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Trabalhadores realizam reunião

Representantes das Centrais Sindicais se reuniram, na manhã de ontem,  18, na sede da UGT, em São Paulo, para tratar da preparação do Dia Nacional de Paralisação e Mobilizações, que acontece em 29 de maio. Joilson Cardoso, vice-presidente, e Wagner Gomes, secretário-geral, representaram a CTB no encontro que serviu para encaminhar os preparativos para a atividade.

A ideia é promover greves e grandes manifestações em todo o país contra o Projeto de Lei da terceirização, as MPs 664 e 665 do ajuste fiscal, além da defesa dos direitos e da democracia. Participaram CUT, UGT, CTB, Nova Central, CSB, CSP-Conlutas e Intersindical.

De acordo com os sindicalistas, os preparativos estão avançados e a mobilização será forte em todo o País. Wagner Gomes, secretário-geral da CTB, destaca que a Central tem reunido suas principais lideranças, a fim de preparar um protesto de peso.

Em Goiânia, a reunião  foi coordenada pelo Presidente do Sindicato dos Professores do Estado de Goiás (Sinpro Goiás), Professor Alan Francisco de Carvalho (foto).

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O Dia Nacional vai ser marcado por atos nos locais de trabalho, manifestações e greves. “Nossa expectativa é fazer um grande ato, com muito trabalhadores e trabalhadoras protestando nas ruas de todo o país. O debate sobre a terceirização tem ganhado força entre a população, com debates sobre questão da precarização das condições de trabalho e rebaixamento salarial”, afirmou Wagner Gomes.

A mobilização nacional conta também com o apoio dos movimentos sociais e envolve iniciativas que pressionem o Senado Federal pela não aprovação do PL da terceirização.

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Fonte:  CTB

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Flávia M. de Souza

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Entrevista com o professor Augusto César Petta, ex-presidente da Contee

No mês passado, o Centro Nacional de Estudos Sindicais e do Trabalho (CES), criado em 1985. Completou três décadas de atuação e acompanhamento da evolução da luta dos trabalhadores, dos movimentos sociais e da política no Brasil. E neste momento em que não só os direitos trabalhistas, mas a própria organização sindical tem sido atacada, o Portal da Contee entrevistou o professor e sociólogo Augusto César Petta, ex-presidente da Confederação e um dos fundadores do CES, sobre a importância da formação para o fortalecimento da luta. Confira!

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Contee – O senhor disse, no seu artigo sobre os 30 anos do CES, que seus fundadores tinham muita convicção da importância do processo contínuo de formação, necessário para a elevação do nível de consciência política dos sindicalistas e dos trabalhadores e trabalhadoras em geral. Como surgiu essa convicção e essa necessidade?

Augusto Petta – Naquele momento, vivíamos com muita esperança o início da redemocratização do país. Terminava um dos piores períodos da História do Brasil, marcado por uma ditadura terrível que matou, perseguiu, prendeu, torturou muitos brasileiros e brasileiras que lutavam pela democracia. O movimento sindical respirava, após ter sido sufocado totalmente. Ocorreu em 1981 a Conclat (Congresso das Classes Trabalhadoras), que reuniu mais de 5 mil sindicalistas. Já se estruturavam duas centrais sindicais. Então, sindicalistas progressistas que tinham consciência do papel político que as entidades sindicais devem representar, valorizavam o processo de formação da classe trabalhadora. Compreendiam que a luta sindical é econômica, política e ideológica e, nesse sentido, o desenvolvimento da teoria é de fundamental importância para o desenvolvimento de uma prática classista e vice-versa. Compreendiam que as atividades de formação poderiam contribuir decisivamente na atuação consequente dos sindicalistas. Por isso, se dispuseram a criar um centro de estudos, o CES.

Contee – É possível fazer uma comparação entre aquele momento histórico com o que os trabalhadores enfrentam hoje?

AP – Evidentemente são dois momentos diferentes. O mundo ainda estava dividido em dois grandes blocos, um comandado pelos Estados Unidos, o outro pela URSS; de um lado, o capitalismo, de outro, a experiência socialista que se desenvolvia. O povo brasileiro tomava consciência da brutal dominação que as elites norte-americanas impunham ao nosso país, sobretudo a partir do golpe militar de 1964, dominação essa tão bem retratada no documentário “O dia que durou 21 anos”. Havia um desejo muito grande de participação popular, sufocado durante 21 anos. As greves se sucediam, destacando-se a dos metalúrgicos do ABC, cujo líder principal acabou sendo eleito presidente da República no final da década seguinte. A classe trabalhadora se tornou mais protagonista, representada pelos sindicatos que aumentavam cada vez mais sua força de mobilização. O número de sindicalizados crescia, o número de greves e a participação da categoria nas assembleias também. A queda da experiência socialista na URSS possibilitou que os EUA se transformassem numa potência hegemônica, impondo suas garras sobre a maioria dos países. Com o neoliberalismo, aumenta o desemprego, os trabalhadores perdem direitos, os salários são achatados, a privatização atinge empresas estratégicas, as dificuldades da classe trabalhadora aumentam. Com o desemprego em si e a ameaça constante de desemprego, a mobilização diminui, as entidades sindicais entram em crise. Mas, por outro lado, são eleitos presidentes da República, em vários países da América Latina, representantes do povo que se opõem ao neoliberalismo. Mesmo profundamente atacado, o socialismo continua sendo o objetivo estratégico de muitos, porém com grandes dificuldades para ser alcançado em curto prazo. Hoje, o que se coloca na ordem do dia é a luta por um novo projeto nacional de desenvolvimento com valorização do trabalho e distribuição de renda, como etapa fundamental para abrir novos horizontes rumo à sociedade socialista. E as entidades sindicais, aos poucos, se levantam, sobretudo em determinados momentos, como o atual, em que o projeto de terceirização ameaça seriamente a CLT e os direitos trabalhistas e sindicais em geral.

Contee – Como a formação pode contribuir, atualmente, para fortalecer as entidades e movimento sindical num momento em não só os direitos trabalhistas, mas a própria organização está ameaçada por aqueles que defendem propostas como o PL 4.330?

AP – Acredito que as entidades sindicais devem priorizar o processo de formação, sobretudo em momentos como este em que vivemos. A direita organiza-se e coloca suas ideias com força, através principalmente da mídia golpista e das manifestações de rua. A classe trabalhadora recebe uma enxurrada de informações falsas, que, portanto, não correspondem ao que efetivamente acontece. Responsabilizam-se os governos progressistas por problemas que eles não têm condições para resolver. Os países socialistas, como Cuba, são atacados fortemente, enquanto que determinados países capitalistas, onde há profunda exploração que atinge os trabalhadores, são exaltados como exemplos. Aí que entra a importância da formação nessa luta ideológica. Sindicalistas e trabalhadores em geral, quando bem formados,  desenvolvem espírito crítico, adquirem melhores condições para participar com mais  qualidade desse embate contra as forças conservadoras e de direita. E essa formação acontece de duas maneiras: na luta que as entidades sindicais desenvolvem  e nas atividades de formação, como cursos, debates, seminários, realização de planejamentos estratégicos situacionais, palestras e outras atividades formativas.

Contee – Nesses 30 anos, quais foram os principais desafios enfrentados e os principais êxitos alcançados pelo CES?

AP – Manter um centro de estudos durante 30 anos não é uma tarefa fácil. São muitos os obstáculos que se colocam, desde a questão financeira, por se tratar de uma entidade que não recebe contribuições garantidas por lei, até obstáculos de ordem política e ideológica, em função das posições democráticas que assume. O CES tem uma amplitude muito grande nas suas atividades de formação. Procura defender o sindicalismo de luta, classista, unitário, independente, porém respeita todas as outras visões. Penso que tivemos, nesse período, grandes vitórias: conseguimos manter a revista Debate Sindical durante 21 anos e pretendemos que ela novamente volte a circular; realizamos inúmeras atividades de formação; no período de novembro de 2008 (quando começou o convênio com a CTB) até maio de 2015, o número de participantes foi de aproximadamente 11 mil. Acredito que estamos assumindo bem o papel que nos cabe.

Aproveito a oportunidade para enviar uma mensagem a todos os companheiros e companheiras que atuam na Contee, entidade de cuja direção tenho orgulho de ter participado durante 15 anos, sendo nove deles na condição de presidente: é fundamental que todos desenvolvam nas suas entidades um trabalho de formação contínuo, no qual os diretores e a categoria em geral possam participar; que tenham uma Secretaria de Formação Sindical, que façam planejamento estratégico situacional, que realizem cursos, debates, palestras, que estimulem o estudo individual, que não permitam que as atividades do cotidiano sindical impeçam a realização das atividades de formação, que consigam fazer com que os sindicalistas mais novos se desenvolvam teórica e praticamente e que os mais antigos tenham a humildade de reconhecer que precisam estudar.

 

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Fonte: Contee

 

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Flávia M.de Souza

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Entenda como funciona a terceirização em menos de um minuto e meio

Esta animação divulgada ontem pela Carta Capital explica bem como funciona a terceirização. Assista aqui!

 

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Fonte: Contee / Carta Capital

 

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Flávia M. de Souza

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Travestis e transexuais poderão usar o nome social

Travestis e transexuais poderão solicitar este ano o uso do nome social no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) após a inscrição pela internet. O nome social passou a ser adotado oficialmente na aplicação do exame no ano passado, mas era preciso solicitar o uso por telefone. No dia do exame, as pessoas trans deverão ser tratadas pelo nome com o qual se identificam e não pelo nome que consta no documento de identidade. Além disso, usarão o banheiro do gênero com o qual se identificam.

Para Renato Janine Ribeiro, as pessoas têm de ser tratadas com o respeito que merecemValter Campanato/Arquivo Agência Brasil

“Isso quer dizer que ninguém da equipe do Enem poderá se dirigir à pessoa por um nome que não seja o da sua condição, o que se inscreveu. O nome que essa pessoa usa é com o qual deve ser chamado”, afirmou o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro. “As pessoas têm o direito de ser tratadas com o respeito que merecem. Portanto, ninguém deve submetê-las a situação vexatória”, acrescentou o ministro.

Ano passado, foram feitos 95 requerimentos por telefone para o uso do nome social.

Nesta edição, os participantes que desejarem esse atendimento deverão enviar cópia do documento de identificação, formulário preenchido e foto recente pelo sistema de inscrição de 15 a 26 de junho, após o período de inscrição, que é de 25 de maio a 5 de junho.

Para o cantor e ativista trans Erick Barbi, a medida foi bem recebida. “O simples fato de o MEC autorizar o nome social já na inscrição tira o peso de termos que nos explicar para as demais pessoas. Alivia muito o processo e, com certeza, levará mais jovens ao exame. Todos ficarão mais tranquilos e poderão melhorar até o desempenho na prova.”

Ele destaca ainda a importância do uso do banheiro de acordo com a identidade de gênero: “A maioria das pessoas trans tem problemas ao frequentar o banheiro. Muitos evitam ir ao banheiro”, acrescenta.

Coordenadora colegiada do Fórum de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (Fórum LGBT) do Espírito Santo, Deborah Sabará fez o Enem em 2014 e vai se inscrever novamente este ano. Ela quer cursar serviço social. “Sabemos que é difícil ingressar em uma escola com um gênero diferente do que o sexo designa, mas com o direito de usar o nome social a gente constroi esse espaço”, destacou.

Deborah informou que, desde a prova do ano passado, recebe mensagens de outras travestis e transexuais pedindo informações e mostrando interesse no exame. “Vou participar de novo e usar isso como instrumento de militância, de modo a incentivar outras a participarem e voltarem a estudar.”

Para a pedagoga Janaina Lima, integrante do Grupo Identidade, de Campinas, a iniciativa é positiva, na medida que atrai travestis e transsexuais para os estudos. Ela ficou quase 20 anos afastada da escola e disse que voltou a estudar “graças ao Enem”. Ela conseguiu ingresssar na graduação pelo Programa Universidade para Todos (ProUni).

Segundo Janaina, a possibilidade de ser chamada pelo nome da identidade afastava as pessoas trans. “Quando a pessoa ia fazer o Enem tinha a questão do nome, uma barreira, podia ser colocada em uma situação vexatória. Agora, se tiver, é uma pessoa ou outra que vai querer praticar ato discriminatório, vai ser menor e é uma pessoa, e não a instituição.”

O edital do exame será publicado nesta segunda-feira (18) no Diário Oficial da União. As provas serão nos dias 24 e 25 de outubro.

 

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Fonte: Contee/Agência Brasil

 

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Flávia M. de Souza

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É preciso criminalizar!

Ontem, 17 de maio, foi o Dia Internacional de Combate à Homofobia. Mas o debate sobre a criação de uma lei de criminalização da homofobia avança com dificuldade no Congresso. Em janeiro deste ano, o Projeto de Lei 122, chamado PL da Homofobia, acabou arquivado no Senado. Para os defensores da criação da lei, a esperança reside no novo projeto de autoria da deputada Maria do Rosário (PT-RS). O projeto 7582/2014 está em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara e tipifica crimes de ódio, preconceito e intolerância contra diferentes grupos.

Os números da violência contra a população LGBT apontam, de fato, para a urgência de uma ampla discussão sobre o assunto pela sociedade civil. De acordo com o Relatório Anual de Assassinatos de Homossexuais no Brasil, elaborado pela organização Grupo Gay Bahia (GGB), em 2014, foram registradas 326 mortes de gays, travestis e lésbicas, incluindo nove suicídios. O número é 4,1% maior do que o registrado no ano anterior, quando foram contabilizadas 313 mortes. Uma média de um assassinato a cada 27 horas.

Uma educação não sexista e não homofóbica é uma das bandeiras da Contee, que ressalta o papel do ensino como instrumento de construção da cidadania. Por isso, a Confederação manifesta seu apoio às propostas de lei que criminalizem todas as formas de preconceito e violência, além de reiterar o princípio, aprovado no último Conatee, de “busca por se fazer representar junto a fóruns governamentais e não governamentais de políticas para mulheres, antirracistas, de combate à homofobia e lesbofobia” e “a afirmação de compromissos de luta que visem combater todo tipo de preconceito, discriminação com a relação à cor, orientação sexual, de idade de credo, fortalecendo os direitos constitucionais”.

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Fonte: Contee/Portal Brasil

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Flávia M. de Souza

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Melhora das aposentadorias

A fórmula 85/95, aprovada na semana passada pela maioria dos deputados, vai melhorar bastante a vida dos futuros aposentados, na opinião da CUT. Vai diminuir o tempo para se aposentar e ainda vai aumentar o valor das aposentadorias.

Ao contrário do que muitos estão imaginando, as pessoas não terão de ter 85 anos ou 95 anos de vida para se aposentar. Nada disso.

A fórmula é simples. Os trabalhadores e trabalhadoras vão poder somar a idade e o tempo de contribuição à Previdência para se aposentar sem desconto.

Acompanhe:

Idade + tempo de contribuição = 85 (mulheres) e 95 (homens). Se a conta bater, o trabalhador ou trabalhadora terá aposentadoria integral.

Pelas regras, os homens têm de contribuir 35 anos para a Previdência. As mulheres, 30.

Vamos citar dois exemplos básicos:

  1. Homem com 60 anos + 35 anos de contribuição = 95 (aposentadoria sem desconto)
  2. Mulher com 55 anos + 30 anos de contribuição = 85 (aposentadoria sem desconto)

A idade das pessoas pode variar caso a caso, já que muitos começam a trabalhar desde muito cedo, e tantos outros trabalham alguns períodos sem fazer contribuições à Previdência – seja porque ficam um tempo sem carteira assinada ou não pagam o Guia da Previdência Social (GPS), quando autônomos.

“O que não muda é a certeza de que com a Fórmula 85/95 os brasileiros e brasileiras vão ter uma situação bem melhor do que a atual”, diz Vagner Freitas, presidente nacional da CUT.

Fator previdenciário

Hoje em dia existe o fator previdenciário, criado pelo governo FHC (PSDB), em 1998, que estica o tempo de trabalho das pessoas e encolhe as aposentadorias.

Com o fator previdenciário criado pelo FHC, mesmo quando o trabalhador e a trabalhadora já pagaram 30 anos ou 35 anos para o INSS, não podem se aposentar com o ganho integral, por causa da chamada “tábua de expectativa de vida”.

Ao longo das últimas décadas, a idade média da população vem subindo, em função das melhorias no atendimento médico, habitação e saneamento. Nossa expectativa de vida sobe todos os anos.

Por causa do fator previdenciário do FHC, toda vez que a expectativa de vida sobe, aumenta o tempo de trabalho necessário para se aposentar. É uma situação perversa que poderia ser ilustrada com a imagem de um pedestre que corre atrás de um carro veloz: vai tentar, mas nunca conseguirá alcançar.

Caso cansem de esperar, já que a tábua de expectativa de vida não para de subir, o trabalhador ou a trabalhadora se aposentam com o desconto criado pelo fator previdenciário.

Como surgiu a 85/95

A Fórmula 85/95 acaba com essa distorção. A 85/95 foi elaborada e negociada em conjunto, em 2009, pela CUT e as outras cinco maiores centrais, a Secretaria Geral da Presidência, o Ministério da Previdência e o então deputado federal Pepe Vargas (PT-RS), no segundo mandato do governo Lula. O projeto seguiu então para o Congresso.

No ano seguinte, com nova composição, o Congresso deixou o projeto na gaveta, até que, na última quarta-feira, o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) sacou a proposta, logo depois aprovada em plenário.

“O governo Fernando Henrique, com o fator previdenciário, retirou direitos dos trabalhadores. Já a proposta aprovada pela Câmara é resultado de um amplo debate. Sua adoção será um antídoto para a distorção existente hoje. Como regra de transição, vai respeitar o tempo de trabalho e de contribuição das pessoas”, avalia Vagner, presidente da CUT.

Mais vantagens

Outra mudança vai beneficiar aqueles que já tiverem tempo de contribuição, mas que ainda não atingem a soma 85 ou 95, por causa da idade.

A partir do momento em que atingirem o tempo de contribuição, além de a tábua de expectativa de vida ficar congelada, cada ano seguinte de trabalho vai valer por dois.Na primeira linha, veja como funciona para quem atingir o 85/95. Abaixo, como ficará mais fácil para quem já tem tempo de contribuição

Dois exemplos:

  1. Um homem com 50 anos + 35 anos de contribuição = 85

Matematicamente, ele deveria trabalhar mais dez anos. Porém, como cada próximo ano de trabalho passará a valer dois, pois serão somados o ano de vida e o ano de contribuição, ele terá de trabalhar só a metade, ou seja, cinco anos, para se aposentar sem descontos.

  1. Uma mulher com 45 anos +30 de contribuição = 75

Da mesma forma que o exemplo anterior, essa trabalhadora deveria puxar mais 10 anos de trabalho. Com as novas regras do 85/95, esse tempo cai para cinco anos.

Comprovar tempo de contribuição ficará mais fácil

Para ter uma ideia de como atualmente o tempo de contribuição – o precioso tempo em que o trabalhador e a trabalhadora pagam a Previdência – é pouco valorizado pelo sistema, basta citar que apenas 26% das aposentadorias no Brasil são concedidas por esse critério. A grande maioria, 56%, são por idade, o que significa que as pessoas não conseguem comprovar a contribuição.

A Fórmula 85/95 cria novos mecanismos para mudar isso e dar mais oportunidades para as pessoas terem e comprovarem o tempo de contribuição. Confira as propostas neste sentido:

– a tábua de expectativa de vida não vai mais ser considerada para fins previdenciários para quem já tiver atingido 30 ou 35 anos de contribuição. A tábua será congelada, ou seja, a idade mínima de contribuição não vai aumentar todo o ano;

– o trabalhador que estiver desempregado e recebendo o seguro- desemprego vai poder contar esse período como tempo de contribuição para a Previdência. Dessa forma, vai diminuir lacunas ao longo da sua vida laboral;

– o aviso prévio também será considerado como tempo de contribuição;

– garantia de que todos os trabalhadores que estiverem a 12 meses de se aposentar tenham estabilidade no emprego, da mesma forma como já acontece em vários acordos e convenções coletivas de categorias como metalúrgicos, bancários, químicos, eletricitários, etc.

Como ficam as contas da Previdência

Os meios de comunicação tradicionais já estão alardeando que essa mudança, embora boa para os trabalhadores, vai piorar as contas do governo e prejudicar o Brasil.

“Não se pode esquecer, no entanto, que a valorização das aposentadorias vai injetar mais dinheiro na economia, o que faz girar o comércio e os serviços e gera mais empregos e salários. É isso que faz a arrecadação subir e manter o País forte. E que deixa o povo mais feliz”, diz Vagner.

Voltaremos a esse assunto na próxima semana. Mostraremos que essa mudança não provocará “rombo” na Previdência, como estão dizendo os analistas e jornalistas conservadores.

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Fonte: Contee/CUT

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Flávia M. de Souza

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“Bolsa Família diminuiu pobreza, desigualdade e desemprego”

Relatório aponta que o programa atinge 50 milhões de pessoas. Apesar de seu alcance amplo, o custo fiscal é de menos de 0,6% do PIB por ano.

Relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) que analisa a economia brasileira apontou que políticas sociais como o Bolsa Família e o Brasil Sem Miséria tiveram um papel importante na redução da miséria do país. O documento foi divulgado no início do último mês.

De acordo com o relatório, “pobreza, desigualdade e desemprego estão em uma trajetória de queda por mais de uma década, graças, em parte, às políticas sociais (…). Milhões de famílias saíram da situação de pobreza graças às intervenções políticas e aumentos reais no salário mínimo”.

O documento aponta que o Bolsa Família atinge aproximadamente 50 milhões de pessoas, um quarto da população brasileira. Apesar de seu alcance amplo, o custo fiscal do programa é de menos de 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) por ano; a transferência mensal por família é em torno de R$ 169,00 em 2014.

Por sua vez, o Brasil Sem Miséria foi lançado em 2011 com o objetivo de superar a pobreza extrema. “22 milhões de pessoas saíram da extrema pobreza desde o lançamento do Brasil Sem Miséria. (…) Esse programa vai além da transferência de renda e promove qualificação educacional, integração ao mercado de trabalho e melhorias no acesso a serviços públicos”.

A conclusão do Fundo é que o impacto destes programas no bem-estar dos beneficiários vai além da renda. “Em relação à educação, os participantes tem maior frequência escolar, maior progressão escolar e menos repetição de série. Na saúde, mortalidade infantil, subnutrição, baixo peso no nascimento e diarreias diminuíram, e taxas de vacinação e amamentação aumentaram. Além disso, os programas fortaleceram a independência financeira das mulheres, pois são elas que recebem o dinheiro.”

Acesse aqui o relatório.

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Fonte: Contee/Do Brasil de Fato

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Flávia M. de Souza

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Entrevista com o sociólogo Ricardo Antunes

A Revista Giz, publicação digital do Sinpro-SP, destaca nesta semana entrevista exclusiva com o sociólogo da Unicamp, Prof. Ricardo Antunes, que fala sobre a edição revisada e ampliada de Adeus ao trabalho? . O livro chega às livrarias justamente quando o Brasil resolve reduzir alguns direitos trabalhistas.

“O projeto da terceirização é uma regressão ao trabalho escravo no Brasil. Ainda que sob a forma da escravidão moderna. Ele arrebenta a CLT, que se constituiu no Brasil como a verdadeira Constituição do Trabalho no Brasil”, explica Antunes.

Confira aqui a entrevista completa.

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Fonte: Sinpro SP

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Flávia M. de Souza

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Começam os debates no Senado

O projeto de lei que trata da terceirização começa a ser discutido no Senado, onde atualmente tramita sob a sigla PLC 30 (antigo PL 4330). Na próxima terça-feira, haverá sessão temática no Plenário para debater o projeto.

No dia 14 de maio, aconteceu a audiência pública, organizada pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa da casa, “Lei Áurea, a Terceirização e o combate ao trabalho escravo”, cujo principal assunto foi o projeto de terceirização.

O PLC 30 foi alvo de muitas críticas. Os participantes ressaltaram os efeitos nocivos da proposta e as consequências de terceirização da atividade-fim para os trabalhadores brasileiros. O presidente da Comissão, Paulo Paim, destacou dados de pesquisa de opinião: 90% da população é contra o projeto.

A Agência Senado informa que o Fórum Nacional em Defesa dos Trabalhadores entregou a Paim proposta de substitutivo para o PLC 30, que veda a adoção da terceirização nas atividades-fim, proíbe a locação de mão-de-obra e determina igualdade de direitos entre trabalhadores formais e terceirizados dentro da mesma empresa. “Nosso principal objetivo é derrubar a proposta. Mas se não for possível este substitutivo balizará nossa ação aqui”, afirmou o senador.

Ainda de acordo com a Agência Senado, o presidente da casa, Renan Calheiros, afirmou que não deverá trabalhar com a mesma filosofia da proposta como ela foi votada pela Câmara, liberando a terceirização nas atividades-fim das empresas.

O Sinpro-SP acompanhará a sessão temática no Plenário do Senado, marcada para o dia 19 de março, que será aberta a participação da sociedade.

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Fonte: Sinpro SP

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Flávia M. de Souza

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