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CTB entra na reta final para realização de seu 4º Congresso Nacional; confira a programação

SINPRO GOIÁS - CONGRESSO CTB00001

 

A 16 dias do 4º Congresso Nacional da CTB, os preparativos para o evento encontram-se a pleno vapor. O congresso será em Salvador, entre os dias 24 e 26 de agosto, e deve reunir 1,2 mil sindicalistas do Brasil e do mundo. O evento marca também os dez anos de vida da central, fundada em 12 de dezembro de 2007.

“A CTB é uma central de luta. Nasceu no calor da crise econômica mundial (em 2007) e completará 10 anos em 2017 lutando contra outra grave crise que vem dominando o país”, diz o presidente nacional da CTB, Adilson Araújo.

Entre os assuntos centrais que estarão em debate, destaque para os seguintes temas: a reforma trabalhista e a da previdência e o golpe do capital contra o trabalho, a América Latina e os ataques aos governos progressistas e as contrarreformas e os desafios do movimento sindical.

A realização do congresso, neste cenário conturbado e hostil à classe trabalhadora, será em si mesma um ato político de resistência, unidade e força contra a brutal ofensiva neoliberal que vem atacando direitos sociais e trabalhistas no país.

O 4º Congresso Nacional irá contemplar toda a representatividade nacional e mundial da CTB. Sua programação incluirá, na abertura, um seminário internacional, que trará ao país dirigentes sindicais de diversos países para debater a conjuntura e compartilhar as diferentes lutas políticas e sindicais em curso pelo mundo.

Nos outros dois dias, o foco será no debate de conjuntura, balanço das atividades e elaboração de um documento e de um plano de luta. Personalidades públicas ilustres também darão sua contribuição no debate.

“Estamos convencidos que, marchando com unidade, clareza e consciência, o movimento sindical, a classe trabalhadora e e as forças progressistas reunirão as condições necessárias para relançar um novo projeto nacional de desenvolvimento fundado na valorização do trabalho, na democracia e na soberania nacional”, afirma Araújo.

Confira abaixo ou acesse a programação completa.

4º CONGRESSO NACIONAL DA CTB
Salvador, 24 a 26 de agosto de 2017 – Gran Hotel Stella Maris Resort & Conventions

PROGRAMAÇÃO

23 de agosto – Quarta-feira

08h00 às 12h00 – Recepção da delegação internacional

24 de agosto – Quinta-feira

08h30 – Credenciamento Delegados e Delegadas Nacionais e Internacionais
09h30 – Início Seminário Internacional
18h30 – Abertura Oficial do 4º Congresso Nacional da CTB
19h00 – Apresentação do Documento do 4º Congresso
20h00 – Sessão Solene de Abertura

25 de Agosto – Sexta-feira

08h30 – Credenciamento de Delegados Nacionais
09h00 – Painel: SIGNOS E SIGNIFICADOS DA CTB
10h00 – Intervenção do plenário
11h00 – Painel: A LUTA EMANCIPACIONISTA E O TRABALHO
12h00 – Intervenção do plenário
13h00 – Almoço
14h00 – Encerramento do credenciamento
14h00 – Intervenção do plenário
15h00 – Painel: AS CONTRARREFORMAS E OS DESAFIOS DO MOVIMENTO SINDICAL
16h30 – Intervenção do plenário
20h00 – Encerramento dos trabalhos

26 de Agosto – Sábado

09h00 – Intervenção do plenário
10h00 – Apresentação da proposta de Alteração Estatutária
10h20 – Intervenção do plenário
11h00 – Apresentação do Balanço da CTB
11h30 – Apresentação do plenário
12h30 – Apresentação do Plano de Lutas
12h50 – Intervenção do plenário
13h30 – Almoço
14h30 – Abertura do processo eleitoral: inscrição de chapas
15h30 – Encerramento do prazo de inscrição de chapas
16h00 – Apresentação e defesa de chapa e do Programa da CTB (2017/2021)
16h30 – Eleição e posse da Nova Direção
21h00 – Festa de Confraternização

27 de Agosto – Domingo – Retorno das delegações

 

Portal CTB

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Reforma da Previdência pode trazer novas batalhas de rua

SINPRO GOIÁS - PROTESTO00001

 

A base governamental busca unidade para aprovar a Reforma da Previdência proposta pelo Governo Temer – que praticamente acaba com a aposentadoria dos trabalhadores –, mas novas denúncias surgem apontando que os problemas principais do setor são a sonegação e a gestão.

Estudo do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait) indicou que o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) deixou de arrecadar pelo menos R$ 30,4 bilhões em 2015, devido a sonegação ou inadimplência. Esse valor representa 35% do chamado “deficit da Previdência”, que naquele ano foi de R$ 85 bilhões. A gestão da Previdência foi tema de audiência, dia 7, na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado (CDH).

Pesquisa do Datafolha apurou que a Reforma da Previdência é rejeitada por 71% da população. Para alcançar esse elevado grau de repulsa foi determinante a ação da Contee e do movimento sindical desmascarando os reais conteúdos da proposta de Temer e seu favorecimento aos grupos de previdência privada. Toda a grande mídia faz coro em defesa da reforma antipopular, mas não convence os trabalhadores e trabalhadoras. “A aversão de amplos setores sociais ao corte de direitos referentes à aposentadoria pode provocar uma nova onda da batalha nas ruas”, prevê Gilson Reis, coordenador-geral da Contee.

Informações sonegadas

O governo fala em crise da Previdência, mas não apresenta dados e informações. Marília Castro, do Instituto Brasileiro de Atuária (IBA), afirma ser necessário que “precisamos de um banco de dados confiável plenamente disponível e a garantia de que o financiamento da máquina pública esteja segregado da Previdência”.

O promotor de Justiça Paulo Penteado diz que a sonegação e apropriação indébita da contribuição previdenciária, por incentivos fiscais, só aumentam, e a transferência de valores do Regime Geral de Previdência para a Desvinculação de Receitas da União (DRU) “tira dinheiro do sistema e acaba levando ao déficit”. Ele denunciou que, em 2016, as desonerações previdenciárias somaram R$ 150 bilhões; as sonegações, R$ 46 bilhões, e a DRU, R$ 63 bilhões. “Mais de R$ 200 bilhões retirados do sistema só nesse ano”, contabilizou.

Carlos Silva, do Sinait, revela que, apenas em 2015, foi de R$ 30,4 bilhões o valor das apropriações feitas pelos patrões do que deveria ser pago à Previdência por seus empregados. “Eles estão fazendo isso e comunicam o quanto devem. O governo federal, contudo, não cobra essa dívida e nem pune os praticante desse crime”, condenou.

São contribuições descontadas do salário do trabalhador, que variam de 8% a 11%. Foram arrecadados R$ 60,2 bilhões em 2015, mas deveriam ter sido R$ 90,6 bilhões, segundo os auditores, com base nos dados do Ministério do Trabalho e Emprego. Esse tipo de calote, e apropriação indevida do dinheiro do trabalhador pelo patrão, subiu de 22% em 2012 para 33% em 2015, segundo o Sinait. Nesses quatro anos, R$ 92 bilhões referentes a contribuições previdenciárias do trabalhador deixaram de ser arrecadados.

Há duas sonegações mais comuns, segundo Carlos Silva. Em uma, empresários pagam contribuições menores do que a realmente devida, desconsiderando bonificações e outros auxílios do cálculo. Em outra, grandes empresas transferem ilegalmente funcionários para subsidiárias optantes pelo Simples, onde as contribuições sobre a folha têm alíquotas menores.

Para agravar a situação, e beneficiar as empresas irregulares, o governo federal vem diminuindo a fiscalização. O valor cobrado dos devedores do INSS caiu 19% desde 2014, segundo a Receita Federal, incluindo a fiscalização previdenciária e a cobrança automática (cruzamento de dados). Em 2014, foram cobrados R$ 27,4 bilhões e, em 2016, R$ 22,1 bilhões.

Cláudio Damasceno, presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional) informa que “ano a ano, a Receita sofre com reduções expressivas no orçamento, falta de concursos para recomposição de quadros, redução gradativa no pessoal especializado e sobrecarga de trabalho”. No ano passado houve corte de R$ 433 milhões no orçamento da Receita. De acordo com o Sindicato, existem 9,7 mil auditores fiscais (para fiscalizar todos os desvios, não apenas previdenciários), enquanto o Ministério do Planejamento recomenda que sejam 20 mil auditores.

As contribuições previdenciárias sonegadas são ainda maiores. Além da contribuição previdenciária do trabalhador, existe a contribuição patronal e a contribuição sobre a comercialização de produtos agrícolas. Segundo relatório do TCU, a sonegação do regime rural chega a 70%.

 

Carlos Pompe da Contee

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MP da reforma trabalhista não deve alterar fim da contribuição sindical

SINPRO GOIÁS - CLT00001

 

Um grupo de trabalho (GT) composto por membros do Ministério do Trabalho, o relator da reforma na Câmara dos Deputados, Rogério Marinho (PSDB-RN), e os senadores Ricardo Ferraço (PSDB/ES), Romero Jucá (PMDB-RR), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Armando Monteiro (PTB-PE) e Marta Suplicy (PMDB-SP), discute os pontos da prometida medida provisória (MP) que deverá propor mudanças na reforma trabalhista.

A MP deve ser editada ainda em agosto, conforme informou, ontem (07), o senador Ricardo Ferraço.

No entanto, para quem acreditou na promessa de Temer de manter o financiamento das entidades sindicais, a notícia não é boa. Ferraço avisa que “não há consenso e não será alterado. O senador afirma que a MP não irá descaracterizar a lei, na mesma linha do que foi anunciado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), logo após ter sido sancionada por Temer.

Ferraço também informou que a liberação do trabalho em áreas insalubres para gestantes e lactantes, e a questão de possíveis penalidades pelo descumprimento de acordos na jornada de trabalho intermitente, também tem divergência entre os participantes do GT.

 

De Brasília, Sônia Corrêa – Portal CTB

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Reunião Preparatória para Copa SINPRO GOIÁS 2017/2 é nesta sexta-feira

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O Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – SINPRO GOIÁS informa que nesta sexta-feira, 11/08 às 16h30 acontece na sede do SINPRO GOIÁS a reunião preparatória para a Copa SINPRO GOIÁS 2017/2. Neste encontro terá a formação de equipes, discussão da metodologia de trabalho a ser utilizada e avaliação da Copa anterior. As inscrições para campeonato de futebol soçaite e peteca serão de 11/08 a 15/09, na sede do sindicato.

A Copa SINPRO GOIÁS é uma iniciativa do Departamento de Esporte, Cultura e Lazer do SINPRO GOIÁS, que tem por objetivo proporcionar lazer e diversão para os professores e professoras das instituições privadas de ensino. Monte sua equipe e se inscreva!

 

Por

Elen Aguiar

Assessora de Comunicação do SINPRO GOIÁS

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Onze anos da Lei Maria da Penha

SINPRO GOIÁS - MARIA DA PENHA00001

 

Um dos campeões do mundo na violência contra a mulher, o Brasil ocupa o quarto lugar no cruel ranking de feminicídios. A cada dia, são 13 casos de assassinatos de mulheres por sua condição de ser mulher, segundo dados do Mapa da Violência de 2015. Os motivos mais comuns são “o ódio, o desprezo ou o sentimento de perda do controle e da propriedade sobre as mulheres”, como define o Instituto Patrícia Galvão, organização não governamental (ONG) que debate os direitos das mulheres.

É por isso que marcar este 7 de agosto de 2017, em que se completam 11 anos da Lei Maria da Penha, reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) como uma das melhores legislações do mundo na defesa dos direitos das mulheres, é tão imprescindível. Embora a violência, infelizmente, não tenha diminuído, o aumento das denúncias consiste num grande avanço. É preciso fazê-la avançar mais, para que leve à necessária diminuição no número de agressões e assassinatos de mulheres no país.

Para que a lei seja uma conquista efetiva, e não apenas letra morta, são urgentes ações como: a ampliação de recursos financeiros e humanos em serviços especializados para atendimento com perspectiva de gênero; a promoção de campanhas preventivas nas escolas por meio de uma educação voltada para a igualdade de gênero; a criação e implementação dos serviços de responsabilização para homens agressores; o aprimoramento da produção de informação nacional; a garantia de expansão de serviços especializados no atendimento à mulher em municípios no interior do país e a qualificação de gestores e gestoras para a implementação de redes de serviços especializados nesse atendimento com perspectiva de gênero; o acolhimento de saúde; e, fundamentalmente, a resposta da justiça.

Estas são demandas a serem tratadas com seriedade e, diante delas, neste 7 de agosto, a Contee mais uma vez reafirma seu compromisso com uma educação igualitária, voltada para o respeito da diversidade de gênero e para o combate ao machismo e a todas as formas de discriminação e violência.

 

Por Táscia Souza da Contee, com informações da Agência Patrícia Galvão

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Diretores do Sinpro Goiás tomam posse no Conselho Estadual de Educação

SINPRO GOIÁS - POSSE CEE00005

 

Nesta sexta-feira, 04/08, o presidente do Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – SINPRO GOIÁS, Prof. Railton Nascimento Souza e o secretário geral, Orestes Souto foram empossados como titular e suplente, respectivamente, no Conselho Estadual de Educação. Os diretores assumem lugares antes ocupados pelos diretores, Prof. Alan Francisco de Carvalho e Prof. Manoel Alvares.

Durante a solenidade, Prof. Orestes Souto agradeceu a receptividade dos conselheiros, se colocou a disposição para contribuir, no intuito de aprender num conselho experiente e qualificado. ‘Espero como suplente dar minhas contribuições. Para mim será um grande desafio substituir o Prof. Alan e Manoel, porque suas atuações foram marcantes e ficaram nos corações dos conselheiros”, ressaltou.

Em seu discurso de posse, Prof. Railton pontuou o momento delicado que o país passa e a história de luta do sindicato neste contexto.” É uma honra representar esta categoria, os interesses dela e dialogar com vocês, aprender com vocês e me coloco a inteira disposição para contribuir da melhor forma possível, também estou aqui aberto a aprendizado e quero de braços dados com vocês fazer o melhor pela educação do Estado de Goiás e do Brasil”, salientou!

 

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Sindicatos em alerta: Temer ataca a Previdência Social

SINPRO GOIÁS - PREVIDENCIA00001

 

O governo pretende aprovar a Reforma da Previdência ainda este ano. Na quinta-feira, 3, Michel Temer falou para os líderes da base na Câmara de Deputados colocarem o projeto em votação na primeira quinzena de setembro, para que siga para o Senado em tempo de ser votado em outubro. Durante a semana, os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Fazenda, Henrique Meirelles, confirmaram essa intenção. O sindicalismo se movimenta para barrar mais essa investida contra os trabalhadores.

Padilha distribui cargos e libera emendas para que a base volte a ter entre os 260 e 270 votos que tinha até 17 de maio, quando foram divulgadas as denúncias da JBS envolvendo Temer em corrupção. “Nós temos que conviver com a realidade e a realidade nos impôs uma suspensão temporária no processo da Reforma da Previdência. Agora, a decisão do governo, capitaneado pelo presidente Michel Temer, é de nós retomarmos a Reforma da Previdência para chegar no patamar do dia 17 de maio”.

Meirelles foi no mesmo diapasão. Para ele, até maio a reforma “tinha uma determinada perspectiva imediata de aprovação. São mais de 60 dias que nós vamos ter que retomar com muita energia para poder voltar às condições que nós tínhamos”. Na quarta-feira, 2, o governo conseguiu 263 votos para arquivar a denúncia contra Michel Temer. O placar é insuficiente para garantir a aprovação da reforma da Previdência, que precisa de maioria de 3/5 (308 votos), por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição.

“São decisões diferentes. Acreditamos sim na viabilidade de aprovação”, avaliou Meirelles, que defendeu o relatório a ser votado: “A princípio, o projeto como está no relatório do deputado relator é um projeto adequado. Não há muita margem para alterar isso”.

Problemas na base

As articulações que Temer tem feito para se manter no cargo e fugir do processo causam divisão em sua base. PMDB, PP, PR, PSD, PTB, PRB e outras legendas querem espaços do PSDB, que sustenta o governo mas encaminhou voto pela continuidade da investigação da Procuradoria Geral da República. O presidente da Câmara, e sucessor constitucional de Temer em caso de vacância da Presidência, Rodrigo Maia (DEM), disse que será necessário “muito esforço” para garantir a aprovação da Reforma da Previdência, que ele próprio defende.

Dois ex-presidentes da Casa, petistas e paulistas, Marco Maia e Arlindo Chinaglia, avaliam que Temer vai enfrentar permanente instabilidade com seus aliados, o que dificultará aprovação da Reforma Previdenciária e de outras medidas que exijam quórum elevado.

Essa reforma é do interesse das empresas de previdência privada, muitas delas com participação do capital estrangeiro. Um dos principais porta-vozes do capital internacional, o britânico Financial Times, defende-a, mas a considera um “plano impopular para rever o generoso sistema de pensões do país que permitia que trabalhadores se aposentassem com 50 e poucos anos”.

A denúncia dos sindicalistas

O coordenador-geral da Contee, Gilson Reis, diz que a Reforma da Previdência é “um lixo. Um lixo não reciclável, pois é tóxica. Não serve ao país, não serve aos professores, aos policiais, aos pedreiros, aos lixeiros, a qualquer categoria de trabalhador. Não serve à economia do país. É cercada de mentiras”. Lembrando que ela fere a Constituição, Gilson afirma que “nós não elegemos este Congresso para fazer uma nova Constituição. Os deputados e senadores atualmente em exercício não têm legitimidade para isso”.

A secretária de Comunicação da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Raimunda Gomes, denuncia que “essa reforma visa sucatear a previdëncia pública para fortalecer os fundos de previdência privada, ou seja, é farrear com o dinheiro alheio”. Rosana Colen Moreno, da Nova Central Sindical dos Trabalhadores e da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil, afirma que a reforma “fere convenções relativas e direitos a humanos e ao trabalho”.

Embora alegue déficit na Previdência, para se livrar da investigação sobre corrupção Temer publicou no Diário Oficial da União de terça-feira, 1º,  Medida Provisória para aliviar dívidas previdenciárias de produtores rurais.  Paulo Penteado, da Associação Paulista do Ministério Público, diz que os dados informados sobre deficit sobre Previdência estão errados: “Utilizam previsões orçamentárias e de produtos interno brutos diferentes para a  sua avaliação”.

Para o secretário nacional de Assuntos Jurídicos da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Aleir Ertle, a reforma diminuirá “a arrecadação previdênciária. O déficit da Previdência se deve à sonegação, à Desvinculação de Receitas da União (DRU)” (mecanismo que permite ao governo federal usar 20% de todos os tributos federais vinculados por lei a fundos ou despesas, e sua principal fonte de recursos são as contribuições sociais, que respondem a cerca de 90% do montante desvinculado) e desonerações.

Antônio Carlos Cordeiro, do Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora (Intersindical), considera que “o termo correto não é reforma, mas desmonte do sistema de previdência pública no país, articulado com o desmonte dos direitos trabalhistas e do sistema de proteção social”. Alex Canuto, da Central Pública do Servidor, enfatiza que “não há que discutir sonegação, mas exigir a participação dos sonegadores na cobertura do rombo”.

Waldemir Soares, da Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas), alerta que “a Previdência e a geração de emprego são a maior fonte de distribuição de renda no nosso país”. Flávio Werneck Meneguelli, da Central dos Sindicatos Brasileiros, questiona: “Onde estão os valores superavitários dos últimos 15 anos? Qual parcela da Previdência é destinada ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para empréstimos a fundo perdido ou empréstimos negativos? Por que a Receita Federal e o Banco Central encontram, com grande eficiência, problemas nas declarações de renda de Pessoa Física e não conseguem o mesmo com Pessoa Jurídica?”.

As centrais sindicais estão programando reunião para semana de 6 a 12 de agosto visando ação unitária e produção de material conjunto. Já orientaram que haverá intensificação do corpo a corpo em Brasília e será programado ato conjunto contra a reforma.

 

Carlos Pompe da Contee

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NOTA DE PESAR SOBRE FALECIMENTO DO EX DIRETOR DO SINPRO GOIÁS, PROF. JUAN BERNARDINO

SINPRO GOIÁS - PROF. JUAN BERNARDINO00001

Com imensa consternação, o Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – SINPRO GOIÁS informa e lamenta profundamente o falecimento do Prof. Juan Bernardino Marques Barrio. Prof. Juan Bernardino teve papel relevante no movimento de luta dos professores em Goiás na diretoria do SINPRO GOIÁS, nas gestões do Prof. José Geraldo Santana, no período de 1984 a 1998. Durante esta caminhada ao lado de Santana na diretoria do SINPRO GOIÁS conduziram a mais longa greve da categoria no Estado em 1989, paralisação esta que durou 51 dias. Prof. Geraldo Santana o define como amigo, dedicado, competente e exemplar profissional que “nunca se furtou a luta e esteve sempre presente, a frente como professor e dirigente”.

Presidente do Sinpro Goiás, Prof. Railton Nascimento Souza está consternado com a notícia da morte de seu ex-professor de astronomia. “Ele me apresentou a série Cosmos de Carl Sagan. Foi um homem lutador, defensor da educação pública de qualidade dos direitos dos professores”. Prof. Railton manifesta solidariedade a sua família, aos seus colegas, alunos e ex-alunos dizendo que perderam um mestre. “Juan foi vice-presidente do Sinpro Goiás e presidente da APUC, deixando sua marca e importante contribuição na construção da nossa história de luta sindical em defesa dos direitos dos professores do setor privado de ensino. Sua memória e seu legado são referências na edificação de um mundo melhor, com educação, igualdade e justiça social”, salienta.

SINPRO GOIÁS - APUC00001Por duas vezes foi presidente da Associação dos Professores da Pontifícia Universidade Católica de Goiás – APUC onde foi o pioneiro na construção de sua sede, e que por esse motivo como sócio beneficiário contribuía atualmente, fazendo suas considerações sobre a reforma do prédio.

Desde 1991 fazia parte do quadro de docentes da Universidade Federal de Goiás – UFG onde atuou nos cursos de Geografia e na Pós – Graduação em Educação em Ciências e Matemática. Físico e Astronômico, também atuou na construção do Planetário da UFG se tornando referência e por causa disso passou a presidir a Associação Brasileira de Planetários no início deste ano.

Após uma semana internado por causa de uma infecção, não resistiu e veio a óbito neste domingo 06/08. O velório é nesta segunda-feira a partir das 7h30 da manhã, no cemitério Jardim das Palmeiras. Neste momento de grande tristeza e dor, nós do SINPRO GOIÁS nos solidarizamos a familiares, amigos e toda comunidade acadêmica.

 

 

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Após arquivar denúncia de corrupção, alvo de Temer é acabar com aposentadoria

SINPRO GOIÁS - APOSENTADORIA00001

 

Logo após a votação da Câmara que arquivou a denúncia da Procuradoria-Geral da República que apontava Michel Temer como beneficiário de esquema de corrupção passiva, o presidente ilegítimo, se sentindo fortalecido, volta suas baterias contra os trabalhadores que sonham em um dia se aposentar.

A ordem agora é acelerar a Reforma da Previdência que está parada na Câmara. Para isso, Temer conta com o apoio do presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM/RJ) que já se comprometeu a colaborar para que o governo recomponha a sua base, de modo a garantir os 308 votos necessários para aprovar a Reforma da Previdência.

Nos bastidores de Brasília o burburinho é que Rodrigo Janot, Procurador-Geral da República deve apresentar nova denúncia contra Michel Temer, nos próximos dias e, com isso a Câmara terá que seguir novamente os ritos do processo e analisar a denúncia.

 

Governo está confiante para aprovar reformas

O vice-líder de Temer na Câmara, Darcísio Perondi (PMDB-RS), num rompante de superioridade, afirma que o governo e seus aliados derrubarão qualquer denúncia. Perondi, com a convicção de que a votação de ontem (2) comprovou que Temer tem votos para fazer o que quiser, garante que o presidente ilegítimo começa uma nova fase e fará a reforma da Previdência já nas próximas semanas.

O deputado gaúcho ainda afirmou que, além de ter votos no parlamento, o governo está respaldado pelo silêncio das ruas que, segundo ele, fala em favor de Temer.

A oposição reage e diz que o placar de ontem (263 x 227) demonstra a fragilidade da base do governo para votar a reforma da Previdência. O deputado Bebeto Galvão (PSB/BA) disse que “o sentimento de 95% da população brasileira reprova este governo que desmonta a CLT e reforma a Previdência para que não tenhamos condições de nos aposentar”.

Alice Portugal (BA), líder do PCdoB na Câmara, também contesta a opinião de tranquilidade que Perondi tenta emplacar, destacando a liberação de emendas e o perdão da dívida dos ruralistas com a Previdência Social.

“Para garantir o resultado a seu favor, Temer recebeu mais de 100 parlamentares, só na véspera da votação, e ainda teve tempo para um almoço com a bancada ruralista, onde apresentou a recém-publicada medida provisória que alivia a dívida previdenciária de produtores rurais”, afirma Alice.

 

Fonte: Portal CTB