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Com críticas ao documento ‘Pátria Educadora’, elaborado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República

O Fórum Nacional de Educação (FNE) apresentou hoje (29) sua 26ª Nota Pública com críticas ao documento “Pátria Educadora: A qualificação do ensino básico como obra de construção nacional – Versão Preliminar”, elaborado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, o qual foi veiculado no dia 22 de abril de 2015. A nota é assinada pelas entidades que compõem o FNE, entre as quais a Contee, bem como pelos fóruns estaduais e distrital de educação.

Na nota pública, que foi entregue hoje ao ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, o Fórum Nacional ressalta “as concepções e deliberações da Conae 2014 como base para a efetivação do Plano Nacional de Educação” e se contrapõe “a proposições pontuais que, propostas sem a devida articulação e organicidade, fragmentam o debate e efetivação de políticas educacionais requeridas para a educação nacional”.

Hoje, em audiência pública na Câmara dos Deputados, o titular da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, disse que o plano para a educação em gestão na pasta tem o objetivo de “sacudir a mediocridade” e tentou minimizar as divergências com o MEC. No entanto, a coordenadora-geral da Contee, Madalena Guasco Peixoto, apontou que o documento “Pátria Educadora” desconsidera quase tudo o que já foi acordado sobre educação brasileira, tanto no PNE como nas conferências nacionais de 2010 e 2014.

Leia abaixo a 26ª Nota Pública do Fórum Nacional de Educação:

26ª Nota Pública do Fórum Nacional de Educação – O Brasil como efetiva Pátria Educadora

Brasília, 29 de abril de 2015.

NOTA PÚBLICA DO FNE

O Fórum Nacional de Educação (FNE) instituído como órgão de Estado pela Lei 13.005/2014, vem a público, manifestar-se no debate em curso sobre o documento Pátria Educadora: A qualificação do ensino básico como obra de construção nacional – Versão Preliminar, elaborado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, veiculado em 22 de abril de 2015.

O FNE já se manifestou na 25ª Nota Pública, divulgada em 24 de março de 2015, sobre a pertinência e a urgência de dar consequência ao lema Pátria Educadora. No entanto, torna público sua discordância com o processo de elaboração e o conteúdo do documento em debate, explicitando abaixo algumas das divergências:

a) reafirmamos que o PNE e o Documento Nacional da Conae/2014, realizada no período de 19 a 23 de novembro, tratam da Educação Nacional, em todas suas etapas níveis e modalidades, portanto, o direito a educação de todos e todas, que precisam ser considerados na sua diversidade e complexidade, não sendo reduzido ao conceito de ensino básico, reiterado diversas vezes no documento supra citado.

b) o Sistema Nacional de Educação é fruto de uma construção histórica, com muitos embates já vivenciados e que alcançam no século XXI todo um esforço de realização das conferências municipais, distritais, estaduais e nacionais; a instituição dos fóruns municipais, estaduais e nacional, ainda distante da configuração de um federalismo cooperativo, todavia, nos habilita a discordar da visão de que “A educação pública no Brasil tem sido simultaneamente desorganizada e uniforme: uniforme no conformismo com a mediocridade.” (p.6)

c) em relação a maior organicidade entre financiamento e gestão da educação, reafirmamos a necessidade de assegurar a ampliação dos investimentos, de forma a cumprir a meta de 10% do PIB, considerando a repactuação da distribuição destes recursos entre os entes federativos, implicando em mais do que uma rearticulação das funções do FNDE, em contraponto ao modelo sugerido no documento e na direção do que está previsto no PNE, conforme prevê o Artigo 7º § 5º da referida Lei que trata da instância permanente de negociação e cooperação.

d) reiteramos que a pauta da valorização dos profissionais encontra-se equivocada em várias das suas considerações no documento: retoma o destaque para premiação por desempenho “Duas séries de iniciativas podem aproveitar, em grande escala, este potencial dos diretores para promover mudanças: as que premiam escolas por alcançar metas de desempenho e as que intervêm na formação dos diretores.

Escolas (mais do que diretores individualmente) podem ser premiadas por alcançar metas de desempenho, cujo cumprimento seria avaliado por comissões independentes.” (p. 16); desconsidera o processo de formação inicial do profissional da educação, centrando na habilitação específica para diretor – “Parte do acerto com os estados, que desemboque na construção de diretrizes de uma carreira nacional de professor, deve ser o de escolher os diretores entre os habilitados por estes centros, seja qual for o método de escolha.” (p.17); desconsidera a Universidade como lócus da formação continuada dos docentes: “A inauguração de Centros de Formação de Diretores deve ser seguida pelo estabelecimento de Centros de Qualificação Avançada para professores.” (p. 17)

e) enfatizamos a defesa de concepção ampla de educação, currículo e avaliação educacional emancipatória e diagnóstica que ratifique a unidade nacional na diversidade, conjugando igualdade e diferença e superando o modelo homogeneizador e prescritivo e, desse modo, contribuindo para a melhoria da qualidade dos processos educativos e formativos, em contraposição à concepção de currículo restritiva presente em todo o documento em debate.

f) reiteramos, ainda, que a coordenação das políticas educacionais, exercida pela União, em articulação com os demais entes federados e sistemas de ensino, destaca-se no fortalecimento dos Fóruns Nacional, estaduais, distrital e municipais de educação e o papel das respectivas Conferências de Educação, já se constituem como espaços de vanguarda, não apenas pedagógica, mas política e técnica da educação nacional. Nessa direção, ressaltamos as concepções e deliberações da Conae 2014 como base para a efetivação do Plano Nacional de Educação e nos contrapomos à proposições pontuais que, propostas sem a devida articulação e organicidade, fragmentam o debate e efetivação de políticas educacionais requeridas para a educação nacional.

Por fim, o FNE entende serem essas as avaliações preliminares do documento em debate, reiterando que o PNE e o Documento Final da Conae/2014 são as referências fundamentais para a Pátria Educadora, e coloca-se à disposição para aprofundamento das discussões, cumprindo com sua função precípua, a partir da Lei 13005/2014 nos Artigos 5º e 6º.

Assinam a presente nota os Fóruns Permanentes de Educação abaixo relacionados:

Fórum Nacional de Educação

Fórum Distrital de Educação

Fórum Estadual de Educação do AC

Fórum Estadual de Educação do AM

Fórum Estadual de Educação do BA

Fórum Estadual de Educação do CE

Fórum Estadual de Educação do ES

Fórum Estadual de Educação do GO

Fórum Estadual de Educação do MA

Fórum Estadual de Educação do MG

Fórum Estadual de Educação do MS

Fórum Estadual de Educação do MT

Fórum Estadual de Educação do PB

Fórum Estadual de Educação do PE

Fórum Estadual de Educação do RN

Fórum Estadual de Educação do RS

Fórum Estadual de Educação do SC

Fórum Estadual de Educação do SE

Fórum Estadual de Educação do SP

Fórum Estadual de Educação do TO

 

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Fonte: Contee

 

 

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

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Revista de estudos pedagógicos circula com três novas seções

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) publicou este mês o número 242 da Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos (RBEP), que aborda conteúdos relacionados às pesquisas na área de educação. A nova edição está dividida em três seções: Estudos, Relatos de experiência e Resenhas.

Relatos de Experiência é a novidade, passando a fazer parte da RBEP a partir dessa primeira edição de 2015. A seção privilegia a prática educacional, com artigos teoricamente fundamentados, oriundos de projetos de intervenção pedagógica em contextos de educação ou de formação continuada de profissionais da educação.

Composta por onze artigos, a seção Estudos traz textos sobre a adoção das novas tecnologias no campo da educação, como o uso das redes sociais por jovens brasileiros e portugueses. A área também contempla temas como alfabetização, apropriação da escrita e letramento, além de educação infantil. Os indicadores educacionais da educação básica e superior serviram de referência para dois desses artigos.

Especialistas interessados em gestão educacional podem conferir trabalhos que tratam da construção coletiva do projeto político-pedagógico e da organização de uma rede de ensino na perspectiva da teoria crítica da sociedade.

Em Resenhas, dois textos encerram a última parte do periódico: O pensamento e a obra de Lourenço Filho acerca da literatura infantil e juvenil e Gênese da avaliação educacional no Brasil.

RBEP – Lançada em julho de 1944, marco importante para o Inep, a Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos é um periódico quadrimestral, em formato impresso e eletrônico, cujo conteúdo aborda artigos inéditos, relacionados às pesquisas na área de educação.

Habitualmente o instituto atende a diversos pedidos de pesquisadores interessados nos estudos, entrevistas e debates noticiados na revista. Boa parte da coleção impressa da RBEP encontra-se acessível para consulta no Centro de Informação e Biblioteca em Educação (Cibec), na sede da autarquia. Os volumes estão em processo de digitalização.

Assessoria de Comunicação Social do Inep

Acesse a nova edição do volume 96, número 242

 

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Fonte: MEC

 

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

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Novos contratos passam de 249,9 mil; prazo de adesão termina nesta quinta-feira, 30

O sistema do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) registrou 249.954 novos contratos até a noite desta terça-feira, 28. O prazo de adesão termina na quinta-feira, 30, como informado anteriormente.

O Ministério da Educação e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) têm monitorado o sistema para garantir o pleno atendimento a quem ainda pretende fazer a inscrição. Caso o estudante tenha alguma dúvida, pode entrar em contato com a central de atendimento, pelo telefone 0800 616161.

Para os estudantes que já têm contrato com o Fies, o MEC prorrogou até 29 de maio o prazo para pedidos de renovação (aditamento). Os aditamentos devem ser realizados até 29 de maio próximo no Sistema Informatizado do Fies (SisFies), como estabelece a Portaria do FNDE nº 141, do dia 23 último.

O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, reiterou o pedido de tranquilidade aos estudantes. “Todos os que já têm contrato podem ficar tranquilos porque eles serão renovados”, disse. “Esse é o compromisso do governo federal.”

De acordo com balanço parcial do MEC, dos 296 mil contratos de aditamento pendentes nos últimos dez dias, restam agora 156.940 a serem renovados. Hoje, mais de 1,9 milhão de estudantes de todo o país têm contratos firmados com o Fies.

Assessoria de Comunicação Social

 

 

 

 

 

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Fonte: MEC

 

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

 

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Ministro defende o bom uso de recursos públicos para educação

    MEC “Nós temos um caminho a seguir, o Plano Nacional de Educação (PNE), que foi amplamente discutido no Congresso Nacional e sancionado sem vetos pela presidenta”, disse o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, na reunião do Fórum Nacional de Educação (FNE) e coordenadores dos fóruns estaduais e distrital de educação, nesta quarta-feira, 29, em Brasília.

Para Janine Ribeiro, as principais metas do Ministério da Educação na implementação do PNE são garantir o financiamento e a qualidade da educação brasileira, assunto também debatido na reunião com o secretariado do MEC com as autarquias, na noite de terça-feira. “O dinheiro público é precioso e como todos os recursos é finito. Precisamos eliminar o desperdício desses recursos”, afirmou.

“Estamos falando com todos os atores da educação brasileira”, disse o ministro, ao destacar a importância do FNE na construção das políticas públicas. “Todo debate sobre educação é bem-vindo, toda contribuição séria, mesmo que discordante, é bem-vinda”.

Janine Ribeiro reafirmou o compromisso de manter um diálogo com os diversos setores da sociedade, com a qualidade da educação, com a universalização do acesso à educação, especialmente nas creches e no ensino médio, e com a criatividade na educação. “A educação não pode parar, mas precisa ser repensada o tempo todo”, concluiu.

Na reunião, o FNE entregou ao ministro o documento O Brasil como efetiva Pátria Educadora, com colaborações para o debate sobre as políticas públicas de educação e a criação de planos estaduais e municipais de educação.

O FNE é o espaço de interlocução entre a sociedade civil e o Estado. Composto por 44 entidades e órgãos ligados à educação brasileira, o fórum avalia os impactos da implementação do PNE e acompanha, junto ao Congresso Nacional, a tramitação de projetos legislativos referentes à política nacional de educação.

 

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Fonte: MEC

 

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

 

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Coordenadora de Secretaria de Assuntos Institucionais discute mudanças no FIES

A coordenadora de Secretaria de Assuntos Institucionais da Contee, Nara Teixeira de Souza, representou a Confederação ontem, 28, em audiência pública interativa realizada pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) do Senado Federal, por iniciativa do senador Cristovam Buarque, para discutir uma vez mais as mudanças no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

madalena

 

O debate ocorreu um dia depois do início do novo prazo para aditamento dos contratos do Fies, que vai até o dia 29 de maio. A prorrogação do tempo foi feita para dar mais segurança aos estudantes que buscam renovar seus contratos no sistema. Mesmo assim, as novas regras foram novamente alvo de ataques por parte das entidades que representam os empresários do ensino superior, sobretudo o limite para reajuste das mensalidades e a exigência de no mínimo 450 pontos no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) para estudantes interessados no financiamento.

Em seu pronunciamento, a diretora da Contee voltou a rebater as justificativas das empresas de educação e defender as alterações feitas pelo Ministério da Educação. Nara destacou que a educação está ligada a um projeto de nação e criticou o fato de verbas públicas serem cada vez mais aplicadas no ensino privado, formado, atualmente, em grande parte, por grandes conglomerados onde atua inclusive o capital estrangeiro.

“A Kroton, maior empresa de educação do mundo, possui cerca de 60,1% dos alunos matriculados pelo Fies. Há instituições que chegam a ter 100% de bolsistas. São verbas oriundas do governo federal repassadas sem controle”, denunciou. “Tem que ter corte de qualidade sim. Temos que formar trabalhadores sim, mas trabalhadores qualificados.”

A coordenadora da Secretaria de Assuntos Institucionais também apontou que, segundo matéria publicada pela Folha de S. Paulo no dia 6 de abril, entre as 30 instituições de ensino superior campeãs de matrículas pelo financiamento federal, 25 são avaliadas como nota 3, o mínimo exigido pelo MEC. Ela lembrou ainda que isso acontece com salas de aulas superlotadas, às vezes com centenas de estudantes por turma, e com desvalorização dos trabalhadores em educação.

“Esse professor que enfrenta essa realidade é horista, não recebe salário digno, não recebe por hora-atividade. Nossas negociações tem sido difíceis. Sem falar que grande parte das instituições não oferece pesquisa”, ressaltou. “Tem sim muitas instituições comprometidas com a qualidade, mas não são a maioria. Se fossem, achariam a exigência de uma nota de corte correta, implementariam pesquisa, aceitariam regulação. Acompanho a tramitação do Insaes (Instituto Nacional de Supervisão e Avaliação da Educação Superior) há dois anos e as instituições não aceitam regulação.”

Em sua fala, Nara também citou as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) sobre o ensino superior realizadas pelas assembleias legislativas de São Paulo e do Rio de Janeiro. “Essas CPIs sobre instituições privadas aprofundaram questões bastante importantes que a gente devia analisar.” Ela aproveitou ainda para criticar a aprovação pela Câmara do Projeto de Lei 4.330, que escancara a terceirização, e defender a rejeição da matéria pelo Senado, apontando principalmente os prejuízos na educação.

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Fonte: Contee
Fotos: André Corrêa/Agência Senado

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

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Aquilo que a gente vota no Parlamento precisa virar realidade

A menos de dois meses do fim do prazo para o cumprimento da primeira leva de metas do Plano Nacional de Educação, entre as quais a elaboração e aprovação dos planos municipais e estaduais, a regulamentação do PNE foi tema de audiência pública realizada ontem, 28, na Câmara dos Deputados, da qual participou a coordenadora-geral da Contee, Madalena Guasco Peixoto.

 

PNE

O debate, na Comissão de Educação, foi convocado por iniciativa da deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) e contou com as presenças de Binho Marques, secretário de Articulação com os Sistemas de Ensino (Sase) do Ministério da Educação; Rossieli Soares da Silva, Secretário de Estado da Educação e da Qualidade de Ensino do Amazonas (Consed); Cleuza Repulho, Presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime); Roberto Leão, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE); Daniel Cara, coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação; Bárbara Melo, presidenta da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes); e também de Amábile Pacios, presidenta da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep).

PNEE

 

Em sua fala, a diretora da Contee fez um histórico sobre como a política do Estado mínimo, no período neoliberal, colocou a educação numa situação difícil, que contribuiu, por exemplo, para a privatização sem precedentes no ensino superior e a estagnação das vagas públicas. Ela também apontou, em função disso, a dificuldade de implantação do Sistema Nacional de Educação e salientou que a Contee defende o SNE não apenas como regulamentador do regime de colaboração, enfatizando que é preciso incluir nele tanto o ensino público quanto o privado.

Outra preocupação, segundo Madalena, diz respeito à implementação do Custo Aluno Qualidade. Conforme frisado pela coordenadora-geral da Confederação, esse ponto representou um salto no PNE ao vincular financiamento à questão da qualidade, sendo fundamental agora que ele seja debatido e implementado. Ela também ponderou que é preciso mudar a forma de avaliação na educação básica. “Apesar de ter mantido o Ideb, o PNE apontou necessidade de criar o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica. O Ideb é indexador, não mede qualidade de fato”, considerou, acrescentando a importância de também garantir plano de carreira para os trabalhadores e o cumprimento do piso. “Vamos lutar para que todas as metas sejam cumpridas.”

Em suas colocações, Madalena destacou o esforço do Fórum Nacional de Educação (FNE) em acompanhar, de forma articulada aos fóruns estaduais e municipais, a discussão dos planos locais. “É uma tarefa política”, observou. “Os planos estaduais e municipais não devem ser entendidos como documento técnico. Mas no desespero de cumprir o prazo, muitos municípios não estão debatendo seus planos com a sociedade”, criticou ela. “Sou professora de políticas públicas e tenho dito aos meus alunos que aquilo que a gente vota no Parlamento precisa virar realidade.”

 

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Observatório do PNE

A audiência também tratou do Observatório do PNE, uma plataforma on-line que tem como finalidade monitorar os indicadores referentes a cada uma das 20 metas do Plano Nacional e de suas respectivas estratégias, bem oferecer análises sobre as políticas públicas educacionais já existentes e que serão implementadas ao longo dos dez anos de vigência do Plano. O objetivo  é que a ferramenta possa apoiar gestores públicos, educadores e pesquisadores e ser um instrumento à disposição da sociedade para que qualquer cidadão brasileiro possa acompanhar o cumprimento das metas estabelecidas.

 

 

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Fonte: Contee
Fotos: Nara Teixeira de Souza

 

 

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

 

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Movimento social na luta contra o PL 4.330

O Projeto de Lei 4.330/04, que possibilita a terceirização de maneira ilimitada e precariza as relações de trabalho no Brasil foi aprovado pela Câmara, mas ainda precisa ser votado pelo Senado. E a mobilização continua intensa para evitar que a proposta seja aprovada pelos senadores e retire direitos dos trabalhadores.

A luta contra o PL 4.330 é uma das principais bandeiras que serão levadas às ruas de todo o país na próxima sexta-feira, 1º de maio, Dia do Trabalhador. Mas não são apenas as entidades sindicais que estão mobilizadas. Os movimentos sociais, como a União Brasileira de Mulheres (UBM), também estão atuando no combate à terceirização desmedida.

UBM

 

A pesquisadora da Unicamp Juliane Furno, em artigo ao site Brasil Debate, argumentou que as mulheres serão as mais prejudicadas com o PL em questão, visto que já são a maioria nas empresas terceirizadas e ganham, em média, apenas 80% do salário dos homens.

Por isso, vamos juntos e juntas continuar dizendo não ao PL 4.330.

 

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Fonte: Contee com informações da UBM

 

 

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

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Estão usando o nome do Sinpro Goiás em ligações de fraude

O Sindicato dos Professores do Estado de Goiás (Sinpro Goiás) vem alertar seus associados (as) e demais docentes de que estão usando o nome da nossa entidade em ligações telefônicas com o objetivo de fraude. Fique atento (a)!! Esse grupo de fraude parece ter, inclusive, os dados da pessoa. Não confie!

Caso você receba esse tipo de ligação ou até mesmo, carta ou e-mail, entre em contato imediatamente conosco através do 62 3261-5455 para confirmar se o Sinpro Goiás entrou em contato com você.

De imediato, informamos que nenhum processo se faz necessário o depósito antecipado de quantias, a título de custas processuais e honorários para recebimento de créditos trabalhistas.

O Sinpro Goiás já está tomando as providências cabíveis.

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

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A origem e o significado

“Se acreditais que enforcando-nos podeis conter o movimento operário, esse movimento constante em que se agitam milhões de homens que vivem na miséria, os escravos do salário; se esperais salvar-vos e acreditais que o conseguireis, enforcai-nos! Então vos encontrarei sobre um vulcão, e daqui e de lá, e de baixo e ao lado, de todas as partes surgirá a revolução. É um fogo subterrâneo que mina tudo”. Augusto Spies, 31 anos, diretor do jornal Diário dos Trabalhadores.

“Se tenho que ser enforcado por professar minhas idéias, por meu amor à liberdade, à igualdade e à fraternidade, então nada tenho a objetar. Se a morte é a pena correspondente à nossa ardente paixão pela redenção da espécie humana, então digo bem alto: minha vida está à disposição. Se acreditais que com esse bárbaro veredicto aniquilais nossas idéias, estais muito enganados, pois elas são imortais”. Adolf Fischer, 30 anos, jornalista.
“Em que consiste meu crime? Em ter trabalhado para a implantação de um sistema social no qual seja impossível o fato de que enquanto uns, os donos das máquinas, amontoam milhões, outros caem na degradação e na miséria. Assim como a água e o ar são para todos, também a terra e as invenções dos homens de ciência devem ser utilizadas em benefício de todos. Vossas leis se opõem às leis da natureza e utilizando-as roubais às massas o direito à vida, à liberdade e ao bem-estar”. George Engel, 50 anos, tipógrafo.“Acreditais que quando nossos cadáveres tenham sido jogados na fossa tudo terá se acabado? Acreditais que a guerra social se acabará estrangulando-nos barbaramente. Pois estais muito enganados. Sobre o vosso veredicto cairá o do povo americano e do povo de todo o mundo, para demonstrar vossa injustiça e as injustiças sociais que nos levam ao cadafalso”. Albert Parsons lutou na guerra da secessão nos EUA.As corajosas e veementes palavras destes quatro líderes do jovem movimento operário dos EUA foram proferidas em 20 de agosto de 1886, pouco após ouvirem a sentença do juiz condenando-os à morte. Elas estão na origem ao 1º de Maio, o Dia Internacional dos Trabalhadores. Na atual fase da luta de classes, em que muitos aderiram à ordem burguesa e perderam a perspectiva do socialismo, vale registrar este marco histórico e reverenciar a postura classista destes heróis do proletariado. A sua saga serve de referência aos que lutam pela superação da barbárie capitalista.

A origem do 1º de Maio está vinculada à luta pela redução da jornada de trabalho, bandeira que mantém sua atualidade estratégica. Em meados do século XIX, a jornada média nos EUA era de 15 horas diárias. Contra este abuso, a classe operária, que se robustecia com o acelerado avanço do capitalismo no país, passou a liderar vários protestos. Em 1827, os carpinteiros da Filadélfia realizaram a primeira greve com esta bandeira. Em 1832, ocorre um forte movimento em Boston que serviu de alerta à burguesia. Já em 1840, o governo aprova o primeiro projeto de redução da jornada para os funcionários públicos.

Greve geral pela redução da jornada

Esta vitória parcial impulsionou ainda mais esta luta. A partir de 1850, surgem as vibrantes Ligas das Oito Horas, comandando a campanha em todo o país e obtendo outras conquistas localizadas. Em 1884, a Federação dos Grêmios e Uniões Organizadas dos EUA e Canadá, futura Federação Americana do Trabalho (AFL), convoca uma greve nacional para exigir a redução para todos os assalariados, “sem distinção de sexo, ofício ou idade”’. A data escolhida foi 1º de Maio de 1886 – maio era o mês da maioria das renovações dos contratos coletivos de trabalho nos EUA.A greve geral superou as expectativas, confirmando que esta bandeira já havia sido incorporada pelo proletariado. Segundo relato de Camilo Taufic, no livro “’Crônica do 1º de Maio”, mais de 5 mil fábricas foram paralisadas e cerca de 340 mil operários saíram às ruas para exigir a redução. Muitas empresas, sentindo a força do movimento, cederam: 125 mil assalariados obtiveram este direito no mesmo dia 1º de Maio; no mês seguinte, outros 200 mil foram beneficiados; e antes do final do ano, cerca de 1 milhão de trabalhadores já gozavam do direito às oito horas.“Chumbo contra os grevistas”, prega a imprensa

Mas a batalha não foi fácil. Em muitas locais, a burguesia formou milícias armadas, compostas por marginais e ex-presidiários. O bando dos “’Irmãos Pinkerton” ficou famoso pelos métodos truculentos utilizados contra os grevistas. O governo federal acionou o Exército para reprimir os operários. Já a imprensa burguesa atiçou o confronto. Num editorial, o jornal Chicago Tribune esbravejou: “O chumbo é a melhor alimentação para os grevistas. A prisão e o trabalho forçado são a única solução possível para a questão social. É de se esperar que o seu uso se estenda”.A polarização social atingiu seu ápice em Chicago, um dos pólos industriais mais dinâmicos do nascente capitalismo nos EUA. A greve, iniciada em 1º de Maio, conseguiu a adesão da quase totalidade das fábricas. Diante da intransigência patronal, ela prosseguiu nos dias seguintes. Em 4 de maio, durante um protesto dos grevistas na Praça Haymarket, uma bomba explodiu e matou um policial. O conflito explodiu. No total, 38 operários foram mortos e 115 ficaram feridos.Os oito mártires de Chicago

Apesar da origem da bomba nunca ter sido esclarecida, o governo decretou estado de sítio em Chicago, fixando toque de recolher e ocupando militarmente os bairros operários; os sindicatos foram fechados e mais de 300 líderes grevistas foram presos e torturados nos interrogatórios. Como desdobramento desta onda de terror, oito líderes do movimento – o jornalista Auguste Spies, do “’Diário dos Trabalhadores”’, e os sindicalistas Adolf Fisher, George Engel, Albert Parsons, Louis Lingg, Samuel Fielden, Michael Schwab e Oscar Neebe – foram detidos e levados a julgamento. Eles entrariam para a história como “Os Oito Mártires de Chicago”.O julgamento foi uma das maiores farsas judiciais da história dos EUA. O seu único objetivo foi condenar o movimento grevista e as lideranças anarquistas, que dirigiram o protesto. Nada se comprovou sobre os responsáveis pela bomba ou pela morte do policial. O juiz Joseph Gary, nomeado para conduzir o Tribunal Especial, fez questão de explicitar sua tese de que a bomba fazia parte de um complô mundial contra os EUA. Iniciado em 17 de maio, o tribunal teve os 12 jurados selecionados a dedo entre os 981 candidatos; as testemunhas foram criteriosamente escolhidas. Três líderes grevistas foram comprados pelo governo, conforme comprovou posteriormente a irmã de um deles (Waller).A maior farsa judicial dos EUA

Em 20 de agosto, com o tribunal lotado, foi lido o veredicto: Spies, Fisher, Engel, Parsons, Lingg, Fielden e Schwab foram condenados à morte; Neebe pegou 15 anos de prisão. Pouco depois, em função da onda de protestos, Lingg, Fielden e Schwab tiveram suas penas reduzidas para prisão perpétua. Em 11 de novembro de 1887, na cadeia de Chicago, Spies, Fisher, Engel e Parsons foram enforcados. Um dia antes, Lingg morreu na cela em circunstâncias misteriosas; a polícia alegou “suicídio”. No mesmo dia, os cinco “’Mártires de Chicago” foram enterrados num cortejo que reuniu mais de 25 mil operários. Durante várias semanas, as casas proletárias da região exibiram flores vermelhas em sinal de luto e protesto.Seis anos depois, o próprio governador de Illinois, John Altgeld, mandou reabrir o processo. O novo juiz concluiu que os enforcados não tinham cometido qualquer crime, “tinham sido vitimas inocentes de um erro judicial”. Fielden, Schwab e Neebe foram imediatamente soltos. A morte destes líderes operários não tinha sido em vão. Em 1º de Maio de 1890, o Congresso dos EUA regulamentou a jornada de oito horas diárias. Em homenagem aos seus heróis, em dezembro do mesmo ano, a AFL transformou o 1º de Maio em dia nacional de luta. Posteriormente, a central sindical, totalmente corrompida e apelegada, apagaria a data do seu calendário.Em 1891, a Segunda Internacional dos Trabalhadores, que havia sido fundada dois anos antes e reunia organizações operárias e socialistas do mundo todo, decidiu em seu congresso de Bruxelas que “no dia 1º de Maio haverá demonstração única para os trabalhadores de todos os países, com caráter de afirmação de luta de classes e de reivindicação das oito horas de trabalho”. A partir do congresso, que teve a presença de 367 delegados de mais de 20 países, o Dia Internacional dos Trabalhadores passou a ser a principal referência no calendário de todos os que lutam contra a exploração capitalista.

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Por Altamiro Borges
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Fonte: altamiroborges.blogspot.com.br
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Jorn. FERNANDA MACHADO
Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás