Categorias
Atualidades Destaques Recomendadas

Encontro do Ensino Médio: experiências exitosas e inovação pedagógica

Ocorre desde quarta-feira (7/11) até amanhã no Centro Educacional Sesc Cidadania o “Encontro do Ensino Médio: experiências exitosas e inovação pedagógica”, que conta com o apoio do Sindicato dos Professores do Estado de Goiás. O evento busca articular de forma institucionalizada a discussão propositiva de práticas exitosas e inovadoras no Ensino Médio e tem como objetivo principal propiciar um espaço-tempo de debate a partir de práticas cotidianas no ensino médio que impactam positivamente a formação dos alunos.

Na abertura o Presidente do Sindicato dos Professores do Estado de Goiás, Railton Nascimento Souza destacou em sua fala:

”Que estamos comemorando, nesses dias, 30 anos da Constituição Federal de 1988 que devolveu aos brasileiros a CIDADANIA PLENA e restaurou a DEMOCRACIA no país. Eventos como esse são espaços democráticos que devem ouvir professores e alunos, compartilhar experiências, para pensar juntos um ensino médio que respeite os fundamentos constitucionais do pluralismo político, de ideias e concepções, e a LIBERDADE DE ENSINAR E APRENDER. Além de preparar a base para a formação profissional, o ensino médio deve oferecer uma educação integral, com espaço para as ciências humanas, artes e o pensamento crítico. A escola deve ser um espaço democrático de formação da cidadania.”

Um bom curso a todos!

 

 

Categorias
Atualidades Destaques

Senado aprova reajuste para o Judiciário

Salário de ministros de tribunais superiores passará para R$ 39 mil

O Senado aprovou nesta quarta-feira (7) projetos de lei que concedem aumento aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e ao procurador-geral da República. O reajuste altera o subsídio dos 11 integrantes do STF e da atual chefe do Ministério Público Federal, Raquel Dodge, de R$ 33,7 mil para R$ 39 mil e provoca um efeito cascata sobre os funcionários do Judiciário, abrindo caminho também para um possível aumento dos vencimentos dos parlamentares e do presidente da República.

A proposta relativa aos membros do STF teve 41 votos favoráveis, 16 contra, e uma abstenção, após os senadores aprovarem, na tarde de ontem (6), a inclusão do texto na Ordem do Dia de hoje. Já o projeto do salário do procurador-geral da República foi aprovado de forma simbólica pelo plenário.

A votação provocou divergências entre os senadores desde o início do dia, depois que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, manifestou “preocupação” com a possibilidade de reajuste. Segundo Bolsonaro, o momento não é adequado para o aumento.

Câmara

A matéria foi aprovada pela Câmara dos Deputados, mas tramitava no Congresso desde 2016, depois de ter ficado paralisada na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Neste ano, o Supremo aprovou um reajuste de 16% no salário dos ministros da Corte a partir de 2019.

Escolhido como relator de plenário, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) alterou o texto para adequar o reajuste, informando que não haverá efeito retroativo para os anos anteriores.

“É importante registrar às senhoras e senhores que existe um compromisso assumido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal de extinguir o auxílio-moradia hoje pago aos membros do Poder Judiciário, anulando assim o impacto orçamentário”, afirmou Fernando Bezerra, ao encaminhar voto favorável ao projeto.

Reações

Antes mesmo da votação, alguns senadores já criticavam a medida. A senadora Regina Sousa (PT-PI), por exemplo, defendeu que a matéria não entrasse em pauta.

“Eu não acredito que este Senado vá votar a favor disso, porque, ao mesmo tempo em que se quer votar reajuste para quem está no andar de cima, no último andar, há um projeto para adiar o reajuste dos servidores para 2020. Que contradição é essa? Não tem para os servidores, não pode ter para os magistrados também. Sem falar no efeito cascata para os Estados”, afirmou Regina Sousa.

Após anunciar o resultado, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), esclareceu que os projetos foram colocados em pauta de forma legítima e transparente. Segundo Eunício, a Procuradoria-Geral da República não vai extrapolar a Emenda do Teto dos Gastos, que limita o aumento das despesas públicas durante 20 anos.

Eunício lembrou também que o requerimento de urgência para votação das propostas foi aprovado ontem na presença dos senadores.

Ao defender a aprovação do projeto, o senador Romero Jucá (MDB-RR) disse que o Judiciário é responsável por decidir internamente sobre os gastos. “Estamos votando aqui uma mensagem do Poder Judiciário, que é independente, que tem autonomia orçamentária e financeira.”

O ex-presidente do Senado, Renan Calheiros (MDB-AL) lembrou que tramita na Câmara uma proposta de emenda à Constituição que acaba com o efeito cascata sobre os salários dos magistrados federais a cada reajuste dos ministros do STF. “Com a responsabilidade de quem paralisou esse reajuste desde 2016, eu quero dizer que vou ajudar neste momento a não trincar as relações entre os Poderes e dando um crédito de absoluta confiança ao presidente do STF [Dias Tóffoli] de quem eu ouvi que vai acabar com o auxílio-moradia e retirar outros penduricalhos”, afirmou.

Responsabilidade fiscal

Relator do projeto na CAE que havia emitido um parecer contrário ao texto, Ricardo Ferraço (PSDB-ES) disse que a matéria viola a Lei de Responsabilidade Fiscal e a Constituição, já que não há dotação orçamentária suficiente para o aumento.

“O cálculo feito pela Consultoria do Senado dá conta de que esta matéria impacta as contas nacionais em torno de R$ 6 bilhões. E aí vale perguntar: como fará o estado quebrado e falido do Rio de Janeiro? Como fará o estado quebrado e falido do Rio Grande do Sul e até o de Minas Gerais? Porque existe o efeito cascata. Esse impacto trará aos nossos estados enormes consequências”, questionou.

Para Roberto Requião (MDB-PR), o problema está na falta de informações sobre a extensão do reajuste. Ele disse que mandou fazer um levantamento sobre os salários dos juízes e desembargadores do Paraná, estado que tem em torno de 1.150 juízes.

“Seiscentos juízes receberam, em setembro, mais do que R$ 60 mil. Então, isso desarma esta conversa de que [o reajuste] vai ser diminuído porque liquidarão o auxílio-moradia. O auxílio-moradia é irrisório, são R$ 4 mil. Quero dizer a vocês que eu sou daqueles que votariam um bom salário, se eu soubesse qual é o bom salário”, disse o senador, informando que mais da metade dos tribunais de Justiça dos estados não revelaram ao STF o salário dos seus juízes.

Agência Brasil

http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2018-11/senado-aprova-reajuste-para-o-judiciario

Categorias
Atualidades Destaques

O pronunciamento do STF em defesa da liberdade

Por unanimidade, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) referendou liminar concedida pela ministra Cármen Lúcia, que suspendeu atos de juízes eleitorais autorizando a busca e apreensão de materiais considerados de campanha eleitoral em universidades e proibindo aulas com temática eleitoral e reuniões e assembleias de natureza política. A decisão foi uma vitória da liberdade em nossa combalida democracia.

A Contee foi amicus curiae (amigo da corte, com profundo interesse em uma questão jurídica levada à discussão junto ao Poder Judiciário) da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 548, ajuizada pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, para “suspender os efeitos de atos judiciais ou administrativos, emanados de autoridade pública que possibilite, determine ou promova o ingresso de agentes públicos em universidades públicas e privadas” — foi registrada a invasão de pelo menos nove universidades públicaspelas forças de repressão às vésperas do segundo turno das eleições de 2018, autorizada por juízes eleitorais. Para ela, “a democracia não admite rupturas, não admite atalhos, não admite intolerância, repulsa, ódio e violência”.

Argumentos da Contee

Segundo pronunciamento da advogada Sarah Campos, que representou a Contee no julgamento, as universidades públicas e privadas, nos dias que antecederam o segundo turno, viveram um turbilhão. “O ambiente universitário, como não poderia ser diferente, enseja a livre manifestação de ideias que nem sempre são concordantes. Por terem sido encontrados, dentro do Centro Acadêmico da Universidade Federal Fluminense, adesivos com os dizeres ‘ele não’ e materiais que comparavam os projetos de governo dos candidatos do segundo turno, automaticamente se chegou à conclusão de que a faixa exposta na fachada da universidade dizendo ‘Direito UFF Antifascista’ era propaganda contra um candidato. Um esforço argumentativo”.

Ela denunciou que “nós, advogados de sindicatos de professores, vivemos dias tormentosos e medonhos. Precisamos da união de todos os alunos, servidores e reitorias da universidade para enfrentar o momento de divergências ideológicas de forma criativa, produtiva, benéfica para a sociedade. Coibir essa efervescência de ideias não me parece ser produtivo para a democracia”.

Votos dos ministros

Em seu voto, seguido por unanimidade, a ministra Cármen Lúcia destacou que a autonomia universitária está entre os princípios constitucionais que garantem toda a forma de liberdade. “Impedir ou dificultar a manifestação plural de pensamento é trancar a universidade, silenciar estudantes e amordaçar professores”, afirmou. Segundo a ministra, a única força legitimada a invadir uma universidade é a das ideias livres e plurais. “Qualquer outra que ali ingresse sem causa jurídica válida é tirana, e tirania é o exato contrário da democracia”.

No que foi considerado uma reprovação à Lei da Mordaça (Escola Sem Partido), a ministra salientou que a exposição de opiniões, ideias ou ideologias e o desempenho de atividades de docência são manifestações da liberdade e garantia da integridade individual digna e livre. “A liberdade de pensamento não é concessão do Estado, mas sim direito fundamental do indivíduo que pode até mesmo se contrapor ao Estado”, concluiu.

Alexandre de Moraes considerou inconstitucionais as condutas de autoridades públicas que tendem a constranger ou inibir a liberdade de expressão, a liberdade de cátedra e o livre debate político, “realizado democraticamente e com respeito ao pluralismo de ideias no âmbito das universidades, tradicionais centros autônomos de defesa da democracia e das liberdades públicas”.

Para Roberto Barroso, não se pode permitir que, a pretexto do exercício do poder de polícia sobre a propaganda eleitoral, restrinja-se a liberdade de manifestação do pensamento, sobretudo quando essas manifestações visam preservar a democracia. Segundo o ministro, policiais entrando em salas de aula para interromper palestras ou a retirada de faixas que refletem a manifestação dos alunos são atos “inequivocamente autoritários e incompatíveis com o país que conseguimos criar e remetem a um passado que não queremos que volte. Pensamento único é para ditadores e a verdade absoluta é própria da tirania”.

Edson Fachin considerou que “sem educação, não há cidadania. Sem liberdade de expressão e pensamento, não há democracia”.

Gilmar Mendes registrou o caso de incitação à violação à liberdade de cátedra pela deputada estadual eleita Ane Caroline Campagnolo (PSL/SC), que abriu um canal para que alunos denunciem professores que supostamente estejam fazendo manifestações político-partidárias em sala de aula. “Mostra-se inadmissível que, justamente no ambiente que deveria imperar o livre debate de ideias, proponha-se um policiamento político-ideológico da rotina acadêmica. A política encontra na universidade uma atmosfera favorável que deve ser preservada. Eventuais distorções na atuação política realizada no âmbito das universidades mereceriam ser corrigidas não pela censura, mas pela ampliação da abertura democrática”.

Rosa Weber, que também preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), lembrou que a Justiça Eleitoral “não pode fechar os olhos” para os direitos, as liberdades e os princípios fundamentais assegurados na Constituição, “em particular a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, o pluralismo de ideias e a autonomia didático-científica e administrativa das universidades”.

Ricardo Lewandowski referiu que, em agosto de 1964, o STF concedeu um habeas corpus (HC 40910) para trancar ação penal contra um professor de Introdução à Economia da Universidade Católica de Pernambuco acusado de ter distribuído aos alunos um “papelucho” criticando a situação política do país no início da ditadura militar.

O decano da Corte, Celso de Mello, salientou que a universidade é, por excelência, o espaço do debate, da persuasão racional, da veiculação de ideias, o que torna intolerável a censura em suas dependências. “Todos sabemos que não há pessoas nem sociedades livres sem liberdade de expressão, de comunicação, de informação, mostrando-se inaceitável qualquer deliberação estatal, seja ela executiva, legislativa ou judicial, cuja execução importe em controle do pensamento crítico, com o consequente comprometimento da ordem democrática”.

O presidente do STF, Dias Toffoli, também acompanhou o voto da relatora e destacou os precedentes do Supremo citados por ela quanto à garantia da liberdade de expressão. A sessão durou mais de cinco horas e tratou exclusivamente do tema.

O caso de 1964 citado por Lewandowski

Foi muito feliz a memória do ministro Lesandowski sobre o habeas corpus concedido pelo ministro Hahnemann Guimarães, dia 13 de agosto de 1964, logo depois do golpe civil-militar de abril, em favor do professor Sérgio Cidade de Rezende. Na sentença, o juiz narra que Sérgio havia distribuído a 26 alunos, no dia 26 de junho, “um manifesto contrário à situação vigente, sem nenhum incitamento à prática de processos violentos para a subversão da ordem política ou social, ou à desobediência coletiva ao cumprimento de lei de ordem pública”.

No material distribuído, o professor Rezende acentua que ao estudante “cabe uma parcela de responsabilidade, uma parcela de decisão dos destinos da sociedade e para isto têm de optar entre ‘gorilizar-se’ (os generais golpistas na América Latina eram chamados de gorilas) ou permanecerem seres humanos”. A estes cabe a honra de defender a democracia e a liberdade”. O texto terminava com a conclamação “Viva o Partido Comunista”. O habeas corpus foi concedido por unanimidade. Dois dos ministros votantes, Evandro Lins e Silva e Victor Nunes Leal, foram posteriormente cassados pela ditadura.

O que diriam sobre este fato os defensores da Lei da Mordaça, como a deputada catarinense e o presidente recém-eleito? A Contee ajuizou no STF a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5537 contra a Lei 7.800/2016, de Alagoas. Conhecida como “Lei da escola livre”, na verdade Lei da Mordaça, a norma cria no âmbito da educação estadual um programa que propõe um sistema de “neutralidade política, ideológica e religiosa”. O relator, ministro Barroso, considerou plausíveis os argumentos de nossa entidade de que a norma possui vícios formais e materiais. A lei proíbe, por exemplo, que os professores estimulem os alunos a participar de manifestações, atos públicos ou passeatas.O julgamento está agendado para o próximo dia 28.

*Gilson Reis é coordenador-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino — Contee

Da Carta Educação (http://www.cartaeducacao.com.br/artigo/o-pronunciamento-do-stf-em-defesa-da-liberdade/)

Categorias
Atualidades Destaques

Bolsonaro extinguir ministério do Trabalho é novo ataque a trabalhador

De acordo com notícia divulgada nesta terça-feira (6) na Folha de S.Paulo, a equipe de transição do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) estuda o fim do Ministério do Trabalho. Segundo a Folha, a política de trabalho e renda poderia se tornar atribuição do superministério da Economia. Dirigentes sindicais ouvidos pelo Portal Vermelho condenaram a sinalização do novo governo, que demonstra que vai aprofundar o ataque aos trabalhadores.

Miguel Torres, presidente da Força Sindical, declarou ao Portal Vermelho que cada dia é uma novidade. “A Força soltou nota contra a proposta de fundir os ministérios do Trabalho com a indústria e agora vem essa. É muita confusão em um governo que não começou. Sou contra acabar com o ministério. Quem perde são os trabalhadores”.

Na opinião dele, o fim do ministério do Trabalho deixa o trabalhado em desvantagem na relação capital e trabalho. “É um absurdo. Mesmo perdendo protagonismo nos últimos anos, o ministério é responsável pela fiscalização, intermediação, busca acordos nas mesas redondas”, ressaltou Miguel.

Adilson Araújo, presidente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) definiu a transição de Bolsonaro de “indigesta” para os trabalhadores. Para o dirigente, o fim do ministério do Trabalho é a moeda de troca para satisfazer aquela parcela de empresários que apoiou a campanha do candidato do PSL.

“Os empresários estão cobrando a liberdade para praticar a legislação que lhes convier sob a batuta da redução de custos”, afirmou Adilson. Ele lembrou ainda que a dobradinha empresários e Michel Temer, que aprovou terceirização e reforma trabalhista, nunca entregou a modernização que pregavam enquanto defendiam o ataque aos direitos trabalhistas.

“O tripé que deu base à reforma trabalhista era modernizar as relações de trabalho, acabar com a insegurança jurídica e gerar empregos. O que vemos agora no Brasil é adoecimento do trabalhador, óbitos, desemprego alarmante, trabalho análogo à escravidão, precarização. O que tem de moderno nisso?”, questionou Adilson.

Para o presidente da CTB, o golpe de 2016 que levou Michel Temer à presidência e que resultou no esvaziamento do ministério do Trabalho sinalizava esse desejo de “tornar essa instituição letra morta”. Adilson enfatizou que o fim do ministério do Trabalho é mais um ataque ao direito social do trabalho.

“O que eles querem é criar um muro para defender os interesses da parte patronal. Nessa movimentação só sobrará espaço para o capital. O trabalho está sendo vilipendiado, suprimido da concepção de um mundo mais humano, menos desigual e socialmente desenvolvido”, salientou Adilson.

Miguel reiterou o respeito a resultado das urnas, no entanto, se mostra preocupado com o direcionamento que novo governo dá ao mundo do trabalho. “Cada dia fica mais nítido que tudo o que se relaciona com o trabalho tem ações negativas vindas do novo governo. Ou são balões de ensaios para ver até onde ele pode ir. Depois do fim do ministério do trabalho vem o quê? O Fim da Justiça do Trabalho, o fim do Ministério público do Trabalho?”, concluiu.

De acordo com a Folha, a notícia do fim do Ministério do Trabalho encontra resistência no próprio órgão. Pela manhã foi divulgada nota do Ministério do Trabalho que diz:  “o futuro do trabalho e suas múltiplas e complexas relações precisam de um ambiente institucional adequado para a sua compatibilização produtiva, e o Ministério do Trabalho, que recebeu profundas melhorias nos últimos meses, é seguramente capaz de coordenar as forças produtivas no melhor caminho a ser trilhado pela Nação Brasileira, na efetivação do comando constitucional de buscar o pleno emprego e a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros”. Procurada pela Folha, a assessoria do Ministério do Trabalho não quis comentar a nota.
Portal Vermelho

Categorias
Atualidades Destaques

Mudança para o Ministério da Ciência e Tecnologia pode comprometer ensino superior

Ex-reitor da UnB defende amplo debate sobre a medida, que não foi detalhada pela equipe do do novo governo

A proposta do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) de transferir a administração do ensino superior, do Ministério da Educação (MEC) para o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTIC), tem suscitado críticas por parte de especialistas no setor.

O professor José Geraldo de Sousa Júnior, ex-reitor da Universidade de Brasília (UnB), aponta que a medida tem precedentes em outros países, mas nunca foi experimentada no Brasil. A ideia já foi proposta durante o governo Itamar Franco (1992-1994) e cogitada posteriormente em diferentes momentos – como em 2009, por meio de um projeto de lei de autoria do então senador Cristovam Buarque (PPS-DF).

O parlamentar defendia uma maior concentração do MEC na educação básica. A transferência do ensino superior para o MCTIC era uma tentativa de viabilizar essa mudança de prioridades, mas a proposta não avançou.

O ex-reitor chama a atenção para a possibilidade de estrangulamento dos pilares que sustentam a atuação das instituições de ensino superior.

“Você desloca a universidade para a área de tecnologia, que é pesquisa e inovação, mas a universidade é também ensino e extensão, duas dimensões que não fazem parte da plataforma – também histórica – de articulação do Ministério da Ciência e Tecnologia”, pontua.

Ciências Humanas

O filósofo e educador Gaudêncio Frigoto, professor aposentado pela Universidade Federal Fluminense (UFF), chama a atenção para o risco de comprometimento da área de Ciências Humanas.

A submissão do ensino superior ao MCTIC, além de submeter o meio universitário à lógica do mercado, poderia fazer o segmento caminhar para um sufocamento dos cursos de Humanas, considerados menos atraentes aos investimentos em pesquisa.

“É uma visão pragmática, mercadológica da ciência. É uma tendência de entender o ser humano como um mero instrumento do mundo do mercado. Evidentemente que as ciências humanas, que ajudam a pensar, analisar, são um espinho no calcanhar”, aponta o educador.

Em entrevista concedida na última quinta-feira (1º), Jair Bolsonaro disse à imprensa que a ideia de mudança de competência sobre o ensino superior serviria para “dar um gás” na área. Ele não deu mais informações sobre a proposta.

Apontado como futuro ministro da Ciência e Tecnologia, o astronauta e tenente-coronel da reserva Marcos Pontes afirmou nessa segunda-feira (5) que aguarda uma definição do presidente eleito sobre a ideia da transferência.

Para o ex-reitor da UnB, a medida carece de um debate amplo entre os diferentes segmentos que podem ser afetados em caso de mudança: “Ela deveria ser mais discutida e, aparentemente, está sendo formulada num contexto de urgência meramente funcional, para compor a governança, mas não pra discutir aquilo que isso possa vir a representar”.

Jair Bolsonaro assume a Presidência da República no dia 1º de janeiro de 2019.

Brasil de Fato

https://www.brasildefato.com.br/2018/11/06/mudanca-para-o-ministerio-da-ciencia-e-tecnologia-pode-comprometer-ensino-superior/

Categorias
Atualidades Destaques

‘Vouchers’, ensino à distância e universidade paga, os planos na mesa de Bolsonaro

Inspirado em modelo de Pinochet, governo Bolsonaro avalia plano de incentivo a escolas privadas e diminuição de investimentos em universidades

Bolsonaro exibe livro de Carlos Brilhante Ustra no Congresso.

“Eu vou mudar tudo isso daí, tá ok?”. Se Jair Bolsonaro, eleito presidente com quase 58 milhões de votos, levar ao pé da letra o bordão de campanha, seu mandato pode marcar um ponto de inflexão na educação brasileira com uma guinada conservadora, baseada em sua cruzada contra “doutrinação de esquerda” e veto ao debate de gênero, e pautada por diretrizes de mercado. O plano de governo é pouco detalhado, mas pressupõe a inversão da pirâmide de investimentos, transferindo recursos da educação superior para a básica (infantil, fundamental e médio). Segundo estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil gasta três vezes mais com estudantes universitários do com alunos dos ensinos fundamental e médio.

Para Anna Helena Altenfelder, presidente do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), trata-se de uma “preocupação pertinente” a do investimento maior em educação superior, ainda mais num contexto de grave crise fiscal. Entretanto, a pedagoga observa que a conta mais alta do ensino superior é influenciada por gastos com pesquisa e extensão, como hospitais universitários. “A questão principal não é transferir recursos de um para o outro, mas sim priorizar o ensino básico.”

Bolsonaro diz se inspirar em modelos de países asiáticos, a exemplo de Japão e Coreia do Sul, onde professores recebem quase quatro vezes mais que os brasileiros – cujos salários equivalem à metade da média dos países avaliados pela OCDE. Em seu plano, ele prevê investir em qualificação e melhorar a remuneração dos professores, mas não explica como nem de onde proverá verbas para valorizá-los. Apenas ressalta que “é possível fazer muito mais com os atuais recursos” – o Brasil investe aproximadamente 5% do PIB em educação.

Para preservar recursos do Ministério da Educação (MEC), uma das ideias do partido de Bolsonaro, o PSL, e já mencionadas por homens fortes de sua equipe, incluindo o futuro superministro da Economia, Paulo Guedes, é o “voucher educação”. A proposta, que também era bandeira do candidato derrotado à presidência João Amoêdo (NOVO), estipula a distribuição de vales para as famílias escolherem um colégio privado e matricularem seus filhos. Com maior participação de instituições privadas, o governo, segundo a tese dos defensores do modelo, economizaria dinheiro com a manutenção de escolas e a folha de pagamento dos professores.

Diferentemente de Japão e Coreia do Sul, que conduzem a educação básica por meio de escolas públicas, o modelo tem inspiração em fórmulas já testadas em países como Estados Unidos e Chile, que adotou os vouchers durante a ditadura de Augusto Pinochet, na década de 80. Apesar de apresentar melhores resultados em análises de desempenho que o Brasil e outros países latino-americanos, a educação chilena ainda está distante do nível apresentado por países desenvolvidos no ranking do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa). “Os vouchers cumpriram um papel importante para incluir alunos nas escolas, mas hoje não têm melhorado a qualidade da educação no Chile”, afirma Olavo Nogueira Filho, diretor do movimento Todos Pela Educação.

Um dos motivos para a estagnação da receita chilena foi o apartheid gerado pela lógica de mercado dos vouchers, já que alunos mais pobres e com mais carências de aprendizagem acabaram relegados às piores escolas, seja pelo filtro dos processos seletivos, seja pela incapacidade de muitas famílias bancarem mensalidades superiores ao valor do voucher. Nos anos 2000, o sistema passou por reformas para corrigir distorções, como o aumento do vale para estudantes de classes menos favorecidas. Os experimentos no exterior preocupam especialistas em educação sobre uma eventual adaptação do modelo à realidade brasileira. “O voucher não garante que o aluno seja aceito em uma instituição de ensino subsidiada pelo Estado. Isso pode agravar a desigualdade e a segregação social nas escolas”, avalia Luiz Carlos de Freitas, pesquisador e professor aposentado da Unicamp.

Apesar de terem melhor média no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), somente 23% das escolas particulares conseguiram alcançar as metas estabelecidas pelo Ministério da Educação, contra 42% das escolas públicas. A política dos vouchers esbarraria, desde sua implementação, no gargalo do ensino privado. “Parte-se do princípio que a escola particular oferta a melhor educação, mas isso não é verdade”, diz Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação e que foi candidato ao Senado pelo PSOL. “[Com os vouchers] vai prevalecer o modelo da escola privada de baixo custo e baixa qualidade, que apresenta desempenho pior que as públicas.”

Mensalidades nas universidades públicas e ensino à distância

Outra medida avaliada pelo staff bolsonarista que capitaneia a transição de governo é cobrar mensalidade em universidades públicas. Pela proposta, os mais ricos pagariam para estudar. Os recursos gerados por eles serviriam de subsídio para financiar o estudo dos mais pobres. Não há definição sobre as faixas de renda que seriam beneficiadas pela isenção da mensalidade. Em movimento oposto, a cobrança em universidades foi parcialmente revogada pelo Congresso do Chile no início do ano. Daniel Cara alerta que, se aplicada no Brasil, a medida pode intensificar a discriminação no ambiente acadêmico. “A tendência é gerar três tipos de estudantes: os que pagam, os que não pagam e os cotistas. Vai aumentar o grau de tensão nas universidades, sem mexer, de fato, nos privilégios dos mais ricos.”

Para levar o plano adiante, o futuro Governo depende do Congresso. Mais precisamente depende da aprovação, pelos parlamentares, de alterações na Constituição – a gratuidade está prevista em todos os níveis do ensino público. As emendas dependeriam de aprovação em dois turnos na Câmara e no Senado, com maioria qualificada (três quintos).

No plano de reestruturação ministerial de Bolsonaro, ainda é cogitada a transferência do ensino superior para a pasta de Ciência e Tecnologia, que será comandada pelo astronauta Marcos Pontes. Com isso, o MEC ganharia fôlego no orçamento para concentrar recursos no básico. A possível mudança foi comentada pela vice-presidente da Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup), Elizabeth Guedes, irmã do futuro ministro da Economia. “Não vejo por que tanta celeuma”, disse ela ao jornal O Globo, afirmando não ter nenhuma interlocução com Guedes na matéria.

Outro eixo da enxuta proposta de Bolsonaro é a ampliação do ensino à distância (EaD), que o presidente eleito cita como forma eficaz para se combater a suposta doutrinação política. Com aulas gravadas e a interação controlada entre aluno e professor, seu governo pretende utilizar a tecnologia sob o pretexto de baratear custos, ampliar o alcance da escola em lugares remotos e instituir o EaDna educação básica “como um importante instrumento e não vetado de forma dogmática”.

Especialistas questionam a tese de redução de custos com o ensino à distância e veem riscos em sua difusão, sobretudo para alunos do ensino fundamental, já que o modelo limita a socialização e ainda pode representar uma dor de cabeça aos pais, que deixariam de contar com a estrutura física das escolas para abrigar crianças. “Não há paralelos em outros países de EaD aplicado no ensino infantil e fundamental. No ensino médio, experiências em alguns estados americanos carecem de um controle de qualidade e, na maioria dos casos, as escolas não têm boa avaliação”, diz Freitas, da Unicamp.

Enquanto os planos seguem em aberto, Bolsonaro ainda não definiu o novo ministro da Educação. Além do general Aléssio Souto, um dos nomes cotados é o de Stavros Xanthopoylos, conhecido como Grego, que atuou como conselheiro da campanha. Ex-diretor de cursos online da Fundação Getúlio Vargas, Xanthopoylos é um grande entusiasta do projeto que ele prefere chamar de “cidadania digital” e considera ideal a adoção de uma metodologia mista, que concilie educação à distância e a presencial. Tanto ele quanto Paulo Guedes mantêm empresas que atuam no ramo de EaD. Integrantes da equipe que elaborou o plano de governo para a educação afirmam que só se pronunciarão oficialmente após a definição dos ministérios. O EL PAÍS procurou três especialistas diferentes para comentar a proposta bolsonarista de expansão do EaD, mas, alegando conflito de interesses por prestarem serviços a empresas do ramo, preferiram não dar entrevista.

El País

Categorias
Atualidades Destaques

Projeto Escola sem partido pretende impor um pensamento único e autoritário

Os apoiadores do projeto defendem um controle sobre os professores, mas não fazem nenhuma referência á média de alunos por turma que foi de 30,4 no ensino médio; de 23, no ensino fundamental; e de 16,3, na educação infantil, em 2017, de acordo com informações do Ministério da Educação (MEC).

“Já não bastam as imensas dificuldades enfrentadas pelos docentes brasileiros, agora temos que nos preocupar com a perseguição de pais e estudantes”, diz Marilene Betros, secretária de Políticas Educacionais da CTB.

“Na realidade”, diz ela, “os conservadores querem acabar com o diálogo e a liberdade nas escolas. Querem impor a mordaça para impedir a proliferação do pensamento crítico e o raciocínio estratégico em nossa juventude. Querem, eles sim, doutrinar crianças e jovens e vêm ganhando as cabeças dos pais para isso”.

O Projeto de Lei 7180/14, visa controlar as aulas, criando mecanismos de vigilância e proibições aos docentes, porque “o saber apavora as pessoas que temem o contraditório”, acentua Marilene.

O humorístico Zorra, da Globo, dá a exata dimensão do verdadeiro propósito do Escola sem partido

Para Valéria Morato, presidenta da CTB-MG e do Sindicato dos Professores de Minas Gerais, o Escola sem partido “É um projeto autoritário, que visa proporcionar uma educação alienante e formadora de mão de obra que não pense e, portanto, não defenda os seus direitos”.

Já Fernando Penna, professor da Universidade Federal Fluminense, a estratégia dos defensores desse projeto é provocar uma “pânico moral”. De acordo com Penna, “eles usam casos extremos e dizem que isso está acontecendo em todo Brasil. É criar a doença para vender a cura. Espalham o pânico e aí falam: ‘você está com medo? Podemos resolver isso’”.

A presidenta da CTB-AM, Isis Tavares concorda com ele e vai mais longe ao afirmar que o clima criado em torno do que acontece em sala de aula e a defesa da perseguição e repressão a professoras e professores faz parte de um projeto para desviar das discussões da política econômica proposta por Paulo Guedes, futuro superministro da Fazenda de Jair Bolsonaro.

“Todo o debate está fora de foco”, diz Isis. “Enquanto tentamos debater conteúdo, os apoiadores desse projeto trabalham com performance e se apegam a valores morais e com esse discurso fácil ganham corações e mentes da população desinformada”.

Enquanto Marilene lembra da atuação do MEC no governo golpista de Michel Temer “tirando dos órgãos da educação, as entidades dos movimentos educacionais, mantendo os representantes empresariais”.

Inclusive, acentua a secretária de Políticas Educacionais da CTB, as “bases curriculares aprovadas por Temer desobrigam matérias importantes com História, Geografia, Filosofia, Artes e o projeto defendido por Bolsonaro quer a volta de Educação Moral e Cívica e aula de religião e ainda com a possibilidade de docentes por ‘notório saber’”.

Isso de acordo, com Valéria, reforça a necessidade de atuação conjunta de todas as entidades que defendem a educação democrática e inclusiva.  “Não mediremos esforços para que a escola seja sempre democrática e que trabalhe dentro do que preconiza a Constituição de 1988”.

Porque, diz Valéria, “o que se quer com esse projeto é cercear o direito e a liberdade de ensinar e de aprender. Esse projeto é que é, de fato, a aplicação de uma doutrinação aos estudantes. Ele propõe uma educação que não seja dialógica e não respeite as diferenças e as especificidades locais e individuais”.

Segundo Miguel Nagib, criador do projeto Escola sem partido, ele propõe apenas que “sejam quais forem as preferências políticas e ideológicas do professor, ele está legalmente obrigado a respeitar esses limites”.

Já Marilene discorda dele e afirma que o projeto visa cercear as aulas, “impedindo o diálogo em sala de aula e determinando o controle rígido da família sobre o conteúdo das aulas, sem a menor discussão sobre a sociedade, o país e o mundo”.

Serviço

O que: Reunião Deliberativa Ordinária -Comissão especial Escola sem partido

Quando: Quarta-feira (7), às 14h,

Onde: Câmara dos Deputados (Anexo 2, Plenário 1)

Marcos Aurélio Ruy – Portal CTB

http://portalctb.org.br/site/secretarias-da-ctb-nacional/politicas-educacionais/projeto-escola-sem-partido-pretende-impor-um-pensamento-unico-e-autoritario

Categorias
Atualidades Destaques

MP que privatiza setor de saneamento pode ser votada nesta terça no Congresso

São Paulo – A Medida Provisória (MP) 844, editada pelo governo Temer, que revisa o marco legal do setor de saneamento básico em todo o país, pode ir à votação nesta terça-feira na Câmara dos Deputados e no Senado. A MP foi aprovada em comissão mista na última quarta-feira (31) e está pronta para ser votada no plenário das duas Casas.

Diversas entidades se mobilizam para barrar a proposta, pois consideram que ela amplia o espaço para a atuação de empresas privadas no setor, comprometendo a meta de universalização dos serviços de água e esgoto, prevista para 2033, de acordo com o Plano Nacional de Saneamento Básico de 2012.

“Estamos convocando todas entidades que defendem o direito à água e o saneamento para estarem em Brasília para pressionarem os parlamentares a não votarem a favor dessa MP”, afirma o presidente da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU-CUT). Segundo ele, as mudanças previstas na MP 844 “vão desestruturar o sistema de saneamento”.

A principal mudança proposta pela MP é o fim ao subsídio cruzado, que permite que recursos arrecadados com a cobrança de tarifas de água e esgoto em áreas mais ricas sejam investidos em municípios mais pobres. Com o fim do mecanismo, as entidades preveem o agravamento das disparidades na qualidade e na cobertura dos serviços de água e esgoto entre capitais e grandes cidades e os pequenos municípios.

A proposta também impede que os municípios optem pela gestão associada e consórcios com as empresas públicas estaduais. As cidades que optarem por não fazerem a gestão direta do serviço de água e esgoto serão obrigadas a fazer um chamamento público, abrindo assim para a participação das empresas privadas. Prevê ainda que a mesma empresa chamada para fazer o estudo de viabilidade econômica de um projeto de concessão participe da disputa para ofertar o serviço. Ou seja, as empresas já participariam do processo de chamamento sabendo do potencial econômico de uma determinada região, descartando às que não resultarem interessantes.

A MP ainda determina que a regulação passe a ser feita nacionalmente pela Agência Nacional de Águas (ANA), que também fica responsável pela fixação das tarifas a serem cobradas. Segundo os especialistas, a ANA não tem corpo técnico especializado, como tem as agências reguladores estaduais e regionais, que também conhecem mais profundamente as condições econômicas e geográficas onde cada empresa opera.

Em manifesto assinado pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), Associação Brasileira de Agências de Regulação (Abar), Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe) e Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento (Assemae), dentre outras, as entidades alertam que as modificações propostas pela MP 844 não visam a melhoria dos serviços prestados. “O objetivo é ampliar o espaço dos negócios das empresas privadas.”

Na página da Abes, é possível enviar mensagens aos parlamentares para pressionar contra a aprovação da medida.

Rede Brasil Atual

https://www.redebrasilatual.com.br/ambiente/2018/11/mp-que-privatiza-setor-de-saneamento-pode-ser-votada-nesta-terca-no-congresso

Categorias
Atualidades Destaques

Reforma da previdência proposta por Bolsonaro inviabiliza a aposentadoria das mulheres