também enfatiza que a organização e a participação das entidades em torno do debate são de suma importância para a consolidação de um projeto democrático e soberano para a educação do país.

 

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Fonte: Contee

 

 

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Campanha nacional contra o bullying nas escolas

A Comissão de Educação aprovou, na última quarta-feira, 16, proposta que obriga as escolas brasileiras a realizarem campanha contra o bullying. Pelo texto aprovado, as campanhas devem ser anuais, com duração de uma semana, na primeira quinzena de abril, em todos os estabelecimentos de ensino fundamental e médio.

Foi aprovado substitutivo do relator, deputado Glauber Braga (PSB-RJ) ao Projeto de Lei 6504/13, do deputado Dimas Fabiano (PP-MG). Braga fez mudanças de redação. Alterou, por exemplo, o conceito de bullying para “harmonizar” a proposta a um substitutivo global do deputado Jean Wyllys (Psol-RJ) a vários projetos sobre o assunto que tramitam na Casa.

De acordo com a proposta, caracteriza-se como bullying qualquer prática de violência física ou psicológica, intencional e repetitiva, entre pares, que ocorra sem motivação evidente, praticada por um indivíduo ou grupo de indivíduos, contra uma ou mais pessoas.

A prática deve ainda ter como objetivo intimidar, agredir fisicamente, isolar, humilhar, ou ambos, causando dano emocional ou físico à vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.

Legislação
Glauber Braga ressalta que vários entes da federação já contam com legislação sobre o tema. Caso do Rio de Janeiro (estado e município), Santa Catarina, Ceará, Distrito Federal, município de São Paulo e Rio Grande do Sul.

Conforme o deputado, todas essas leis têm em comum o foco na conscientização. Mesmo objetivo, segundo diz, das propostas em tramitação na Casa. “É bem-vinda toda e qualquer estratégia destinada a incentivar a tolerância, a promover o respeito mútuo e a combater estereótipos e preconceitos”, defende.

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Fonte: Sinpro RS / Agência Câmara

 

 

 

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MEC estuda nova política nacional em escolas

O Ministério da Educação (MEC) estuda criar uma política nacional de conteúdos digitais para as escolas. A secretária de Educação Básica do MEC, Maria Beatriz Luce, adiantou que a ideia é incentivar as universidades a produzir esses conteúdos.

“O nosso foco é pensar como podemos estimular as universidades, estudantes universitários, grupos de pesquisa para desenvolver esses conteúdos”, disse Beatriz. O MEC trabalha em conjunto com outros ministérios como o da Ciência, Tecnologia e Inovação e o do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. “Creio que não será complicado avançarmos bastante nos próximos meses. Espero que sim”, disse ela.

Para a secretária, o ensino precisa de inovações; de desenvolvimento científico e tecnológico. “Precisamos trabalhar na formação de pessoas e fomentar o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação no campo da educação. Pensar não apenas na aquisição (de conteúdos digitais), mas principalmente em fomentar o desenvolvimento de produtos que cheguem à escola”, disse.

Para que isso seja feito, a secretária destaca a necessidade de mais recursos, o que já está previsto no Plano Nacional de Educação (PNE), que deve ser sancionado até a próxima semana. A questão esbarra, contudo, em uma política curricular para o país: “Teremos que ter como referência a legislação vigente. Vamos ter que avaliar essas tecnologias para aquiri-las para nossas escolas”, ressaltou. Outra questão, segundo ela, é a expansão do uso de tecnologias digitais para a formação de professores da educação básica.

SAIBA MAIS

Plataforma oferece plano de estudo individual para Enem

Beatriz participou do lançamento do projeto Geekie Games. Na ocasião, o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Chico Soares, ressaltou a necessidade do uso dos conteúdos digitais: “Os jovens e as crianças de hoje já foram criados em outro ambiente, da máquina, do computador. Precisamos de ferramentas novas.”

Sobre a entrega de tablets para os professores dos anos finais do ensino fundamental, do 6º ao 9º ano, anunciada no ano passado pelo então ministro da Educação, Aloizio Mercadante, Beatriz diz não ter conhecimento sobre quando isso será feito. “Que eu tenha conhecimento, não (vai ser feita essa ano)”, destacou.

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Fonte: Portal MEC

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Jornada digna, remuneração justa e direito ao descanso

Recentemente, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou pesquisa, compartilhada pelo Portal da Contee, sobre a desvalorização dos professores e professoras brasileiros. Segundo o levantamento, os docentes do país estão entre os que mais trabalham no mundo, sendo que, só em sala de aula, a jornada no Brasil gira em torno de 25 horas semanais contra 19 horas na média dos países entrevistados.

Não se trata de uma realidade restrita à rede pública. Pelo contrário. No setor privado, conforme já denunciado diversas vezes pela Contee e por suas entidades filiadas, os professores e professoras convivem cada vez mais com jornadas exaustivas necessárias para a complementação salarial – uma vez que a maior parte da categoria trabalha como horista – e com o acúmulo de atividades extraclasse, muitas vezes não remuneradas e que sugam o tempo que deveria ser destinado ao lazer e ao descanso, contribuindo ainda pelo aumento das taxas de adoecimento entre os educadores e educadoras.

A situação é tão grave que, no ano passado, a Contee e as entidades filiadas lançaram a campanha do Domingo de Greve, uma forma “irônica” de denunciar o quanto os docentes, além de suas dezenas de horas-aula, sofrem com o excesso de trabalho a ser feito fora da classe. O Domingo de Greve foi realizado em outubro do ano passado, mas a luta em defesa de uma jornada de trabalho digna, uma remuneração justa e do direito ao descanso continuam sendo prioridades da Confederação e das entidades filiadas, diariamente.

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Fonte: Contee

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Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

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Buffet para eventos e salgadinhos com desconto é na Dom Mascavo

REI DO SALGADO (1)

Há mais de dezoito anos no mercado, com cuidado e critérios rigorosos na escolha dos ingredientes e fornecedores de matérias-primas, no treinamento de funcionários e na grande variedade de opções de cardápio, o Buffet Dom Mascavo, tem como principal objetivo, oferecer o que há de melhor em matéria de conforto, serviços e atendimento personalizado para todo os tipos de eventos (em empresas, feiras, stands, formaturas, casamentos, clubes, concessionárias, lançamentos de produtos, reveillon, aniversários, batizados, churrascos, confraternizações).

Além dos serviços de Buffet para eventos, vendemos salgadinhos para festas, quitandas, tortas doce e de sal.

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Associados (as) e funcionários (as) do Sinpro Goiás e seus dependentes tem 10%  em salgadinhos para festas e também, 10% na contratação de buffet para eventos.

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Confira: www.dommascavo.com.br

 

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BUFFET DOM MASCAVO

End: rua 9 A Nº429 Setor Aeroporto – Goiânia

Telefones: (62) 3941-7292/ 3229-0099

Facebook: Buffet Dom Mascavo

 

 

 

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

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Sinpro Goiás assina parceria com Thermas di Roma Hotel Clube, em Caldas Novas

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O Sindicato dos Professores do Estado de Goiás (Sinpro Goiás) assinou no final desta manhã de quarta-feira, convênio com a Thermas Di Roma Hotel Clube, que a partir de hoje, concede aos associados (as), funcionários (as) do Sinpro Goiás e seus dependentes, 10% de desconto (em alta temporada) e 20 % de desconto (em baixa temporada).

Aproveite o melhor de Caldas Novas no Grupo diRoma, o maior e melhor grupo hoteleiro da região Centro Oeste. São opções infinitas de lazer e diversão para toda família. Muito lazer nas incríveis piscinas de águas termais onde você vai poder relaxar e renovar suas energias.

A criançada vai se divertir muito com os incríveis toboáguas e as mais incríveis aventuras por todo nosso complexo, atividades voltadas especialmente para divertir e proporcionar horas de muita alegria para toda turma.

Para quem procura descanso, os hotéis do Grupo diRoma tem muito espaço e uma natureza maravilhosa, cheia de vida e verde. Lá, você poderá renovar sua energias e descansar. No Grupo diRoma o seu único compromisso é não ter compromisso com nada, tudo foi feito para que você é sua família tenha uma estada inesquecível e cheia de boas recordações.

A rede conta com nove hotéis: Thermas diRoma, Império Romano, Di Roma Exclusive, Villas diRoma, diRoma Resort, diRoma Fiori, Hotel Roma, diRoma Rio Quente, L’acqua diRoma.

 

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*Os descontos são válidos somente para tarifa balcão e mediante a apresentação da carteirinha do Sinpro Goiás.

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Confira: Tarifário Balcão 2014

Tarifário Balcão 2015

 

*Valores não são fixos, alterados conforme deliberação da Diretoria das empresas.

 

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Conheça Grupo diRoma: www.diroma.com.br

 

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Central de Reservas | Hotéis diRoma

Fone:(64) 3455-9393 | Ramal 3822

TOOL FREE: 0800 648 9800

E-mail: reservas@diroma.com.br

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

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Girafa brinquedos é a mais nova parceira do Sinpro Goiás

GIRAFA LOGO

Inaugurada em 1º de julho de 2010, a Girafa brinquedos, dispõe de uma grande variedade de produtos, fabricados com a mais alta tecnologia e durabilidade.

Visando sempre o conforto do cliente, a Girafa brinquedos trabalha com uma equipe de profissionais que priorizam o atendimento personalizado, ou seja, vão até os clientes para ouvir quais são as suas reais necessidades, e assim, ganhar não apenas um cliente, mais um amigo.

Na Girafa brinquedos, associados (as) e funcionários (as) do Sinpro Goiás e seus dependentes tem 10% de desconto (cartão de débito e crédito (sem parcelamento) em: playground, pedagógicos, grama sintética, piscina de bolinha, tatames, pisos em eva e muito mais.

Confira: www.girafabrinquedos.com.br

Girafa brinquedos

End.: Av. Mutirão, nº 2014, Qd. 58, Lt. 51, St. Bueno

Fone: (62) 3087-3990

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

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A magia do futebol: símbolo universal da confraternização

A maravilhosa canção “Volver a los diecisiete”, da cantora chilena Violeta Parra – difundida ao mundo pela magnífica cantora argentina Mercedes Sosa, que fez de sua imortal voz, por toda a sua vida, um portentoso brado contra as injustiças sociais, de lá, de cá e de alhures –, legou a todas as gerações, de sua época, do presente e do futuro, uma  inapagável lição de amor, notadamente com as mágicas palavras que dizem: “O que puede el sentimiento no ha podido el saber/Ni el más claro proceder, ni el más ancho pensamiento/Todo lo cambia al momento cual mago condescendiente/Nos aleja dulcemente de rencores y violências/ Solo el amor con su ciencia nos vuelve tan inocentes” (que, com tradução livre, significam: “O que pode o sentimento (amor)/ Não o pode o conhecimento/Nem o mais amplo pensamento/Tudo se transforma em momento mágico e de pureza/ Nos afastando, docemente, de rancores e violências/ Só o amor, com a sua ciência, nos torna puros”).

Essas palavras, que devem ser ouvidas e refletidas com os ouvidos da mente, e não apenas do corpo – parafraseando o escritor inglês Charles Dickens, que dizia isto da poesia –, não comportam protestos e oposições, pois falam por si mesmas, silenciosamente, pelos séculos sem fim.

Mas também o futebol possui essa contagiante magia, que confraterniza, sem rancor e sem violência, todos os povos do mundo, principalmente durante as copas, que se realizam a cada quatro anos.

As mágicas integração e confraternização dos povos, durante a Copa do Mundo, representam a negação absoluta das relações desenvolvidas pelos governantes, no cotidiano, que contém muito de interesses econômicos e pouco de sinceras cooperação e integração.

Há pequenos gestos, ao longo de uma Copa do Mundo, que encerram, em si, o universo da tão sonhada paz mundial, assim como o DNA em relação à vida humana.

Esses pequenos gestos, por sua grandeza e alcance, são, indiscutivelmente, transcendentes e eternos, pelo seu simbolismo.

Vão, aqui, alguns deles. O primeiro ocorreu na copa de 1970, no México, a primeira transmitida para o Brasil, ainda em preto e branco. Os povos presentes no Estádio Asteca no jogo final entre Brasil e Itália desfraldaram uma enorme bandeira, com a seguinte mensagem: “Mexico campeon mundial del amistad” (“México, campeão mundial de amizade).

O segundo teve lugar na copa de 1974, na Alemanha – a primeira transmitida em cores para o Brasil –, ao final do jogo entre Brasil e Holanda, que fizeram uma das semifinais e que terminou com a vitória da Holanda, por dois a zero. O capitão do time holandês, Rud Krol, atravessou o todo o gramado e, após abraçar o lateral esquerdo Marinho Chagas – recém-falecido –, levantou-lhe o braço e pediu a todas as torcidas que o aplaudissem, como reconhecimento pelo seu belíssimo futebol e como belo gesto de amizade.

O terceiro deu-se em 1998, na fatídica final entre Brasil e França, quando o placar já era de três a zero para esta. O meia Rivaldo preferiu jogar a bola para a lateral para permitir o socorro médico a um jogador francês a tentar fazer o gol, em lance com real potencial para isso. Isso lhe valeu a inaceitável crítica de alguns de seus companheiros e de parte da imprensa esportiva.

O quarto é de agora, da Copa de 2014, e foi produzido pelo vibrante, dedicado e não raras vezes estabanado zagueiro brasileiro David Luiz, que, logo após o encerramento do jogo entre Brasil e Colômbia, não só abraçou e consolou o jogador colombiano James Rodriguez, que chorava copiosamente, como, repetindo a citada iniciativa de Rud Krol, levantou-lhe o braço e pediu a todas as torcidas que o aplaudissem.

O quinto também é da Copa de agora e produzido pela Seleção da Alemanha, que, à semelhança dos antigos samurais – os quais repudiavam a humilhação do adversário que enfrentavam em mortal combate –, recusou-se, terminantemente, a menosprezar e a humilhar a “Seleção Brasileira”, tratando-a com respeito, que ela mesma não se deu, durante os mais de 90 minutos de jogo de um time só – o da Alemanha, é claro.

O sexto, igualmente, é desta Copa e foi protagonizado pela Seleção da Holanda ao final do jogo em que ela abateu a pálida “Seleção do Brasil”. Enquanto os jogadores desta preferiram correr para os vestiários, como se fugissem de si mesmos, os jogadores holandeses, numa incontestável demonstração de respeito, de esportividade e de magnanimidade, percorreram todo o campo, aplaudindo a torcida brasileira, e, para coroá-la, o grande jogador Van Persie retirou a sua braçadeira de capitão do time e deu-a a um torcedor, como a dizer ao Brasil que, apesar da indignidade de sua “Seleção”, o seu povo é inigualável e é campeão mundial de simpatia, de acolhimento e de sincera e despretensiosa amizade.

Por último, merece especial destaque o magnifico espetáculo de civismo e de anfitriã do mundo proporcionado pela nação brasileira, mais uma vez contrariando os sombrios prognósticos dos semeadores da cizânia e do caos. Essa condição não foi, não é e não será jamais maculada pelo vexame da “Seleção Brasileira”, que pôs a alma de todos os 200 milhões de brasileiros de joelhos, por não se sabe quanto tempo; bem assim, pela impensada e repugnante iniciativa de se vaiar o hino chileno, no jogo com o Brasil.

Tudo isso faz do futebol o maior dos esportes e, mais uma vez, repita-se, o símbolo universal da confraternização e mola propulsora da efetiva construção da tão sonhada paz, não a do silêncio ou das armas, mas, a verdadeira, aquela que, parafraseando o poeta amazônico Thiago de Mello em seu monumental poema “Os estatutos do homem”, no Artigo Segundo, diz que fica decretado que  todos os dias da semana, inclusive as terças-feiras mais cinzentas, tem o direito de converter-se em manhãs de domingo – o que nada mais é do que a concretização das musicadas palavras de Violeta Parra que abrem estas singelas considerações.

Ah! Como seria bom e promissor se os governantes e os detentores do poder econômico tivessem a sensibilidade de escutar a universal linguagem do futebol.

Com certeza, um dia, não muito distante, assim será.

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José Geraldo de Santana Oliveira

Assessor Jurídico do Sinpro Goiás, da Fitrae-BC, Fitrae MTMS, Sintrae-MS, Sintrae-MT, Sinpro Pernambuco, Consultor Jurídico da Contee e Assessor Jurídico do Sinditransporte

Presidente do Conselho Estadual de Educação de Goiás (2005 a 2007 / 2011 a 2013)