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Sinpro Goiás comemora o Dia da Mulher

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Nesta sexta-feira, 10/03 o Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – SINPRO GOIÁS, comemorou o Dia da Mulher com salão móvel da Haskell na DrogaPOP – Unidade Praça da Bíblia, palestra com a psicóloga Dra. Jaqueline Olina, curso de automaquiagem com a consultora Thais Pereira da Mary Kay, entrega das Bolsas SINPRO GOIÁS/DrogaPOP, sorteio de um jantar na Churrascaria Los Pampas, estadia no Hotel Serras de Goyás e um tanque de etanol da Rede de Postos Xodó.

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Dra. Jaqueline discorreu sobre “As emoções na Era da Ansiedade e Depressão” mostrando os sintomas dos dois problemas, o quanto são prejudiciais à saúde e quais medidas devem ser tomadas. A psicóloga explicou que a ansiedade em excesso pode causar problemas físicos e a depressão pode levar ao suicídio, segundo caso de mortes no Brasil. “Depressão é uma doença grave que pode levar a um final drástico”, ressaltou.

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Jaqueline orientou que em caso de ansiedade o ideal é não sofrer por antecipação. “Se algo te preocupa, deve analisar o que pode ser feito para resolver, caso não haja nada para se fazer, então deixe as coisas acontecerem e evite pensar naquela situação, o ideal é desviar o pensamento com atividades prazerosas”. Em relação a depressão, o ideal é sempre ter o apoio de pessoas queridas e serem ouvidas porque para a psicóloga aquele que ameaça se matar já decidiu que vai fazer.

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Após a palestra houve o sorteio dos brindes em que a professora, Juliana Barbosa Gonçalves foi contemplada com o jantar na Churrascaria Los Pampas, a professora Laudicéia Costa Brito ganhou a estadia no Hotel Serras de Goyás e a professora Edileuza Caetano de Oliveira Santos vai encher o tanque de seu veículo por conta da Rede de Postos Xodó. Em seguida, as professoras aprenderam a forma correta de se maquiar com a consultora Thaís Pereira da Mary Kay.

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A professora Laudicéia saiu do evento satisfeita não só pela premiação, mas porque já recebeu atendimento no SINPRO GOIÁS. “Estou muito feliz em participar dos eventos, mas estou feliz principalmente com o sindicato porque tudo que precisamos, nós sempre somos orientados de todas as formas. A equipe tem todo um cuidado e atenção necessária nos ajudando”, destacou. Sobre o Dia da Mulher considerou a palestra foi muito interessante. “É algo que estamos vivendo, essa questão da depressão e da ansiedade, então foi um momento muito gostoso de interação. Pra mim foi tudo muito bom”, finalizou.

Para a secretária de Gênero e Etnia, Profa. Zilmarina Camilo de Oliveira, o evento conseguiu alcançar seu objetivo. “Ficamos felizes com a satisfação das nossas professoras ao receber as bolsas que confeccionamos e também com a programação que preparamos com tanto carinho”, comemorou.

 

Por

Elen Aguiar

Assessora de Comunicação do SINPRO GOIÁS

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TV Contee Especial mostra duro golpe da reforma da Previdência sobre as professoras da educação básica

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A luta contra a reforma da Previdência foi uma das principais bandeiras levantadas nas manifestações de ontem (8), no Dia Internacional da Mulher, e também uma das principais razões da greve geral convocada para a próxima quarta-feira, 15 de março. Não é à toa: a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, que tramita no Congresso Nacional, representa o maior ataque aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras nos últimos 30 anos. Com a suposta pretensão de “reformar” a Previdência e a Seguridade Social, o que ela, faz, na verdade, é destruir o direito de aposentadoria, obrigando cada cidadão e cidadã brasileira a trabalhar quase 50 anos de sua vida se quiser se aposentar recebendo o benefício integral.

Por isso, esta TV Contee Especial busca mostrar como esse duro golpe, que afeta todas as categorias, atinge de maneira mais forte ainda o magistério da educação básica, sobretudo as professoras da educação infantil e da primeira fase do ensino fundamental, etapa em que as mulheres são maioria absoluta na tarefa de ensinar.

Assista:

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Nesta sexta-feira venha ao SINPRO GOIÁS pegar sua bolsa de praia e comemorar o Dia da Mulher

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Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, o Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – SINPRO GOIÁS, em parceria com a DrogaPOP, vai entregar durante todo o dia e durante os eventos, esta linda bolsa de praia. Além disso preparamos uma programação diferenciada neste 10/03.

Como parte das ações, a DrogaPOP, juntamente com a Haskell, montará um salão de beleza móvel, com avaliação capilar, escova, hidratação, tintura e corte bordado. Para participar, basta adquirir produtos Haskell. O salão móvel atenderá das 9h às 16h na porta da farmácia.

A partir das 17h no SINPRO GOIÁS haverá a palestra com o dentista Dr. Carlos Bandeiras sobre “Cuidados Odontológicos da Mulher e Novas Tendências: Preechimento Facial, Toxicina Botulinica e Bichectonomia”. Em seguida a psicóloga Dra. Jaqueline Olina vai falar sobre “As emoções na Era da Ansiedade e Depressão”.

Após as palestras vai acontecer uma oficina de automaquiagem, sorteio de um jantar com acompanhante da Churrascaria Los Pampas, uma estadia no Hotel Serras de Goyás, um tanque de etanol da Rede de Postos Xodó. Ao final também será oferecido um delicioso lanche para as participantes.

Participe e saia do SINPRO GOIÁS linda e produzida para curtir a noite!

 

 

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Equipe do SINPRO GOIÁS visita São Luis de Montes Belos

 

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O presidente do Sindicato dos Professores do Estado de Goiás- SINPRO GOIÁS, Prof. Railton Nascimento Souza, o secretário de Formação, Prof. Geraldo Profírio Pessoa e equipe do Departamento Jurídico do sindicato visitam São Luis de Montes Belos nesta quinta-feira, 09/03 onde atendem a categoria de professores da região. Durante visita estão sendo feitas rescisões e atendimento jurídico.

 

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Na ocasião, Prof. Railton, Prof. Geraldo e Dr. Lessandro Cirqueira foram recebidos pelos vereadores Joaquim Monteiro e Alex Afonso para tratar sobre as reformas propostas pelo Governo e propor uma agenda para realização de um evento na cidade sobre a Reforma da Previdência.

 

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Por

Elen Aguiar

Assessora de Comunicação do SINPRO GOIÁS

 

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Presidente do SINPRO GOIÁS participa de ato contra a Reforma da Previdência neste 8 de março

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O presidente do Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – SINPRO GOIÁS, Prof. Railton Nascimento Souza participou do ato contra a Reforma da Previdência, nesta quarta-feira, 08/03. A ação foi promovida pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, regional Goiás – CTB Goiás e contou com a participação de outros movimentos sociais.

 

 

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Por que manter a diferença entre aposentadoria de homens e mulheres?

SINPRO GOIÁS - PREVIDENCIA00001Está em curso no Congresso Nacional uma série de medidas que modificam os direitos historicamente conquistados pelos trabalhadores brasileiros. Sob os argumentos da solidez financeira do Estado, do equilíbrio fiscal, da “modernização” da legislação trabalhista e previdenciária, entre outras justificativas, o governo de Michel Temer tem avançado sobre as principais conquistas sociais dos trabalhadores, com medidas como o congelamento de gastos por 20 anos, o caminhar avançado da aprovação da terceirização irrestrita, a prevalência do negociado sobre o legislado e outras tantas pautas que tencionam a relação capital-trabalho, cada vez mais em função do primeiro.

O tema da vez é a Reforma da Previdência, apresentada por meio da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 287. Nesse texto, procuraremos apresentar alguns elementos que devem contribuir com o debate, em especial desconstruir os argumentos que sustentam não haver necessidade de diferenciação entre homens e mulheres, presentes na PEC, e apresentar o impacto da reforma sobre algumas categorias específicas, mostrando como a Reforma da Previdência tem impacto diferenciado para homens e mulheres.

A diferença de tratamento para a concessão da aposentadoria entre homens e mulheres se baseia nos princípios de seletividade e distributividade previstos no artigo 194, inciso III da Constituição Federal de 1988. Isso significa que a prestação dos serviços deve ser feita de acordo com as possibilidades econômico-financeiras dos segurados, seguindo o ideal de justiça social e visando à redução da desigualdade social.

As diferenças entre homens e mulheres no mercado de trabalho, embora tenham se modificado ao longo dos anos, estão longe de chegarem ao nível de igualdade, conforme argumento apresentado na redação da PEC 287, já que as mudanças ocorreram de maneira parcial e seletiva.

Há entendimentos de que os problemas do mercado de trabalho devem ser resolvidos por meio de políticas laborais, e não previdenciárias, supondo que a Previdência não teria uma vinculação direta com a discriminação de gênero. Equívoco. As análises de mercado de trabalho não devem se separar da esfera da família (reprodução), do Estado e do mercado uma vez que estão intimamente entrelaçados e são dependentes.

O caráter contributivo da Previdência impõe uma fonte de renda e, portanto, a dependência do trabalho remunerado. Por tudo isso, a Previdência Social não pode negligenciar o fato de que as mulheres trabalham mais que os homens, embora parte desse tempo não seja remunerado. Segundo dados da PNAD 2014, as mulheres trabalham em média 20 horas semanais nas atividades reprodutivas, além da jornada extra doméstica. A diferenciação na idade de aposentadoria, que hoje é 55 anos para elas e 60 anos para eles, busca amortecer essa desigualdade de gênero que ocorre no trabalho dentro e fora de casa.

As diferenças de gênero no mercado de trabalho brasileiro são estruturais, o que se verifica, entre outros indicadores, pela diferença na taxa de participação no mercado de trabalho. Em conformidade com o argumento apresentado pela PEC 287, a taxa de participação feminina apresentou crescimento nos últimos 55 anos, passando de 16,5% nos anos 1960 para 54,4% em 2015. No entanto, ela desacelerou a partir da década de 1990, sendo acompanhada por altos níveis de desemprego, informalidade e volatilidade, que se aprofundam conforme a região e grupos raciais.

A exemplo disso, na década de 1990, marcada pela abertura econômica, privatizações e reestruturação produtiva, a taxa de desemprego masculina passou de 2,2% para 6,5%, já os índices femininos aumentaram de 2,9% para 8%, e esse é um comportamento regular na economia, demonstrando que o trabalho não capitalista (ou seja, o da esfera doméstica) está armazenado como uma reserva necessária ao sistema capitalista em seus momentos de expansão. A existência dessa reserva parece estratégica para que a exploração do trabalho consiga manter a sua lógica de funcionamento.

Além disso, a maior presença feminina no mercado de trabalho não foi acompanhada por melhores níveis de rendimento, o que determina o caráter subordinado do emprego feminino ao masculino e a baixa autonomia econômica das mulheres.

No mercado de trabalho formal brasileiro, as mulheres recebem em média 18,9% a menos que os homens, com mesma carga horária de trabalho, mesmo sendo, em média, mais escolarizadas. Se incluído o mercado informal, as diferenças se agravam, sendo de 30% a menos e, dependendo da região brasileira, essa diferença chega a 41%, caso do Sul do Brasil.

Registra-se que o retorno do investimento em educação é diferenciado para elas, uma vez que uma mulher com ensino superior ganha 55,8% (RAIS, 2015) a menos que o homem com a mesma escolaridade. Tais diferenças são influenciadas por outros fatores, como a segmentação e a segregação do mercado de trabalho.

Além da proposta de equiparar as idades de aposentadoria entre homens e mulheres e trabalhadores rurais e urbanos, ignorando realidades deveras distintas, a PEC 287 incorre ainda em outras mudanças que atingem as mulheres sobremaneira. A primeira delas é a mudança no cálculo para recebimento do valor pecuniário. Atualmente, os trabalhadores, para se aposentarem, precisam de 150 contribuições e esse número passará para 300 contribuições, o que equivale a 25 anos de contribuição. O cálculo do benefício (que hoje é 80% dos maiores salários) se modificará para o equivalente a 51% do salário de contribuição, acrescidos de 1% a cada ano de contribuição.

Esses dois elementos em uma economia de baixos salários com um mercado de trabalho com significativa heterogeneidade estrutural não são triviais. As mulheres atualmente já se aposentam em grande parte por idade, pelas características do trabalho feminino, marcado por informalidade, descontinuidade (maternidade, cuidados de idosos) e maior exposição ao desemprego. Essas mudanças servem para rebaixar o valor das contribuições, uma vez que para se aposentar com a integralidade do benefício o trabalhador teria que começar aos 16 anos e não ter descontinuidades no mercado formal. Apenas 49% dos trabalhadores conseguiram fazer as 12 contribuições mensais ao longo de 2014.

Outras três categorias serão mais fortemente afetadas, e não por coincidência têm grande expressividade feminina. A primeira delas são as trabalhadoras rurais, que começam a labuta desde muito jovens e, não raras vezes, não são reconhecidas como trabalhadoras, por lidarem especialmente com o trabalho reprodutivo e com a horta e animais pequenos.

Essas trabalhadoras terão, se aprovada a PEC, que contribuir como os demais trabalhadores, extinguido a aposentadoria especial do campo.  A segunda categoria são os professores da educação básica, que hoje se aposentam com 10 anos a menos de contribuição por entendimento que esse trabalho é extremamente desgastante física e psicologicamente. Esse regime acabará, afetando a categoria que é cerca de 80% feminina. Além disso, note-se a perversidade que impõe a própria regra de transição: para uma professora da educação básica que completaria 25 anos de contribuição em atividades de magistério aos 50 anos, a idade mínima também passa para 65 anos; e, se ela tiver 44 anos na eventual promulgação da emenda (portanto excluída da regra de transição), em vez de trabalhar e contribuir por mais 6 anos, terá que fazê-lo por mais 21 anos.

Por fim, as trabalhadoras domésticas, ocupação que absorve 6 milhões de mulheres e 15% da mão de obra feminina, a qual historicamente padece sob a informalidade, portanto com dificuldades de contribuição previdenciária, e baixos salários. Além disso, a categoria tem em torno de 65% de mulheres negras, que são as que ocupam as vagas mais precárias no mercado de trabalho.

Essa é a face sexuada da Reforma da Previdência, que atinge negativamente o conjunto dos trabalhadores brasileiros, mas que atinge de forma diferenciada e com mais afinco as mulheres, especialmente as negras. Pelos motivos expostos, as mulheres mais uma vez têm se mostrado ponta de lança na resistência às reformas, mostrando sua disposição coletiva de avançar ainda mais rumo à igualdade, e não retroceder, como certamente ocorrerá com a aprovação da PEC.

Temer sai, Previdência fica!

 

Fonte: Contee

 

Com informações do Brasil Debate

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8 de março: O movimento que faz a Terra girar e a esperança que nos faz lutar

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Por José Geraldo de Santana Oliveira*

O movimento de rotação da Terra brinda a vida, que nela se ativa, com o que há de mais belo e desafiador: o dia e a noite. Para o planeta, estes são partes constitutivas e essenciais para o movimento em torno do seu próprio eixo, sendo, portanto, eternos e repetitivos.

Para a vida humana, o dia e a noite, ao reverso, encerram o eterno desafio de construção social e de conquista da própria humanização. Todas as ações humanas pulsam-se e se desenvolvem no seio do dia e da noite. Nenhuma delas é mera repetição, mas, sim, ato de criação e de realização.

Por isso, para a vida humana, não há um só dia e uma só noite que não sejam dotados de valores e de símbolos inapagáveis. Todavia, como a produção humana é infinita, a maioria dos dias e das noites, sem perder a sua substância e relevância, vai para a moldura do tempo, que é não físico, como o do planeta Terra, mas histórico e socialmente construído.

No entanto, há dias e noites que, pelo que desencadeiam, pelo seu significado, pelo seu simbolismo, não cabem nesta moldura, ou seja, não ficam apenas como registro histórico. Ecoam no presente e no futuro, como se, a cada instante, acabassem de acontecer. Abalam as estruturas sociais existentes, fazem prorromper novos valores, novos símbolos e novas perspectivas. Em uma palavra: não terminam, na sua dimensão social.

Ao  longo da história da humanidade, inúmeros foram os dias e as noites com estas dimensões.  O recorte histórico, dentre eles e elas, para se destacar os que mais se ecoaram socialmente, não é tarefa fácil nem consensual.

Não obstante estas justas barreiras, o dia 8 de março de 1857, que ainda não chegou ao seu crepúsculo, mesmo já tendo se passado exatos 160 anos de sua fatídica materialização, parece não encontrar óbice para ser alçado à condição de dia maior e de relevância incomensurável.

O desumano ato praticado pela polícia de Nova Iorque, naquele dia 8 de março de 1857, matando e carbonizando 130 operárias, dentre as que integravam o movimento grevistas, teve efeito diametralmente oposto ao pretendido pelos detentores do capital e de seu braço armado, que era o da imposição da mortalha do absoluto silêncio a todos os movimentos reivindicatórios das classes sociais oprimidas.

As 260 mãos tecelãs que foram carbonizadas tornaram aquele dia inesquecível, desnudando, para sempre, a crueza  da violência do capital, que, em busca do lucro, farto e fácil, a sua razão de ser, não titubeia, matando todos quantos tentarem ao menos diminuir este seu insaciável intento; bem assim, o multissecular véu da dominação social da mulher, em suas múltiplas dimensões.

É fato inegável que as mãos tecelãs, sacrificadas no dia 8 de março de 1857, não conseguiram destecer as mazelas da exploração social, que é mais intensa sobre a mulher, dada às profundezas e resistência de seus tentáculos e estruturas. Mas, também o é que, a partir de seu sacrifício, milhões de outras mãos tecelãs — agora não só de operárias de fábrica de tecidos —, fizeram germinar as bases para a construção de novo tecido social, fundado na efetiva igualdade de direitos e deveres entre homens e mulheres, mola mestra da  cidadania.

Estas milhões de mãos tecelãs, que se solidificam e se multiplicam a cada dia, muito já fizeram em busca da almejada construção. Isto é incontestável. Porém, ainda há uma montanha a ser removida para que esta construção seja concluída, até que novos desafios ganhem relevo social.

Mesmo com intensas e dolorosas agruras sociais, em todo o mundo, em especial no Brasil, fazendo com que o dia 8 de março de 2017 seja o mais sombrio, em muitas décadas, não há lugar para a descrença e para o arrefecimento da luta.

Se o movimento de rotação é que faz a Terra girar em torno do seu próprio eixo, a  esperança e a busca de superação dos desafios sociais são as molas propulsoras da vida humana.

Por tudo isto, é imperioso que o dia 8 de março seja, mais uma  vez, esta mola propulsora. Como bradou o revolucionário poeta Castro Alves, em seu visionário e magnífico poema “O Livro e a América”, templos feitos de ossos e gládios a cavar fossos — marcas indeléveis do capital — não são degraus progredir; e por maiores que sejam as agruras, as intempéries e os tormentos, quem sempre vence é o porvir.

Vivas ao dia 8 de março.

*José Geraldo de Santana Oliveira é consultor jurídico da Contee e do SINPRO GOIÁS

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Atenção professora! Se você não despertar e lutar sua aposentadoria vai acabar!

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8 de março: Dia de luta!

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