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Convenção Coletiva assegura reajuste salarial

O Sindicato dos Professores do Estado de Goiás (Sinpro Goiás) assinou, na última sexta-feira,14, Convenção Coletiva com o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de Goiás (Sinepe), que assegura a renovação de todas as cláusulas sociais até 30/4/2016, reajuste salarial de (8%) ao primeiro de março de 2014, com hora/aula de R$ 9 reais, para Aparecida de Goiânia, e, R$ 8,74, para as demais cidades.

Por força desta convenção, a partir de 1º de março, inclusive, professores de Aparecida de Goiânia, com vinte aulas semanais, passará a receber, no mínimo, R$ 945,00 (20×5,25×9) e, das demais cidades, com a mesma carga horária, R$ 917,70 (20×5,25×8,74).

Atenção! O reajuste salarial não é válido para a capital e instituições de ensino superior.

 

 

 

Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa do Sinpro Goiás

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Dilma: A educação é o caminho para a transformação do país

Ao participar, nesta segunda-feira(17), de cerimônia de formatura do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), em Governador Valadares (MG), a presidenta Dilma Rousseff disse que é preciso garantir igualdade de oportunidades de formação aos cidadãos e destacou a educação como o caminho para a transformação do país. A cerimônia oficializou a capacitação de 1.254 alunos de baixa renda.

“O país vai para frente no dia que nós todos tivermos acesso aos cursos que quisermos, nos empenharmos, estudarmos, nos esforçarmos e conseguirmos um trabalho cada vez melhor e com uma renda maior”, disse.

A presidenta destacou exemplos de alunos formados pelo Pronatec que tiveram sucesso após a capacitação e recomendou que todos continuem estudando. Os formandos foram beneficiados pelo Plano Brasil sem Miséria e concluíram os cursos de qualificação profissional entre outubro e dezembro de 2013. “Aqueles que não acreditam e não respeitam os beneficiários do Bolsa Família e do Brasil sem Miséria é porque não conhecem a imensa capacidade de trabalho, a imensa dignidade e autoestima de cada brasileiro e brasileira”, declarou.

“Vocês se lembram de uma época que o Brasil era feito para poucos, para alguns privilegiados? Que as pessoas não podiam entrar num curso porque não podiam pagar pelo curso? Fizemos esse curso e garantimos a gratuidade dele, porque não pode ter barreira, não pode ter diferença quando se trata de oportunidades”, completou.

Durante a cerimônia, a presidenta Dilma anunciou a duplicação da BR-381, no trecho que passa por Governador Valadares. “Além de garantir a duplicação, vamos garantir o acesso à travessia da estrada para não prejudicar a população valadarense”, explicou.

Mais cedo, em entrevista à Rádio Globo de Governador Valadares, a presidenta comentou sobre a duplicação informando que ela não iria parar antes do município. “Nós resolvemos que é adequado que a BR-381 chegue a Governador Valadares. Mas não chegue só através de duplicação, mas de contornos e de acesso adequados”, disse.

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MEC informa que a oferta de formação terá 30 mil vagas para conselheiro escolar

A Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação oferecerá este ano cerca de 30 mil vagas para a formação continuada de conselheiros escolares. A oferta será feita em parceria com 13 coordenações estaduais e do Distrito Federal do Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares.

“Desenvolvemos, no âmbito do programa, uma formação específica para conselheiros escolares das escolas públicas de educação básica e uma rede de tutoria”, explica a coordenadora-geral de redes públicas da Diretoria de Apoio à Gestão Educacional da SEB, Clélia Mara Santos. “A ideia é garantir a gestão democrática e a participação social.”

Os conselhos estão previstos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996) e reafirmados no novo Plano Nacional de Educação (PNE), que está em análise no Congresso Nacional desde dezembro de 2010. Dados do IBGE apontam que 76,2% dos municípios contam com conselhos escolares.

A oferta dos cursos de formação é de responsabilidade da SEB, por meio das coordenações estaduais do programa. Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe e Tocantins devem ser os primeiros estados contemplados, pois as coordenações já foram instituídas pela Portaria SEB nº 5, de 31 de janeiro deste ano, publicada no Diário Oficial da União do dia 11 último. A oferta de vagas para outros estados ocorrerá tão logo a instituição das demais coordenações seja publicada.

O conselho escolar é constituído por representantes de pais, estudantes, professores, profissionais da educação, pessoas da comunidade local e diretor da escola, que é membro nato. Cada escola estabelece as regras, de forma transparente e democrática, para a eleição dos integrantes do conselho. Eles têm funções deliberativa, consultiva, fiscal e mobilizadora para garantir a gestão democrática e a qualidade da educação nas escolas públicas.

O Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares fará dez anos em setembro próximo. A SEB prepara uma série de ações para oferecer um panorama dos avanços, entre os quais, a Mostra Nacional de Conselho Escolar: Queremos um bom Conselho, com inscrições abertas até 17 de março.

Fonte: Portal MEC

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O professor e a notícia

O ensino está precário porque os professores de hoje são malformados, despreparados e ultrapassados. Quem nunca se deparou com esse discurso? Repetido em unanimidade pelos veículos de comunicação, esse enunciado contribui para a construção de uma imagem pejorativa do docente perante a sociedade e o culpa pelas deficiências do sistema de ensino. Além disso, a cobertura jornalística sobre educação feita no Brasil ignora temas mais complexos  e o embate profundo de ideias.

É o que aponta o estudo “Quando o professor é notícia? Imagens de professor e imagens do jornalismo”, desenvolvido pela pesquisadora e jornalista Katia Zanvettor Ferreira como tese de doutorado para a Faculdade de Educação da USP. Na pesquisa, Katia investigou como notícias e reportagens da mídia brasileira interpretam e constroem uma representação do professor e de sua atuação. Segundo ela, foi possível observar uma predominância de discursos depreciativos, nos quais o principal argumento pró-qualidade do ensino aparece como a substituição dos professores atuantes.

“Os textos jornalísticos fazem uso de bandeiras legítimas e históricas da classe docente, como o reconhecimento de seu papel profissional, a valorização da carreira e aumento de salários, e as distorcem. Falam que a docência precisa ser valorizada, porém, não com os professores que temos, mas com outros mais qualificados, bem formados, jovens, que estão com garra para mudar as coisas. Em outras palavras, é uma valorização da carreira desvalorizando os profissionais que estão nela”, explica. Em contrapartida, há uma sobrevalorização do jornalista, que se coloca como um bom avaliador do professor. “A imprensa faz juízo de valor ainda que não seja essa a sua tarefa”, diz.

Para Sueli Cain, diretora acadêmica do grupo educacional Weducation, controlador, entre outros, dos colégios Mater Dei, Internacional Ítalo-Brasileiro e Internacional Vocacional Radial, o professor  é retratado pela mídia como um profissional que até tem força de vontade, mas não possui formação adequada para exercer sua profissão. Assim, ele é causador em parte da deficiência educacional dos alunos. “Há projetos que valorizam o professor na mídia, porém são poucos. Geralmente, o professor é mostrado como profissional mal preparado, que não consegue manter o nível de suas aulas por excesso de trabalho e que, por esses motivos, ajuda a educação a ir à bancarrota”, diz.

Ao ignorar a realidade do complexo universo educacional brasileiro, a mídia reproduz um discurso preconceituoso, baseado no senso comum. É o que acredita Cibele Racy, diretora do EMEI Guia Lopes, em São Paulo: “Se é certo que a educação precisa se oxigenar, é certo também que não podemos descontextualizar a figura do professor ou atribuir-lhe o ônus de uma série de equívocos historicamente promovida pelas gestões públicas ou a ausência de políticas sérias que visem a valorização desses profissionais”.

Para a diretora, novelas e noticiários, entre outros produtos midiáticos, fazem um desenho daquilo que seria um bom ou mal profissional da educação. “Se, por um lado, as professoras primárias das novelas atribuem-se características angelicais e pouco profissionais, baseadas na ideia de que a professora seria uma segunda mãe ou aquela que trabalha por amor, por outro, os minutos dedicados à realidade desses profissionais dividem-se entre colocá-los como vítimas de um contexto hostil ou como protagonistas de distúrbios comportamentais bárbaros, criminalizando-os”, diz Cibele.

Valdir Heitor Barzotto, professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo e cocoordenador do Grupo de Estudos e Pesquisas, Produção Escrita e Psicanálise, destaca que outro chavão reproduzido pela imprensa é aquele que diz que os professores bons  são aqueles que ganham bem e que foram trabalhar em outras coisas, pois só os ruins, que se sujeitam a trabalhar por salários baixos, permanecem na escola. “A gente tem tentado debater isso porque, afinal, não há nada que sustente essa tese. A mídia não procura um professor da escola básica para falar sobre assuntos sérios, é sempre para expô-lo como testemunha da baixa qualidade da escola”, afirma.

Isso porque o jornalista deixou de usar o professor como fonte. “Em vez de ouvir o docente que tem muito a dizer sobre seu trabalho, procuram-se as secretarias de Educação, os dados oficiais, as organizações não governamentais ou então os professores-pesquisadores das universidades públicas”, diz Katia. Para Sueli, isso acontece porque a mídia não acredita em docentes que não tenham títulos e que não ministrem aulas em escolas consideradas de primeira linha.  “Os artigos jornalísticos sobre educação são produto de entrevistas com especialistas que não estão, porém, em salas de aula. Temos realidades muito diferentes em escolas do mesmo bairro, que dirá de estados e regiões”, diz. É preciso lembrar, no entanto, que muitos professores e diretores temem ser punidos pelo que dizem à imprensa e a maioria precisa de autorização das secretarias para ser entrevistados, o que reforça o caráter oficial de suas declarações.

Para os especialistas, o retrato do docente na imprensa só é positivo quando ele é o “professor nota 10”. “É aquele professor que faz tudo certo, ganha prêmios, um missionário que precisa abrir mão de tudo, sacrificar-se pelo ofício”, explica Katia. O problema desse outro extremo, segundo Valdir, é que esse profissional é desinteressante para o resto da comunidade docente.

Formação ou informação
No estudo, Katia ainda observou que o discurso pejorativo  sobre o professor acaba sendo assimilado e reproduzido pelo próprio docente. Essa situação contribui para que o professor permaneça com uma constante sensação de falta, de má formação. “Em tempos de globalização, me diz um profissional que precisa ser mais bem preparado, se atualizar? Não é uma particularidade do professor, é uma característica da contemporaneidade. Mas a cobrança recai sobre ele”, diz.

Valdir defende que o problema é mais profundo: “Fortalecer um discurso de má formação ajuda a vender cursos de capacitação, por exemplo. Logo, um professor eternamente malformado é um negócio”. Ele lembra que a estratégia para aprimorar a qualidade do ensino adotada pelas redes costuma perpassar esse ponto. “O discurso do governo para resolver os problemas da educação é sempre o mesmo: comprar computadores, oferecer cursos de capacitação. A educação é um mercado interessante e para justificar a compra é preciso, antes de tudo, desqualificar na mídia o agente da formação”, diz.

Um caminho para a escola reverter esse quadro é divulgar o trabalho dos professores, aproximando-o dos órgãos públicos e da sociedade. “Se a mídia tem o poder de manipular a opinião pública, a escola não tem outra saída senão abrir suas portas, expondo-se como ponto de disseminação de conhecimento e cultura”, diz Cibele. •

Publicado na edição 55

 

Fonte: Carta Capital / Carta Fundamental a revista do professor

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Formulário de inscrição para o III Curso de Formação Sindical 2014

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Professora cria método de alfabetização de crianças que, ao enfatizar a oralidade, o diálogo e a linguística, conseguiu elevar as taxas das escolas

A combinação de princípios teóricos da linguística e da psicolinguística, tomando como ponto de partida as ideias e propostas de Paulo Freire, é o fundamento de um método de alfabetização desenvolvido na Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Presidente Prudente. Desenvolvido pela professora e pesquisadora Onaide Schwartz Mendonça, a proposta denominada de Método Sociolínguistico foi adotada em escolas municipais de Presidente Prudente, com bons resultados: pesquisa realizada com 3,4 mil crianças do 1º e do 2º ano em 2011 e 2012 mostrou que, ao final de um ano letivo, 72,6% dos alunos estavam alfabetizados, proporção que sobe para 87,8% no 2º ano.

“Dei este nome ao método porque ele contempla a dimensão social ao enfatizar a oralidade, o diálogo em sala de aula, e a linguística, ao ensinar os conteúdos necessários para qualquer indivíduo aprender a ler e escrever com competência”, detalha Onaide, que é coordenadora do curso de pedagogia da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Unesp em Prudente.

Fonte: Revista Educação

 

 

 

Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa do Sipro Goiás

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Inep tem novo presidente

O ministro da Educação, Henrique Paim, nomeou José Francisco Soares, professor aposentado da Universidade Federal de Minas Gerais e membro do Conselho Nacional de Educação, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

O Inep é uma autarquia do Ministério da Educação (MEC) responsável pela aplicação de avaliações como Enem e Prova Brasil. Luiz Claudio Costa, que ocupou o cargo nos últimos dois anos, assumirá o a secretaria executiva do MEC.

José Francisco Soares tem mestrado em Estatística pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (1977) e doutorado em Estatística pela University of Wisconsin – Madison (1981) e pós-doutorado em Educação pela University of Michigan Ann Arbor (2002). É professor titular aposentado da Universidade Federal de Minas Gerais, membro do Conselho de Governança do Movimento Todos pela Educação, membro do Conselho Nacional de Educação e do Conselho Científico da Associação Brasileira de Avaliação Educacional. No ano de 2012 foi contemplado com o prêmio Bunge pela suas contribuições na área de avaliação educacional.

Fonte: Revista Educação

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Representantes de entidades educacionais se reúnem com a Contee para tratar das ações frente ao adiamento da Conae

A Contee realiza hoje (14) uma reunião com representantes das demais entidades e organizações nacionais que defendem a educação, para tratar coletivamente das ações a serem tomadas frente ao adiamento da Conferência Nacional de Educação (Conae) de 2014, bem como apresentar as propostas debatidas pela Contee no seminário realizado no último dia 30 de janeiro.

“A maioria das entidades repudia a forma arbitrária como o Ministério da Educação adiou a Conae para novembro deste ano, após o período eleitoral. Essa medida mostra um problema que precisa ser discutido. O MEC exerce poder central no FNE? Contraria o princípio de que o FNE deveria ter autonomia? Essas são questões que estão em debate por todas as entidades”, afirma a coordenadora da Secretaria de Assuntos Educacionais da Contee, Adércia Bezerra Hostin.

Um dos focos do encontro é o fortalecimento da luta unificada em defesa de um Plano Nacional de Educação (PNE) em consonância com o que foi deliberado pela sociedade civil organizada na última Conae, sem os retrocessos imputados ao projeto pelo Senado.

“Integrar as entidades que compõem o FNE para ser um instrumento político para redefinir o papel do Fórum, além de desenvolver estratégias para fazer pressão e aprovar a proposta do PNE, aprovado pela Câmara dos Deputados Federais”, ressalta Adércia. “A posição do governo é a proposta do Senado, que favorece o patronal, já que até a restrição dos 10% do PIB para educação pública é retirada, entre outras questões primordiais para garantir a qualidade da educação.”

Entre os convidados para a reunião de hoje estão representantes da Anfope, da Anped, da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, da CNTE, da CTB, da CUT, do Proifes e da UNE. A reunião será de 10h às 16h, no auditório do Sinpro-SP (Rua Borges Lagoa 170, São Paulo-SP).

Leia abaixo a entrevista com a coordenadora da Secretaria de Assuntos Educacionais da Contee, Adércia Bezerra Hostin:

– Qual a reação das entidades que compõem o FNE com o adiamento da Comae e como está a articulação dessas entidades neste momento de pós-adiamento?

– A maioria das entidades repudia a forma arbitrária como o Ministério da Educação adiou a Conae para novembro deste ano, após o período eleitoral. Essa medida mostra um problema que precisa ser discutido. O MEC exerce poder central no FNE? Contraria o princípio de que o FNE deveria ter autonomia? Essas são questões que estão em debate por todas as entidades.

O Fórum é constituído por 34 seguimentos, dos quais 17 correspondem a representações institucionais: MEC, sete membros, além de Conif, Andifes, Abruc, Legislativo, Conced e Undime, CNE, Judiciário; e outros 17 que representam entidades sindicais, acadêmicas e científicas e movimentos sociais consolidados nos seguimentos.

Além do repúdio, as entidades têm feito debates específicos com a sua categoria, e têm organizado manifestações pontuais com a intenção de pressionar o legislativo e o MEC para reconhecer a necessidade e a urgência desse debate nos moldes do que foi debatido na Conae/2010 e nas conferências municipais, estaduais, distrital para organização e debate para a Conae/2014.

– Qual a importância de mobilização e de atuação conjunta dessas entidades?

– Integrar as entidades que compõem o FNE para ser um instrumento político para redefinir o papel do Fórum, além de desenvolver estratégias para fazer pressão e aprovar a proposta do PNE, aprovado pela Câmara dos Deputados Federais.  A posição do governo é a proposta do Senado, que favorece o patronal, já que até a restrição dos 10% do PIB para educação pública é retirada, entre outras questões primordiais para garantir a qualidade da educação.

É imprescindível lembrar que estamos sem um Plano Nacional de Educação desde 2010. Há, assim, um vácuo educacional. Nesse período, muitas políticas públicas de educação acabam ficando preteridas a segundo plano.

– Como a Secretaria de Assuntos Educacionais da Contee tem levado para esse debate coletivo com as demais entidades nacionais as pautas dos trabalhadores em educação privada e as bandeiras da Confederação?

– Por meio da Secretaria, temos promovido debates específicos com a categoria, nos moldes do que a Contee realizou no último dia 30, quando foi relatado o adiamento da Conae junto aos delegados representantes dos estados. Neste dia 14 a Contee reúne, em São Paulo, parte das entidades nacionais que compõe o FNE. Já as pautas principais em debate são a formação, valorização, carreira e gestão democrática. É por intermédio de um PNE e da Conae que o setor privado passa a ser pauta prioritária para legislar sobre o sistema nacional de educação, incluindo o setor privado, levando em conta a necessidade urgente da regulamentação do setor.

– Como será a atuação na Câmara dos Deputados pela aprovação de um PNE condizente com os anseios da sociedade?

– A Contee vai reafirmar sua posição junto às entidades parceiras que defendem uma educação pública, gratuita, laica e de qualidade e socialmente referenciada. O objetivo é acumular forças para discutir políticas públicas em defesa de uma educação de qualidade, tanto para o setor público quanto para o privado.

 

Fonte: Contee

Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa do Sinpro Goiás

 

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A educação não pode continuar sendo negociada na bolsa de valores

A notícia não foi divulgada nas seções de educação dos jornais e sites de informação, mas nas de economia: nesta semana, veículos especializados em finanças divulgaram que as ações da Abril Educação subiram fortemente em dois pregões seguidos na Bovespa após a Abrilpar, a empresa controladora, anunciar a contração de dois bancos – o Itaú BBA e o BTG Pactual – para analisar “oportunidades estratégicas” relacionadas ao seu investimento na Abril Educação, podendo inclusive envolver alterações no controle da empresa.

Outra notícia, veiculada pelo jornal Valor Econômico, trazia a informação de que a Abrilpar negocia uma venda de 20% a 25% da Educação, tendo como interessado um grupo que inclui a empresas Laureate entre os parceiros. Segundo estimativas, essa operação poderia chegar a R$ 450 milhões.

Trata-se apenas de um exemplo mais recente, mas o que está por trás dele é a lógica nefasta da financeirização da educação no Brasil. Por “oportunidades estratégicas” é fácil entender que não se referem a investimentos em qualidade, mas sim à busca por mais lucros.

Um dos instrumentos que a Contee tem defendido para ajudar a combater esse processo é a aprovação do Instituto Nacional de Supervisão e Avaliação do Ensino Superior (Insaes), o qual determina que qualquer fusão ou incorporação de empresas do setor precisa de autorização prévia do Ministério da Educação, e não apenas do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), uma vez que não se caracteriza como uma operação financeira qualquer, de compra e venda de mercadorias, mas de um direito constitucional de cada cidadão, que o Estado tem por dever ofertar.

É claro que não é suficiente. A Abril Educação, por exemplo, engloba editoras, sistemas de ensino, escolas e cursos preparatórios, idiomas e negócios complementares, não se restringindo em nenhuma medida ao ensino superior. Por isso, além de lutar pela aprovação do Insaes, a Contee mantém sua batalha em defesa daquela que é uma de suas principais bandeiras: a regulamentação da educação privada, sob exigências idênticas às aplicadas à educação pública.

Fonte: Contee

Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa do Sinpro Goiás