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Neste Dia do Estudante, a luta é pelo direito de pensar

Hoje, 11 de agosto, é o Dia Nacional do Estudante. E é também o dia em que, em pleno 2016, eles precisam sair às ruas para defender o acesso à educação pública, protestar contra os cortes e privatizações na área e também lutar em prol de seu direito de aprender, de ter contato com argumentos plurais e de pensar, o qual está sendo cerceado pelas propostas de Lei da Mordaça que tramitam em todo o Brasil.

“A Escola da Mordaça nunca irá nos calar sobre o sucateamento, iremos lutar mais uma vez, contra esse projeto, contra a reorganização, que, mesmo com mais de 200 escolas ocupadas, vem sendo feita por debaixo dos panos, com os cortes que nos atingem de todos os lados”, afirmaram os estudantes secundaristas de São Paulo, organizadores de ato público nesta quinta-feira.

Neste 11 de agosto, a Contee presta sua homenagem a esses estudantes de luta e reafirma que estamos juntos nessa batalha. A defesa da escola pública, gratuita e de qualidade socialmente referenciada, bem como a regulamentação da escola privada – para que esta seja uma opção democrática, e não uma imposição aos estudantes que transforma educação em mercadoria –, são bandeiras da Confederação desde sua fundação, há mais de 25 anos. E a elas se junta agora o combate à Lei da Mordaça, contra a qual a Contee tem atuado fortemente, incluindo o desenvolvimento de uma campanha nacional que será lançada em breve.

A atuação da Contee se fez presente, nesta semana, na 1ª Plenária Estadual de Educação, com o tema “Em defesa da educação e da democracia”, promovida pela Fepesp, na qual a Confederação foi representada pela coordenadora da Secretaria de Políticas Internacionais, Maria Clotilde Lemos Petta.

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Para Conceição Fornasari, diretora da Fepesp e do Sinpro Campinas, o projeto preocupa por representar um enorme retrocesso. “Acho que o nome mais apropriado para o Escola Sem Partido é ‘escola com mordaça’. Porque aprender não é ler e repetir. A leitura que a escola precisa fazer do mundo seja por meio de uma disciplina de humanas ou de exatas é uma leitura crítica. E como você alcança isso? Através do debate. E se o debate é proibido a educação vai naquele rumo que tanto combatemos, que é a educação para robôs e não para seres humanos em sua totalidade.”

A tendência de privatização da educação básica pública, contra a qual os estudantes secundaristas estão nas ruas, também foi alvo de críticas. “Muitas vezes essa privatização é feita de forma ‘branca’. Nas chamadas escolas charter, que são escolas públicas administradas por ONGs, Sistema S ou entidade privadas, os professores continuam sendo remunerados pelo Estado, mas a administração passa a ser privada porque o público não tem qualidade. Isso é uma forma branca de privatizar”, aponta Conceição.

Outro modelo de privatização que está sendo implantado mais vagarosamente, mas que deve se intensificar daqui para frente são os vouchers educacionais. “Você dá uma verba para os pais para eles comprarem uma vaga na escola privada, justificando que o governo – municipal, estadual, federal – está dando a oportunidade do pai escolher. E aí nós temos que entrar na questão da qualidade: não é porque é privada que é boa. Imagina diante de um voucher de 400 reais que escola você vai conseguir pagar para seu filho”, explica Conceição.

A PEC 241/2016, enviada à Câmara dos Deputados em junho, que tem por objetivo aprovar o Novo Regime Fiscal, que pretende limitar o crescimento do gasto público à inflação e revogar as vinculações de percentuais de Receita da União para Saúde e Educação, também foi lamentada. Para Reginaldo Soeiro, do Fórum Estadual da Educação de São Paulo, a aprovação da medida ameaça o cumprimento do próprio Plano Nacional de Educação (PNE), que acaba de completar dois anos. “Com a PEC 241, não é que o PNE corre risco, ele não vai acontecer”, alerta.

Em Brasília

Na semana passada, a Contee, representada por Rodrigo de Paula, coordenador da Secretaria de Juventude – pasta que, por seu próprio nome, mostra a identificação com os estudantes –, também participou da entrega, em Brasília, de ofícios da Frente Nacional Escola Sem Mordaça a diversos órgãos, cobrando audiências em caráter de urgência para posicionamentos acerca das proposições de leis da mordaça nas escolas, como o PL 867/2015, do deputado Izalci Ferreira (PSDB-DF), e o PLS 193/2016, do senador Magno Malta (PR-ES).

Foram realizadas visitas a parlamentares, à Câmara dos Deputados, ao Senado e ao Ministério da Educação (MEC), onde foram protocolados três ofícios, um para cada órgão. Os representantes da frente ainda se reuniram com os senadores Cristovam Buarque (PPS-DF) e Paulo Paim (PT-RS), protocolando mais um ofício junto ao primeiro – que é relator do PLS 193/2016 e membro da Comissão Permanente de Educação, Cultura e Esporte do Senado.

Toda essa mobilização representa a união de trabalhadores em educação e de estudantes em defesa de uma educação sem censura, plural, democrática e cidadã.

 

Da redação, com informações da Rede Brasil Atual, da Carta Educação e do Sinasefe

 

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Lei Maria da Penha completa 10 anos

Após uma década, a norma também passou a ser aplicada para proteger outras pessoas em situação vulnerável.

 

Prestes a completar 10 anos de existência no próximo dia 7, a lei Maria da Penha(11.340/06) é considerada uma das mais avançadas do mundo com relação à proteção da mulher, de acordo com o Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher – Unifem. Para chegar nesse patamar, no entanto, um longo caminho teve que ser percorrido.

A criação de uma lei que coibisse a violência doméstica e familiar contra a mulher só se tornou projeto após a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos – OEA, em abril de 2001, condenar o Brasil, por negligência e omissão em relação à violência doméstica.

A condenação se deu em razão de denúncia da cearenseMaria da Penha Maia Fernandes, que passou quase 20 anos, sem sucesso, lutando pela punição de seu ex-marido. À época, mesmo tendo sido condenado por tentar matá-la com um tiro enquanto dormia e de tê-la deixado paraplégica, Marco Antônio Heredia Viveiros continuava em liberdade.

Do projeto à lei

Entre as recomendações da OEA, estava a de alterar a legislação brasileira, para que proporcionasse mecanismos para coibir a violência contra a mulher. Assim, o governo Federal apresentou à Câmara, em 3/12/04, o PL 4.559/04.

O anteprojeto foi elaborado por um grupo de trabalho interministerial, composto por representantes da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres; Casa Civil; AGU; Ministério da Saúde; Secretaria Especial dos Direitos Humanos; Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial; Ministério da Justiça e Secretaria Nacional de Segurança Pública.

Na Câmara, o projeto inicial ficou prejudicado, sendo aprovado na forma de substitutivo da CCJ, após tramitar por pouco mais de um ano e três meses. Já no Senado, a tramitação foi mais rápida. Cinco meses após sua chegada na Casa, a proposta (PLC 37/06) foi aprovada com alterações redacionais. O texto foi sancionado sem vetos em 7/7/06 pelo então presidente Luís Inácio Lula da Silva, e entrou em vigor 45 dias após a sua publicação.

Constitucionalidade

Mesmo alguns anos após entrar em vigor, a aplicação da lei Maria da Penha sofreu resistência por parte de alguns magistrados, por considerá-la inconstitucional e violadora da igualdade entre homens e mulheres.

É o caso do juiz da 1ª vara Criminal de Sete Lagoas/MG Edílson Rumbelsperger Rodrigues, que se negou a aplicar a norma, e foi posto em disponibilidade pelo CNJ pelo período de dois anos. Outro exemplo é o juiz Marcelo Colombelli Mezzomo, da 2ª vara Criminal de Erechim/RS, que negou mais de 60 pedidos de medidas preventivas com base na lei.

Em razão dessa resistência, que também foi verificada no TJ/MS, TJ/RJ, TJ/MG e TJ/RS, a União ajuizou no STF a ADC 19 com o objetivo de confirmar a constitucionalidade da lei Maria da Penha. Tempos depois, a PGR propôs a ADIn 4.424.

Em fevereiro de 2012, o plenário do Supremo julgouprocedentes as ações. Na ADC, foi declarada a constitucionalidade dos arts. 1º, 33 e 41, da lei 11.340/06. O relator, ministro Marco Aurélio, afirmou, à época, que a lei Maria da Penha “retirou da invisibilidade e do silêncio a vítima de hostilidades ocorridas na privacidade do lar e representou um movimento legislativo claro no sentido de assegurar às mulheres agredidas o acesso efetivo a reparação, a proteção e a justiça“.

Já no julgamento da ADIn, a Corte conferiu interpretação conforme aos arts. 12, inciso I, e 16 da norma, para estabelecer a possibilidade de o Ministério Público dar início a ação penal sem necessidade de representação da vítima. Segundo Marco Aurélio, relator também desta ação, essa atuação visa à proteção da mulher.

Avanço

Com o passar dos anos após sua entrada em vigor, a lei Maria da Penha passou a ser aplicada não só a casos de mulheres agredidas por seus maridos, mas por outros homens de seu convívio, a relações homoafetivas e outros tipos de relação onde haja violência.

Em 2008, a 6ª turma do STJ entendeu que a norma pode ser aplicada em casos de violência cometida por ex-namorado. O mesmo colegiado decidiu que se enquadra na lei caso de ameaça feita contra mulher por irmão, ainda que não residam mais juntos. Ainda no STJ, a 3ª seção afirmou que a lei pode ser aplicada a relações de namoro, independentemente de coabitação. Já a 5ª turma enquadrou na lei Maria da Penha filho que agrediu pai.

A lei 11.340/06 também já foi utilizada para proteger mulheres de agressão de outras mulheres. Em SC, o TJconfirmou a aplicação da lei em processo que resultou na condenação de uma mulher, por ter agredido sua ex-sogra.

A lei Maria da Penha ainda vem sendo aplicada em relacionamentos homoafetivos. Decisões de vários Estados do país (RS, RJ, SP, GO, MT, e outros) foram proferidas no sentido de garantir proteção a homossexuais e transexuais. Nesses casos, entendeu-se, em geral, que apesar de a norma visar à proteção das mulheres pode ser aplicada a todo aquele em situação vulnerável.

Recentemente, o Conselho Nacional de Procuradores-Gerais decidiu que todas as promotorias do país podem aplicar a lei Maria da Penha, em caso de agressões a mulheres transexuais e travestis que não fizeram cirurgia de mudança de sexo e não alteraram o nome ou sexo no documento civil.

Com informações: Portal Migalhas

 

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Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado convida para Audiência Pública em Goiânia sobre Direito dos Trabalhadores

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O Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal, Senador Paulo Paim convida para Audiência Pública sobre: Direito dos Trabalhadores com foco na Previdência Social, Combate ao Trabalho Escravo(PLS 432/13), Negociado acima do Legislado, Terceirização, PLP 257/16, Combate à Violência contra as Mulheres, Combate a Todos os Preconceitos e Defesa da Democracia, a realizar-se no dia 12 de agosto de 2016, sexta-feira, às 14hs, no Auditório da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás  (Palácio Alfredo Nasser – Alameda dos Buritis, nº 231- Setor Oeste – Goiânia/GO)

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Prazo para o saque do abono salarial de 2015 é prorrogado para 31 de agosto; se informe

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Quem ainda não sacou o dinheiro do PIS terá mais uma chance para retirar o benefício. O valor deveria ter sido retirado até o último dia 30 de junho, mas o Governo Federal decidiu prorrogar o prazo porque 1,2 milhão de pessoas ainda não sacaram o benefício em todo o País. A nova data para receber o benefício, no valor de um salário-mínimo (R$ 880,00) será de 28 de julho até 31 de agosto.

A medida vale para o calendário 2015. Sobraram nos cofres da Caixa Econômica Federal R$ 880 milhões que aguardam seus donos.

Tem direito ao abono salarial quem exerceu atividade remunerada durante pelo menos 30 dias em 2014 e recebeu até dois salários-mínimos por mês nesse período.

Para retirar o benefício, basta ir à lotérica ou um terminal de autoatendimento, caso tenha o Cartão do Cidadão e senha. Outra opção é procurar uma agência da Caixa. Informações pelo telefone 0800-726 02 07.

Na última sexta-feira (1º) foi prorrogado o prazo para que trabalhadores façam o saque do abono salarial do PIS/Pasep, referente ao ano-base de 2014. O prazo havia terminado no quinta (30). No entanto, cerca de 1,2 milhão de pessoas que têm direito ao benefício não fizeram o saque.

Para ter direito ao abono salarial de 2015, o trabalhador precisa:
– estar cadastrado no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos;
– ter recebido remuneração mensal média de até 2 salários mínimos em 2014;
– ter exercido trabalho remunerado por pelo menos 30 dias em 2014;
– ter os dados atualizados pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais
Como sacar o PIS/Pasep
– Antes de sacar o PIS, o trabalhador deverá verificar se o benefício não foi depositado diretamente na conta. Caso contrário, deve comparecer com o Cartão do Cidadão e senha cadastrada nos terminais de autoatendimento da Caixa ou em uma Casa Lotérica. Se não tiver o Cartão do Cidadão, o beneficiado pode receber o abono em qualquer agência da Caixa mediante apresentação de um documento de identificação.
– Já os participantes do Pasep (Banco do Brasil), após verificar se houve depósito na conta, devem procurar uma agência e apresentar um documento de identificação.
– As informações sobre o direito ao saque também podem ser obtidas pela Central de Atendimento Alô Trabalho – 158; pelo 0800-7260207, da Caixa; e pelo 0800-7290001, do Banco do Brasil.
O valor equivale a um salário mínimo vigente na data de pagamento, atualmente em R$ 880. Os recursos que não forem sacados retornam para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Calendário 2016/2017
O abono salarial 2016 começará a ser pago em 28 de julho, conforme calendário definido pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat).
A estimativa do Ministério do Trabalho é que sejam repassados R$ 14,8 bilhões a a 22,3 milhões de trabalhadores que têm direito ao abono.

PIS e Pasep

O Programa de Integração Social (PIS) e o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) são contribuições sociais de natureza tributária, devidas pelas pessoas jurídicas, com objetivo de financiar o pagamento do
Seguro-Desemprego e Abono Salarial.

De acordo com o Ministério do Trabalho, o PIS é destinado aos funcionários de empresas privadas regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e o Pasep é devido aos servidores públicos. Segundo os números oficiais, em todo o Brasil foram identificados 23,6 milhões de trabalhadores com direito a receber o abono salarial de 2015.

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(Tabelas reproduzidas Ministério do Trabalho)

 

Fonte: CTB

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Manifestantes ocupam posse ilegítima do Conselho Nacional de Educação

Manifestantes ligados à luta em defesa da educação ocuparam nesta segunda-feira (11) a cerimônia de posse dos 12 novos membros do Conselho Nacional de Educação (CNE) que foram nomeados de forma ilegítima por Michel Temer. O interino anulou a nomeação dos conselheiros indicados pela presidenta Dilma Rousseff no último mês de maio. Os manifestantes denunciam que foram proibidos de participar da cerimônia e apenas alguns conseguiram participar da posse.

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O ex-ministro da Educação, Aloizio Mercadante, criticou a anulação das nomeações do CNE. Para Mercadante, ” as indicações realizadas pela presidenta Dilma Rousseff constituíram um ato jurídico perfeito, feitas por um governo com legitimidade para faze-las”.

Segundo o ex-ministro, as indicações, realizadas por Dilma, foram resultado de grande participação social, respeitando indicações feitas por 39 entidades civis de educação e cronograma acordado com o próprio CNE. Maria Izabel Azevedo Noronha, por exemplo, foi indicada pela CONTEE, CNTE, UNE e UBES. “Os professores e trabalhadores têm o direito de estar representados na CNE”, diz o ex-ministro.

 

STF nega liminar para professora participar do Conselho

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, negou nesta segunda-feira (11) o pedido de liminar feito pela presidente do Sindicado dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp) Maria Izabel noronha (Bebel), que questionava a suspenção do seu nome para uma das câmaras do Conselho Nacional de Educação.

Na ação, a defesa de Bebel alega que ela adquiriu o “direito líquido e certo” quando foi designada para o cargo de conselheira e pede que o decreto de revogação seja suspenso até a decisão final do Supremo, garantindo a posse dos indicados por Dilma no CNE.

O relator da ação no STF é o ministro Luís Roberto Barroso, mas a decisão foi tomada pelo presidente da Corte em razão do recesso judiciário. Nesse período, Lewandowski analisa ações urgentes.

Na decisão, o ministro disse que a autora da ação não chegou a tomar posse no cargo e que por isso o caso não é considerado urgente, como alegado pela defesa.

 

Conselho Nacional de Educação

O conselho nacional de educação hoje é quem normatiza e regulamenta as políticas públicas de educação, é responsável por deliberar sobre as bases nacionais curriculares, os currículos dos professores, os curriculos dos cursos de graduação, o CNE é ligado ao Ministério da Educação, porém, segundo a Lei de Diretrizes de Bases (LDB) ele tem um papel específico de  zelar pela qualidade do ensino e pelo cumprimento da legislação educacional.

O Comitê Nacional de Educação contra o Golpe – Fora Temer, em defesa da Democracia e Nenhum Direito a Menos, composto por mais de 40 entidades que lutam contra o desmonte da educação, aprovou em plenária um calendário extenso de atividades para dizer não as medidas neoliberais do governo interino.

 

 

Confira abaixo o que mudou com a troca dos conselheiros 


Indicações governo Dilma

Câmara de Educação Básica:

Maria Izabel Azevedo Noronha: CONTEE, CNTE, UNE e UBES
Antonio Carlos Caruso Ronca: ANPAE, CONTEE, ANFOP, UNE e ABED
Antonio Ibañez Ruiz: ABC, ANDIFES, ABED, SBPC, ABED e CRUB

Câmara de Educação Superior:

Luiz Fernandes Dourado: CNTE, ANPED, UNCME e ANPAE
José Eustáquio Romão: CRUB E ANPG
Maria Lúcia Cavalli Neder: ABEDi, ANDIFESE CRUB

Indicações governo interno Temer

Câmara de Educação Básica:

José Francisco Soares: ABAVE
Nilma Santos Fontanive: ABAVE (terceiro lugar)
Suely Melo De Castro Menezes: CONSED (último lugar), UNCME e FNCE

Câmara de Educação Superior:

Antonio Araújo Freitas Júnior: ABE e ANDRAD
Antonio Carbonari Netto: ANM
Francisco César de Sá Barreto: ABC

 

 

Fonte: Portal Vermelho

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Propor jornada de 80 horas semanais é uma provocação ao trabalhador brasileiro

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Nós sindicalistas repudiamos a sugestão, proferida pelo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, nesta sexta-feira (8), após uma reunião com o presidente interino Michel Temer e cerca de 100 empresários do Comitê de Líderes da MEI (Mobilização Empresarial pela Inovação), segundo a qual o Brasil deveria ampliar sua carga horária de trabalho em até 80 horas semanais e de 12 horas diárias para classe trabalhadora.

Neste momento em que as centrais sindicais buscam um diálogo, a fim de estabelecer um consenso benéfico para todos, tal afirmação, que faz lembrar a situação da classe operária do século 19, surge como uma provocação estapafúrdia ao povo brasileiro.

O que os trabalhadores querem e precisam é andar para frente, não retroceder na história. Neste sentido aproveitamos a oportunidade para reafirmar nossa bandeira pela redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, sem redução de salário.

A proposta da jornada de 80 horas semanais vai na contramão de todos os estudos sobre o trabalho no Brasil. Pesquisas do Dieese, por exemplo, apontam que a adoção das 40 horas semanais poderá gerar mais de 2 milhões de novos postos de trabalho. Na mesma linha, estudos do Ipea apontam que uma jornada de 12 horas semanais seria suficiente para produzir a mesma riqueza produzida com uma jornada legal de 44 horas.

A elevação do nível de emprego e dos salários irá beneficiar todo o país e promover o crescimento da economia brasileira, fortalecendo o mercado interno, ampliando o consumo e estimulando os negócios no comércio e na indústria.

A adoção de uma jornada de 80 horas semanais, por outro lado, causará um atraso social, cultural e econômico, submetendo a classe trabalhadora a condições desumanas afetando (1) sua saúde e qualidade de vida; (2) sua possibilidade de escolaridade e conhecimento; (3) e reduzindo seu tempo de vida social e cultural.

Acreditamos que a redução da jornada de trabalho sem redução de salário é indispensável para ampliar a oferta de emprego, na medida em que os ganhos de produtividade – fruto do desenvolvimento tecnológico e de formas mais avançadas de gerenciamento – requerem essa mudança. Qualquer medida contrária só ampliará a precarização e retirará direitos consagrados pela luta histórica da classe trabalhadora.

As centrais sindicais conclamam à classe trabalhadora e ao conjunto do povo brasileiro para que se mantenham alertas, vigilantes e mobilizados para a luta contra o retrocesso neoliberal neste difícil momento da vida nacional, marcada por uma brutal ofensiva dos capitalistas contra o Direito do Trabalho, a democracia e a soberania nacional.

Adilson Araújo, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)
Antônio Neto, Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB)
José Calixto Ramos, Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST)
Paulo Pereira da Silva, Força Sindical
Ricardo Patah, União Geral dos Trabalhadores (UGT)
Vagner Freitas, Central Única dos Trabalhadores (CUT)

 

 

Fonte: CONTEE

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Eleições no Sinpro Goiás terão chapa única

As eleições no Sindicato dos Professores do Estado de Goiás, marcadas para os dias 29, 30, 31 de agosto e 01, 02 de setembro de 2016 terão chapa única, conforme relação abaixo.

 

A chapa registrada é formada pelos seguintes professores:

MEMBROS EFETIVOS                                  MEMBROS SUPLENTES

 

Raílton Nascimento Souza                             Rosilayne dos S. C. Silva

Orlando Lisita Junior                                      Genésio Carlos Zaffalon

Orestes dos Reis Souto                                  Marcelo Henrique Junta

Alan Francisco de Carvalho                            Fábio Geraldo Araújo

Geraldo Profírio Pessoa                                 Luciano Alvarenga Montalvão

Willian Mendes Costa                                    Sônia Maria Ribeiro dos Santos

Zilmarina Camilo de Oliveira                         Joniana Soares de Araújo

 

CONSELHO FISCAL

MEMBROS EFETIVOS                                 MEMBROS SUPLENTES

Manoel da Silva Álvares                              Paulo Henrique Faria Nunes

Nivaldo dos Santos                                      João Batista Valverde Oliveira

Nárdia de Castro C. Balby                          Edmilson da Silva Alves

 

DELEGAÇÃO CONFEDERATIVA

MEMBROS EFETIVOS                                                   MEMBROS SUPLENTES

Luiz Humberto R. Sales                                     Raimundo Domingos de Moraes

Ailma Maria  de Oliveira                                    Fernanda de Paula Ferreira Moi

 

Podem votar todos os professores que atuam nas escolas particulares de nível básico e superior, em todas as etapas, modalidades, graduação e pós-graduação, de cursos pré-vestibulares e livres, em escolas privadas, bem como de fundações, criadas ou mantidas pelo Poder Público, Senai, Sesi, Senac e Sesc, associados ao Sinpro Goiás, até dia 29 de maio de 2016. 

 

 

Comissão eleitoral

A comissão eleitoral, com poderes para gerir as eleições, já foi nomeada, por ato do presidente do Sinpro Goiás, professor Alan Francisco de Carvalho, assinado no dia 5 de julho e publicado no jornal O Popular, edição do dia 7 de julho. A comissão eleitoral é constituída pelos professores Ozias Martins de Oliveira, Anicilda Pinheiro e Sebastião Adilson Dionizio Brandão.

 

 

Abaixo publicação do Jornal O Popular sobre a chapa e Comissão Eleitoral:

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Comissão eleitoral
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“Sindicatos não podem perder o seu papel de instrumento de defesa dos interesses trabalhistas”

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Foto Capa: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

 

As propostas de flexibilização da CLT previstas no Projeto de Lei 427/2015 são vistas com preocupação pela grande maioria dos ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que defendem a relevância de se manter os parâmetros constitucionais e legais do Direito do Trabalho brasileiro. O alerta foi feito pelo ministro do TST Maurício Godinho que representou a Anamatra em audiência pública realizada nesta terça-feira (5/7) na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP) da Câmara dos Deputados. O PL busca autorizar a homologação, pela Justiça do Trabalho, de acordo e conciliações extrajudiciais em processos trabalhistas e tem como apensados os PLs 944/2015 e 4.962/2016.

O ministro reforçou que a Constituição Federal prevê de maneira equilibrada direitos em todas as esferas da sociedade. “A Constituição colocou como ponto central da sua construção alguns princípios humanísticos-sociais fundamentais como a centralidade da pessoa humana na vida social, a dignidade da pessoa humana, a justiça social, a valorização do trabalho e do emprego, o bem-estar individual e social”, disse. Godinho enfatizou que a Constituição não deixou de reconhecer o sistema econômico da iniciativa privada, mas a diretriz constitucional considera que os incentivos à ela se façam em harmonia a esses princípios constitucionais.

Sobre a possibilidade da homologação dos acordos extrajudiciais, conforme propõe o PL 427/2015, Godinho destacou já ser ampla a prerrogativa aberta pela ordem jurídica e pela Constituição à negociação coletiva trabalhista. “A autorização que a Constituição dá para a negociação coletiva tem que ser compreendida dentro da lógica com que o texto constitucional regula o exercício do poder no país. De maneira geral, a ordem jurídica já dá proteções e prerrogativas muito fortes ao poder econômico. E se a legislação alterar a natureza jurídica dos sindicatos para os transformar em um instrumento de rebaixamento de direitos dos trabalhadores, os próprios sindicatos estarão conspirando contra a sua existência e seus interesses”, alertou. Nesse ponto, de acordo com o ministro, é preciso analisar com cautela as propostas previstas no referido PL.

Godinho lembrou, ainda, do “Documento em Defesa do Direito do Trabalho e da Justiça do Trabalho no Brasil”, recentemente elaborado e assinado por 20 ministros do TST que alerta para os discursos, crescentes em época de crise, em defesa da desregulamentação dos direitos trabalhistas, da redução de benefícios sociais, da terceirização e da mitigação da responsabilidade social das empresas. O documento já tem adesão de mais de 1.800 pessoas, entre magistrados, procuradores, advogados e representantes da sociedade civil. “77% daquela corte superior estabelece a relevância de se manter os parâmetros constitucionais e legais do Direito do Trabalho brasileiro e não se pode se valer de uma situação de crise econômica para se reduzir o patamar de gestão trabalhista e de direitos, fixados, inclusive, na Constituição e nas leis do país, gestadas, estruturadas e aperfeiçoadas pelo parlamento”, pontuou.

O ministro do TST assinalou o papel importante da Justiça do Trabalho na resolução de demandas judiciais. “A jurisprudência trabalhista tem enfrentado, nas últimas décadas, o tema da negociação coletiva e os poderes e os limites dessa negociação. Ela consegue, ao enfrentar alguns milhares de processos no seu dia a dia, cotejar com tranquilidade, equilíbrio e máximo de atenção a adversidade de interesses envolvidos. Essa é a linha central da jurisprudência trabalhista e me parece ser a linha efetivamente constitucional, porque ela leva em consideração esses princípios humanísticos que são fundamentais para uma economia e sociedade civilizadas, e são absolutamente compatíveis ao bom desenvolvimento da economia produtiva-capitalista, como tem se mostrado ao longo dos últimos 27 anos”, finalizou.

Manutenção de direitos

O vice-presidente da Anamatra, Guilherme Feliciano, também fez intervenção durante a audiência destacando que hoje, em tese, já é possível que trabalhador e empregador façam acordo extrajudicial, sem lei que impeça. “A grande questão são os efeitos dessa conciliação se eventualmente isso for discutido perante a Justiça do Trabalho. A Constituição Federal já prevê essa negociação envolvendo redução de salário com consequente redução de jornada. Mas a questão que se põe é, por que isso vem em modo de lei? O que preocupa a Anamatra é a lacunosidade desse texto e quais serão os efeitos da aprovação do PL 427”, alertou.

A audiência foi conduzida pelo presidente da Comissão, deputado Wolney Queiroz, e contou com a participação do presidente do TST, ministro Ives Gandra Filho, e do 1º vice-presidente da Ctasp, deputado Orlando Silva. Pela Anamatra também participaram o diretor de Assuntos Legislativos, Luiz Colussi, a diretora de Aposentados, Virgínia Bahia, além de representantes do Ministério Público, das centrais sindicais e de confederações. O presidente da Anamatra, Germano Siqueira, que não pode participar da audiência por compromissos simultâneos no Congressos, disse que ” é sempre importante deixar claro que as regressões de direitos sociais não constituem pensamento predominante na Magistratura nem no Tribunal Superior do Trabalho”.

 

Fonte: Anamatra

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Desmonte: Conselho Nacional de Educação é entregue a privatistas

O desmonte da educação brasileira teve mais um capítulo ontem (4), com a divulgação da nova lista de designações de conselheiros para o Conselho Nacional de Educação (CNE), assinada na última  sexta-feira (1°) pelo governo interino e golpista de Michel Temer. No dia 28 de junho, havia sido publicada no Diário Oficial da União (DOU) a revogação de decretos que nomearam novos membros do CNE. Os conselheiros desligados do CNE haviam sido indicados e oficializados, em maio de 2016, pela presidenta Dilma Rousseff, hoje afastada do posto.

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Agora, no novo decreto, Temer até reconduz cinco dos 12 nomeados que haviam sido suspensos dias antes, mas mantém os dois nomes comprovadamente privatistas: Luiz Roberto Liza Curi, atual presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e que possui vínculo com o Grupo Empresarial Pearson, e José Loureiro Lopes, ex-reitor do Centro Universitário de João Pessoa. Isso demonstra que, embora tenha mantido alguns nomes, o novo CNE é claramente um reforço do setor privado de educação e dos interesses privados.

Como se não bastasse, entre as novas designações feitas por Michel Temer estão outros nomes ligados a IES privadas, como o de Nilma Santos Fontanive, coordenadora do Centro de Avaliação da Fundação Cesgranrio, Antônio de Araújo Freitas Júnior, pró-reitor de Ensino, Pesquisa e Pós-graduação da Fundação Getulio Vargas (FGV) e, mais grave ainda, Antônio Carbonari Netto, fundador da Anhanguera.

Além do desrespeito às nomeações anteriores, ao manter os nomes ligados ao setor privado e ainda acrescentar outros —, incluindo um que faz parte do maior monstro educacional do país, com capital aberto na bolsa de valores —, o governo golpista comprovadamente torna o CNE um conselho privatista, entregando-o nas mãos dos conglomerados de educação. Mais uma vez, como no caso da nomeação de Curi para a presidência do Inep — sobre a qual a Contee já havia manifestado seu repúdio em março —, a medida coloca em xeque o compromisso com a educação pública e facilita ainda mais a influência dos grupos empresariais e a mercantilização do ensino.

A Contee novamente repudia a atitude do governo de Michel Temer, que enfraquece a luta pela regulamentação do ensino privado e pelo fortalecimento da Educação pública, gratuita, laica, e socialmente referenciada, evidencia do jogo político no qual se inseriu em projetos como o da Base Nacional Comum Curricular e fere a missão do CNE de buscar alternativas democráticas para assegurar a participação da sociedade na consolidação de uma educação nacional de qualidade.

 

Fonte: Contee