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Professora de educação infantil avalia o Curso de Formação Continuada

Pedagoga, especialista em docência universitária e neuropedagoga, a Prof.ª Mônica Anastácio da Silva, natural de Rialma-Go, faz avaliações do Curso de Formação Continuada, realizado nos dias 12, 13, 19 e 20 de setembro, no auditório da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás (UFG), pelo Sindicato dos Professores do Estado de Goiás (Sinpro Goiás), a União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação, seção Goiás (UNCME-GOIÁS), o Conselho Municipal de Educação de Goiânia (CME de Goiânia), com o apoio da Federação Interestadual dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino do Brasil Central (Fitrae-BC) e do Instituto Lato Sensu. Ela atua na educação infantil, com crianças de quatro anos.

 

Qual a avaliação que você faz do curso?

R: O curso foi de grande relevância para nós, professores, que trabalhamos com educação infantil. O tema foi muito pertinente para nossa formação  contribuindo de forma positiva em nossa prática educativa. O espaço foi suficiente, as instalações e a organização geral do evento, também, estavam bem organizadas e agradáveis, o que contribuiu para a realização do evento com sucesso.

Qual a importância do Curso de Formação Continuada para o desenvolvimento do trabalho docente na educação infantil?

R:Pensando em nosso dia a dia, em nossa prática pedagógica, o curso veio acrescentar em nossa formação, contribuindo com o desenvolvimento e prática do professor. A formação continuada é muito importante, nos auxilia  no aprimoramento e reflexão do trabalho. O curso “Identidade e desafios”, na educação infantil, foi muito positivo, onde a partir das palestras e minicursos, tivemos a oportunidade de trocar experiências, dialogar e debater sobre métodos eficazes relativos ao processo educativo.

Qual a relevância dos temas abordados?

Nos cursos ministrados, foram abordados variados temas de grande relevância para nossa prática educativa, “Formação de professores na educação infantil”, “Educação infantil: desafios na construção da identidade pedagógica”, entre outros. Todos foram adequados e de grande valia para  a educação infantil e seu desenvolvimento.

Sabemos que o processo educativo é complexo e precisamos estar sempre aprimorando nossos conhecimentos para acompanhar as mudanças e desafios da educação. O professor precisa ser um investigador e pesquisador no decorrer da sua vida profissional. Quando temos a oportunidade de participar de cursos e palestras, temos que aproveitar para incrementar nossas experiências profissionais. Foi também realizada uma roda de conversa sobre Direitos Trabalhistas, de grande importância para relembrar-nos dos nossos direitos.

Na minha opinião, todos os temas foram muito pertinentes. O minicurso em que participei foi maravilhoso, com o tema “Brinquedos e brincadeiras na educação infantil”. Foi um momento em que trocamos experiências, ideias e contribuições, sendo muito animado e dinâmico. Aprendemos muito e com certeza todos nós, participantes, ampliaremos nossa prática pedagógica e colocaremos em prática os aprendizados.

 

Qual a importância da interação da entidade com os professores, quanto aos aspectos pedagógicos e dos direitos trabalhistas, ambos abordados?

R: Acredito que para ter um bom trabalho em uma instituição, precisamos ter coerência e clareza em relação aos direitos e deveres de cada membro, a partir desse quesito podemos realizar um bom trabalho na instituição.

O curso de formação continuada proporcionou momentos de aprendizado e reflexão nos dois aspectos, tanto pedagógicos quanto direitos trabalhistas, mostrando que o professor pode ser um mediador desse processo de ensino, sendo um transformador na construção dessa identidade, tanto da criança quanto da instituição, pois a criança tem como espelho no ambiente escolar, o professor e temos que ser agentes modificadores desse processo, trabalhando para que essas crianças se desenvolvam de forma integral.

 

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunicação do Sinpro Goiás

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Honraria à ex-diretora da Contee Celina Arêas

celinaO Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais (TRT-MG) – 3ª Região concedeu a Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho Ari Rocha para Celina Alves Padilha Arêas, dirigente do Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro Minas) e da CTB nacional. Celina foi diretora de Comunicação Social da Contee por duas gestões – de 1997 a 2000 e de 2000 a 2003 – e também diretora de Assuntos Educacionais por uma gestão, de 2006 a 2009.

A solenidade de entrega do título (para convidados) será hoje (23), às 17h, no Centro Cultural Banco do Brasil (Praça da Liberdade, 450, centro de Belo Horizonte). A honraria foi criada em 2000 pelo TRT-MG para ressaltar a atuação de pessoas e entidades que se destacam a cada ano na defesa dos direitos trabalhistas e da paz social. Para comemorar, o Sinpro Minas realizará um coquetel às 19h na sede do sindicato.

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Fonte: Contee com informações da CTB
Foto: Sinpro Minas

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

 

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Substituição de delegados(as) e registro de suplentes deve ser feita até o dia 30

Termina na próxima terça-feira (30) o prazo dado pela Comissão Especial de Mobilização e Divulgação do Fórum Nacional de Educação (FNE) para atualização e substituição de delegados(as) da etapa nacional da Conferência Nacional de Educação (Conae/2014). Para que isso seja feito, o Sistema Eventos do MEC continuará aberto até a data final do prazo. Segundo a assessoria do FNE, a decisão segue o que foi acordado em deliberação do Pleno do FNE no dia 7 de sete de agosto e comunicado aos representantes dos fóruns estaduais de educação (FEEs) durante o 5º Encontro do FNE com os FEEs, no dia 8 de agosto.

Assim, a Contee ressalta a necessidade da realização do cadastramento, no Sistema Eventos, dos(as) suplentes de delegados(as) eleitos(as) nos estados, quando for o caso, impreterivelmente até o próximo dia 30. É importante também que todos atualizem seus dados, tais como o endereço residencial completo, se for o caso, para o procedimento da emissão de passagem aérea para a Conae/2014.

A etapa nacional da Conferência será realizada do dia 19 ao dia 23 de novembro, em Brasília. A Contee reafirma a importância da Conae como espaço privilegiado para fortalecer os instrumentos de controle social da educação e para assegurar a implementação do Sistema Nacional de Educação.

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Acesse o site da Conae/2014 para outras informações

 

 

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Fonte: Contee – com informações do FNE

 

 

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

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Educação Inclusiva ainda tem 140 mil jovens fora das escolas

No país, cerca de 140 mil crianças e jovens estão fora da escola devido a deficiência, transtornos de desenvolvimento, autismo e superdotação, segundo levantamento na base de dados dos que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) na Escola e têm até 18 anos. A discussão sobre garantir o direito à educação inclusiva a todos os que têm deficiência é tema da Semana de Ação Mundial, que ocorre entre 21 e 27 de setembro e este ano tem como tema o Direito à Educação Inclusiva – Por Uma Escola e Um Mundo para Todos. Como parte das atividades da semana, um seminário foi realizado hoje (23), em Brasília.

A coordenadora executiva da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Iracema Nascimento, avalia que houve avanços significativos na inclusão das pessoas com deficiência nas escolas. No entanto, diz que, para ampliar os resultados do trabalho e garantir as matrículas das pessoas com deficiência em escolas regulares, é preciso superar fatores como a falta de estrutura escolar e também ampliar a qualificação de professores e vencer a resistência de famílias. “ Às vezes, há resistência até das famílias, que ficam temerosas de que suas crianças sejam maltratadas”, disse Iracema.

Dados da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, obtidos a partir do Censo Escolar de 2013, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), apontam que apenas 6% dos professores que atuam na educação básica têm formação continuada específica em educação especial de, no mínimo, 80 horas.

Mãe de um adolescente com paralisia cerebral, Keila Chaves fundou o Centro de Apoio a Mães dos Portadores de Eficiência (Campe). Ela relata que enfrentou dificuldades para matricular o filho em escola regular. Segundo ela, é fundamental que as famílias se mobilizem e busquem informações para garantir o direito à educação inclusiva. “Não sabíamos que a educação era um direito. Quando eu chegava na escola atrás de vaga, a resposta era que lá não era lugar para o meu filho, que a escola não estava preparada. Eu até começava a me condenar por buscar isso para ele”, relata.

Keila conta que sua percepção sobre o direito à educação mudou quando ela tomou conhecimento da Declaração de Salamanca, que trata dos princípios, política e práticas em educação especial. A declaração foi aprovada em 1994 na Conferência Mundial de Necessidades Educacionais Especiais, na Espanha, por representantes de 88 países e 25 organizações internacionais. O documento garante aos portadores de deficiência física o ingresso no ensino regular.

A coordenadora-geral de Articulação da Política de Inclusão no Sistema de Ensino da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão, do Ministério da Educação, Suzana Maria Brainer, destaca que os avanços da inclusão dos deficientes na educação são crescentes. Ela ressalta que, embora 140 mil jovens e crianças de até 18 anos que recebem o BPC na Escola ainda estejam fora da sala de aula, esse número chegava a 374 mil em 2007, quando o BPC foi criado.

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Fonte: Da Agência Brasil / Contee

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

 

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ProUni cria oportunidades, mas tem distorções a superar

A reportagem da Rede Brasil Atual entrevistou a coordenadora-geral da Contee, Madalena Guasco Peixoto

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Programa promoveu inclusão de jovens no ensino superior, mas a renúncia fiscal em troca das bolsas beneficia instituições de baixa qualidade e ainda falta acesso a cursos concorridos

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São Paulo – Criado pela Medida Provisória nº 213, de 2004, e institucionalizado pela Lei nº 11.096, de janeiro de 2005, o Programa Universidade para Todos (ProUni) é uma política de ação afirmativa conjugada à renúncia fiscal federal de parte dos tributos cobrados de instituições de ensino superior que, como contrapartida, concedem bolsas.

Em dez anos, o programa beneficiou 1,4 milhão de estudantes com bolsas integrais ou de 50%, em cursos de graduação em universidades privadas. Podem participar estudantes egressos do ensino básico público ou que estudaram na rede particular com bolsa integral, que tenham renda familiar per capita de, no máximo, três salários mínimos.

Entre 2005 e 2013 foi concedido 1,27 milhão de bolsas, sendo 69% integrais e 31% parciais. Do total, 86% foram destinadas a cursos presenciais, sendo 74% para o ensino noturno. De acordo com o MEC, metade dos prounistas é de negros. Só em 2014 foram oferecidas bolsas de 25.900 cursos universitários em todo o país.

Formada em 2008 pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, na primeira turma de bolsistas do Prouni, a jornalista Elisangela Fernandes, de 32 anos, comemora. “Às vezes, minha mãe me fala ‘você nem parece que é filha de pobre!’ E aí eu explico que não é isso. É que tive a oportunidade de acessar outras coisas que até entrar na universidade não faziam parte do meu cotidiano. Isso criou uma nova forma de me relacionar com o mundo”, conta.

Filha de imigrantes nordestinos que não chegaram a concluir o ensino fundamental, criada no Itaim Paulista, na zona leste de São Paulo, Elisangela sempre estudou em escola pública. Como os pais não tinham condições de pagar faculdade particular, foi fazer curso técnico de contabilidade. Começou a trabalhar durante o dia e estudar num cursinho à noite para disputar a entrada na USP.

“Até começarem as aulas, eu achava que entrar na universidade só dependia de mim e do meu esforço, mas quando vi que o que as pessoas estavam revisando eu nunca tinha aprendido, percebi que não ia disputar em pé de igualdade”, afirma. No final de 2004, foi aprovada em jornalismo na PUC-SP com a nota do Enem e se tornou a primeira pessoa da família a entrar na universidade. Hoje, a situação mudou: o irmão mais novo e alguns primos, inclusive que ainda moram no Nordeste, cursam o ensino superior.

“A princípio, eu não queria ir, porque não concordava com esse modelo. Aí percebi que poderia perder tempo”, conta. “Se não fosse o ProUni, talvez eu tivesse feito cursinho por cinco anos até entrar na USP, entraria mais velha na universidade e isso poderia ter impactado na minha carreira. Ou me cansaria, e deixaria meu sonho de lado.”

Elisangela: O Prouni permite que os mais pobres tenham acesso a carreiras não tão populares. Então,é preciso reservasr cotas de vagas nos cursos mais concorridos, como Medicina e Engenharia”

Contudo, uma das críticas ao programa é o baixo número de vagas em cursos mais concorridos, tradicionalmente de elite, como Medicina e Engenharia. “O ProUni permite que os mais pobres tenham acesso a carreiras não tão populares, mas então é preciso reservar uma cota de vagas nos cursos”, reivindica Elisangela.

No primeiro semestre de 2014, o curso com maior número de bolsas do ProUni foi Administração (21.252), seguida de Pedagogia (14.773) e Direito (13.794), segundo o MEC. Para Medicina, foram apenas 639.

Colega de turma de Elisangela, o jornalista Alexandre Garcia também estudou em escola pública, na Vila Matilde, zona leste, vem de família com baixa escolaridade e ingressou na universidade pelo bom rendimento no Enem. “Depois da escola, minha perspectiva era só trabalhar. Eu nem esperava fazer faculdade, tanto que levou dez anos até eu ir para o cursinho”, conta.

“É natural que os próprios bolsistas fiquem críticos ao programa. Não acredito que seja o modelo ideal porque estamos financiando faculdades privadas com dinheiro público e não acelerarão a criação de vagas nas universidades públicas. Mas as pessoas estão aí, com seus projetos de vida. É uma distorção que a gente cria para poder incluir. É só pensar o que representa o ensino superior para as pessoas das classes D e E, tanto em termos financeiros quanto nas suas visões de mundo”, avalia.

No entanto, ele acredita que o programa deveria oferecer as bolsas em faculdades particulares de qualidade. “Às vezes, vemos grupos enormes, que têm milhões de alunos, com muitas bolsas do ProUnii. Será que eles ainda precisam desse guarda-chuva?”

Elisangela concorda. “Se o prounista entra em uma faculdade ruim, ele não vai ter acesso à pesquisa, a bons professores e a todo o potencial que poderia desenvolver. E estamos falando de impostos que o governo deixa de receber para melhorar a educação. Optou-se por oferecer as bolsas no ensino privado porque é preciso compensar a privação de direitos que aconteceu, mas tem de ser com qualidade. Faculdades que não fazem pesquisa, que não têm professores com dedicação exclusiva, que têm bibliotecas ruins e grades curriculares mal formuladas não podem receber dinheiro público.”

Revolução

“O ProUni significou uma revolução no acesso à universidade no Brasil, porque colocou, pela primeira vez na história, milhões de pessoas no ensino superior, em uma tacada só. Levou para a faculdade os negros, os pobres e os estudantes de escolas públicas. O programa é uma conquista da luta da periferia”, avalia Sérgio Custódio, do Movimento dos Sem Universidade.

Alexandre: “Não é o modelo ideal, porque estamos financiando faculdades privadas com dinheiro público. Mas as pessoas estão aí, com seus projetos de vida”

“Vários educadores clássicos apontam que o capital cultural é um dos de mais difícil aquisição pelas camadas populares. A classe C está feliz com o programa, mas ficaria mais se ele fosse articulado com outras ações.”

Para Frei David, religioso franciscano e coordenador da organização Educafro, o país precisa também garantir, em lei, o auxílio financeiro para que os bolsistas consigam arcar com parte das despesas pessoais enquanto estudam, em especial nos cursos integrais. “Pedimos aos principais candidatos à presidência que incluam em seus programas de governo a garantia de bolsa moradia e alimentação para todos os bolsistas do ProUni e das cotas sociais, para as famílias de renda inferior a um salário mínimo e meio. Isso não está em nenhum dos programas de governo.”

Controle

Segundo o MEC, o controle social do programa é feito pela Comissão Nacional de Acompanhamento do ProUni (Conap), pelas Comissões Locais de Acompanhamento do ProUni (Colaps) e pelo ministério. Os órgãos controlam se a universidade está em dia com a situação fiscal e se cumpre as regras do programa. Sobre os bolsistas, monitoram se, de fato, não têm curso superior concluído, se não tem vínculo com universidade pública e se estão dentro da faixa de renda do programa. Desde 2009, foram cortadas 23.407 bolsas por irregularidades. Não foi divulgado quantas faculdades foram descredenciadas.

Diferentemente do ProUni, o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), destinado a financiar a graduação, é alvo de críticas mais severas. A principal delas é a falta de critérios que garantam o benefício apenas para os estudantes de baixa renda. “Qualquer rico de faculdade particular, ao invés de pagar a mensalidade, pode pegar o Fies, guardar o dinheiro dele na caderneta de poupança e lucrar com isso. O Fies não está sendo responsável com o Brasil e hoje é acessado mais pela classe média do que por pobre”, observa Frei David.

Custódio, dos Sem Universidade, concorda. “O Fies é o resquício de uma política de financiamento estudantil que se instaurou na ditadura militar. Ele é bom para quem? Para os donos das universidades que têm um caixa com risco zero pago pelo Estado”, questiona. “Nós estamos em uma realidade de financeirização da educação. Os grupos que dominam o ensino superior pegam a laço as pessoas e fazem elas assinarem contratos com letras pequenas do Fies. Quando vão ver, percebem que o financiamento não vale a pena e evadem, desistem ou acabam caindo no Serasa, enquanto o dinheiro dos donos das universidades está garantido”, ressalta.

Em 2010, o Fies passou a funcionar em novo formato. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) passou a ser o agente operador do programa e os juros caíram para 3,4% ao ano. Além disso, passou a ser permitido ao estudante solicitar o financiamento em qualquer período do ano.

“Os recursos do Fies deveriam migrar para o ProUni”, sugere Custódio. “Essas várias gerações do ProUni nos mostram que é possível realizar sonhos neste país, mas nós, da classe C, queremos muito mais agora. Queremos estudar no exterior, queremos acesso à tecnologia de ponta, queremos fazer pós-graduação, mestrado e doutorado. A ciranda viva do sonho tem que continuar porque já fizemos ele virar realidade uma vez, quando saímos do Jardim Ângela (extremo sul de São Paulo), do Morro da Mangueira (favela carioca) e do sertão nordestino e chegamos na universidade”, conclui.

Grupos estrangeiros avançam no mercado de ensino privado

O Censo Escolar do MEC de 2011, divulgado em 2013, indica que das 2.365 instituições brasileiras que participaram do levantamento, 88% são particulares, praticamente o mesmo percentual do ano anterior. Entre as dez maiores em números de matrículas de graduação, nove são privadas.

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, em 2013, estavam na rede privada 74,6% dos estudantes, taxa igual à do ano anterior, que aumentou em comparação a 2011, que era de 73,2%. O negócio da educação, crescente, não é acompanhado pela qualidade do ensino oferecido e pouco fiscalizado.

Um levantamento da Consultoria Hoper, baseado em dados de 2013, aponta um crescimento de 30% no faturamento do setor nos dois anos anteriores, que passou de R$ 24,7 bilhões para R$ 32 bilhões. Conforme a consultoria, estão matriculados hoje no ensino superior privado 5 milhões de alunos.

Atraídos pelo tamanho da população fora da faculdade – entre os brasileiros com idades entre 18 e 24 anos, apenas 14% está incluída – e pelas garantias proporcionadas por programas como o ProUni e o Fies, investidores internacionais têm comprado universidades brasileiras.

No final de junho, o grupo Kroton comprou o Anhanguera. A fusão criou a maior empresa brasileira no setor, avaliada em R$ 22 bilhões, com 1 milhão de alunos matriculados.

Agora, está em estudos a venda de cinco das oito universidades da Igreja Metodista, entre elas a conceituada Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep), para grupos constituídos pela norte-americana Laureate, que já tem mais de uma dezena de instituições no Brasil, entre elas a FMU e a Anhembi-Morumbi.

“Tratam-se de grupos empresariais, para os quais a educação é um negócio lucrativo. E quando deixa de ser, eles vendem e quem sai prejudicado são os alunos”, aponta Madalena Guasco Peixoto, coordenadora-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee).

Esse tipo de negócio bilionário, conforme a Contee, oferece prejuízos à qualidade dos cursos, aos trabalhadores e aos estudantes. Segundo Madalena, corporações de capital aberto, negociado em bolsas de valores, lançam mão de diversas estratégias para aumentar os lucros e valorizar as ações. “Para resolver essa equação e cortar custos, demitem professores com doutorado e mestrado, que têm melhores salários, e os substituem por professores com menor remuneração, e juntam várias turmas em uma só, entre outras estratégias”, disse.

A Contee defende a aprovação do Projeto de Lei n° 4372/2012, que cria o Instituto Nacional de Supervisão e Avaliação da Educação Superior (Insaes). A autarquia federal, com autonomia administrativa e financeira, estará vinculada ao Ministério da Educação e terá a incumbência de supervisionar, avaliar e certificar instituições de educação superior e cursos de educação. O projeto tramita na Câmara dos Deputados.

 

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Fonte: Rede Brasil Atual / Cida de Oliveira e Sarah Fernandes

 

 

 

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

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Setor de ensino perde do Ibovespa

 

 

 

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Fonte: Contee

 

 

 

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

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CNTE lança caderno com avaliação do Plano Nacional de Educação

A sanção da Lei nº 13.005, publicada em edição extra do Diário Oficial da União do dia 26 de junho de 2014, é fruto de árdua luta da sociedade por um Plano Nacional de Educação (PNE) que responda às demandas urgentes da educação (pública) brasileira. Contudo, há entraves e armadilhas no PNE que podem minar sua capacidade de consecução das metas, sendo, portanto, papel do Caderno de Educação produzido pela CNTE esclarecer e contribuir com a mobilização social para a defesa da escola pública, universal, gratuita, laica, democrática e de qualidade socialmente referenciada. Confira a publicação completa aqui.

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

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Coletiva divulga resultado do Plebiscito Constituinte

Presidente da CUT, Vagner Freitas, e João Paulo Rodrigues, do MST, divulgam resultado da campanha; evento terá transmissão ao vivo

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Ramiro Furquim – Sul/21Milhares de pessoas participaram da votação que aconteceu entre 1º e 7 de setembro.
Nesta quarta-feira (24), o presidente da CUT, Vagner Freitas, e um dos coordenadores nacionais do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Paulo Rodrigues, realizam uma coletiva de imprensa para divulgar o resultado final do Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político.

A coletiva será às 14h, no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo (Rua Rêgo Freitas, 530) e terá transmissão ao vivo no endereço postv.org.

Além de apresentarem o número de pessoas que votaram a favor de uma reforma do sistema político, Freitas e João Paulo farão uma avaliação de todo o processo e apresentarão os próximos passos e desafios colocados sobre a Constituinte.

Uma das atividades é um acampamento nacional, em Brasília, que se será montado no mês de outubro, quando milhares de pessoas entregarão o resultado do plebiscito aos três poderes e à presidenta Dilma Rousseff.

Contexto

Entre os dias 1 a 7 de setembro, mais de 450 organizações sociais coletaram milhões de votos em todo o país por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político.

Ao todo, foram abertas mais de 40 mil urnas em todo o país, resultado da construção de mais de 2 mil Comitês Populares organizados em todos os estados do Brasil.

A unidade entre os mais diversos setores da sociedade brasileira garantiu a coleta de votos e, principalmente, uma ampla discussão na sociedade brasileira a respeito da necessidade da Reforma Política.

As organizações apresentaram à população uma saída concreta para que o Brasil possa avançar sobre essa questão e consiga enfrentar o poder econômico que pauta a democracia brasileira, sobretudo nas eleições com o financiamento privado de campanhas.

O Plebiscito representou uma tentativa vitoriosa de pautar o tema da Reforma Política na atual conjuntura, forçando, inclusive, que os candidatos à presidência da república se pronunciassem sobre o tema e dessem uma resposta ao intenso movimento verificado nas ruas em todo o todo o país durante a semana da pátria.

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Fonte: Contee

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

 

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Sinpro Goiás requereu mesa redonda para apuração de denúncias em descumprimento de direitos

Na manhã desta terça-feira, 23, na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego/Go, representantes do Sinpro Goiás compareceram para apurar denúncias em descumprimento do direito em face da Escola Xavier & Reis Centro de Desenvolvimento e Formação em Concursos Ltda.

Falta de anotação na carteira de trabalho, atraso nos pagamentos mensais, inclusive, férias e décimo terceiro, são as denúncias recebidas pela ouvidoria do Sinpro Goiás.

Os representantes da escola denunciada não apareceram. O Sinpro Goiás informa que entrará com ação civil coletiva.

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Fonte: Dept.º Jurídico do Sinpro Goiás

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás