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Reforma trabalhista e terceirização não podem ser aplicadas aos casos anteriores à sua vigência

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Uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho da Bahia tem um significativo impacto a favor dos trabalhadores, sobretudo a partir da entrada em vigência da reforma trabalhista, no próximo dia 11 de novembro. A 2ª Turma do TRT5-BA considerou ilícita a terceirização e reconheceu vínculo direto entre trabalhadores representados pelo Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Químico/Petroleiro do Estado da Bahia (Sindiquímica) e a Oxiteno Nordeste S/A Indústria e Comércio, multinacional da área química, tomadora dos serviços, localizada em Camaçari (BA). Além da retificação na carteira de trabalho e pagamento de diferenças salariais e outros benefícios normativos, o colegiado também condenou esta e outras quatro reclamadas ao pagamento de indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 100 mil.

A relatora, desembargadora Margareth Rodrigues Costa, entendeu que os trabalhadores exerciam funções que integram o rol de atividades-fim da empresa tomadora, havendo relação de pessoalidade e subordinação direta. Com base no Estatuto Social da Oxiteno (art. 2º), depoimentos e outros documentos, ela concluiu que as situações jurídicas são anteriores à vigência da Lei 13.429/2017 (nova Lei de Terceirização), que, portanto, não se aplica ao caso concreto. Em outras palavras, a lei não é retroativa, ou seja, ela não age sobre os contratos firmados antes de sua entrada em vigência.

Por extensão, esse entendimento também vale para a Lei 13.467/2017, que destrói a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). “Esta Decisão, com certeza, representa alento, em meio ao tsunami que nos espera, a partir do dia 11 de novembro”, destacou o consultor jurídico da Contee, José Geraldo de Santana Oliveira. “Muito embora trate da Lei 13.429/2017, que regulamenta a terceirização, os fundamentos constitucionais que a embasam, do direito adquirido (Art. 5º, inciso XXXVI, da CF) e da irretroatividade da lei (Art. 5º, inciso XL), igualmente, se aplicam  à Lei 13.467/2017.”

Segundo Santana, a Seção de Dissídios Individuais (SDI) do TST, que é a segunda instância da Justiça do Trabalho, também já decidiu pela irretroatividade da Lei da Terceirização, numa decisão citada pelo TRT da Bahia. No acórdão em questão, envolvendo serviço de cobrança por telemarketing, a decisão diz que: “A Lei nº 13.429/2017 não se aplica às relações de trabalho regidas e extintas sob a égide da Lei nº 6.019/1974, sob pena de afronta ao direito adquirido do empregado a condições de trabalho mais vantajosas. No caso, a reclamada insurgiu-se contra decisão da SBDI-I que, invocando a Súmula nº 331, I, do TST, estabeleceu que a prestação de serviços de cobrança a clientes de instituição financeira, mediante contato telefônico, se insere na atividade-fim bancária. Alegou que a Lei nº 13.429/2017, ao acrescentar o art. 4ª-A, § 2º, à Lei nº 6.019/74, afastou a ilicitude na terceirização dos serviços prestados e tem aplicação imediata. Todavia, por se tratar de contrato celebrado e findo antes da entrada em vigor da Lei nº 13.429/2017, prevaleceu o entendimento jurisprudencial firmado no item I da Súmula nº 331 do TST, amparado no antigo teor da Lei nº 6.019/1974.”

Assim, de acordo com Santana, com base nessas duas decisões (do TST e do TRT da Bahia) e amparados pela Constituição e pelo artigo 9° da CLT — que não foi alterado pela reforma trabalhista e segundo o qual “serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação” — há plenas condições de sustentar-se a tese de que as próprias alterações trazidas pela reforma trabalhista aos direitos dos trabalhadores não são retroativas. Isso significa dizer, como explica o consultor jurídico a Contee, que os dispositivos da Lei 13.467/2017 somente se aplicam “quando não forem flagrantemente inconstitucionais — hipótese em que não se aplicam a nenhum — aos contratos celebrados após o início de sua vigência”.

“Aqui no Saaemg (Sindicado dos Auxiliares de Administração Escolar de Minas Gerais), por exemplo, quando perguntado por escolas ou contabilidade sobre a obrigatoriedade de homologações a partir da vigência da reforma trabalhista, afirmamos que para todos os contratos firmados até 11 de novembro de 2017 continuam obrigatórias as homologações no sindicato. Esta nossa resposta tem respaldo no princípio da não retroatividade, princípio presente na decisão da 2ª Turma do TRT da Bahia”, ressaltou o coordenador da Secretaria de Assuntos Jurídicos da Contee, João Batista da Silveira. “Se há empregador com receio de aplicar a lei a partir do dia 11 de novembro, esta decisão reforça a ideia da insegurança jurídica e pode contribuir para o aumento deste receio”.

 

Por Táscia Souza da Contee, com informações do TRT5-BA

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Contee: preparando, desde já, grandes manifestações para 10 de novembro

 

Sindicalistas de várias categorias estão se organizando e movimentado para realizar grandes manifestações, em todo o país, no dia 10 de novembro, véspera do início de vigência da antirreforma trabalhista, que liquida com os direitos dos assalariados brasileiros.

A Contee (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino) aprovou, no Conselho Sindical (Consind), encerrado em 1° de outubro, a participação no protesto, conclamando “à participação de todos os trabalhadores no Dia Nacional de Protesto e Paralisação, dia 10 de novembro, véspera da data em que passará a vigorar a reforma trabalhista, que liquida direitos dos trabalhadores e enfraquece suas organizações”.

O 10 de novembro também foi aprovado na Plenária Nacional dos Trabalhadores da Indústria realizada em 29 de setembro, em São Paulo, com a participação de mais de 1.500 dirigentes e ativistas sindicais metalúrgicos e de outras categorias. Os dirigentes do movimento Brasil Metalúrgico reuniram-se, dia 4 de outubro, para organizar as ações até e no dia 10 contra a perda de direitos, para mobilizar as categorias ligadas à indústria.

“A CTB está convocando toda a sua base a se somar à agenda de luta em todo o Brasil”, orientou o presidente nacional da entidade, Adilson Araújo. “A instabilidade política parece não ter fim e a complexidade da crise, com o advento da Reforma Trabalhista, fere frontalmente a proteção social.O cerco ao movimento sindical cresce a todo instante. O quadro conjuntural é de profunda instabilidade política e o governo ilegítimo aprofunda o seu pacote de maldades e de inteira desregulamentação do trabalho”, completou.

Gilson Reis, coordenador-geral da Contee, enfatiza a necessidade de “reforçar a organização e a mobilização e, assim, ocupar e ganhar as ruas de todo o Brasil. Vamos buscar os setores organizados da sociedade (igrejas, estudantes, associações de advogados etc.) para ampliar ao máximo a nossa força e realizar grandes manifestações. É uma tarefa para desde já.  Vamos nos encontrar nas ruas e praças deste país, na luta em conjunto com o povo brasileiro”.

Em São Paulo, as centrais irão organizar uma Grande Marcha da Classe Trabalhadora em Defesa dos Direitos, da Soberania e da Democracia. A concentração, no dia 10, será às 9h, na Praça da Sé.

 

Carlos Pompe é jornalista da Contee.

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Quarta rodada da Copa Sinpro Goiás tem W.O

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Por

Elen Aguiar

Assessora de Comunicação do SINPRO GOIÁS

 

A Copa Sinpro Goiás 2017/2 começou diferente neste sábado, 21/10. O primeiro jogo entre UNIVERSO e UNUS não aconteceu e no segundo jogo do dia, entre Degraus e PSG, teve grande diferença no placar favorável ao time do Degraus.

O primeiro jogo do dia, previsto para acontecer às 16h30, não aconteceu porque os professores do UNUS não compareceram para jogar e por isso houve W.O favorável a UNIVERSO com placar de 1 x 0.

 

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Na segunda partida, os professores do Degraus venceram os docentes do PSG por 8 x 2. Após o resultado, o jogador do Degraus, Vinícius Morgado, demonstrou confiança para a próxima etapa. “Com esse resultado, esperamos a classificação para a próxima fase e se sair bem para chegar a final do campeonato”, salienta.

A próxima rodada acontece neste sábado, 28/10 entre Araguaia x PSG às 16h30 e Universo x Degraus às 17h30.

 

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Presidente da CTB-GO defende modelo de desenvolvimento para quem trabalha

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Portal CTB entrevista o novo presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, seção de Goiás (CTB-GO), Railton Nascimento Souza. O Congresso Estadual aconteceu na quinta-feira (19), na capital Goiânia e elegeu a direção para o quadriênio 2017-2021.

Souza fala dos planos na nova gestão para enfrentar os desafios colocados pela conjuntura adversa provocada pelo golpe de Estado de 2016 e pela reforma trabalhista, que entre em vigor dia 11 de novembro. Por isso, diz o presidente da CTB-GO, “no dia 10 faremos uma grande manifestação em todo o país contra os absurdos dessa reforma contra a classe trabalhadora e os interesses nacionais”.

Ela conta também que as delegadas e os delegados presentes ao Congresso Estadual “foram encorajados pelo secretário-geral da CTB Nacional (Wagner Gomes) a seguirem firmes na luta e contarem com o apoio da direção nacional para as lutas que teremos que travar nesse momento desafiador”.

Leia a entrevista na íntegra:

Portal CTB: Com a realização do Congresso Estadual quais os planos futuros?

Railton Aparecido Souza: O clima foi de congraçamento e de determinação em fazer a CTB-GO crescer e avançar na sua luta classista nesse momento em que o sindicalismo é gravemente atacado por esse governo golpista e ao mesmo tempo que os trabalhadores e trabalhadoras mais necessitam de um movimento sindical forte e unido.

Inclusive, as delegadas e os delegados foram encorajados pelo secretário-geral da CTB Nacional (Wagner Gomes) a seguirem firmes na luta e contarem com o apoio da direção nacional para as lutas que teremos que travar nesse momento desafiador para a classe trabalhadora.

Quais entidades participaram desse Congresso?

O primeiro Congresso Extraordinário da CTB-GO aconteceu dia 19 de outubro, com a presença dos principais sindicatos fundadores da central, em 2009, quando fizemos nosso primeiro Congresso. Participaram desta jornada o Sinpro-GO, Sint-Ifesgo, Sinpror, Sinteea, Sindvap, Sinteerv e a Federação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino do Brasil Central. Todas essas entidades tiveram assento na nova gestão.

Com esse suporte dá para mobilizar a classe trabalhadora de Goiás pelos seus direitos?

Com certeza. Pretendemos dialogar com todas as centrais sindicais no sentido de consolidarmos uma frente ampla em defesa das trabalhadoras e dos trabalhadores goianos que sofrem desde 1998 com a ascensão do governo tucano de Marconi Perillo que avança em seu programa neoliberal de venda do patrimônio público e de retirada dos direitos dos servidores públicos do estado.

O que a CTB-GO pode fazer para se fortalecer e colaborar com a unidade?

Começaremos por uma ampla campanha de filiações de sindicatos à central bem como a formação de núcleos de base combativos e com o compromisso classista.

Antes disso ainda, devido à conjuntura de crise econômica e política do país, pretendemos organizar a central para que ela tenha sustentabilidade financeira para cumprir sua tarefa e seus compromissos de luta.

Como isso será feito?

Realizaremos em breve a nossa primeira reunião de planejamento com apoio do Centro Nacional de Estudos Sindicais e do Trabalho, porque daremos prioridade absoluta à formação sindical e dessa forma melhorarmos nossa atuação.

Também apoiaremos e abraçaremos as lutas dos movimentos sociais do campo e da cidade. Além disso, apoiaremos as lutas da CTB Nacional, especialmente em Brasília.

A conjuntura impulsiona novos desafios. A CTB-GO está preparada?

Estamos nos preparando cada vez mais e melhor. A CTB vem crescendo muito e os dirigentes devem estar à altura desse crescimento. Nesta nova gestão, vamos buscar o diálogo com as instituições de Estado e contribuir com a defesa e consolidação de um modelo de desenvolvimento nacional com soberania e valorização do trabalho, o que para tanto exigirá um empenho do movimento operário para eleger em 2018 alguém do nosso lado para a Presidência da República, mas também nos empenharemos para eleger parlamentares que devolvam o Brasil aos trilhos da democracia e do respeito à vontade popular. No dia 10 faremos uma grande manifestação em todo o país contra os absurdos dessa reforma contra a classe trabalhadora e os interesses nacionais.

 

Portal CTB – Marcos Aurélio Ruy

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Violência nas escolas, o drama de todo o dia

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Neste dia 20, no colégio particular Goyases, em Goiânia/GO, um estudante – pelas investigações iniciais, vítima de bullying – baleou seus colegas de classe. Matou dois e feriu quatro. Um dia antes, em Brasília, um estudante de 18 anos atirou uma cadeira na professora, que teve ferimentos no braço e no tórax. Como a cadeira estava enferrujada, a professora foi vacinada contra tétano. Ela havia pedido que ele tirasse o boné em sala de aula, o que contraria as normas da escola. Diante da negativa, seguiu para a direção. Quando retornou, foi atingida pela cadeira.

Entre 2007 e 2008, o Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro Minas) realizou a pesquisa “Rede Particular de Ensino: Vida de Professor e Violência na Escola”, para verificar a percepção do professor sobre a violência nos estabelecimentos de ensino do setor privado. Apurou que 20% dos pesquisados presenciaram o tráfico de drogas na escola, e mais da metade (62%) presenciou a agressão verbal. O estudo apontou que 39% dos professores viram situações de intimidação e 35%, de ameaça. Dos entrevistados, 53% presenciaram situações em ocorreram danos ao patrimônio da escola e 20% testemunharam danos ao patrimônio pessoal. Além disso, 14% presenciaram furto e 10%, roubo.

Para Gilson Reis, coordenador-geral da Contee e então presidente do Sinpro Minas, “é preciso ver a violência sob vários aspectos. Atualmente, quando o fato ocorre na escola privada, normalmente ele é acobertado. Existe uma pressão para que os problemas sejam resolvidos no interior da instituição de ensino, a partir do gestor, do diretor ou do coordenador”.

Segundo recente levantamento da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), envolvendo mais de 100 mil professores e diretores de escola do segundo ciclo do ensino fundamental e do ensino médio no Brasil, 12,5% dos professores foram vítimas de agressões verbais ou de intimidação de alunos pelo menos uma vez por semana.

Também em Brasília, no Jardim de Infância 603, do Recanto das Emas, no dia 28 de setembro, uma professora foi jogada no chão e espancada por uma mãe aluno porque pediu “mais educação” durante uma conversa com pais de alunos.  As ameaças e discussões em tom agressivo são frequentes. As violências dentro de ambientes de ensino são cada dia mais comuns. Mas não são coletadas informações nacionais que mostrem os números de casos de agressão entre agentes da comunidade escolar.

Em agosto, a professora Marcia Friggi, de Santa Catarina, postou foto nas redes sociais em que aparece com o olho roxo e o nariz sangrando. Os hematomas foram provocados por um aluno de 15 anos, que não aceitou ser expulso de sala por mau comportamento.

Em 2015, pelos questionários da Prova Brasil, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) apurou o convívio entre educadores e alunos. Cinquenta por cento dos professores haviam presenciado algum tipo de agressão verbal ou física por parte de alunos a profissionais da escola. Quase 30 mil sofreram ameaças por parte de estudantes.

Segundo as respostas, as brigas entre alunos são ainda mais recorrentes: 71% dos professores presenciaram esse tipo de situação dentro do ambiente de ensino. O Diagnóstico Participativo das Violências nas Escolas da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso) indicou que 69,7% dos jovens viram algum tipo de agressão dentro da escola. Em 65% dos casos, a violência parte dos próprios alunos; em 15,2% , dos professores; em 10,6%, de pessoas de fora da escola; em 5,9%, de funcionários; e em 3,3%, de diretores.

O tipo de violência mais comum sofrida pelos alunos (28%), segundo a Flacso, é o ciberbullying: ameaças, xingamentos e exposições pela internet. Roubos e furtos respondem por 25%; ameaças, 21%; agressões físicas, 13%; violência sexual, 2%. Outros tipos, não especificados, respondem por 11% das queixas.

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostra que 19,8% dos estudantes do 9° ano do ensino fundamental admitem ter praticado bullying contra um colega da escola, ao ponto de ele ficar magoado, aborrecido, ofendido ou humilhado.

De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 50,8% dos alunos frequentam escolas situadas em áreas de risco, com presença de roubos, furtos, assaltos, troca de tiros, consumo de drogas, homicídios, entre outros. Nesse cenário, a presença das forças de segurança é imprescindível.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicou que a interrupção de aulas afetou 9,3% dos alunos do 9º ano do Ensino Fundamental em 2015 das escolas públicas e 4,7% das particulares; 11,5% dos escolares afirmam que faltaram às aulas ao menos uma vez no mês anterior à pesquisa por não se sentirem seguros no trajeto entre suas casas e a escola. O número de estudantes do mesmo ano que admitiram ter esculachado, zombado, mangado, intimidado ou caçoado de algum colega, a ponto de ele ficar magoado, ofendido ou humilhado, foi mais ou menos o mesmo em 2015: 19,5% nas públicas e 21,2% nas particulares. Mais da metade dos escolares (50,8%) frequentam escolas que declaram estar situadas em áreas de risco em termos de violência.

E se a violência presente fora das escolas atrapalha o cotidiano escolar, também as situações que acontecem em seu interior são objeto de preocupação: no mês anterior à pesquisa, 9,5% dos escolares faltaram às aulas por não se sentirem seguros no interior da própria escola e 46,6% se sentiram humilhados por provocações de colegas (aumento de 11,3% em relação ao verificado em 2012). Quanto a esta última situação, alunos de escolas públicas e particulares enfrentam desafios semelhantes, sendo o percentual de relatos bastante próximo (46,6% para estudantes da rede pública e 48,3% para os da rede privada). Os estudantes relatam que a aparência do corpo (15,6%) ou do rosto (10,9%) estão entre os principais motivos de se sentirem humilhados pelos colegas no ambiente escolar.

O congelamento por 20 anos dos investimentos federais em Educação, Saúde, Segurança, programas sociais, dentre outros, não aponta um cenário de melhoria dessa situação. A Contee está realizando a Campanha Nacional contra a Desprofissionalização do Professor: Pela Valorização da Educação, na Defesa dos Direitos e Contra as reformas, com o tema “Apagar o professor é apagar o futuro”.  A violência no ambiente escolar é uma dessas facetas de ataques e desqualificações sistemáticas do magistério.

 

Carlos Pompe da Contee

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Nota de pesar à comunidade escolar do Colégio Goyases

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O Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – SINPRO GOIÁS, expressa seu pesar e sua solidariedade às famílias e amigos das crianças vítimas dos tiros disparados no Colégio Goyases, em Goiânia, na manhã desta sexta-feira (20), que deixaram duas delas mortas e, pelo menos, outras quatro feridas. O SINPRO GOIÁS manifesta também, neste momento de abalo e de perplexidade, seu apoio aos demais estudantes, bem como aos professores, enfim à toda a comunidade escolar do Colégio Goyases.

O fato de um estudante de 14 anos atirar contra seus colegas acende a discussão sobre o papel social da educação no combate ao bullying, à intolerância, à violência, sobretudo numa sociedade como a atual, em que cada vez mais pessoas — haja vista movimentos como o Escola “Sem Partido”, que tenta amordaçar professores e estudantes, cassando tanto a liberdade de ensinar quanto a de aprender —, querem tirar da escola sua função de contribuir para a construção da cidadania.

Que este triste episódio sirva de alerta para a importância de investimentos em políticas de segurança pública, mas sobretudo de investimentos em uma educação cidadã e voltada para a formação da juventude para uma sociedade mais humana e mais fraterna.

 

Goiânia, 20 de outubro de 2017.

 

Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – SINPRO GOIÁS.

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Clube abre excepcionalmente nesta segunda e terça-feira

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O Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – SINPRO GOIÁS informa que em decorrência do feriado prolongado de 24 de outubro, aniversário de Goiânia, o clube atenderá normalmente, além de sábado e domingo, segunda e terça-feira, 23 e 24/10. Informamos também que por esse motivo, o clube ficará fechado na quarta e quinta-feira, 25 e 26/10 para manutenção das piscinas.

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Sinpro Goiás fecha no feriado de 24 de outubro

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O Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – SINPRO GOIÁS informa que na segunda e terça-feira, 23 e 24/10, ficará de recesso devido o feriado do aniversário de Goiânia. Retornaremos a nossas atividades na quarta-feira, 25/10.

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A reação da sociedade à portaria do trabalho escravo é a capa do Jornal da CTB desta sexta-feira

SINPROGOIAS- TRABALHO ESCRAVO0001

 

O jornal desta sexta-feira estampa a reação da sociedade diante da publicação da portaria 1.129/2017, do governo federal, que dificulta a fiscalização e comprovação de trabalho análogo à escravidão. A medida despertou forte reação no país, com greve deflagrada pelos fiscais do trabalho em 18 estados, nota de repúdio da OIT e preocupação dos setores exportadores com possíveis restrições da União Europeia.

A edição de hoje também traz informaçõe sobre a reunião das centrais que reforçaram a unidade em torno do Dia de Luta, que será realizado no dia 10 de novembro em São Paulo e simultanemente em diversos estados, contra nova lei trabalhista.

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