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Jornal da CTB: Luta em defesa dos direitos e contra as privatizações são destaque

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A luta contra as reformas Trabalhista e da Previdência e as privatizações são destaque na edição desta terça-feira (7), no Jornal da CTB. Esta edição também denuncia o caráter antipovo da entrevista concedida pelo ministro do TST (Tribunal Superior do Trabalho), Ives Gandra, que defende a reforma Trabalhista e a redução de direitos como “saída” para o desemprego.

O Jornal também destaca a intensa mobilização, pelo Brasil para a construção do Dia Nacional de Mobilizações, Paralisações e Greves: em defesa dos direitos, contra as reformas trabalhista e previdenciária e pelo fim do trabalho escravo.

E na Coluna Um Toque de Classe, um artigo do dirigente Gilson Reis, coordenador-geral da Contee, denuncia ataques contra a Educação no Brasil e convoca a base para se somar as manifestações desta sexta-feira (10) em todo o Brasil.

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Jornal da CTB destaca semana de luta contra as reformas Trabalhista e da Previdência e pelo fim do trabalho escravo

 

SINPROGOIAS - JORNALCTB 0001

 

Na edição desta segunda-feira (6), o Jornal da CTB destaca semana de luta em todo o Brasil contra a Reforma Trabalhista que entra em vigor dia 11 de novembro. Em São Paulo Dia Nacional de Mobilizações, Paralisações e Greves: em defesa dos direitos, contra as reformas trabalhista e previdenciária e pelo fim do trabalho escravo terá concentração Praça da Sé, a partir das 9h30.

Outro destaque desta edição é o alarmante índice de desemprego no Brasil que, segundo o IBGE, está afetando diretamente para o aprofundamento da recessão e dificulta a retomada do crescimento.

E na Coluna Um Toque de Classe, um artigo do dirigente Wagner Gomes, secretário geral da CTB, faz alerta para os retrocessos com a Reforma Trabalhista e a importância de ocupar as ruas nesta sexta 10 de novembro.

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Preparar manifestações fortes e amplas para o dia 10

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O maior retrocesso da história da legislação trabalhista – o seu fim! – está para ocorrer no dia 11 de novembro. Em resposta a esse ataque do Governo Temer e sua base parlamentar a serviço do grande patronato, as entidades sindicais se uniram para realizar um grande protesto nacional, no próximo dia 10. Será o Dia Nacional de Mobilizações, Greves e Paralisações em Defesa dos Direitos e contra a Reforma Trabalhista, da Previdência e o Trabalho Escravo. A Contee foi uma das primeiras entidades a convocar essa manifestação e atuou junto às centrais sindicais para que se unissem em torno dessa luta vital para os assalariados brasileiros.

O Brasil foi o último país do mundo a pôr fim à escravidão legal e, mais de 100 anos depois, está em vias de ser o primeiro a liquidar com qualquer proteção aos direitos dos trabalhadores. Daí a urgência dos dirigentes e ativistas sindicais conversarem com as categorias – no nosso caso, todos os trabalhadores em estabelecimentos de ensino – e os conhecidos para explicar o desmantelamento a que estão sendo submetidas nossas conquistas e a necesssária luta por nossos direitos, antes nunca ameaçados nesta proporção nem, durante a ditadura militar!

Reuniões nas escolas, panfletagens, diálogo com os pais e os alunos são tarefas urgentes para mostrar que inclusive os direitos deles – como trabalhadores e como estudantes que merecem uma educação de qualidade e que os prepare para a vida em sua amplitude – estão sendo corrompidos pelo governo ilegítimo de Temer, seus mantenedores e seus aliados.

No dia 10, realizaremos manifestações e as mais variadas e amplas formas de protesto. Vamos denunciar o verdadeiro caráter desse governo golpista: antipovo, antitrabalhadores, antidemocrata, antinação. Mostraremos que não aceitamos esses retrocessos e nossa luta será permanente contra as privatizações, o desemprego, a precarização do trabalho, a escravidão e o desmonte das conquista sociais.

Adiante, companheiros! Vamos contruir uma grande manifestação. Nos encontraremos nas praças, nas ruas, nas lutas.

 

Gilson Reis, coordenador-geral da Contee

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Institucional

EDITAL DE CONVOCAÇÃO PARA DELEGADOS/AS IV CONGRESSO FITRAE – BC

 

 

SINPROGOIAS - FITRAE-BC0001

 E D I T A L  D E   C O N V O C A Ç Ã O

     ASSEMBLEIA GERAL

      EXTRAORDINÁRIA

 

Ficam convocados os professores empregados nas Instituições Privadas de Educação do Estado de Goiás, inclusive do Senai, do Senac e em fundações, para a ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA, a realizar-se na sede do Sindicato dos Professores do Estado de Goiás, na Avenida Independência, N. 942, quadra 943, lote 33, Setor Leste Vila Nova, nesta capital, em primeira CONVOCAÇÃO, às 16(dezesseis) horas, e, em segunda CONVOCAÇÃO, às 17h (dezessete) horas, do dia 09 (nove) de novembro de 2017, para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia:

  1. Eleição de delegados e delegadas ao IV Congresso/FITRAE-BC, designado para o dia 25 de novembro de 2017

 

 

Goiânia, 1º de novembro de 2017

Prof. Railton Nascimento Souza

Presidente do Sinpro Goiás

 

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Quinta rodada classifica times para semifinal da Copa Sinpro Goiás 2017/2

SINPROGOIAS - COPA SINPRO 28-100001

 

Por

Elen Aguiar

Assessora de Comunicação do Sinpro Goiás

 

A quinta rodada da Copa Sinpro Goiás 2017/2 começou com susto para o time de professores do Araguaia, que por muito pouco não perderam a rodada por W.O na disputa contra o PSG. O segundo jogo do dia entre Universo e Degraus teve placar equilibrado. Os times já saíram dessa rodada classificados para a semifinal que terá Araguaia, Degraus, Universo e PSG.

Por apenas dois minutos os docentes do Araguaia não perderam o jogo por W.O favorável ao PSG devido ao atraso de integrantes no cumprimento do horário programado para o início do jogo. Essa situação fez com que a equipe do Araguaia entrasse em campo ainda desajustada, mas no decorrer da partida conseguiu se equilibrar e vencer o PSG por 6 x 1.

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Rychard Sartorato, jogador do Araguaia, considera que o desempenho de sua equipe tem sido positivo. “O jogo foi bom, a gente conseguiu fazer o que a gente veio proposto a fazer que é ganhar o jogo com um placar um pouco largo, a gente conseguiu fazer para aproveitar um pouco o tempo de recesso até a próxima fase que é a fase final para poder acertar o que a gente erro aqui hoje , que acabamos tomando dois gols e na  fase final é muito importante que não tomemos gols”, explica.  Sobre o W.O, Rychard analisa que houve falta de comunicação entre seu time. “Faltou comunicação entre nós essa semana e quase que a equipe perde por W.O o que seria muito ruim porque é um jogo muito importante, pre fase final, então é acertar algumas coisas no time para a fase final, mas ainda bem que deu certo e o pessoal conseguiu chegar a tempo e a gente conseguiu jogar”, ressaltou.

 

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A segunda disputa do dia foi equilibrada até o final do segundo tempo.  Universo e Degraus disputaram lance por lance e lutaram com raça para virar o placar que se mantinha empatado, após um gol polêmico do Universo, em que o goleiro fez a defesa, entretanto tirando a bola detrás da linha do gol. Ao final Degraus conseguiu virar o placar com resultado final de 4 x 3.

Rhui Ferreira, jogador do Degraus, acredita que seu time está no caminho certo para obter bons resultados. “Nosso time sempre continua tentando jogar da mesma forma, foi o que aconteceu. O time deles começaram um pouco melhor, mas depois nosso time equilibrou e conseguiu fazer o nosso jogo”, salientou. Sobre o gol polêmico do time adversário, Rhui encarou a situação com bom humor. “Sempre tem que ter um uma polêmica no futebol, mas é normal, futebol sem polêmica não é futebol”, brincou.

 

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Devido ao feriado prolongado de Finados, haverá um pequeno intervalo no campeonato , retomando a semifinal no dia 18/11, na Universo Campus II, onde Araguaia enfrenta PSG no primeiro jogo e Degraus joga contra Universo.

 

 

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“Debater o bullying é fundamental, mas não é algo pontual. É preciso enfrentar a violência como um todo”, afirma professor

SINPROGOIAS - 730 AM0001Há pouco mais de uma semana uma tragédia foi marcada não só aqui na Capital, mas como no Brasil e no mundo. Dois adolescentes foram mortos e outros quatro ficaram feridos depois de um um jovem de 14 anos entrou e atirou em seis colegas do oitavo ano. De acordo com relatos do atirador ao delegado que investiga o caso, tudo isso foi causado por bullying.

Mas como isso acontece? O que passa na cabeça de uma criança que é vítima de ataques na escola. Como isso pode ser avaliado e tratado?

Para debater o assunto, Cecília Barcelos recebeu nos estúdios da 730, na manhã deste Super Sábado (28), a jornalista e psicopedagoga Tetê Ribeiro, e o presidente do Sindicato dos Professores do Estado de Goiás (Sinpro), Professor Railton Nascimento Souza.

“O bullying corre quando a criança ou o adolescente é insistentemente e constantemente afrontado ou agredido, seja por palavras, xingamentos, e até fisicamente. É algo corriqueiro, que se tornou rotina, e que não deveria existir”, descreve Tetê Ribeiro.

Segundo ela, ainda na infância, quando uma criança passa a dar sinais de mudança de comportamento em relação ao colega, já se faz necessária uma intervenção para tentar impedir que as ações continuem, de modo a respeitar as individualidades.

“Cada um tem um ritmo e cada um faz de um jeito. Um exemplo de como isso começa é na hora de fazer uma atividade em sala, por exemplo. Na hora de pintar uma banana, um pinta de preto e o outro de amarelo. Cada criança tem uma ótica, uma visão de mundo, e é nessa hora que uma critica a outra”, relata.

A especialista afirma que, inicialmente, a intervenção precisa ser realizada de forma lúdica. Caso as provocações persistam, as orientações devem então ser repassadas de forma mais significativa em sala.

De acordo com o professor Railton Nascimento Souza, a imagem do brasileiro gentil e cortês divulgada em grandes eventos como Copa do Mundo e Olimpíadas, está equivocada, e que o país sofre muito com a violência.

“Isso é ainda mais agravado por um contexto de ódio, de intolerância, de uma onda reacionária retrógrada que vem acirrando ainda mais os ânimos das pessoas. É fundamental falar em violência, seja ela no trânsito, gerada pelo tráfico de drogas, contra a mulher, contra a criança, suicídio, homofobia, furto ou roubo. O jovem está no topo da estatística, é vítima e autor”, destaca.

Ainda segundo o professor, a atitude dos pais, em determinadas situações também precisa ser analisada. Um exemplo é quando o filho comunica aos pais que sofreu algum tipo de agressão, e acabam recebendo a orientação de que seria preciso um revide, uma retaliação, o que agravaria a situação e estimularia a violência. Ele analisa que na escola também há um contexto de violência.

“A violência na escola faz parte de um contexto de violências. É preciso se pensar em vandalismo, preconceito, discriminação, depredação, xingamento, ameaça, brigas, assédio sexual e o bullying. Como a Tetê definiu, não é qualquer coisa que é bullying. É uma repetição de um tratamento violento e desrespeitoso, desumano, agressivo, que gera no outro um constrangimento em um sofrimento psicológico que vai provocar isolamento, queda no rendimento escolar, ou a resposta em forma de agressividade”, detalha.

De acordo com um levantamento feito pela Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Económico (OCDE) em 2017, o Brasil lidera um ranking de 31 países, que posiciona os campeões de violência nas escolas.

“Debater o bullying é fundamental, mas não é algo pontual, ele está em um contexto. É preciso enfrentar o problema da violência como um todo. O remédio para isso é educação, mas não apenas a escolarização. É criar um clima geral favorável na cultura, na música, na televisão, no rádio, no trânsito, para que as novas gerações sejam inseridas em uma nova perspectiva”, analisa o professor Railton.

 

Quer saber mais? Ouça o debate na íntegra a seguir

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Para que o futuro não seja apagado

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Por Gilson Reis*

É do poeta e dramaturgo alemão Bertolt Brecht a frase que diz que “a cadela do fascismo está sempre no cio”. A premissa tem se mostrado verdadeira se pensarmos que é de seu cruzamento com o raivoso monstro do golpe que têm nascido os cães hidrófobos que a cada dia, no Brasil, encontram novas vítimas contra as quais rosnar. A mais recente — se é que é possível falar em vítimas mais recentes, e não simultâneas, tantos e tão rápidos são os ataques — parece ter sido a arte, atingida por acusações de pornografia, pedofilia e profanação de símbolos religiosos. E o legítimo protesto contra a censura promovido pelos artistas, alguns dos quais apoiaram o golpe de 2016 orquestrado, entre outras forças, pelo mesmo Movimento Brasil Livre (MBL) que, com esse nome irônico, tenta agora amordaçar museus e aprisionar todo um país em sua tacanha visão de mundo retrógrada obtusa, lembra outras palavras de Brecht, aquelas do poema Intertexto:

“Primeiro levaram os negros

Mas não me importei com isso

Eu não era negro

Em seguida levaram alguns operários

Mas não me importei com isso

Eu também não era operário

Depois prenderam os miseráveis

Mas não me importei com isso

Porque eu não sou miserável

Depois agarraram uns desempregados

Mas como tenho meu emprego

Também não me importei

Agora estão me levando

Mas já é tarde.

Como eu não me importei com ninguém

Ninguém se importa comigo.”

Pois é preciso que todos nós nos importemos, antes que seja tarde demais. O que cenário tenebroso que a arte enfrentou há pouco, seja com o cancelamento da exposição Queermuseu: Cartografias da Diferença na Arte Brasileira, no Santander Cultural, em Porto Alegre (e a recusa declarada do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, de sediá-la no Museu de Arte do Rio), seja com a polêmica em torno da performance La Bête, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, a educação tem enfrentado há alguns anos. Data de 2014 — antes do golpe, portanto — o Projeto de Lei 7180 do deputado Erivelton Santana (PEN/BA), que altera, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), para incluir em seu Artigo 3°, entre os os princípios do ensino, “o respeito às convicções do aluno, de seus pais ou responsáveis, tendo os valores de ordem familiar precedência sobre a educação escolar nos aspectos relacionados à educação moral, sexual e religiosa, vedada a transversalidade ou técnicas subliminares no ensino desses temas”.

A essa proposta foi apensado, em 2015, o PL 867, do deputado Izalci (PSDB/DF), que institui nacionalmente o programa “Escola sem partido”. Entre outros pontos, a matéria determina que, no exercício de suas funções, o professor: “não se aproveitará da audiência cativa dos alunos, com o objetivo de cooptá-los para esta ou aquela corrente política, ideológica ou partidária; não favorecerá nem prejudicará os alunos em razão de suas convicções políticas, ideológicas, morais ou religiosas, ou da falta delas; não fará propaganda político-partidária em sala de aula nem incitará seus alunos a participar de manifestações, atos públicos e passeatas; ao tratar de questões políticas, sócio-culturais e econômicas, apresentará aos alunos, de forma justa, as principais versões, teorias, opiniões e perspectivas concorrentes a respeito; respeitará o direito dos pais a que seus filhos recebam a educação moral que esteja de acordo com suas próprias convicções; não permitirá que os direitos assegurados nos itens anteriores sejam violados pela ação de terceiros, dentro da sala de aula”. O PL estabelece ainda que as secretarias de educação contem com um canal de comunicação destinado ao recebimento de reclamações relacionadas ao descumprimento da lei, caso aprovada, assegurado o anonimato, e que as reclamações sejam “encaminhadas ao órgão do Ministério Público incumbido da defesa dos interesses da criança e do adolescente, sob pena de responsabilidade”.

Trata-se apenas de duas propostas, que tramitam em âmbito nacional, entre as várias espalhadas também pelas câmaras municipais e assembleias legislativas do país. Textos que, em primeiro lugar, trazem, em seu cerne, um profundo desrespeito pelo magistério, tratando professores como “manipuladores” e “doutrinadores” a induzir crianças e adolescentes; que, em segundo, demonstram um desconhecimento profundo do processo pedagógico, uma vez que educação pressupõe, em seu sentido pleno, o incentivo à capacidade reflexiva, ao diálogo, à construção da cidadania, sendo, portanto, uma atividade política em sentido, inclusive, etimológico, dizendo respeito à relação do homem com sua pólis, ou seja, com sua cidade, seu estado, seu país, sua comunidade; e que, em terceiro, que evidenciam — como no caso que a arte vem enfrentando — o menosprezo pela liberdade de expressão quando esta contraria as ideologias moralmente conservadoras e economicamente neoliberais, retomando práticas ditatoriais 30 anos depois do fim do regime autoritário no Brasil e expondo, nas escolas, os docentes à censura, à ameaça e à cassação de seu direito de ensinar e os estudantes ao cerceamento de seu censo crítico e da construção de sua autonomia.

Projetos como esses são uma afronta à LDB, na qual tentam interferir, e à própria Constituição, que tentam rasgar. Tanto é verdadeira sua inconstitucionalidade que a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino — Contee  obteve importante vitória no dia 21 de março de 2017 quando o ministro Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liminar em Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) movida pela entidade e suspendeu integralmente a Lei 7.800/2016 do estado de Alagoas, também inspirada no programa Escola Sem Partido.  No texto enviado ao STF, a Contee já apontava que a Lei da Mordaça de Alagoas era contrária aos princípios constitucionais que asseguram a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; a coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; e a gestão democrática do ensino público. Na ADI, a Confederação indicou também que a lei afrontava os principais tratados internacionais, dos quais o Brasil é signatário, tais como a Declaração Universal dos Direitos Humanos, o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos e o Pacto de San José da Costa Rica.

Mesmo assim, tentativas de novas Leis da Mordaça continuam proliferando. E é sintomático que, paralelamente a elas, tente-se agora fazer com que o Congresso Nacional discuta a retirada do título de patrono da educação brasileira dado ao educador e filósofo Paulo Freire. A proposta, claro, é endossada pelo MBL e pelo movimento Escola Sem Partido. Em outras palavras, os cães hidrófobos, filhotes diletos da cadela do fascismo, que, com seus ladridos, buscam apagar figuras como Cândido Portinari, Lygia Clark, Alfredo Volpi, Adriana Varejão, Leonilson — artistas cujas obras faziam parte da mostra Queermuseu — ou Paulo Freire são os mesmos.

O verbo apagar não foi usado à toa. Tentar apagar Paulo Freire do lugar de sua relevância na educação brasileira simboliza bem o que querem fazer com a própria educação brasileira. É precisamente esse verbo também o ponto central da campanha nacional contra a desprofissionalização do magistério lançada pela Contee entre o fim de setembro e o início de outubro, mês em que se comemora o Dia do Professor. “Apagar o professor é apagar o futuro”, diz o slogan da campanha, que busca mobilizar não apenas a categoria, mas toda a sociedade contra as pautas que, nestes tempos de tantos ataques, ferem diretamente a profissão docente: a contratação por “notório saber” proposta na reforma do ensino médio, que rebaixa a formação, destrói as licenciaturas e desqualifica o professor; a suspensão da Súmula 277 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que acaba com a ultratividade das normas coletivas, numa ação movida pelo setor patronal do ensino com o objetivo explícito de tirar direitos dos trabalhadores em educação; a liberação da terceirização irrestrita, que atinge em cheio o setor educacional — chegando, inclusive, às salas de aula, e põe em xeque a própria qualidade da educação; a reforma trabalhista — com seus incontáveis retrocessos — e a reforma da Previdência — que põe fim à aposentadoria diferenciada, com redução do tempo de serviço, para o magistério da educação básica, prejudicando, sobretudo, as professoras da educação infantil e dos primeiros anos do ensino fundamentam que começam a lecionar muito jovens…

Em meio a tudo isso, amordaçar o magistério também é uma forma de apagá-lo. A desprofissionalização do professor passa também pela tentativa de censurá-lo, de cercear sua liberdade de cátedra e de impedir o exercício de projetos pedagógicos críticos e democráticos. Para enfrentar esse processo nefasto cuja campanha da Contee denuncia e combate, é preciso também defender a construção de uma escola verdadeiramente democrática. Esse é o sentido do Projeto de Lei que institui o programa Escola Democrática (PL 2035/16), apresentado por nós na Câmara Municipal de Belo Horizonte.  A proposta busca defender a organização democrática de estudantes, pais, professores e funcionários, bem como assegurar a livre manifestação do pensamento; o respeito à pluralidade étnica, religiosa, científica, ideológica e política; e a livre manifestação da orientação sexual e da identidade e/ou expressão de gênero, além do reconhecimento à igualdade entre os seres humanos e o respeito às diferenças entre os povos, os países, as etnias, as culturas, os gêneros e os comportamentos. A matéria ainda proíbe, nas salas de aula e fora delas, em todos os níveis, etapas e modalidades de educação da capital mineira, as práticas de quaisquer tipos de censura de natureza política, ideológica, filosófica, artística, religiosa e/ou cultural a estudantes e docentes, ficando garantida a livre expressão de pensamentos e ideias, observados os direitos humanos e fundamentais, os princípios democráticos e os direitos e garantias estabelecidos na Constituição e nos tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário.

Construir essa escola democrática só é possível com o professor livre, assim como para construir um Brasil democrático só é possível com arte e educação livres. Com um povo livre. Para que nosso futuro não seja apagado.

 

*Gilson Reis é coordenador-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino — Contee e vereador em Belo Horizonte/MG

Artigo publicado originalmente na edição de número 150 da Revista Princípios

 

 

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PEC para permitir cobrança em universidades públicas gera polêmica

SINPROGOIAS - UNIVERSIDADE PUBLICA0001

 

Para a presidenta do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), Eblin Farage, a iniciativa descaracteriza a educação pública, que, na avaliação dela, deve contar com financiamento 100% estatal. A dirigente considera que a medida caminha no rumo da privatização das universidades. “Estão querendo jogar sobre os trabalhadores a responsabilidade e o ônus da crise que a gente vive no país”, completa.

O texto da PEC prevê gratuidade apenas para estudantes que tenham cursado o ensino médio completo em escola pública ou como bolsistas integrais em unidades particulares.

Para a dirigente Eblin Farage, a proposta está em sintonia com outras medidas já debatidas no país. Entre elas, destaca-se a autorização dada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para a cobrança de mensalidades nos cursos de pós-graduação lato sensu. A decisão, proferida em abril deste ano, provocou intensas reações de movimentos de defesa da educação pública, especialmente porque um mês antes a Câmara havia rejeitado uma PEC que liberava a cobrança de mensalidade em cursos de especialização e mestrado profissionalizante.

“O que mais nos chamou a atenção na época dessa decisão foi que o debate que os ministros fizeram falava da possibilidade de se cobrar em todos os níveis da universidade pública. Isso que está voltando agora é pra abrir alguma brecha para que, de repente, o STF, que hoje está agindo de forma linear com o governo, com a burguesia, autorize a cobrança nos cursos de graduação, mestrado e doutorado”, acredita Farage.

A PEC 366 não fixa valores específicos para a cobrança. Entre outras coisas, o texto da proposta afirma que a medida não cobriria todos os custos das universidades, mas poderia representar uma “importante contribuição” para o custeio das instituições. Para o militante Caio Teixeira, da União Nacional dos Estudantes (UNE), a PEC modifica o prisma sob o qual precisa ser vista a educação.

“Educação nunca é um custo; é um investimento. O movimento estudantil sempre colocou a educação nesse patamar de ferramenta transformadora da sociedade, então, não é um custo, como está se pensando nessa Câmara tão impopular”, pontua.

Autor

A PEC 366/2017 é de autoria do deputado Andrés Sánchez (PT-SP), que tem recebido críticas especialmente pelo fato de a proposta estar na contramão do discurso da legenda. Procurado pelo Brasil de Fato para comentar o assunto, o parlamentar respondeu que o Estado não deve se responsabilizar pelo custeio da educação superior de pessoas que tenham condições financeiras de pagar pelo serviço.

“Todo mundo tem acesso à educação pública? Não. Por mil motivos. Tem gente que estuda em colégio americano e paga R$ 7 mil, até 8 mil reais num ginásio, num colegial e depois vai estudar de graça [na universidade pública] porque o Estado paga. Quem tem condições de pagar que pague a faculdade pública”, argumentou.

Reação

Na tarde de sexta-feira (26), o Brasil de Fato procurou o líder do PT na Câmara, Carlos Zarattini (PT-SP), para saber o posicionamento da bancada diante da PEC 366, mas não conseguiu gravar entrevista com o deputado. Na sequência, o parlamentar soltou uma nota afirmando que o partido defende a “gratuidade no ensino público em todos os níveis”. Ele acrescentou que a bancada irá tratar com Andrés Sánchez sobre a retirada da proposta.

A medida está na pauta da Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJC), ainda sem data para votação.

 

 

Fonte: Brasil de Fato

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Jornal da CTB: Resistir a todo custo, será o grito que ecoará pelo Brasil dia 10 de novembro

SINPROGOIAS - JORNAL CTB0001

 

No jornal da CTB desta sexta-feira (27), a reunião que definiu os últimos detalhes para a construção do Dia Nacional de Mobilizações, greves e paralisações em defesa dos direitos e contra a reforma trabalhista, da Previdência e o trabalho escravo. A data escolhida antecede o início da nova legislação trabalhista, que representa o maior ataque do capital contra o trabalho.

Em artigo, o presidente nacional da CTB, Adilson Araújo orienta e convoca a militância a ampliar a resistência e ocupar as ruas. “O movimento sindical, a classe trabalhadora e os movimentos sociais precisam reagir. O dia 10 de novembro deve se converter em uma grande mobilização nacional. Para tanto, precisamos reforçar a organização e a mobilização e, assim, ocupar e ganhar as ruas de todo o Brasil. Isso irá exigir ampla participação da militância e dos trabalhadores e trabalhadoras”, destaca.

Outra pauta desta edição é campanha dos servidores públicos do estado de São Paulo, em defesa da valorização da categoria, e contra o processo de privatização do setor disparado pelo governo Alckimin e a prefeitura de João Dória Jr.

Na coluna um Toque de Classe, o jornalista Umberto Martins traça um paralelo entre a bandeira do combate à corrupção, a “absolvição” de Michel Temer e o golpe que derrubou a presidenta Dilma Rousseff.

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