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1° Feira Cultural do Sinpro

O Sindicato dos Professores do Estado de Goiás em parceria com a Livraria Armazém do Livro, Livraria Opção Cultural, Livraria Páginas Antigas, Hocus Pocus, Avalon Revistaria,  e demais parceiros tem a honra de convidar toda a comunidade para a 1° Feira Cultural do Sinpro.

Será realizado no dia 15 de setembro a partir das 09 horas na sede do Sindicato (Av. Independência, Vila Nova, ao lado do SENAC, próximo a praça da Bíblia).

A Feira Cultural terá exposição de livros, revistas, gibis, CDs, Lps, filmes, artigos usados para compra, venda e troca. A comunidade também está aberta para levar materiais para exposição. Também acontecerá um divertido campeonato de futebol de botão e contará com um artesão fabricante de instrumentos musicais.

Além de contar com toda a exposição e criatividade teremos show com a banda Aborto de Nazareth e DJ. L. Thomaz Musik.

Não fique fora dessa! Participe você também da 1° Feira Cultural do Sinpro!

 

 

 

 

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CONVÊNIOS MÉDICOS SINPRO GOIÁS

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Terceirização: patrões não podem demitir e recontratar como PJ

Depois que o Supremo liberou a terceirização irrestrita, tem empresas querendo saber se já podem demitir todo mundo e recontratar como Pessoa Jurídica (PJ). Não podem. Isso é ilegal, alerta presidente da CUT

decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de julgar, na quinta-feira (30), lícita e constitucional a terceirização irrestrita em todas as atividades das empresas e não apenas nas atividades meio, como era antes, pode colocar os trabalhadores e trabalhadoras em situações ainda mais precárias, sendo obrigados a abrir empresas para receber salários.

Segundo matéria publicada na Folha de S.Paulo nesta quarta-feira (5), os empresários estariam cheios de dúvidas e a principal, e mais perigosa delas, seria: com a decisão do STF eles podem demitir todo mundo e contratá-los novamente como pessoas jurídicas, os famosos PJs, pessoas que são obrigadas a abrir empresas apenas para receber salários, sem direito a férias, 13º, FGTS, nem outros benefícios?

“É tudo o que os patrões sempre quiseram. Demitir todo mundo e transformar trabalhador em empresário prestador de serviços. Por isso, financiaram o golpe que destituiu a presidenta Dilma Rousseff”, diz o presidente da CUT, Vagner Freitas.

“Infelizmente, quando a gente denunciava que um dos objetivos principais do golpe era tirar direitos sociais e trabalhistas, muita gente dizia que o alerta não passava de discurso político”, lamenta Vagner.

Segundo ele, “a decisão do STF de autorizar a terceirização irrestrita é nefasta e tira direitos da calsse trabalhadora, mas não tem nada a ver com a demissão de funcionários para recontratação como PJ. Esse tipo de vínculo empregatício continua sendo ilegal”.

Terceirizar é diferente. E funciona assim: uma empresa contrata uma terceirizada para cuidar de uma determinada tarefa, como limpeza e segurança (atividades meio) ou, a partir de agora, para as atividades principais também. O trabalhador tem vínculo com a terceirizada que paga seu salário e precisa garantir pagamentos de FGTS e férias. Esse trabalhador, segundo estudo do Dieese, tem menos direitos e piores condições de trabalho, quando comparadas com
os trabalhadores diretamente contratados pelas empresas.

“Vi na Folha que a maioria das dúvidas é de empresas do setor industrial e de tecnologia, mas também da construção civil e do agronegócio, todas com departamentos de recursos humanos muito bem montados, que não deveriam ter esse tipo de ‘dúvida’”, alerta o presidente da CUT, se referindo às empresas que, segundo a Folha, têm questionado mais os advogados.

“Ou os trabalhadores e trabalhadoras fortalecem a luta por direitos se sindicalizando e fortalecendo seus sindicatos, ou correm sérios riscos de serem demitidos e readmitidos apenas se toparem abrir empresas para receber salários”, conclui Vagner.

Portal da CUT

 

 

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Convênios Médicos

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Escolaridade alta garante ocupação, mas não os melhores empregos, diz Dieese

Trabalhadores com ensino superior têm ocupado vagas que exigem ensino médio, expulsando do mercado quem tem nível escolar mais baixo. Mais do que dobra número de motoristas e autônomos com escolaridade alta

Trabalhadores e trabalhadoras com ensino superior estão aceitando baixos salários, vagas que exigem menor escolaridade, trabalhar sem carteira assinada, ou mudar de profissão, virar pessoas jurídicas (PJs) ou autônomas para garantir uma renda no final do mês.

Esse é o reflexo da crise econômica e política, iniciada em 2014 e agravada em 2016, quando o ilegítimo e golpista Michel Temer (MDB-SP) usurpou o cargo da presidenta Dilma Rousseff.

Com a desculpa da crise econômica, muitos empregadores têm se ‘aproveitado’ para contratar pessoal mais qualificado para postos e funções que antes não exigiam escolaridade mais alta e salários mais baixos.

É o que aponta uma pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos (Dieese), que analisou os dados coletados entre 2014 e 2017 pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os rendimentos médios dos ocupados com ensino superior, que ingressaram nesses postos de trabalho no período, caíram 9,7% – mais do que o dobro da média do mercado de trabalho brasileiro.

Segundo a Coordenadora de Pesquisa do Dieese, Patrícia Pelatieri , existe um entendimento de que aumentando o nível de escolaridade é bom para a economia, melhora a produtividade e as condições de vida e ocupacional do trabalhador. No entanto, não é isso que vem ocorrendo.

Os trabalhadores estão fazendo a sua parte, que é aumentar o seu nível de escolaridade, mas a economia não está fazendo a parte dela que é a de produzir empregos para uma mão de obra mais qualificada. Os patrões estão se beneficiando com a qualificação do trabalhador, sem pagar mais por isso”, diz Patrícia.

O levantamento mostra ainda que o número de trabalhadores e trabalhadoras ocupados com ensino superior completo aumentou quase 2,2 milhões no período analisado, mas só uma pequena parte desse total conseguiu trabalho com uma ocupação ‘típica’, como profissional liberal ou em cargos de maior complexidade relacionados à gestão e direção. Apenas 132 mil se inseriram como diretores e gerentes e 678 mil como profissionais das ciências e intelectuais.

Do total de 2,2 milhões de trabalhadores com ensino superior completo que conseguiram ocupação entre 2014 e 2017, 1,3 milhão (62%) se inseriram em trabalhos que não demandam essa escolaridade.

Dos 810 mil com ensino superior que conseguiram trabalho em ocupações ‘típicas’, apenas 172 mil tiveram a carteira de trabalho assinada, enquanto 331 mil trabalham por  conta própria e 145 mil como assalariados sem carteira, reforçando o cenário geral de precarização das relações de trabalho.

Mais do que dobra número de motoristas, vendedores e serviços de limpeza com ensino superior

O número de pessoas com ensino superior mais do que dobrou em algumas das ocupações “não típicas” para essa escolaridade.

A quantidade de condutores de automóveis, táxis e caminhonetes com ensino superior completo também cresceu bastante entre 2014 e 2017: foi de 47 mil para mais de 105 mil, um aumento de 125%, no período.

Entre os vendedores em domicílio, os ocupados com ensino superior aumentaram 187%, passando de 49,2 mil para 141,2 mi – crescimento de 92 mil.

Os cargos de profissionais de enfermagem de nível médio estão sendo ocupados por trabalhadores com nível  superior. Em 2014 e 2017, subiu de 10% para 13%, o que significa quase 61 mil pessoas a mais.

Também cresceu muito o número de trabalhadores com ensino superior nos serviços de limpeza de edifícios/escritórios/hotéis: 117% (35 mil pessoas a mais).

Cai número de trabalhadores ocupados com ensino médio e fundamental

O total de ocupados com até o ensino fundamental completo diminuiu 4,8 milhões. Os de ensino médio incompleto ou completo, também caíram em pouco mais de 1,5 milhão.

Para o técnico do Dieese subseção CUT/Brasília, Alexandre Ferraz, o aumento de trabalhadores e trabalhadoras com ensino superior ocupando funções que exigem o nível médio, tem dois efeitos dramáticos: 1) expulsa uma parcela mais vulnerável do mercado de trabalho; e, 2) é um desincentivo à formação, uma das marcas do golpe de 2016.

“Enquanto não tiver estabilidade política no país, não há perspectiva de melhora. O problema da economia é político”, avalia o técnico do Dieese.

Portal da CUT

 

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POR QUE METADE DOS PROFESSORES NÃO INDICA A PRÓPRIA PROFISSÃO?

“Só há duas opções nesta vida: se resignar ou se indignar. E eu não vou me resignar� nunca.” Darcy Ribeiro

 

Iniciei minha carreira de professor no início de 1997. Lá se foram mais de 21 anos. No meu caso, para conquistar um espaço para lecionar, tive que participar intensamente da luta pelo reconhecimento da filosofia como disciplina no ensino médio, visto que em 1996 foi promulgada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB – Lei nº 9394/96), que trouxe a obrigatoriedade do ensino de conteúdos de filosofia e de sociologia nesse nível da escolarização. Portanto, a meu ver, ser professor é participar de um movimento maior de luta política em favor de uma educação de qualidade que dê condições dignas de trabalho, de ensino e aprendizagem, para docentes e discentes. É comprometer-se com uma educação que, muito além do dever de profissionalizar, forme a cidadania plena com valorização do pensamento crítico e estético nesse itinerário formativo. Uma educação que seja o motor do desenvolvimento econômico, social e humano. Essa educação só poderá ser concretizada com professores realizados profissionalmente. Todavia, há uma objetiva desvalorização social da profissão Professor que precisa ser investigada.

Segundo pesquisa realizada pelo Ibope Inteligência, divulgada em 31 de julho de 2018, 49% dos professores entrevistados não recomendam a própria profissão. A pesquisa revelou ainda que 78% dos professores afirmaram ter escolhido a carreira por se identificarem com a profissão. Entretanto, 33% deles disseram estar totalmente insatisfeitos com a atividade docente e apenas 21% totalmente satisfeitos.

O artigo publicado na Revista Educação em junho de 2018 informou que o questionário do Pisa (Programme for International Student Assessment) revela que a porcentagem dos estudantes em idade de 15 anos que esperam ser professores é ainda menor que a média dos países integrantes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), caindo de 7,5% para 2,4% entre 2006 e 2015. O senso 2016 do MEC já apontava em agosto de 2017 a diminuição da procura dos estudantes pela licenciatura e alto índice de abandono dos que ingressaram nesses cursos. No ano de 2014, o nível de evasão no curso de pedagogia atingiu 39%. Já para os cursos de física, química e matemática, a desistência medida é ainda maior, 57,2%, 52,3% e 52,6%, respectivamente. O fator central do desinteresse em seguir a carreira docente está ligado aos baixos salários e às precárias condições de trabalho às quais muitos ainda são submetidos, é o que revela o relatório da OCDE, divulgado em junho desse ano.

Tenho observado, no dia a dia da escola, que alguns colegas fazem questão de demonstrar aos seus alunos que não dependem da atividade profissional de professores, visto que assim se sentem mais valorizados e respeitados por eles. “Sou advogado, médico, empresário, contabilista, não dependo da sala de aula”, afirmam. O próprio aluno, influenciado por essa cultura de desvalorização da carreira docente, tende a respeitar mais o professor que tem outra atividade profissional.

É preocupante, portanto, perceber que estamos caminhando para uma sociedade “sem professores”. As novas legislações, como a Reforma do Ensino Médio, já abriram os caminhos para o chamado “notório saber”. Pessoas que não passaram por uma formação específica em licenciatura, ou mesmo por uma complementação curricular em disciplinas pedagógicas, poderão trabalhar na educação regular de jovens. Assistimos ao avanço descontrolado da mercantilização da educação protagonizada pelos monopólios econômicos, comprometidos tão somente com o lucro que, ao lançarem mão da Educação à Distância (EAD) de forma indiscriminada, colocam em risco a qualidade da educação. Desprofissionalizam a atividade docente ao trocarem o professor por um tutor que, muitas vezes, nem formação mínima em licenciatura comprova.

Sem falar nas escolinhas que se proliferam aos montes, sem a infraestrutura necessária para alunos e professores, sem espaços satisfatórios para atividades desportivas e de lazer. Algumas são verdadeiros depósitos de crianças e os muitos professores que nelas trabalham são submetidos à dupla jornada, o que acarretam-lhes extenuantes rotinas de trabalho em casa nos horários vagos e finais de semana. São forçados a trabalhador fora do expediente em festas juninas, reuniões de pais ou atividades de formação, pelas quais os patrões nem sempre remuneram, o que enseja a firme ação do sindicato para fazer valer as normas coletivas e leis. Assim, constatamos que muitos dizem reconhecer a importância social da educação, mas são poucos os que saem do âmbito do discurso e que se comprometem, efetivamente, em valorizar a educação.

Outro fator que desmotiva muitos a ingressar ou continuar nessa carreira é a violência. O ambiente escolar tende a ser violento não só pelos episódios de agressões verbais ou físicas, assédio moral e sexual, depredação do patrimônio ou tráfico de drogas. A escola é palco de uma violência simbólica evidente nas salas superlotadas, no clima tenso de vigilância, no predomínio de uma pedagogia tradicional que restringe ensino-aprendizagem a mera transmissão. Um ambiente que deixa cada vez mais à margem a arte, a educação física e o pensamento crítico da filosofia e da sociologia. A OCDE, em sua última pesquisa sobre violência na escola, divulgada em 2015, colocou o Brasil como o 1° do ranking das agressões ao professor, entre 34 países pesquisados. A Prova Brasil 2015, pesquisa promovida pelo MEC, ouviu 262 mil professores. Destes, mais de 22 mil afirmaram que já foram ameaçados por alunos. Quase 5 mil disseram ter sofrido atentados à própria vida nas escolas onde trabalham.

Diante da constatação desse quadro alarmante de desvalorização da carreira docente, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – Contee lançou em 2017 a Campanha Nacional contra a desprofissionalização do professor. A confederação denuncia também nessa campanha o projeto “escola sem partido” que visa “amordaçar” o professor, ferindo um princípio fundamental da Constituição Federal de 1988 (CF/1988) que é o pluralismo. No seu artigo 206, a Carta Magna é clara: o ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: “I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II –liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III –pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino.” A aprendizagem para o convívio em uma sociedade democrática, inclusiva, sem preconceitos e discriminação, deve começar na escola onde os alunos precisam conviver com pessoas diferentes, com concepções de mundo diferentes. A educação pública, universal e de qualidade é fator fundamental para superarmos nossas debilidades éticas, mas acima de tudo deve ser encarada como uma política de estado imprescindível ao desenvolvimento econômico do país, o que exige investimento por parte do estado.

Hoje o Brasil investe cerca de 6% do PIB em educação. A meta do Plano Nacional de Educação (PNE) é chegar a 10% em 2024. A média de investimento dos países da OCDE é de 5.5%. Em números reais investimos mais que Argentina (5,3%), Colômbia (4,7%), Chile (4,8%), México (5,3%) e os Estados Unidos (5,4%). Entretanto, ocupamos as últimas posições em avaliações internacionais de desempenho escolar. Quando analisamos os dados fornecidos pela pesquisa do IDados, divulgada em 2017 no que concerne ao QAQi (custo aluno qualidade), o Brasil deveria gastar cinco vezes do que gasta hoje para garantir uma educação pública de qualidade para o ciclo completo, que vai da creche ao ensino médio, visto que a demanda social em política de educação ainda é gigante por aqui. Não temos dúvida de que há algo errado na educação brasileira e, notadamente, a desvalorização objetiva do trabalho docente é um fator central que gera esse malogrado quadro. De acordo com a Conferência Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), no ano de 2004 o salário dos professores no Brasil representava cerca de 60% da média salarial de outras profissões com curso superior. Hoje representa 54% dessa média. A sociedade civil, suas organizações, e os representantes do estado devem tomar consciência de que, para o Brasil figurar entre as nações mais competitivas, desenvolvidas, e que favoreçam qualidade de vida para seu povo, devem dispensar todos os esforços e recursos para melhorar as condições objetivas da educação brasileira.

Ao debater educação nas diversas instâncias da sociedade civil organizada, no setor privado e instituições do estado, percebemos que todos concordam com a importância de valorização da educação e da carreira docente. Parece que todos sabem que nenhum país do mundo se desenvolveu sem tornar a educação uma política estratégica de estado. Mas ainda há um abismo entre o discurso e a prática. Patrões do setor privado, embalados pela nefasta Reforma Trabalhista, avançam contra as frágeis conquistas dos trabalhadores nos processos negociais de 2017 para 2018. Intentam parcelar as férias dos professores, tirar-lhes o direito de bolsas de estudos para filhos, diminuir o recesso escolar, efetivar contratações precárias sem a formalização exigida na CLT.

No setor público, ainda há prefeituras e estados que relutam em cumprir a lei do piso nacional dos professores, ou reajustá-lo anualmente conforme índice determinado pelo governo federal. Por causa dessas investidas patronais para retirar direitos, muitos sindicatos, como foi o caso do Sinpro Minas e do Sinpro São Paulo, só conseguiram renovar as suas Convenções Coletivas de Trabalho através do instrumento da Greve. Em Goiás a situação salarial dos professores precisa melhorar muito. No Maranhão, com o reajuste concedido pelo governador Flávio Dino (PCdoB) um professor que está em início da carreira, e que cumpre 40 horas semanais, deve receber R$ 5.750,00. Na maior parte do Brasil os professores, quando muito, são submetidos ao piso nacional que é hoje R$ 2.455,00. São Paulo, a título de comparação, o estado mais rico do Brasil e governado até poucos dias pelo tucano Geraldo Alckmin, paga aos seus professores um salário médio de R$ 2.585,00 já com o reajuste aplicado para 2018.

Em Goiânia, o piso salarial dos professes do setor privado é de R$ 13,00. Para uma professora que cumpre uma carga horária semanal de 40 horas, o salário perfaz R$ 2.730,00 e é obtido pelo seguinte cálculo: carga horária semanal x valor da hora aula x 5.25 semanas. Todavia, para cumprir uma carga horária semanal de 40 horas a professora deve dobrar a jornada de trabalho e levar muito serviço para casa, além dos afazeres domésticos que, em geral, ainda ficam sob sua responsabilidade. É importante evidenciar que para a maior parte dos professores ainda se soma os retrocessos trazidos com a consolidação do golpe de 2016 que depôs uma presidente eleita democraticamente, naquele vergonhoso processo de impeachment que não apresentou crime de responsabilidade contra a mandatária da nação.

Como todos sabemos, de lá para cá o Brasil vive um gravíssimo momento da sua história. O que miramos é estagnação econômica, desemprego (13 milhões) e subemprego (14 milhões), crescimento da miséria e da desindustrialização. Os cortes no investimento em cultura, pesquisas científicas, em políticas públicas e socais, com o advento da Emenda Constitucional 95 e das leis 13.467/2017 e 13.429/2017, respectivamente Reforma Trabalhista e Terceirização ilimitada, precarizaram ainda mais as condições de trabalho ao jogar milhões na informalidade, com ganhos insuficientes para o consumo mínimo que lhes garanta a subsistência e o aquecimento da economia nacional.

Diante de tal realidade, chamamos a atenção da sociedade brasileira para a importância das eleições gerais de 2018. Estamos certos de que é hora de devolver o Brasil ao caminho do desenvolvimento econômico e social, com valorização da classe trabalhadora, com geração de emprego e renda para todos. Nós, professores e professoras que integramos o movimento social e sindical brasileiro, orientados pela Conferência Nacional de Educação Popular promovida em Belo Horizonte nos dias 24, 25 e 26 de maio de 2108, nos comprometemos com a defesa do estado democrático de direito, com eleições livres, que respeite a soberana vontade do povo de escolher seu Presidente da República, sem manobras golpistas e judicialescas que, como sabemos, visam excluir do pleito o líder nas pesquisas, notadamente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Devemos eleger um novo governo que revogue as reformas de Temer que inviabilizam o  cumprimento das metas do Plano Nacional de Educação (PNE – 2014/2024, que previu a destinação de 10% do PIB para a educação até o final 2024). O nosso voto deve eleger parlamentares que se comprometam em garantir investimento na valorização do trabalho docente através da implantação de Piso Salarial Nacional e de planos de carreira para professores não só do setor público, mas também do setor privado.

Queremos um governo e um Congresso Nacional que respeite a democracia, que dialoguem com os professores do Brasil e construam uma Base Nacional Curricular que de fato favoreça a profissionalização necessária ao desenvolvimento econômico, mas sem excluir o pensamento crítico, o pluralismo de ideias e os temas sociais, políticos e filosóficos necessários ao pleno exercício da cidadania. Parafraseando o grande ícone da educação brasileira, Anísio Teixeira, concluo: “Só existirá democracia no Brasil no dia em que se montar no país a máquina que prepara as democracias. Essa máquina é a da escola pública.”

Prof. Railton Nascimento Souza, presidente do Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – Sinpro Goiás.

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COMUNICADO: EXPEDIENTE FERIADO

O Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – Sinpro Goiás informa que devido ao feriado de 07 de setembro onde se comemora a Independência do Brasil as atividades do sindicato serão suspensas na sexta-feira dia 07. Retornamos nosso atendimento na segunda-feira, 10/09.

Desejamos a todos e todas um bom descanso!

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COMUNICADO: FUNCIONAMENTO DO CLUBE NO FERIADO

Em virtude do Feriado da Independência do Brasil no dia 07 de setembro (sexta-feira) o Clube do Sindicato dos Professores do Estado de Goiás que é uma ótima opção de lazer e descanso para todos os associados e seus familiares, estará aberto em novo horário:
– Sexta-feira: 10h ás 17h
– Sábado: 08h ás 17h
– Domingo: 08h às 17h
Informamos ainda que uma série de ações estão sendo realizadas no clube, desde a infraestrutura até o atendimento ao associado, visando uma maior comodidade e facilidade para você e sua família aproveitarem.
Atenciosamente,
A diretoria.

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A direita apresenta suas armas e mira na educação

 

 

No final de agosto, o Brasil ficou estarrecido ao saber que cerca de 70% dos estudantes que concluíram o Ensino Médio no país apresentaram resultados considerados insuficientes em Matemática e em Língua Portuguesa, não tendo aprendido nem mesmo o que é considerado básico. Os dados foram divulgados pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e pelo Ministério da Educação (MEC).

O golpe que substituiu a presidenta Dilma Rousseff por Temer na Presidência da República trouxe a Emenda Constitucional 95 e o congelamento dos investimentos públicos no Brasil por 20 anos, inviabilizando o cumprimento do Plano Nacional de Educação (PNE) e da destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para o setor.

Trouxe também o desmonte da Petrobras e a entrega das reservas brasileiras aos interesses estrangeiros, que substituíram a destinação de 75% dos royalties do petróleo e do fundo social do pré-sal para o ensino público. Isso sem falar na autoritária Reforma do Ensino Médio — que em nada dirime as dificuldades enfrentadas nesse nível de escolaridade, nem mesmo aquelas mostradas na frieza dos números — e na reforma trabalhista que contribui para a desvalorização e a desprofissionalização do magistério e dos demais trabalhadores em educação.

Alguns dos candidatos à presidência da República apoiaram o golpe, como Geraldo Alckmin, Henrique Meirelles (que inclusive foi ministro do governo golpista), Jair Bolsonaro, dentre outros. Os partidos de alguns desses candidatos foram fundamentais para aprovar o congelamento dos gastos proposto por Temer, como o PSDB, o PMDB e o PSC, de Alckmin, Meirelles e Bolsonaro (agora no PSL).

Durante sua gestão no governo paulista, Geraldo Alckmin adotou o Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp) como critério para pagar bônus a professores e funcionários de escolas que alcançaram as metas fixadas para cada unidade. O resultado foi o estreitamento do currículo e a responsabilização do magistério, ignorando que há inúmeros outros fatores, sobretudo externos, que influenciam os resultados e vão muito além do empenho em sala de aula.

Meirelles, por sua vez, declarou que pretende vincular os repasses do governo federal às escolas municipais ao desempenho delas – ou seja, quanto melhor for a nota nas avaliações, maior será o repasse. A lógica da competição é o modelo do capital, que trata a escola como empresa e quer “produtividade” numérica, em detrimento da qualidade. Tal modelo não leva em conta a base e a formação distinta de cada estudante, decorrentes das condições sociais das famílias e de suas possibilidades e capacidades em acompanhar a educação das crianças e adolescentes.

Tampouco considera que a oferta de ensino é desigual, já que o próprio sistema educacional não é homogêneo, e que o modelo de uma suposta “igualdade de oportunidades” pode acarretar sérios problemas pedagógicos, aprofundando o abismo entre os “alunos bons” e os “alunos ruins”. Atrelar o investimento público ao “desempenho” da escola é ignorar a realidade da comunidade em que ela está inserida e a condição de trabalho a que seus professores e técnicos administrativos estão submetidos.

O tucano e o emedebista darão continuidade e aprofundarão a orientação anti-pedagógica adotada por Temer, com seu corte de investimento e reforma autoritária do Ensino Médio. A manutenção de apenas português e matemática como disciplinas obrigatórias não vai sanar as dificuldades dos jovens nesses conteúdos. Pelo contrário, instituirá um ensino embotado e sem abertura ao pensamento. A adoção de “áreas de conhecimento” exclui do currículo a reflexão e a formação crítica. Além disso, a suposta criação de cinco itinerários formativos, que seriam áreas de aprofundamento à escolha dos estudantes para cursar 40% do currículo cai por terra quando as escolas têm a obrigação de ofertar apenas um itinerário, restringindo as opções dos estudantes.

Bolsonaro, por sua vez, defende o uso da educação à distância desde o ensino fundamental para ajudar a combater o “marxismo” nas escolas! Advoga a Lei da Mordaça (Escola sem Partido). Propõe a “militarização do ensino“, sem especificar exatamente o que venha a ser isso. Seu descompromisso com a verdade educacional levou-o a mostrar na TV o livro Aparelho sexual e Cia, dizendo que ele é distribuído nas escolas, o que é pura e simplesmente uma mentira. Esse livro sequer foi adquirido ou fez parte de algum programa do Ministério de Educação.
Outros candidatos presidenciais da direita (a mídia oligolopolista os chama “de centro”) seguem o mesmo diapasão.

Os eleitores devem estar atentos e conscientes ao apoiar os candidatos de sua preferência e confiar-lhes o voto. A construção de uma sociedade democrática e socialmente justa versus o conservadorismo e obscurantismo: é o que está em disputa no pleito presidencial.

*Alan Francisco de Carvalho é coordenador da Secretaria de Comunicação Social da Contee