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Contee discute demissões da Estácio de Sá na Câmara de Deputados

SINPROGOIAS - FACULDADE ESTÁCIO0001

A Contee, representada pelo coordenador da Secretaria de Assuntos Institucionais, Rodrigo Pereira de Paula, participa, nesta quarta-feira, 20, de audiência pública da Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Pública (CTASP), da Câmara dos Deputados, para debater a demissão de 1.200 professores da Faculdade Estácio de Sá.  O evento foi solicitado pelo presidente da CTASP, Orlando Silva (PCdoB-SP).

O parlamentar justificou seu pedido argumentando que “a precarização do Ensino Superior, tanto público e privado no Brasil, e a violação de direitos dos trabalhadores vêm acentuando-se gravemente, sobretudo com as medidas adotadas pelo Governo Temer, como, por exemplo, o corte no orçamento das universidades federais, as demissões em massa de professores, como foi o caso recente da demissão de 220 professores da Faculdade Metropolitana (FMU), no Estado de São Paulo, e agora, no caso aqui tratado, a demissão de 1.200 professores da Faculdade Estácio de Sá, consequências essas da reforma trabalhista”.

Orlando deplora que a Estácio de Sá argumente que “as demissões fazem parte de uma ‘reorganização em sua base de docentes’, com o objetivo de ‘manter a sustentabilidade da instituição’”. Para ele, “está claro que a Instituição de ensino aproveitou a reforma trabalhista de Temer para demitir os profissionais já que, agora, com a nova legislação, poderá preencher as vagas com contratos mais ‘flexíveis’ e com menos direitos trabalhistas, mostras do que promete ser o mundo do trabalho pós destruição da CLT: o império da lei do mais forte, da ganância sem limites”.

Para ele, fica provado que a reforma deixou “o trabalhador submetido a retirada de direitos, ampliação de jornada e achatamento dos salários e, no caso do ensino superior, a precarização e sucateamento destes. Terceirizar os professores é impedir a construção de vínculos. Quando o professor não tem vínculo com a escola, com o projeto pedagógico, ele não tem vínculo com a construção do conhecimento. Contratar como pessoa jurídica (PJ) e terceirizado traz um sucateamento e demonstra que essas instituições não estão preocupadas com a qualidade e sim com o lucro”. Enfatiza, como faz a Contee, que não se “deve tratar a educação numa lógica de mercadoria”.

Os debates ocorrerão no Anexo II, Plenário 12, da Câmara dos Deputados, às 10h. Além da Contee, foram convidados Ronaldo Nogueira, ministro do Trabalho; Mendonça Filho, ministro da Educação; Marcelo José Fernandes da Silva, procurador do Trabalho da 1° Região; Celso Napolitano, presidente da Federação dos Professores do Estado de São Paulo (FEPESP); Mariana Dias, presidente da União Nacional de Estudantes (UNE); Luiz Roberto Liza Curi, presidente da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação; Hudson MelloJunior, reitor da Universidade Estácio de Sá; e um representante do Fundo de Investimentos da Estácio de Sá.

Carlos Pompe da Contee.

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Adilson Araújo: Sem o povo não há saída para a superação da crise brasileira

SINPROGOIAS - ADILSON0001

 

Presidente nacional da CTB, segunda mais influente central sindical do Brasil, o bancário Adilson Araújo está convicto de que somente a resistência popular, a luta nas ruas, será capaz de barrar mais uma investida do projeto neoliberal contra o povo brasileiro, que é a reforma da Previdência.

Em entrevista exclusiva a O Bancário, ele propõe a unidade das forças progressistas em defesa da democracia social e do Estado de direito e deixa evidente que o enfrentamento ao neoliberalismo vai muito além da luta no plano institucional.

O BANCÁRIO – Como impedir que a reforma da Previdência seja votada antes da eleição presidencial do próximo ano?

ADILSON ARAÚJO – Luta intensa nas ruas e no Congresso Nacional, pressionando as bases dos parlamentares aliados ao governo e denunciando ao conjunto da sociedade o que representa a proposta de “reforma” da Previdência Social, que na verdade acaba com a aposentadoria. Enfrentamos também uma campanha brutal do governo, com forte apoio da mídia hegemônica, para aprovar o pacote de maldades que, sordidamente, Temer um dia chamou de “ponte para o futuro”.

O BANCÁRIO – É possível barrar a reforma da Previdência só pela via institucional?

ADILSON ARAÚJO – Barrar uma proposta como essa exige mobilização, resistência e luta em diferentes frentes. Somente com o empenho dos diversos setores organizados da sociedade junto com o movimento sindical conseguiremos alavancar uma onda de resistência que pode contrabalancear o cenário de disputa no interior do Congresso Nacional. A luta conjugada entre as frentes de massa e institucional são estratégicas para a disputa em curso.

O BANCÁRIO – Por que um governo denunciado por corrupção, com 95% de rejeição, e um Parlamento investigado, têm conseguido impor uma agenda tão impopular?

ADILSON ARAÚJO – Estamos diante do Congresso mais conservador desde 1964, um Congresso que tem políticos comprometidos com o povo e com seus interesses particulares. Por trás do chamado movimento “Não Vai Ter Copa” e das chamadas “Jornadas de Junho” estavam as sementes da complexa conjuntura que se instalou no país e elegeu, em 2014, o Congresso Nacional mais venal de nossa história. Depois disso, estavam dadas as bases necessárias para empurrar o país para a crise política que desaguou no golpe parlamentar de maio de 2016.

O BANCÁRIO – As centrais sindicais têm plano para reverter a agenda neoliberal na pró- xima legislatura?

ADILSON ARAÚJO – O ano de 2018 será tão intenso quanto foi 2014. A diferença é que se lá lutamos por avanços nas mudanças, aqui a luta partirá da defensiva. Com a defesa de direitos consagrados e pela edificação de um projeto que recoloque o Brasil nos rumos do desenvolvimento com geração de emprego, valorização do trabalho e distribuição da renda. É bom acrescentar que o movimento sindical não luta apenas pelos interesses corporativos da categoria, mas abraça uma causa maior, estreitamente vinculada à melhoria de vida dos trabalhadores e trabalhadoras, o desenvolvimento nacional, a valorização do trabalho, a afirmação da soberania nacional e da democracia. Um Brasil próspero, democrático, soberano e voltado para o bem estar do povo depende de sindicatos fortes, em sintonia com os interesses nacionais.

 

Fonte: Jornal O Bancário, uma publicação do Sindicato dos Bancários da Bahia.

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Nota de repúdio à aprovação da BNCC golpista

BNCC-golpista

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino — Contee, que representa cerca de 1 milhão de professores e técnicos administrativos que atuam na educação privada, repudia a aprovação, pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), por 20 votos a três, da última versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). A decisão favorável a um texto que apresenta uma série de retrocessos desrespeita os processos históricos da educação brasileira e o diálogo com a sociedade, representada por professores, pesquisadores, organizações e entidades que defendem a educação.

O resultado da votação ocorrida nesta sexta-feira, 15 de novembro, causa à Contee grande preocupação com a educação infantil e o ensino fundamental no país, colocados à mercê de forças retrógradas, que simbolizam um atraso histórico no setor e na sociedade. A aprovação dessa BNCC atropela o ideal de fortalecimento de uma educação pública, gratuita, laica, inclusiva, democrática e socialmente referenciada, bem como o princípio de uma educação transformadora, cidadã e alinhada com a defesa dos direitos humanos.

Além da supressão de temas sociais em plena discussão no meio educacional — como o combate às discriminações de raça, gênero e orientação sexual — e da interferência de movimentos reacionários como o Escola Sem Partido, há que se considerar a exclusão de disciplinas que dão acesso ao conhecimento social e histórico; os flancos para a entrada do interesse mercantilista na educação básica, a exemplo do que já acontece há anos no ensino superior; os problemas decorrentes de uma lógica empresarial que desvaloriza carreira e formação dos trabalhadores em educação; e toda a ameaça à conquista da educação pública, gratuita, inclusiva, laica e de qualidade, prevista na Constituição Federativa do Brasil, de 1988.

Essa aprovação é consequência direta do golpe que atingiu o Conselho Nacional de Educação, como denunciado pela Contee no ano passado, quando a Confederação se manifestou contra a destituição de conselheiros nomeados pela Presidenta Dilma Rousseff e sua substituição por nomes ligados ao capital. Um golpe que aparelhou o CNE com o objetivo de que assegurar a aprovação de todas as matérias que visam a atender os interesses do privatismo e do conservadorismo. Enfrentar tais forças não é fácil e, por isso, expressamos nossa admiração pelas conselheiras Márcia Ângela Aguiar, Malvina Tuttman e Aurina Oliveira Santa, as únicas, dentro de um Conselho dominado, que honraram a luta em defesa da educação brasileira.

O documento aprovado neste 15 de dezembro não representa a educação necessária nem a reflexão de docentes pesquisadores, dos movimentos sociais e dos representantes das organizações educacionais que se debruçaram sobre as discussões da BNCC ao longo dos últimos anos. Contra esse documento, a Contee e as demais entidades que compõem o Fórum Nacional Popular de Educação (FNPE) continuarão lutando, com o desenvolvimento de estratégias para impedir a implementação desse retrocesso. As escolas democráticas e críticas, que sabem que currículo vai além da lista de conteúdo, devem se contrapor à aplicação dessa base curricular, conforme o slogan da campanha de resistência lançada pelo FNPE: “Aqui já tem currículo! Não precisamos da BNCC golpista!”.

 

Brasília, 15 de dezembro de 2017.

Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino — Contee

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Atualidades Destaques Diretoria Institucional

Executiva da CTB reitera defesa de projeto soberano com valorização da classe trabalhadora

SINPROGOIAS - EXECUTIVA CTB0001

 

“É preciso empenhar toda nossa energia no esforço de mobilização e conscientização das bases nas batalhas para barrar a ofensiva golpista e recolocar a nação brasileira no caminho do desenvolvimento soberano com democracia e valorização da nossa classe trabalhadora” indicou, em resolução política, a Direção Executiva da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), ao final da 20ª reunião do coletivo.

A Executiva, que se reuniu nos dias 14 e 15 de dezembro, em São Paulo, fez amplo balanço do ano de 2017, avaliou os retrocessos impostos pelo governo Michel Temer  e sinalizou os desafios para 2018.

 

Leia íntegra do documento:

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO POLÍTICA DA 20ª REUNIÃO DA EXECUTIVA NACIONAL DA CTB

  1. Dez anos atrás, no dia 12 de dezembro de 2007, nasceu a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). Realizado em Belo Horizonte, o congresso de fundação da nossa central reuniu 1037 lideranças sindicais, representando 556 entidades trabalhistas urbanas e rurais, unidas pelo propósito e compromisso de praticar um sindicalismo classista, democrático, plural, de massas e de luta.
  1. É importante assinalar que a central veio à luz no momento em que teve início, nos Estados Unidos, a chamada Grande Recessão, que se desdobrou numa crise global do capitalismo, uma das três mais graves registradas na conturbada história do sistema. Afetou de forma tão profunda a economia mundial que até hoje não encontrou um desfecho.
  1. A crise, em que convergem fenômenos econômicos e geopolíticos, prenunciava tempestades políticas e tempos difíceis para a classe trabalhadora, embora no Brasil, sob o governo Lula, e em geral na América Latina os ventos fossem mais promissores. O bem-estar social era crescente e iniciativas regionais como a rejeição da Alca (2005), a criação da Unasul (2007) e da Celac (2011) desenhavam um novo arranjo geopolítico, com a perspectiva de um desenvolvimento integrado, soberano e democrático das nações, à margem da estratégia imperialista dos EUA.
  1. Houve quem duvidasse da capacidade dos classistas cumprirem todos os requisitos para o reconhecimento da central pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) estabelecidos pela lei 11.648 de 31 de março de 2008.
  1. Mas não só as condições foram satisfeitas como a CTB transformou-se na central que mais cresceu desde então. Atualmente conta com mais de mil entidades filiadas, está organizada nas 27 unidades da federação e situa-se entre as três maiores centrais do país em matéria de representatividade (medida pelo número de sócios dos sindicatos filiados) e influência política.
  1. O balanço desses 10 anos é extremamente positivo. Este resultado é um tributo de reconhecimento dos sindicalistas brasileiros à coerência e firmeza com que a central defende os interesses da classe trabalhadora e tem sua conduta orientada pelas concepções classistas que lhe deram origem.
  1. Cabe realçar o posicionamento firme da CTB em defesa da unidade do conjunto do movimento sindical brasileiro para fazer frente à ofensiva do capital e abrir caminho a um novo projeto nacional de desenvolvimento fundado na valorização do trabalho, na democracia e na soberania, bandeira que levantou desde sua fundação e foi encampada mais tarde pela 2ª Conclat e o conjunto do movimento sindical brasileiro.
  1. A conjuntura nacional sofreu transformações dramáticas ao longo desses 10 anos de luta. A CTB, a classe trabalhadora e o movimento sindical acumularam vitórias, com destaque para a realização da 2ª Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (a 2ª Conclat, que foi proposta pelos classistas) em 2010, a política de valorização do salário mínimo, o reconhecimento das centrais, um maior intercâmbio com o sindicalismo latino-americano e caribenho, entre outras. Mas também sofreram revezes.
  1. No ano passado nosso país foi vítima de um insidioso golpe de Estado, que sob a máscara de um impeachment sem crime de responsabilidade afastou a presidenta Dilma Rousseff do Palácio do Planalto e lá entronizou uma quadrilha de entreguistas liderada pelo peemedebista Michel Temer. Trata-se fundamentalmente de um golpe do capital contra o trabalho, que uniu as classes dominantes em torno de um projeto radical de restauração neoliberal, uma afronta à democracia, à soberania nacional e aos direitos e conquistas do povo brasileiro.
  1. O governo golpista está entregando o Pré-sal e as riquezas nacionais ao imperialismo, além da base aérea de Alcântara (no Maranhão). Promete privatizar “o que for possível” e dá curso a uma agenda reacionária que não encontra paralelo nem mesmo no regime militar instalado em 1964. As águas superficiais e subterrâneas e todo o setor de saneamento estão sob ameaça de privatização através do programa de PPI. O conteúdo local é desprezado e a indústria naval está sendo liquidada. Planeja-se a transferência de empresas como a Eletrobrás e a Transpetro para os grandes capitalistas. A principal vítima de tudo isto é a classe trabalhadora brasileira, das cidades e do campo.
  1. Os sindicatos e as centrais foram um alvo prioritário da ofensiva golpista. Com apoio do Parlamento (um dos mais venais, por sua composição social, de que se tem notícia), o governo ilegítimo acabou com o chamado Imposto Sindical e procura estrangular financeiramente as entidades representativas dos trabalhadores e trabalhadoras interditando as fontes de sustentação das lutas sindicais.
  1. Isto certamente acrescenta novas e inesperadas dificuldades ao sindicalismo nacional e à CTB em particular, mas não deve esmorecer o ânimo para a luta. O momento exige a intensificação do trabalho de esclarecimento e conscientização das bases dos sindicatos, que já não poderão sobreviver sem o forte respaldo e apoio financeiro daqueles que representa.
  1. As mudanças na legislação trabalhista também acenam com um retrocesso secular nas relações entre capital e trabalho, estabelecendo o primado do negociado sobre o legislado, flexibilizando as jornadas, criando a figura infame do trabalho intermitente, generalizando a terceirização da economia. A proposta de alteração nas regras da Previdência prejudica quem trabalha, ameaça o direito à aposentadoria e favorece o sistema previdenciário privado.
  1. O congelamento dos gastos públicos primários, feito para agradar e favorecer banqueiros e credores da dívida pública requer a redução dos gastos com saúde, educação, infraestrutura, obstruindo o caminho do desenvolvimento nacional. A agricultura familiar foi golpeada com a extinção do Ministério de Desenvolvimento Agrário, cortes drásticos no financiamento da Política de Segurança Alimentar e Nutricional, política de habitação e outros programas.
  1. O conjunto das políticas levados a cabo pelo governo ilegítimo servem claramente ao apetite insaciável do capital por mais e mais lucros sacrificando os interesses maiores da classe trabalhadora e da nação brasileira. O resultado é a radicalização dos conflitos entre as classes sociais, em que se destaca a luta entre capital e trabalho, a polarização política, a decomposição das forças centristas, o florescimento do extremismo de direita, o crescimento da violência, do ódio e dos preconceitos.
  1. É preciso adquirir consciência de que o pano de fundo do golpe de Estado no Brasil e das perturbações políticas que se observam em outras partes do globo é formado pela crise econômica e geopolítica do capitalismo. Esta ainda não encontrou um desfecho e com certeza não terá uma solução positiva nos marcos do próprio sistema, que deriva para a reação em toda linha e já flerta com o neofascismo.
  1. Resta ainda sem resposta o desafio de encontrar outro caminho e conferir nova dimensão e perspectiva à luta pelo socialismo. É este o grande dilema com que se defronta a classe trabalhadora e as forças progressistas em quase todo o mundo, é para responder a isto que a CTB foi criada dez anos atrás.
  1. É imperioso persistir na resistência e intensificar a luta social e política para interromper o brutal retrocesso que o governo golpista vem promovendo, manter e ampliar a unidade das centrais sindicais e trabalhar para a construção de uma frente ampla em defesa da nação, da democracia e dos direitos sociais.
  1. Ganha destaque, neste sentido, a luta unitária para derrotar a PEC das aposentadorias, que o governo e seus aliados pretendem colocar em votação na Câmara dos Deputados em fevereiro. O fim da Contribuição Sindical e a concretização da nova lei trabalhista, que em muitos aspectos contraria frontalmente a Constituição, também continuarão sendo fonte de novos conflitos e lutas.
  1. Os sindicalistas classistas devem participar ativamente do pleito do próximo ano com o objetivo de contribuir para a eleição de bancadas progressistas para os cargos legislativos e executivos que estarão em disputa, priorizando o apoio a candidaturas ligadas à classe trabalhadora e ao movimento sindical.
  1. Não restam dúvidas de que 2018 será um ano de grandes lutas e novos desafios para a CTB e o povo brasileiro. É preciso empenhar toda nossa energia no esforço de mobilização e conscientização das bases nas batalhas para barrar a ofensiva golpista e recolocar a nação brasileira no caminho do desenvolvimento soberano com democracia e valorização da nossa classe trabalhadora.

 

São Paulo, 15 de dezembro de 2017

Direção Executiva da CTB

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Pobreza extrema cresce no Brasil e pode aprofundar com reforma trabalhista

SINPROGOIAS - POBREZA 0001

 

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (15) a Síntese de Indicadores Sociais 2017. A pesquisa constatou que realmente o Brasil voltou ao Mapa da Fome como disseram os pesquisadores da Organização das Nações Unidas (ONU).

A ONU tirou o Brasil desse vergonhoso mapa em 2014, mas com “as políticas ultra-liberais do governo de Michel Temer a situação vai de mal a pior”, afirma Vânia Marques Pinto, secretária de Políticas Sociais da CTB.

Ela diz ainda que “o abandono da agricultura familiar e o fim da Política de Valorização do Salário Mínimo, juntamente com o descaso com o Bolsa família e outros programas sociais de distribuição de renda colaboram para essa terrível situação”.

De acordo com o IBGE mais de 52 milhões de brasileiras e brasileiros estão na linha da pobreza extrema, pelos critérios do Banco Mundial, ou seja, as familias com renda de R$ 387,07 por mês ou US$ 5,5 por dia. Esse número significa 25,4% da população do país.

“É assustador a velocidade de pauperização da classe trabalhadora”, reclama Ivânia Pereira, vice-presidenta da CTB. E para piorar, explica, “o desemprego atinge mais de 13 milhões de famílias e a informalização cresce assustadoramente”.

O próprio IBGE mostra que de junho a agosto deste ano foram criados 1,37 milhão de postos de trabalho, porém, 70% deles sem carteira assinada. “Com a terceirização ilimitada e a reforma trabalhista essa situação tende a se aprofundar”, diz Pereira.

A pesquisa do IBGE aponta ainda que 42% das crianças de 0 a 14 anos estão na faixa de pobreza absoluta. “É muito triste constatar essa situação que favorece absolutamente a exploração do trabalho infantil, que já é grande no país”, reforça a secretária de Políticas Sociais.

Ela lembra que, pelo Censo 2010, do IBGE, 16,2 milhões de brasileiros viviam na extrema pobreza e esse número vinha diminuindo por causa dos programas de combate à miséria. “Com o abandono dessas políticas, a classe trabalhadora está pagando o pato da crise do capital que corrói o mundo do trabalho”.

Ouça Desemprego, de Renato Russo

 

Desemprego e juventude

Na verdade em 2010, de acordo com o IBGE, 1 em cada 10 brasileiros estava na linha da pobreza, agora esse número é de 1 em cada 4. A vice-presidenta da CTB conta também que entre os mais de 13 milhões de desempregados no país, 54,9% está entre os 16 e 29 anos. “O que tira a perspectiva de futuro da juventude. Nenhuma nação pode ter a juventude sem perspectivas de realizar seus sonhos”.

O estudo mostra também que cresceu o número de jovens que não trabalham nem estudam. Em 2014 eram 22,7% e em 2016 o índice passou para 25,8% nessa situação. “Isso é muito preocupante. A juventude precisa estudar e se preparar bem para o mercado de trabalho que cada vez mais precisa de mão de obra qualificada”, ressalta Vânia Marques Pinto.

Para Pereira, é muito importante a atuação do movimento sindical para levar informação às pessoas de como mudar essa situação. “Precisamos resistir e mostrar a necessidade de o país retomar o caminho do desenvolvimento econômico com distribuição de renda e combate à pobreza”.

 

Portal CTB – Marcos Aurélio Ruy. Foto: Marcelo Casal/Agência Brasil

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Juíza suspende todas as demissões da Estácio

SINPROGOIAS - ESTÁCIO0001

 

Por solicitação do Ministério Público do Trabalho, a juíza do Trabalho substituta, Tallita Massucci Toledo Foresti determinou que a Sociedade de Ensino Superior Estácio de Sá Ltda., “sob pena de multa de R$ 400,00por dia, por trabalhador, suspenda as dispensas havidas e as homologações já designadas pelo prazo de 30 dias”.

A resistência à demissão em massa anunciada pela Estácio de Sá tem sido intensa na base da Contee e conquistou vitórias importantes nessa primeira batalha. No dia 13, o Sindicato dos Professores do Pará (Sinpro/PA) conseguiu liminar na Justiça suspendendo as demissões . Dia 12, o Sindicato dos Professores de Juiz de Fora (Sinpro JF), em Minas Gerais, também teve seu pedido de liminar atendido pela Justiça do Trabalho, que determinou a reintegração dos professores dispensados.

Para a juíza, a Constituição “propugna a igualdade e envolve a livre iniciativa econômica ao valor social do trabalho, de onde não se admitem discriminações de quaisquer espécies. Na mesma linha e ratificando tais valores, o Brasil é signatário da Convenção 111 da OIT sobre discriminação em matéria de emprego e profissão. Observo, outrossim, que recentemente a ordem trabalhista sofreu alteração legislativa pela Lei 13.467/2017 para instituir, dentre outros, a comissão de representantes dos empregados, que possui dentre suas atribuições a de ‘assegurar tratamento justo e imparcial aos empregados, impedindo qualquer forma de discriminação por motivo de sexo, idade, religião, opinião política ou atuação sindical’.

A sentença determina “a manutenção das relações laborais dos professores … durante o prazo de conclusão do inquérito civil público, bem como que seja determinada a apresentação das fichas funcionais dos professores dispensados e os critérios utilizados para tais dispensas. Fundamenta-se, para tanto, no forte indício de caráter discriminatório dessas dispensas, eis que, após coleta de dados e depoimentos dos professores dispensados no município do Rio de Janeiro, ‘de 102 professores, 81 têm entre 50 e 81 anos; 18, entre 40 e 49 e apenas 5, na faixa de 30 anos’”.

A doutora Foresti destaca, ainda, que o Ministério Público do Trabalho “comprovou ter esgotado as vias administrativas para a obtenção das fichas funcionais dos professores no intuito de investigar eventual caráter discriminatório dessas dispensas”. Percebe que, do universo de dispensados, a grande maioria envolve professores com mais de 50 anos, de 50 a 81 anos, parte deles na instituição desde os anos 80″.

Ela considerou urgente o provimento “já que a prova dos autos indica que novas dispensas ocorrerão nos dias 15,16, 17 e 18 de dezembro e que tais dispensas arriscam o resultado útil do processo sobre as dispensas discriminatórias”.

 

Carlos Pompe da Contee

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Trabalhadores fecham BR 153 em protesto contra a reforma da Previdência

SINPROGOIAS - BR 1530001

 

Contra a Reforma da Previdência, trabalhadores fecharam, na manhã de hoje (15), a BR 153, em Goiás.

O protesto, organizado pelo Fórum Goiano das centrais sindicais, já provoca 8km de congestionamento. Apesar do anúncio de que a reforma só será votada em fevereiro,  a CTB e demais centrais seguem mobilizadas.

“Não dá para confiar neste governo golpista – seguimos em luta até que a PEC 287 seja derrubada”, declarou Railton Souza, presidente da CTB-GO.

 

De Brasília,  Ruth de Souza – Portal CTB

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Direção da CTB se reúne para debater a construção de novas soluções para o país

SINPROGOIAS - REUNIÃO CTB0002

 

A 20ª Reunião da Direção Executiva da CTB começou nesta quinta-feira (14) com objetivo de elaborar projetos para a central rumo à resistência ao golpe que ataca os direitos e conquistas da classe trabalhadora, desmonta o Estado e entrega o patrimônio nacional.

Adilson Araújo, presidente da CTB, fez a abertura da reunião e chamou a atenção para o enfrentamento à crise que assola a nação, principalmente as trabalhadoras e os trabalhadores. “Essa crise que se alonga vem devastando os direitos de quem trabalha”, diz.

Ele ressaltou que apesar da crise a “nós crescemos e crescemos porque defendemos um mundo mais humano e menos desigual”. Lembrou ainda da vitória obtida com o adiamento da votação da reforma da previdência.

Vânia Marques Pinto, secretária de Políticas Sociais, falou na necessidade de “construir novas soluções para o enfrentamento da crise, restabelecendo uma nova força que aglutine as lutas do povo brasileiro”.

 

SINPROGOIAS - REUNIÃO CTB0003

 

Entre os palestrantes, participaram Vicente Selistre, vice-presidente da CTB, representando o PSB, e Walter Sorrentino, vice-presidente do PCdoB. Selistre destacou a necessidade de criação de uma frente ampla das forças progressistas para a construção de “uma sociedade justa e fraterna”.

Mas o sindicalista socialista ressalta a necessidade de um projeto nacional de desenvolvimento no qual prevaleça “a democracia e a soberania nacional”. Para isso, diz, “é necessário unidade, mas uma união programática com um projeto de desenvolvimento sólido e constante”.

Para ele, o maior problema do Brasil, que impede o país de sair da crise é a destinação de 44% da receita para o pagamento da dívida. “Todo esse dinheiro vai para banqueiros nacionais e transnacionais, que não produzem nada em favor da nação”. Por isso, ele defende uma “auditoria cidadã” da dívida.

Walter Sorrentino afirmou estar sendo constituída “uma nova ordem política e social no país. Uma ordem ultraliberal”. Sorrentino reforçou a necessidade de formar uma grande “unidade popular” como um projeto de frente com amplas forças sociais e políticas para superar essa conjuntura desfavorável.

 

SINPROGOIAS - REUNIÃO CTB0001

 

Até o momento, afirma, “nós resistimos, mas não barramos” o avanço das forças que se instalaram no poder contra os interesses nacionais e populares. “A sociedade vive uma crise de confiança nas instituições políticas e nós precisamos mostrar que temos projeto para tirar o país da crise”.

Para ele, “é necessário a criação de uma agenda para o país. Uma agenda que mostre o caminho para superação da crise com um projeto nacional de desenvolvimento”, mas com a criação de uma “ampla frente política estratégica, não somente para disputar a eleição”.

Os debates que se seguiram mostraram a força da CTB para levar à sociedade a mensagem de unidade, de resistência e da necessidade de democracia para o país retomar o rumo do crescimento e o seu destaque no cenário mundial com valorização de sua autonomia.

 

Portal CTB – Marcos Aurélio Ruy

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EDITAL DE CONVOCAÇÃO PARA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA SOBRE APROVAÇÃO DA TAXA NEGOCIAL

SINPROGOIAS - SINPRO GOIÁS0001

E D I T A L   D E   C O N V O C A Ç Ã O

ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

         Ficam convocados  todos os professores empregados nas Instituições Privadas de Educação do Estado de Goiás, inclusive do Senai,  Sesi,  Senac,  Sesc, e  em fundações, de todas as etapas e modalidades, associados ou não, para a ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA, a realizar-se na sede do Sindicato dos Professores do Estado de Goiás, na Avenida Independência, N. 942, quadra 943, lote 33, Setor Leste Vila Nova, nesta capital, em primeira CONVOCAÇÃO, às 15 (quinze) horas, e, em segunda CONVOCAÇÃO, às 16 (dezesseis) horas, do dia 20 (vinte) de dezembro de 2017, para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia:

  1. a)aprovar  taxa negocial, a ser descontada dos salários, no mês em que estes forem reajustados em 2018,.

 

Goiânia, 12 de dezembro de 2017

  Prof. Railton Nascimento Souza

   Presidente do SINPRO GOIÁS

 

 

EDITAL