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Membros da diretoria do Sinpro Goiás participam de Audiência Pública promovida pelo Conselho Municipal de Educação de Goiânia

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O presidente e a secretária de Comunicação do Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – Sinpro Goiás, Prof. Alan Francisco de Carvalho e Rosilayne Cavalcante Silva participaram da Audiência Pública promovida pelo Conselho Municipal de Educação de Goiânia sobre a Minuta de Resolução para a normatização de funcionamento da Educação Infantil no município de Goiânia.

O encontro aconteceu nesta terça-feira, no Auditório Jaime Câmara da Câmara Municipal e teve como objetivo ouvir as demandas, perspectivas e proposições de diferentes segmentos da sociedade. No dia 13/09 haverá outra audiência com o mesmo tema.

A Conferência inaugural foi ministrada pela Professora Mírian Fábia, da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás – UFG.

 

 

Por

Elen Aguiar

Assessora de Comunicação do Sinpro Goiás

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Reitores das federais em SP não descartam fechamento de cursos

Falta de verba agrava situação das universidades, que já “cortaram tudo o que podiam”. Auxílio a estudantes está comprometido e obras paradas ameaçam atendimento no hospital São Paulo, da Unifesp.

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Maurício de Souza/Alesp

A Frente Parlamentar em Defesa das Universidades Públicas no estado de São Paulo e reitores das universidades federais localizadas em São Paulo (Unifesp), do ABC (UFABC), de São Carlos (UFSCar) e do Instituto Federal de São Paulo (IFSP) vão solicitar audiência com os ministros da Educação, Mendonça Filho, da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Orçamento e Gestão, Dyogo Henrique de Oliveira, para apresentar as dificuldades enfrentadas nas instituições.

A decisão foi tomada na manhã desta quinta (18), durante reunião da frente feita para discutir a grave crise. Um documento já está sendo finalizado pelos reitores para ser levado às audiências. E o coordenador da frente, deputado Carlos Neder (PT), vai pedir autorização à Assembleia Legislativa para acompanhar os reitores a Brasília.

“Pelas incertezas, está em jogo todo o avanço dos últimos dez anos. Não há futuro para quem não tem sistema forte de educação, ciência e tecnologia para o salto qualitativo. E precisamos juntar forças”, disse o pró-reitor de gestão de pessoas da UFSCar, Mauro Rocha.

“Se os parâmetros de corte continuarem, a universidade estará inviabilizada. Temos de ir aos ministérios, ao parlamento, para reverter esse cenário”, disse a reitora da Unifesp, Soraya Smailli. Segundo ela, há obras paralisadas na ampliação de ambulatórios do Hospital São Paulo, que atende à população da capital e de diversas cidades do interior.

“Se a atual situação perdurar, em dois anos, o nosso ensino vai ser à base do cuspe e giz, vamos ter de cortar vagas”, disse Eduardo Antonio Módena, reitor do Instituto Federal de São Paulo. De acordo com ele, mais da metade dos alunos são cotistas e dependem de assistência estudantil. “Vai aumentar a evasão porque essa assistência é fundamental.”

Prestes a completar 10 anos – a mais jovem as instituições – a UFABC se destaca em diversos rankings e é a única no país a ter 100% dos professores com doutorado. Usando notas do Enem como sistema de seleção desde que foi criada e com adoção do sistema de cotas, foi avaliada pelo índice geral de cursos do MEC como a melhor universidade no estado de São Paulo e primeira no ranking de cursos de graduação entre todas as universidades do país.

“Isso comprova que a inclusão de alunos, a maioria de baixa renda, vindos da escola pública, não atrapalha os resultados da universidade, como muitos apontam”, disse o reitor Klaus Capelle, da UFABC. “É isso tudo que está em risco com os cortes”.

 

 

Fonte: Rede Brasil Atual

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Seis ações que comprovam plano de Temer para falir a educação

Desde que chegou ao poder por meio de um processo de impeachment sem fundamentos legais, Michel Temer vem desconstruindo as políticas educacionais que promoveram a inclusão de milhares de jovens nos últimos anos. Com o falso argumento de que “as ações são necessários para enfrentar a crise”, o Ministério da Educação (MEC) encerra programas, exonera funcionários, nomeia empresários do ensino privado e anuncia um corte de R$ 350 milhões no orçamento das universidades federais.
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Listamos algumas ações do interino, que, por meio do seu ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM-PE), promove o desmonte da pasta e retrocessos comparáveis aos tempos em que Fernando Henrique Cardoso presidia o país. Enumeramos abaixo algumas ações do governo Temer para falir a educação pública brasileira:

encontro_com_ministro991881- Apoio a grupos de extrema direita 

Com a maioria dos movimentos em defesa da educação contrários ao golpe político que afastou a presidenta Dilma do poder, Mendonça Filho resolveu mostrar a representatividade do MEC recebendo em seu gabinete o grupo de extrema direita “Revoltados on Line”, que pregam ações de ódio em seu discurso nas redes e defendem calorosamente a implementação do projeto “Escola sem Partido” cujo objetivo é punir professores que por ventura venham a ensinar o que é marxismo em sala de aula.

2- Desrespeito com o movimento educacional

Logo após ouvir seus conselheiros de extrema direita, Mendonça revogou a nomeação de 12 conselheiros do Conselho Nacional de Educação (CNE), que atuavam  de forma efetiva na construção e avaliação da política nacional de educação. Movimentos sociais foram ao MEC denunciar a ação ilegítima, mas foram recebias com truculência no local e ignorados pelo ministro.

eu_pago,_nao_deveria991893- Sucatear mais ainda as universidades privadas e lucros exorbitantes aos empresários

Que nome indicar para a secretaria que regulamenta o ensino das universidades privadas no MEC? Um empresário das universidades privadas, claro. Mendonça nomeou para Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres) um dos principais empresários do meio, Maurício Costa Romão, como titular da pasta. “É A raposa toma conta do galinheiro” denunciou na a presidenta da UNE, Carina Vitral. Se algum dia houve um fio de esperança na regulamentação do ensino privado, ela se estancou com essa nomeação. As universidades privadas continuaram com seus lucros exorbitantes, oferecendo um serviço sucateado e tratando o estudante como mera mercadoria.

4- Cortes de 350 milhões nas universidades federais

Programa de bolsas, pesquisa, extensão, assistência estudantil, folha de pagamento em dia, podem estar comprometidos com os cortes promovidos por Temer na área da educação, que prevê a reducão de 45%  em recursos para as 63 universidades federais, um impacto de R$ 350 milhões a menos que o orçamento de 2016. A realidade das universidades pouco se assemelha a um passado recente de expansão que se consolidou com o programa Reuni, inciativa do governo Lula que promoveu a expansão de vagas noturnas, construções de novos polos universitários no interior e a contratação de novos professores e técnicos administrativos. Reitores alertam que irão passar dificuldades para gerir as universidades caso o corte seja de fato implementado.

5- O Partido do ministro é contra as cotas 

O partido Democratas (DEM), antigo Arena dos tempos de bipartidarismo da ditadura militar, tem em seu DNA a luta contra as conquistas do povo brasileiro. O partido ao qual o Ministro Mendonça filho é filiado entrou com uma ação no STF em 2012 alegando ser inconstitucional a implementação das cotas raciais. Por unanimidade, a corte votou pela constitucionalidade das cotas. O próprio ministro disse na ocasião “não é por esse caminho – das cotas baseadas em raça – que vamos integrar a nossa sociedade”.

negros_ok613096- Queda das bolsas nas universidades privadas

O ProUni e o Fies são programas fundamentais para o estudante com baixa renda poder ter acesso ao ensino superior, mas o governo já sinalizou que o financiamento das bolsas não será a prioridade do governo. Mendonça Filho declarou que não seriam abertas novas vagas para o ProUni no segundo semestre de 2016, mas, após repercussão negativa, voltou atrás e as vagas foram disponibilizadas no segundo semestre, com 4.630 bolsas integrais a menos. No caso do Fies, o programa sofreu um duro impacto com um corte de 90 mil vagas. 

O governo interino segue implementando sua agenda neoliberal nas políticas educacionais e os planos de atingir as metas do Plano Nacional de Educação se torna cada vez mais distante, afetando políticas de inclusão social e soberania nacional. Os órgãos em defesa da educação pública, educadores e movimentos sociais declararam que seguiram na luta denunciando o retrocesso sem precedentes na pasta.

 

Fonte: Portal Vermelho 

 

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Confira a carta programa das eleições Sinpro Goiás: chapa “Juntos Podemos Mais”

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Apresentamos a você a CARTA PROGRAMA da Chapa única “JUNTOS, PODEMOS MAIS!” para as próximas eleições do SINPRO GOIÁS, gestão 2016-2020, que serão realizadas nos dias 29, 30 e 31 de agosto e, 1 e 2 de setembro próximos.

A Chapa “JUNTOS, PODEMOS MAIS!” está imbuída do histórico compromisso com a luta, forjada na combativa trajetória do Sindicato dos Professores do Estado de Goiás marcada por incontáveis vitórias, mas com foco na ampliação das conquistas da categoria dos professores e professoras das instituições particulares de ensino no Estado de Goiás, diante das novas demandas e exigências urgentes que o presente impõe.  A chapa “JUNTOS, PODEMOS MAIS!” apresenta seu plano de lutas em unidade com a luta maior de toda a classe trabalhadora internacional, brasileira e goiana, com vistas no aprofundamento da democracia e do pleno exercício da cidadania.  

IMG-20160818-WA0011Professor e professora, para que o SINPRO GOIÁS avance nas conquistas que garantam respeito aos nossos direitos e à nossa dignidade, pedimos seu voto! Pedimos, acima de tudo, que se unam a nós nessa luta cotidiana, pois juntos temos mais força e podemos muito mais.

Nós, componentes da chapa “JUNTOS, PODEMOS MAIS!”, apresentamos à categoria o nosso plano de lutas para o quadriênio 2016/2020. Assumimos o compromisso de lutar por:

  • Melhoria da remuneração salarial, dos reajustes e pela defesa de condições dignas de trabalho, saúde e qualidade de vida para os professores e professoras.
  • Definitivo enquadramento das creches no sistema educativo e pelo consequente respeito aos direitos das professoras que nelas atuam, conforme prevê a legislação brasileira e as convenções coletivas de trabalho.
  • Encaminhar às autoridades competentes, denúncias da prática do “caixa dois” e não recolhimento de impostos, pois dela resulta ainda mais precarização da carreira docente, o que solapa direitos previdenciários e de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço dos professores/as.
  • Respeito às especificidades dos direitos das mulheres professoras.
  • Combate permanente ao trabalho nas férias, aos domingos e em dias feriados.
  • Fortalecimento das ações coletivas propostas pelo SINPRO GOIÁS na Justiça do Trabalho, conforme a Constituição Federal para a plena proteção dos direitos dos professores e professoras contra práticas de instituições de ensino que ainda insistem em não cumprir direitos básicos civilizatórios como assinatura de carteira, pagamento dos salários até o 5° dia útil, pagamento de férias dois dias antes do início do seu gozo, com os respectivos 1/3 proporcionais, 13° salário e depósitos regulares do FGTS entre outras ilegalidades.
  • Combater com firmeza a prática de aulas extras e reuniões não remuneradas, assédio moral, danos morais, trabalho no horário de recreio, janelas não remuneradas, desvios de função tais como trabalho gracioso em festas juninas ou similares.
  • Lutar pelo respeito à carreira do professor e da professora universitários e contra sua precarização, defendendo a imediata criação de planos de cargos e salários nas instituições de ensino superior, combatendo as fraudes mercantis que se transformaram em fábricas de venda de diploma, sem nenhum compromisso com o desenvolvimento da nação e com o progresso social do povo brasileiro.
  • Melhoria qualitativa das convenções coletivas de trabalho.
  • Defender os acordos coletivos de trabalho e sua vigência nas instituições onde os professores já os conquistaram historicamente com suas lutas.
  • Ampliar o programa Sinpro na Escola e intensifica-lo nas Instituições de Ensino Superior de Goiás.
  • Ampliar o quadro de filiados ao SINPRO GOIÁS como forma de fortalecimento da entidade e de sua capacidade de luta.
  • Combater o trabalho não remunerado das excessivas provas, simulados, recuperações, sem a devida remuneração e respeito aos prazos de correção, o que compromete a saúde e a dignidade das professoras e dos professores.
  • Lutar por 1/3 do salário aula a título de hora-atividade, conforme a LDB estadual.
  • Combater o número excessivo de alunos em sala de aula, fator que gera indisciplina, excesso de trabalho e adoecimento dos professores e professoras.
  • Incentivar todas as formas possíveis de investimento da formação continuadas dos(as) docentes.
  • Melhorar os canais de comunicação, e escuta, do SINPRO GOIÁS com os professores e professoras, para atendê-los melhor em suas demandas do dia a dia.
  • Ampliar e melhorar a comunicação do SINPRO GOIÁS com auxiliares administrativos das escolas e Instituições de Ensino Superior, pais, alunos e toda a sociedade.
  • Ampliar a participação dos professores e professoras nas atividades culturais e desportivas promovidas ou realizadas em parcerias com outras instituições, como a Copa Sinpro.
  • Promover, incentivar, ampliar modalidades e incrementar ainda mais a realização da Copa SINPRO de Esportes e em especial fomentar a participação feminina.
  • Melhoria permanente do Clube do SINPRO GOIÁS enquanto espaço de lazer e desporto.
  • Desenvolver um trabalho permanente de saúde preventiva, com cursos, oficinas e auxilio de profissionais das diversas áreas da saúde.
  • Fortalecimento e participação qualitativa nas instâncias sindicais às quais o SINPRO GOIÁS está filiado: Federação Interestadual dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Estabelecimento de Ensino do Brasil Central (FITRAE-BC) e Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimento de Ensino (Contee).
  • Apoio e participação na luta classista da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), à qual o SINPRO GOIÁS está filiado, visando o seu fortalecimento para a luta geral dos trabalhadores.
  • Defesa incansável da normalidade democrática no Brasil, contra os retrocessos que ameaçam a autonomia dos professores e professoras, como as censuras e autoritarismos que ferem o direito a liberdade de expressão do pensamento no local de trabalho, garantido no Artigo 5° da Constituição Federal.
  • Apoio às Conferências Nacionais de Educação (Conae), Interestaduais, regionais e municipais que são meios participativos democráticos de avançar as conquistas na educação do povo brasileiro.
  • Defesa da autonomia dos Conselhos Estadual, Municipal e Nacional de Educação contra ingerências de governos que firam os ideais republicanos de defesa dos interesses públicos.
  • Defesa do Plano Nacional de Educação, bem como dos Planos Estaduais e Municipais de Educação.
  • Lutar pela garantia de aposentadoria especial para docentes da educação básica, sem a incidência do fator previdenciário.

 

Na luta geral dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros(as), o SINPRO GOIÁS dever empunhar bandeira por:

  • Defesa da Petrobrás e dos regimes de partilha e da política de conteúdo nacional, bem como a devida destinação dos 100% dos royalties do pré-sal para a educação.
  • Defesa da universalização da educação básica e da escola pública de qualidade para todas as crianças e adolescentes, conforme se comprometeu a Constituição Federal de 1988.
  • Apoio aos programas e iniciativas governamentais que estejam claramente direcionadas à melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro e da efetivação de sua plena cidadania.
  • Oposição às políticas governamentais que traduzam retiradas de direitos civis, sociais e políticos dos trabalhadores.
  • Luta implacável contra a terceirização em todos os seus níveis, cujos resultados são danosos para os(as) trabalhadores(as).
  • Defesa de um novo Projeto Nacional de Desenvolvimento para o Brasil, com respeito à Soberania.
  • Luta pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução de salários, como já fizeram outros países como Espanha, Canadá, Austrália e Suíça.
  • Fim do fator previdenciário e do aumento progressivo da idade mínima de aposentadoria.
  • Valorização das aposentadorias com reajustes justos e permanentes.
  • Políticas urbanas que melhorem a qualidade de vida do povo brasileiro, tais como mobilidade e transporte público, segurança pública, habitação e saneamento ambientalmente sustentáveis.
  • Luta pela efetiva democratização dos meios de comunicação e pelo fim dos monopólios midiáticos que fazem tanto mau à cultura do povo brasileiro e à democracia.
  • Transparência na política, efetiva participação democrática do povo nos processos eleitorais e o respeito aos resultados das urnas.
  • Maiores controle social sobre as políticas públicas.
  • Defesa do direito à saúde pública universal, gratuita e de qualidade no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS.
  • Investimento prioritário em cultura, desporto e lazer para a classe trabalhadora brasileira.
  • Garantia de 10% do PIB brasileiro para a educação pública.
  • Luta pela emancipação da mulher trabalhadora e pela sua participação em todas as instâncias de poder.
  • Luta em favor da igualdade racial e de gênero sexual no Brasil.
  • Combate a qualquer forma de trabalho análogo à escravidão.
  • Responsabilização do Estado para garantir políticas sociais e econômicas que reduzam o risco de adoecimento;

 

Nós, componentes da chapa “JUNTOS, PODEMOS MAIS!’ entendemos que a luta dos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil se une a luta classistas internacionais e, por isso, defendemos firmemente:

  • A autodeterminação dos povos com soberania, contra toda forma imperialista intervencionista e colonialista.
  • Apoio ao aprofundamento das democracias populares nos países das América Latina contra todas as formas de golpes e de tentativas de controle midiático, econômico ou político, para que as condições de vida dos trabalhadores e trabalhadoras sejam cada vez melhores.
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Alerta à Comunidade Universitária e à Sociedade Goiana

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Diminuição dos recursos financeiros das universidades federais em 2017 pode comprometer o funcionamento da UFG

 

O Ministério da Educação está propondo ao Congresso Nacional, para o ano de 2017, um volume de recursos financeiros para as Universidades Federais (UFs) brasileiras inferior ao estabelecido em 2016. A soma dos recursos para o pagamento de água, luz, telefone, limpeza, vigilância, material de consumo, terceirizados (chamadas despesas de custeio), obras e equipamentos (chamadas despesas de capital) serão reduzidos, em média, 20% para o conjunto das instituições, quando comparados a 2016. Há que se considerar que a inflação prevista para o ano de 2016 é de 9,32% e que este percentual de perda se somará ao corte de 20% proposto para o orçamento de 2017, o que representará uma redução total de aproximadamente 30%.

A proposta apresentada pelo Governo Federal para a UFG implica os seguintes percentuais de redução para 2017: 18,3% nos recursos de custeio e 45% nos recursos de capital. Esses percentuais foram apurados supondo que o orçamento de 2016 será integralmente liberado até o final do ano – se isto não ocorrer, a diminuição será ainda maior.

Podemos afirmar que a concretização dessas reduções inviabilizará o desenvolvimento, em sua plenitude, de inúmeros programas e ações em andamento nas UFG e em outras UFs, incluindo aqueles vinculados diretamente às atividades de ensino, pesquisa e extensão, o que poderá significar uma ameaça à qualidade acadêmica de seus cursos de graduação, de pós-graduação e à execução dos projetos de pesquisa e extensão. A situação se agrava ainda mais pelas reduções de bolsas do CNPq e do custeio da pós-graduação pela Capes.

De maneira mais específica, a redução dos recursos financeiros já implementada pelo Ministério da Educação em 2016 e a previsão dos cortes para 2017 atingem/atingirão a UFG, dentre outros, nos seguintes pontos:

1) pagamento das despesas dos serviços terceirizados de limpeza, vigilância, transporte e das despesas com o fornecimento de energia, água e telefonia;

2) conclusão de obras e aquisição/modernização de equipamentos para laboratórios de ensino e pesquisa;

3) implementação das políticas de assistência estudantil, em especial, a construção/reforma de moradias, de restaurantes universitários e a concessão de bolsas permanência;

4)  pagamento de bolsas Pibic, Probec, Prolicen, estágios, monitorias e outros;

4) implantação/consolidação do novo câmpus de Aparecida de Goiânia e dos novos cursos de medicina em Catalão e Jataí;

5) programa de mobilidade nacional e internacional de estudantes, professores e técnico-administrativos;

6) fortalecimento e a ampliação dos projetos culturais;

7) ampliação e o fortalecimento dos projetos de extensão.

 

A UFG é hoje uma das maiores e mais importantes universidades federais brasileiras. Tomando como referência o ano de 2015, a dimensão da UFG pode ser analisada a partir dos seguintes indicadores:

a) 25.860 matrículas presenciais na graduação, sendo que em 2005 eram 12.912 matrículas;

b) 2.705 matrículas no mestrado – em 2005 eram 847;

c) 1.284 matrículas no doutorado – em 2005 eram 172;

d) 149 cursos de graduação – em 2005 eram 73;

e) 96 cursos de mestrado – em 2005 eram 28;

f) 33 cursos de doutorado – em 2005 eram 10;

g) 2.389 professores, com 1.805 doutores – em 2005 eram 1.182, com 623 doutores;

h) 2.469 técnico-administrativos, considerando o Hospital das Clínicas – em 2005 eram 2.203;

i) 2.566 projetos de pesquisa cadastrados – em 2005 eram 965 projetos cadastrados.

 

Essa rápida expansão em apenas dez anos, que é decorrência de uma política pública do Governo Federal, coordenada pelo Ministério da Educação, deixou diversos desafios a serem alcançados, a exemplo da contratação de um número mais expressivo de técnico-administrativos e, em menor medida, professores,   ampliação/melhoria de instalações prediais e área física e aquisição/ manutenção de equipamentos, entre outros, o que exigiria uma elevação dos recursos financeiros destinados à educação superior pública e gratuita e não a sua diminuição, como atualmente proposto. Além disto, a UFG hoje possui câmpus implantados em diferentes regiões do Estado de Goiás, oferecendo cursos de graduação e pós-graduação em Goiânia, Catalão, Jataí, Goiás e Aparecida de Goiânia, o que amplifica a necessidade de recursos financeiros para a integração entre as Regionais.

Deve-se lembrar ainda que:

1) a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), de 1996, estabelece em seu art. 55, que “Caberá à União assegurar, anualmente, em seu Orçamento Geral, recursos suficientes para manutenção e desenvolvimento das instituições de educação superior por ela mantidas.”  e

2) o Plano Nacional de Educação 2014-2014 (Lei nº 13.005/2014) determina, em sua Meta 12, que se deve “elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% (cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento público” e, na Meta 20, que se amplie “o investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto – PIB do País no 5o (quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio.”

 

Portanto, a partir da proposta orçamentária para 2017 apresentada recentemente pelo Ministério da Educação, que prevê redução na casa de 30% dos recursos financeiros das UFs, as duas leis mais importantes que regem a educação brasileira não estarão sendo devidamente consideradas na Lei Orçamentária Anual pelas autoridades nacionais do Poder Executivo.

Essa redução não pode se efetivar e para evitar que isto aconteça contamos com o apoio de professores, técnico-administrativos e estudantes da UFG, da sociedade goiana e, em especial, dos Deputados Federais e Senadores do estado de Goiás.

 

Prof. Orlando Afonso Valle do Amaral

Reitor da UFG

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Trabalhadores realizam atos pelo Brasil em defesa da CLT

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Trabalhadores fazem ato em Porto Alegre: O pato amarelo dos patrões simboliza a retirada de direitos

 

Os trabalhadores brasileiros se mobilizaram nesta terça-feira (16) em pelo menos 12 estados brasileiros para se manifestar contra as reformas planejadas pelo presidente interino Michel Temer para a Previdência Social e leis do trabalho. Para os dirigentes, os anúncios de Temer e os projetos no Congresso Nacional podem anular a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Os sindicalistas afirmam que Temer aderiu à pauta dos patrões.

Os atos foram realizados em cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Pará, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul, Tocantins e Santa Catarina.

Organizadas em cada localidade por um conjunto de centrais de trabalhadores, as manifestações aconteceram em frente ou nas proximidades de entidades representativas dos empregadores.

 

Tempo da escravidão
Em São Paulo, a sede da Fiesp acordou com centenas de trabalhadores protestando contra a agenda de parte do empresariado que defende o negociado sobre o legislado, a terceirização sem limites e tem entre seus parceiros a Confederação Nacional da Indústria (CNI), que recentemente defendeu a adoção de 80 horas de trabalho.

“O que está por trás do discurso da modernização do trabalho é o rancor dos dirigentes da Fiesp que escondem por detrás desse discurso a sua intenção de implementar o tempo da escravidão”, discursou o presidente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araujo, na Avenida Paulista.

“Eles querem vender os direitos sociais e trabalhistas, querem lotear os direitos da classe trabalhadora”, acrescentou o dirigente.


Governo ataca direitos 

manfiestacaobahiadivulgacaoctbbahia99100Para o presidente da CTB da Bahia, Aurino Pedreira, a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), a Fecomércio (Federação do Comércio) e as grandes empresas apoiam o presidente interino Michel Temer porque perceberam que estavam criadas as condições para diminuir direitos trabalhistas.

“É o que estamos vendo hoje no Congresso com a tramitação de projetos que flexibiliza direitos e precariza as condições de trabalho”, afirmou Aurino que participou doato em Salvador.

O governo de Michel Temer anunciou que enviará ao congresso um projeto de reforma trabalhista que privilegiará a negociação coletiva.

Na visão dos trabalhadores isso significa a fragilização de direitos previstos na CLT como 13º salário, férias, adicional de insalubridade e salário mínimo, entre outros.

Direitos assegurados pela CLT passam a valer menos do que o acertado na negociação coletiva.
Não vamos pagar o pato

fecosuljulianaramiro99104“Os setores empresariais fizeram uma grande campanha nacional em cima dessa questão do pato, dizendo que eles não iriam pagar o pato. Nós estamos dizendo que não vai ser a classe trabalhadora que vai pagar o pato”, disse Guiomar Vidor, presidente da CTB-Rio Grande do Sul e da Federação dos Empregados no Comércio de Bens e de Serviços (Fecosul).

“Nós estamos aqui queimando o pato na frente deles como símbolo da luta da classe trabalhadora, que não vai aceitar retrocessos”, O ato em Porto Alegreaconteceu em frente à sede da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs).

O pato amarelo é o símbolo da campanha criada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) teoricamente contra aumento de impostos e que se transformou em ícone do apoio ao impeachment da presidenta eleita Dilma Rousseff.

 

Manifestações
13921130_559910860847633_4033564225308617457_n99101O ato realizado em Belém reuniu CUT, CTB e diversos sindicatos de trabalhadores, entre eles os bancários, trabalhadores da saúde e dos correios.

A manifestação começou com um café da manhã na escadinha do cais do porto, no centro da cidade, e seguiu percorrendo as principais ruas das imediações, incluindo a Avenida Presidente Vargas.

Em Maceió os protestos reuniram cerca de mil pessoas no Centro de Estudos e Pesquisa Aplicada (Cepa). Os manifestantes saíram em marcha até a Casa da Indústria e protestaram contra o governo de Michel Temer e as medidas que retiram direitos.

Os trabalhadores goianos enfrentaram a chuva começando o ato na Praça Cívica e saindo em passeata até a sede da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg).

No Espírito Santo, foi realizada uma jornada de luta com a unificação  de trabalhadores do campo e da cidade na capital, Vitória. A coordenação foi de sindicatos da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

whatsapp_image_2016-08-16_at_16.54.42_(1)99098No Ceará o ato reuniu na tarde desta terça-feira manifestantes na praça da bandeira e seguiria em caminhada pelas ruas do centro com a realização de um ato político na praça do Ferreira.

Força Sindical, CUT, CTB, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Intersindical e Conlutas foram as centrais que realizaram protestos pelo país em defesa da Previdência e da CLT.

 

 

 

 

Fonte: Portal Vermelho

 

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MEC golpista: precarização, privatização e quebra da gratuidade

Os cortes de recursos para investimentos e custeio das universidades federais para o orçamento de 2017 anunciados nesta quinta-feira (11), Dia do Estudante, são um duro ataque ao povo brasileiro. Mais que isso, fazem parte de uma ação articulada de desmonte da educação pública do nosso país.

educacao111ok99049De início, é importante destacar o impacto do corte proposto pelo governo golpista para as universidades federais.

Os recursos para investimento são aqueles destinados a construção de novos campi, restaurantes universitários, laboratórios e tudo que os e as estudantes reivindicam para permitir a expansão do ensino superior público, ampliando as estruturas das instituições e transformando a vida de cada vez mais brasileiros e brasileiras, em especial da juventude. O ministro golpista Mendonça Filho (DEM) anunciou um corte de 48% nesse orçamento. Já os recursos para custeio são aqueles relacionados com a satisfação dos gastos cotidianos da universidades, referentes à sua manutenção e funcionamento. Diversos contratos de serviço e a compra de material – como folhas de papel para impressão e o sabonete líquido do banheiro, por exemplo – dependem desse orçamento, que sofrerá corte de 18%.

Na prática, as universidades que se capilarizaram pelo país, que expandiram seus campi e que com as cotas conseguiram avançar em direção à democratização do ensino superior, agora sofrerão processo de abrupta precarização, sendo impossibilitadas de atender as demandas básicas a que se propõem. Ainda, com o processo de pluralização do perfil do estudante e da estudante das universidades federais nos últimos anos, é óbvio quem serão os primeiros e as primeiras a sofrerem as consequências da redução de investimentos. Os primeiros materiais de limpeza a faltar serão os das residências universitárias, o prédio que deixará de ser prioridade para reforma será o do restaurante universitário, o laboratório que não mais será construído será o do campus do interior e assim por diante. Retornaremos a um caminho que nos levará ao cenário dos anos 90, com um ensino superior público sucateado e que atende a uma parcela cada vez mais restrita da população.

Para além disso, os cortes anunciados escancaram, ao lado de dois outros fatos recentes e sintomáticos, o projeto de educação dos golpistas para o país.

O editorial d’O Globo – um dos principais atores da articulação midiática do golpe – reivindicando a inconstitucional cobrança de mensalidade em universidades públicas como ferramenta de justiça social, a compra do grupo privado de educação superior Estácio pela multinacional Kroton e o aludido corte brutal no orçamento das universidades federais não podem ser tidos por aleatórios, mas compreendidos como uma ação conjunta de vários setores do golpe, em especial a mídia, o governo ilegítimo e os seus financiadores.

A tentativa de instalação de uma opinião pública favorável ao fim da universidade pública gratuita associada ao sucateamento das instituições públicas e à permissividade com o crescimento do poder de conglomerados de educação privados estrangeiros explicitam o horizonte desses setores: privatizar o ensino superior brasileiro.

Essa pauta, de tão impopular e reacionária, sempre foi sumariamente rejeitada pelo povo brasileiro em situações de normalidade democrática. Os golpistas e seus aliados, então, se aproveitam da tomada ilegítima do poder para buscar viabilizá-la.

Portanto, se nos 11 de Agosto dos últimos anos as jornadas de lutas de nossas entidades se orientavam na pauta de destinação de 10% do PIB para a educação, a ordem do dia é barrar um retrocesso sem precedentes para a sociedade brasileira. Mais do que nunca, ser estudante deve implicar na compreensão do processo de assalto aos nossos direitos e no enfrentamento aos golpistas. É esse o compromisso que devemos firmar com nossa geração, que conquistou e usufruiu do processo democratização do ensino superior público iniciado e que não pode ser condenada à evasão. Ainda, é compromisso com a geração de secundaristas que resiste bravamente contra o golpe, ocupa escolas e não pode ter o seu direito de acesso a um ensino superior público, gratuito e de qualidade tolhido.

Resta a nós e as nossas entidades a capacidade de organizar a indignação de milhões de estudantes brasileiros na luta pela recolocação das rédeas do país na mão do povo. Só assim – com a restauração da democracia e da soberania popular – frustraremos as tentativas de aplicação de um programa de profundos atrasos para o país e enterraremos de vez o projeto neoliberal de educação que segrega e aprofunda desigualdades.

*Gabriel Medeiros de Miranda é estudante de Direito da UFRN e 1º Diretor de Universidades Públicas da União Nacional dos Estudantes.

 

 

Fonte: UNE

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COMUNICADO

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Os trabalhadores/as brasileiros enfrentam dois grandes desafios: o aumento do desemprego com a redução de salários e a tentativa de desmonte das políticas de inclusão social garantidas na Constituição Cidadã de 1988. As medidas apresentadas pelo governo interino de Michel Temer (PMDB) são medidas contra você, trabalhador/a!

Idade mínima para aposentadoria de 65 anos para homens e mulheres, fim da Carteira Assinada (CLT) ao permitir que acordos coletivos estejam acima das leis trabalhistas, terceirização sem limites e precarização dos empregos são algumas das medidas que vêm sendo anunciadas pelo governo interino.

Considerando a urgência de barrar as propostas que retiram os direitos dos trabalhadores/as e a necessidade de aumentar os níveis de emprego, as centrais sindicais ocupam as ruas neste “Dia Nacional de Mobilização e Luta pelo Emprego e pela Garantia de Direitos” para reivindicar a adoção das seguintes medidas:

• Redução da taxa de juros que viabilizem a retomada do crescimento industrial;

• Redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salários;

• Retomada do investimento público e privado em infraestrutura produtiva, social e urbana, ampliando os instrumentos para financiá-la;

• Retomada e ampliação dos investimentos no setor de energia, como petróleo, gás e fontes alternativas renováveis, em especial a Petrobrás;

• Defesa do Pré-Sal e contra o PL 131 que retira da Petrobrás o direito de atuar como operadora e possuir participação mínima de 30% nos consórcios de exploração do Pré-Sal;

• Destravamento do setor de construção por meio de instrumentos institucionais adequados, que garantam a manutenção das atividades produtivas e dos empregos nas empresas do setor;

• Criação de condições para o aumento e manutenção da produção e das exportações da indústria de transformação;

• Fortalecer políticas que deem sustentação ao setor produtivo, de adensamento das cadeias e reindustrialização do País, com contrapartidas sociais e ambientais;

• Incentivos às políticas de fortalecimento do mercado interno para incrementar os níveis de produção, consumo, emprego, renda e inclusão social;

• Contra o PL 257 que repactua o pagamento das dívidas dos estados com a União e congela investimentos no serviço público impedindo novos concursos públicos e reajustes salariais;

• Contra a PEC 241/2016 que congela os investimentos públicos por 20 anos para pagar a dívida pública, causando danos à saúde, educação, transporte, entre outros.

 

Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil

CTB (Seção Goiás)
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Temer mira 13º e férias e apresenta pacote de maldades contra CLT

Desde que Michel Temer tomou, de assalto, o Palácio do Planalto, os direitos sociais e trabalhistas correm sérios riscos de desaparecerem. Em pouco mais de 90 dias de gestão interina, Temer tem ameaçado, sem pudor, a classe trabalhadora com reformas que não têm outro objetivo senão implementar uma cartilha ultraliberal e atender aos interesses do capital financeiro nacional e internacional.

clt93813Em ampla matéria publicada no jornal O Globo, a gestão interina tenta emplacar uma reforma trabalhista que prevê flexibilização de diversos direitos. Estão no alvo de Temer direitos assegurados pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), como o 13º salário, férias, adicional noturno, licença-paternidade e salário mínimo.

 

Na prática, tudo o que estiver na CLT poderá ser alvo de negociação. Outros casos que poderiam ser acordados dizem respeito às situações em que o funcionário fica à disposição do patrão, fora do expediente, sem ser acionado, e o tempo gasto em deslocamentos quando a empresa busca os trabalhadores – considerados hoje como hora extra.

 

Lastreado por um discurso de “busca da eficiência” e do “fomento da modernização dos processos”, a equipe técnica diz que com a reforma todos os itens listados poderiam ser negociados entre trabalhadores e empresários promovendo uma nova realidade nas relações trabalhistas. Ou seja, o negociado terá mais força que o legislado e o trabalhador ou trabalhadora ficará refém do patronato.

 

Por que defender a CLT?

 

“Defender a CLT é compreender a qualidade da luta da classe trabalhadora. E mais, não esqueçamos que a CLT é fruto uma longa luta”, externou o dirigente da CTB e presidente do Sindimetal Caxias do Sul (RS), Assis Melo, ao rebater a proposta de Reforma Trabalhista de Temer.

 

Segundo ele, “a legislação trabalhista sofre ataques diários há muito tempo e alertou que é papel do Congresso Nacional é garantir os direitos historicamente conquistados e não retirá-los”.

 

Como caminho para sair da crise, o dirigente voltou a defender um novo projeto de desenvolvimento para o país com valorização dos trabalhadores, sem negar a importância e necessidade do setor produtivo, e lançando críticas ao setor financista. “Não é possível que o Brasil continue a pagar essa alta taxa de juros. Não é justo que seja o trabalhador e pagar essa conta”, afirmou ele, ao alertar sobre o que quer Temer com tal reforma.

 

ENTENDA O QUE ESTÁ EM JOGO

 

Por que a reforma é necessária?

 

O governo alega que a CLT, dos anos 1940, precisa ser atualizada por não conseguir atender a todos os setores da economia, como o de tecnologia, por exemplo, que passa por constantes transformações. Outro motivo é que foram incorporados vários penduricalhos às leis, que geram interpretações divergentes e estimulam disputas judiciais.

 

Caminho para a precarização

 

A gestão interina quer a flexibilização da CLT, permitindo que os acordos coletivos possam prevalecer sobre o que está na Lei. Na verdade é a largada para a terceirização irrestrita.

 

O que eles querem negociar?

 

Ampliação da jornada de trabalho (80h semanais); Salário Mínimo (acabar com a política de aumento real); 13º salário (parcelamento poderá ser negociado, diretamente, entre empregador e empregado); tempo do horário de almoço (poderá ser reduzido com objetivo de ampliar a produtividade);

 

Quando o pacote de maldades passaria a valer?

 

Vai depender da aprovação da reforma pelo Congresso Nacional. Temer pretende enviar a proposta até o fim do ano.

 

 

Fonte: Portal Vermelho

Com informações do Portal CTB