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Filosofia e Sociologia devem ser disciplinas obrigatórias? Vote em enquete do Senado

O jornal Folha de S.Paulo publicou matéria capciosa na segunda-feira (16) com o título “Filosofia e sociologia obrigatórias derrubam notas em matemática”, sobre um estudo que ainda será publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

De acordo com Thais Waideman Niquito e Adolfo Sachsida, responsáveis pela pesquisa, o estudo foi feito de maneira ampla entre jovens de 16 a 25 anos. Eles analisaram as notas de estudantes que realizaram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2012 e os de três anos antes da obrigatoriedade dessas disciplinas. Os que estudaram filosofia e sociologia tiveram desempenho mais fraco em matemática e línguas.

“Pela reportagem da Folha, parece que os pesquisadores partem de uma premissa errada. Eles baseiam seu estudo apenas no método de avaliação tradicional de desempenho em provas e notas”, afirma Marilene Betros, Políticas Educacionais da CTB.

Ela explica que é necessária uma avaliação com mais amplitude para uma afirmação tão categórica. “Por que uma disciplina deve eliminar a outra?, questiona. “Um estudo afirmando isso justamente num momento em que o governo golpista tira a obrigatoriedade dessas importantes matérias, soa algo estranho”.

Ademais, complementa, “o ser humano é muito complexo e tem uma grande capacidade de aprendizado. O problema está na falta de qualidade da educação, totalmente para a avalição com provinhas e notas”.

Betros defende a tese de nota diagnóstica que leva em conta o desempenho dos alunos em todo o transcorrer do ano. Ademais, “a partir de 2009, o Enem se transforma no segundo processo seletivo para o ensino superior do mundo”.

Antes o Enem era somente uma avaliação do ensino médio, que “visava privilegiar as escolas particulares e consequentemente defender a sua privatização como esse governo quer fazer agora”, acentua.

De acordo com a sindicalista, o movimento educacional defende a “obrigatoriedade de filosofia, sociologia, artes, educação física, porque essas disciplinas contribuem para o desenvolvimento cognitivo, motor e emocional dos jovens e são necessárias para a vida tanto quanto a matemática e a língua portuguesa”.

O problema é que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) possibilita o ensino de filosofia e sociologia de forma diluída durante todo o ensino médio.E “quando se quer acabar com uma disciplina, se transforma em ‘estudos e práticas’”, diz a deputada federal Professora Marcivânia (PCdoB-AP).

Daniel Cara, coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, mostra que “a educação, que por muitos anos ficou protegida da disputa política, e isso aconteceu de fato no governo Lula e menos no governo Dilma Rousseff, volta a ser centro de disputa”.

E a questão de tirar a obrigatoriedade de “disciplinas tão fundamentais está no bojo da reforma do ensino médio que visa acabar com a educação pública e gratuita”, diz Betros.

A questão é tão importante que o Senado Federal colocou em votação a proposta “Pela obrigatoriedade das disciplinas de Filosofia e Sociologia no Ensino Médio”, no site e-cidadania, no qual você pode votar. Até o fechamento desta matéria, quase 30 mil pessoas apoiaram a ideia, o que transforma o projeto em uma Sugestão Legislativa e o Senado terá que apreciá-la.

 

Vote você também aqui.

 

Marcos Aurélio Ruy – Portal CTB

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Professores de Minas Gerais lotam assembleia e deliberam por estado de greve!

 

Em assembleia lotada e bastante representativa, professoras e professores e Minas Gerais rejeitam mais uma vez proposta patronal e decidem por estado de greve

As professoras e professores das escolas particulares de Minas Gerais podem entrar em greve por tempo indeterminado na próxima terça-feira, dia 24, caso o sindicato patronal insista na manter inalterada a contraproposta para a convenção coletiva. Reunida em assembleia na manhã desta quinta-feira, 19, no hall da Assembleia Legislativa, a categoria decidiu se declarar em estado de greve enquanto aguarda um possível recuo do sindicato patronal, que insiste em alterar a maioria das 50 cláusulas da convenção coletiva.

Após  a assembleia, que reuniu cerca de 1.500 professores e professoras de dezenas das principais escolas paralisadas, parte da categoria saiu em passeata até a sede do sindicato patronal, no Barro Preto, para manifestar seu repúdio ao retrocesso pretendido pela contraproposta dos donos de escolas.

 

Deliberações:

– A partir de hoje, 19/04, a categoria se encontra em estado de greve.

– Assembleia com paralisação no dia 24/04, às 17 horas, no Espaço Democrático (hall) da ALMG.

– Manifestação em frente ao sindicato patronal (Sinep/MG), durante a reunião de negociação, no mesmo dia 24/04 às 15h – Rua Araguari, 644 – Barro Preto.

NOSSOS DIREITOS, NOSSA LUTA! NOSSA UNIDADE, NOSSA FORÇA!

NENHUM DIREITO A MENOS!

 

*Fique por dentro da indecorosa e desrespeitosa patronal neste link: contraproposta SINEP/MG – 2018

 

Leia, abaixo, carta de professor da Ordem Franciscana Secular (OFS), que esteve presente na assembleia, em apoio às manifestações dos professores do setor privado mineiro (autorizada divulgação)

 

Irmãos,
Paz e Bem!

Não sei bem se este é o fórum correto para dizer o que quero, mas como sei que muitos de vocês são formadores de opinião, professores e educadores, ou até mesmo gestores de colégios, resolvi usá-lo para propor uma reflexão.

Desde a subida ao poder do atual governo temos acompanhado uma acelerada perda de direitos dos trabalhadores e das minorias. Enquanto cristãos engajados, por vezes nos posicionamos contra essa escalada.

Assistimos pronunciamentos de padres e religiosos, posições ousadas da CNBB e da Arquidiocese de BH na denúncia contra estes abusos, cartas abertas de congregações religiosas como os Jesuítas e os Franciscanos, Salesianos, Agostinianos e diversas outras. Linda e ousada a Carta escrita pela Família Franciscana no Capítulo Nacional das Esteiras em Aparecida e a Carta de BH escrita ao final do curso de formação da OFS/JUFRA.

A reflexão que proponho, infelizmente não é confortável. Hoje saí de uma assembleia dos professores do ensino privado e constatei horrorizado que as escolas católicas são protagonistas nas negociações pela retirada de direitos dos professores, incluindo redução de férias, retirada de intervalo entre aulas, não pagamento de adicional por tempo de serviço e as bolsas de estudo dos filhos desses profissionais.

A presidente do SINEP, sindicato patronal, é diretora de escola católica e assedia moralmente os professores para que não exerçam seu direito constitucional à paralisação. O setor jurídico da PUC assessora o SINEP nesse atentado aos professores.

Cartas abertas e manifestos são lidos por algumas centenas de pessoas, mas milhões verão o que está sendo feito com os trabalhadores da educação.

É como se fizéssemos o caminho da Semana Santa e aplaudíssemos e louvássemos Jesus no Domingo de Ramos e pedíssemos sua morte na Sexta-feira Santa.

O pior é que, como Pilatos, algumas congregações criam mantenedoras para fazerem as maldades e depois lavarem as mãos.
Peço que se perguntem, enquanto pessoas consagradas à serviço do Reino: é isso que Jesus espera de nós?
Por favor, fomentem esse debate junto a seus pares e que o Senhor lhes dê a Paz!
Obrigado,

Prof. Licínio Andrade Gonçalves, OFS

 

Confira as imagens: 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Sinpro Minas

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Banda de professores School´s Out se apresenta no 1°Moby Dick Rock Fest

 

A banda School´s Out, formada por professores é uma das atrações que se apresentarão na reinauguração do PUB Moby Dick neste sábado, 21/04, na Av. Mutirão Esq. Com Av. T8, a partir das 16h. Além do grupo de docentes ainda haverá shows com mais duas bandas, Exposição de Motos, Flash Day Tattoo, Exposição de Vinil, Exposição de livros, da escritora Lorene Patigra e customização de camisetas do Prof. Guga Valente. Também haverá sorteio de uma tattoo no valor de R$ 1.000 reais.

Com repertório, de Rock dos anos 1950 até os anos 1990, juntamente com a narrativa de fatos históricos desse período, que se relacionam com as letras das músicas ou do contexto histórico em que foram gravadas em sua composição, a School´s Out conta com Prof. de Filosofia, André Adonis, (vocal e teclado), Prof. de Geografia, Robert Cabral, (guitarrista), Prof. de Química, Hugo Cesário, (baixo), Prof. de Música, Fred Mika, (bateria) e Sabbath ( narrativas). Será uma aula de Rockstoria para celebrar a importância do Rock como fenômeno social do Século XX. Os ingressos podem ser adquiridos na hora do evento ou antecipadamente.

 

Servico: 

Evento: 1°Moby Dick Rock Fest

Local: Moby Dick Pub, Av. Mutirão esquina com Av. T-8, na Galeria Casablanca.

Data: 21/04 (sábado)

Horário: À partir das 16hs

Ingressos: 1º lote, R$ 10 reais (ESGOTADO), 2º lote, R$ 15 reais, 3º lote R$ 20 reais.

 

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IGDD realiza CYBERBULLYING: DESAFIOS EDUCACIONAIS E JURÍDICOS

 

 

Com o tema: “Cyberbullying: Desafios Educacionais e Jurídicos”, o Instituto Goiano de Direito Digital – IGDD discute os desafios jurídicos e pedagógicos do Cyberbullying. O que as escolas, os operadores do direito e a família podem fazer para combatê-lo na era da informação?

O evento acontece nesta segunda-feira, 23/04, no Auditório Lozandes, na Avenida Olinda, nº960, Edifício Lozandes, Park Lozandes. A taxa de inscrição é R$30 reais e deve ser realizada no link: https://www.sympla.com.br/igdd

 

Debatedores

Renato André Leal da Cunha – bacharel em Ciência da Computação e Especialista em Redes de Computadores e Sistemas Distribuídos. Professor em cursos de especialização e MBAs na Universidade Federal de Goiás e no IPOG. Perito judicial junto ao TJ-GO.

Rosileia Alves de Assis Castro – Psicóloga, com foco em Terapia Cognitiva Comportamental e atendimento em saúde da criança e adolescente e o mundo virtual.

Kariny Gomes Garcia Corrêa – Pedagoga, especializada em Psicopedagogia Clínica e Institucional, além de formação como Coach infantil pela CEO Kids.

Nycolle Soares – Advogada, com MBA em Direito Medico e Proteção Jurídica Aplicada a Saúde, Pós-Graduada em Direito Civil e Processo Civil, Analista de Finanças pela FGV.

Mediação
Denise Rasmussen – Jornalista, Especialista em Comunicação Estratégica, assessora de imprensa jurídica, diretora de Comunicação do IGDD.

 

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Conape 2018 divulga vídeo sobre a necessidade de defender a educação pública. Assista!

“O golpe de Estado de 2016 mostrou a que veio já em seu início. O ataque à educação pública se transformou num dos seus principais pilares”, diz Marilene Betros, secretária de Políticas Educacionais da CTB. Ela comenta o vídeo feito pela Conferência Nacional Popular de Educação (Conape) 2018, que ocorre entre os dias 24 e 26 de maio, em Belo Horizonte, Minas Gerais.

Como está no vídeo, Betros explica que o desgoverno de Michel Temer atacou os órgãos nacionais de defesa da educação. Ele tirou todos os representantes da sociedade civil e do movimento educacional do Conselho Nacional de Educação e fez o mesmo com o Fórum Nacional de Educação, “inviabilizando qualquer debate sobre projetos que valorizem a educação pública, sem o viés do mercado”, argumenta.

 

Confira o vídeo e entenda a luta pela educação

 

Para ela, as medidas do Ministério da Educação (MEC) “visam cercear as filhas e filhos da classe trabalhadora da possibilidade de adquirirem conhecimento crítico e com isso conquistarem a cidadania plena”.  Os profissionais “comprometidos com a educação pública, de qualidade, laica e inclusiva, se unem aos estudantes e à comunidade escolar para tornar a educação realmente uma área estratégica para o desenvolvimento nacional”. Esse é o objetivo da Conape 2018.

Além disso, explica Betros, o MEC inviabiliza o Plano Nacional de Educação aprovado em 2014 com 20 metas para avançar nessa área, entre elas a que destina 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação pública e a que valoriza os profissionais.

 

Portal CTB

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CTB defende unidade da esquerda para enfrentar onda reacionária que coloca o Brasil em risco

 

A defesa da Democracia, da Liberdade, dos direitos e a apresentação das candidaturas orgânicas e/ou comprometidas com o projeto de sociedade do sistema CONTAG abriram os debates do 1º Conselho Deliberativo da Contag de 2018, nesta quarta (18) em Brasília-DF. O evento tem a presença de mais de 100 dirigentes, das 27 Federações filiadas à Confederação e vai até amanhã (19).

“O cenário segue incerto em relação ao destino da Eleição de 2018, pois o capital investirá pesado para eleger novos deputados e senadores para tornar o Congresso ainda mais comprometido com as ‘reformas’ ultraliberais e com o desmonte do estado de bem estar social. Eles não abandonaram o intento de acabar com a Previdência Social dos trabalhadores(as) e, agora, também o SUS”, denunciou Railton Souza, representante da CTB no debate da atual conjuntura no Conselho.

Ao comentarem o atual momento que o Brasil atravessa, após o golpe que destituiu a presidenta Dilma, eleita democraticamente pelo voto popular, os processos e prisão, sem provas, no caso do ex-presidente Lula, o desmonte de políticas públicas e direitos da classe trabalhadora, os representantes das centrais, CUT e CTB, no evento, acreditam que a esquerda brasileira deve manter a resistência e a unidade em nome do povo brasileiro.

“O Movimento Sindical deve jogar pesado, apesar das dificuldades que o momento impõe, na eleição de deputados e senadores na perspectiva de mudar a correlação de forças no Congresso Nacional, e também manter o foco na candidatura de Lula, pois ela só se manterá com muita pressão popular, não só nas redes sociais, mas também nas ruas. Vamos reconstruir, de forma unitária, a defesa da classe trabalhadora e o desenvolvimento do Brasil. É imprescindível a unidade da Esquerda para enfrentar essa onda reacionária que coloca o País e a democracia em risco, afirmou Railton.

“Temos as tarefas de garantir a unidade da classe trabalhadora, pois temos as mesmas causas; portanto precisamos preservar a unidade da Esquerda, centrada num único Projeto Político e de Sociedade”, disse a vice-presidente da CUT, Carmen Foro.

Presente no evento, o dirigente da FETAG/RS, Sérgio Miranda, avalia que o Conselho da CONTAG acontece em um momento crucial, frente à atual conjuntura e as eleições deste ano.

“A presença de todas as 27 federações aqui dá uma dimensão da importância desse debate. A organização interna, questões legais, como a prestação de contas do ano de 2017, também estão sendo tratadas aqui – todas as federações precisam tomar conhecimento da movimentação financeira da entidade. Da mesma forma que estamos discutimos outros temas, como a Marcha das Margaridas, entre outras questões de ordem interna. A análise da conjuntura que foi feita hoje pela manhã, onde o professor Railton Nascimento representou muito bem a CTB, abordou os mais diferentes aspectos desse momento difícil que a sociedade brasileira, especialmente a classe trabalhadora, passa. É fundamental realizar esse debate conjuntural, evidentemente com um olhar atento às eleições deste ano, para tirar encaminhamentos e dar segmento a luta e assim, quem sabe, poder resgatar os direitos dos trabalhadores, que estão sendo perdidos”, avaliou Miranda.

 

Sérgio Miranda (FETAG/RS) ao lado do Sec. de Relações Intern. da Contag, Alberto Broch

Após as falas dos representantes das centrais, o presidente da CONTAG, Aristides Santos, compartilhou que, em defesa da Democracia e da Liberdade, a Confederação tem lançado notas oficiais e intensificado a participação nos Acampamentos “Lula Livre” de Curitiba e Brasília, entre outras ações em todo Brasil, em defesa do ex-presidente Lula e de sua liberdade para concorrer às Eleições 2018.

No entento, Aristides ressalta que “apesar da posição encaminhada pela diretoria da CONTAG, temos o entendimento de respeitar a diversidade de opiniões do conjunto do Movimento Sindical, pois as ideias nem sempre são iguais e  precisamos entender isso”.

 

CARTA REGIONAL NORDESTE- APOIO AO EX-PRESIDENTE LULA

Após a análise de conjuntura política, os 09 estados na região Nordeste apresentaram uma proposta de resolução de apoio ao ex-presidente Lula para ser submetida à aprovação do Conselho. Recomenda também propostas para plataforma das candidaturas orgânicas e/ou comprometidas com os trabalhadores rurais agricultores e agricultoras familiares e manter o Sistema Confederativo Contag em permanente mobilização em defesa dos direitos e conquistas da classe trabalhadora e denúncia das ações do governo ilegítimo contra o povo brasileiro. A  proposta do Nordeste de apoio a Lula teve uma boa aceitação da maioria do Plenário, inclusive com manisfestações da maioria das Federações presentes.

 

CONGRESSO DO POVO

 

Também na manhã do primeiro dia do Conselho foi encaminhado pelos delegados e delegadas que Sindicatos, Federações e a CONTAG reforcem a mobilização e a participação em todas as etapas do Congresso do povo. Vale destacar que a CONTAG já enviou orientações às Federações e Sindicatos referentes ao Congresso do Povo e seguirá em mobilização por essa grande ação de luta e resistência.

 

PAUTA CONSELHO DELIBERATIVO Abril-2018

 

Os delegados e delegadas continuam a debater durante os dois dias do Conselho Deliberativo outros temas de interesse dos trabalhadores rurais agricultores e agricultoras familiares. Entre eles estão:

 

  • Processo de Construção da Marcha das Margaridas

 

  • Atualização do Programa Jovem Saber

 

Pauta da Agricultura Familiar e Reforma Agrária 2018/2019

 

 

  • Prestação de Contas e Relatório de Atividades de 2017

 

  • 5º ENAFOR

 

  • Sustentabilidade Político Financeira
  1. a) Seminários Estaduais
  2. b) INSS Digital
  3. c) Contribuição Sindical

 

  • Atualização do Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (PADRSS)

 

 

De Brasília, Ruth de Souza (com Assessoria de Comunicação da CONTAG)

 

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Reforma trabalhista pode extinguir contratos e acordos coletivos

A reforma trabalhista do governo de Michel Temer continua penalizando o trabalhador brasileiro. Dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) apontam que no primeiro trimestre de 2018 houve uma queda de 29% no número de acordos coletivos registrados no Ministério do Trabalho.

 

O advogado trabalhista Magnus Farkatt afirma que o prejuízo é grande para o trabalhador com efeito em todo o país. Segundo ele, que é assessor da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), os empregadores tem se baseado na reforma trabalhista do governo de Michel Temer para reduzir direitos na hora da negociação coletiva.

“Participei no final do ano passado de uma negociação do setor de móveis e madeira de São Paulo. Na primeira reunião a bancada patronal apresentou uma contrapauta reivindicando que 49 itens da convenção coletiva anterior fossem modificados com redução de direitos trabalhistas. Não foi possível aceitar aquele tipo de proposta”, afirmou Magnus.

No primeiro trimestre de 2018, o Dieese registrou 2.802 acordos enquanto no mesmo período de 2017 foram 3.939. De 2012 até 2017 a média de acordos registrados foi de 3,8 mil.

Reforma para os patrões

“É a primeira vez que não conseguimos fechar o nosso acordo em 28 anos que atuo no sindicato”, enfatizou ao Portal Vermelho Antonio Lopes de Carvalho, presidente do Sindicato dos Oficiais Marceneiros de São Paulo (foto). “Vamos ingressar com dissídio coletivo na Justiça do Trabalho o que no nosso caso pode dar resultado só daqui a um ano”, lembrou o dirigente.

O sindicato já se encaminha para a negociação 2018-2019 sem ter encerrado a negociação 2017-2018. “A reforma trabalhista desregulamentou as relações de trabalho e os patrões estão usando isso para pressionar o trabalhador de todas as maneiras”, completou Lopes.

Explorar e precarizar ao máximo

Na opinião do presidente da Federação Interestadual dos Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (Fitmetal), Marcelino da Rocha, as convenções e acordos coletivos podem estar com os dias contados. “Estamos correndo um risco muito grande é de não existirem acordos coletivos ou convenções coletivas assinadas com os trabalhadores em razão dessa ganância patronal de rebaixar direitos”, afirmou.

Para o dirigente metalúrgico a reforma trabalhista veio para acabar com um patamar mínimo de condições de trabalho aceitáveis para o trabalhador. “A ganância patronal é para precarizar. Antes da reforma você não poderia reduzir intervalo de refeição, não poderia receber hora extra inferior a 50% e já tem convenções que garantem o pagamento de 100% da hora extra. A reforma veio para assegurar que esses direitos sejam retirados do trabalhador”, exemplificou.

Em Minas Gerais, o Sindicato dos Professores da rede privada do Estado (Sinpro-MG) foi surpreendido com uma contraproposta patronal que retira direitos como adicional extra-classe, adicional por tempo de serviço e também retira os 15 minutos de descanso que o professor tem no recreio. “Eles desfazem completamente a convenção anterior, retirando todos os direitos e fazem um outro contrato”, afirmou Valéria Morato, presidenta da entidade (foto).

Segundo ela, a proposta patronal foi recusada em assembleia dos professores realizada no dia 7 de abril. A categoria também aprovaou uma paralisação de um dia, que acontecerá nesta quinta-feira (19). “Faremos neste dia assembleia para decidir os caminhos da nossa negociação mas não vamos aceitar nenhum direito a menos”, disse Valéria.

A proposta do Sinpro-MG de convenção coletiva está baseada em premissas que incluem a ultratividade (renovação automática dos acordos anteriores até que seja assinada nova convenção), homologação trabalhista nos sindicatos e a inclusão da contribuição sindical nos moldes da antiga Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Retrocesso civilizatório

Magnus Farkatt enfatizou que a reforma trabalhista é o instrumento que sustenta um dos mais graves ataques à classe trabalhadora e aos direitos conquistados desde a criação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) até os dias de hoje.

“É um retrocesso civilizatório. Atingimos um patamar de conquistas compatíveis com direitos mínimos para a sobrevivência do trabalhador que agora se quer rebaixar. A consequência inevitável é prejudicar as condições de sobrevivência do trabalhador”, avaliou o advogado.

Lopes reiterou que a organização do trabalhador no sindicato é um dos caminhos para combater a retirada de direitos. Ele comemorou o fato de que trabalhadores de 220 empresas que tem relação direta com o sindicato autorizaram o desconto da contribuição sindical.

Fortalecer os sindicatos

“Com o impasse na convenção coletiva, fechamos acordos individuais com 110 empresas garantindo conquistas da convenção coletiva anterior. Sem o sindicato o trabalhador fica refém do patrão principalmente neste cenário que exclui o sindicato da negociação e da homologação, por exemplo”, argumentou o dirigente dos marceneiros.

Ele orientou que o trabalhador mesmo com a reforma trabalhista em prática procure o sindicato para conferir a homologação. “Praticamente todos os casos de homologação que vem ao sindicato apresentam falhas que deixam de pagar algum direito ao trabalhador”, orientou Lopes.

“É o pior ataque sem nenhuma dúvida. Nem na ditadura o governo ousou se aprofundar tanto na retirada dos direitos. A intenção é prejudicar o trabalhador e beneficiar as empresas. Não há um item que fale dos trabalhadores. A expectativa que temos é que as eleições de 2018 para presidente da República traga uma esperança e que, dependendo de quem for eleito, podemos mudar algo na reforma trabalhista”, completou o sindicalista.

Brasil Metalúrgico

Marcelino da Rocha (foto) lembrou que o empregador se aproveita do cenário de crise e alto desemprego para avançar sobre os direitos adquiridos no passado. “Com o desemprego violento, a consequência é a redução da média salarial já que uma grande parcela dos empregos são informais e precários. É o pior momento para o trabalhador que vê o empregador avançar sobre seus direitos“, avaliou.

De acordo com ele, em última instância talvez o melhor seja não tem acordo e nem convenção coletiva. “Nesse caso as empresas vão ter que constituir comissão de empregados para fazer valer o desejo de cortar direitos. O trabalhador pode perder direitos elementares a que está acostumado como ticket-alimentação e refeição, por exemplo”, disse Marcelino.

O dirigente informou que nesta sexta-feira (20) o movimento Brasil Metalúrgico se reunirá para avaliar os resultados das campanhas salariais do segmento. O Brasil Metalúrgico é uma iniciativa contrária a reforma trabalhista e que reúne entidades sindicais ligadas a todas as centrais trabalhistas do país. Na data será aprovada um calendário de ações para o próximo período em defesa dos direitos dos trabalhadores.

 

Por Railídia Carvalho do Portal Vermelho

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É um equívoco utilizar unidades de saúde para atender a Educação Infantil?

Permitir que prédios das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), já construídos e sem funcionamento, abriguem creches e escolas. Ou ainda que cumpram duplo atendimento como escolas e postos de saúde.

A proposta em estudo pelo governo foi anunciada pelo ministro da Saúde, Gilberto Occhi, durante sua cerimônia de posse realizada no dia 2 de abril. Segundo declarações à imprensa, a múltipla utilização dos equipamentos seria uma alternativa para que as prefeituras não tivessem que ressarcir a União dos gastos com as obras.

O Ministério da Saúde afirma que é preciso resolver a situação de 148 UPAS que estão com obras concluídas, mas sem funcionamento e de 979 UBSs. As unidades, conforme afirma o Ministério, foram apresentadas dentro do planejamento de saúde municipal e estadual, mas, devido à crise econômica não foram colocadas em uso.

Em nota, o Ministério afirma que caso não haja solução, o município deverá colocar o equipamento em funcionamento ou devolver os recursos gastos sob a pena de instauração de Tomada de Contas Especial (TCE).

A possibilidade é vista com preocupação pelos especialistas que pleiteiam a Educação Infantil de qualidade. O temor é que os parâmetros mínimos de atendimento da etapa sejam perdidos e as crianças sejam prejudicadas em sua formação.

Uma das críticas é sustentada pela representante da Rede Nacional Primeira Infância, Cisele Ortiz. “Não faz o menor sentido equipamentos inicialmente pensados para a saúde serem realocados para a educação. Esses espaços teriam que, minimamente, passar por reformas para se adequar às necessidades das crianças e uma das justificativas do Ministério é justamente a falta de orçamento dos municípios”, observa a especialista, que acredita que as intervenções podem ser mais custosas do que a operação das unidades.

Ortiz reforça a necessidade dos espaços terem não apenas salas para o atendimento, mas uma estrutura adequada para a alimentação, para a oferta de materiais pedagógicos e recursos, além de um espaço externo de qualidade. “As crianças precisam brincar ao ar livre, ter contato com a natureza. Teremos essa disponibilidade?”, questiona.

Para a especialista, a proposta do Ministério esbarra em uma questão ainda a ser superada no País, “a de que a creche é um direito”. “Quando se fala de crianças qualquer coisa continua servindo. De fato, elas não são prioridade do investimento público e, nesse contexto de cortes que tivemos a nível federal, são as mais prejudicadas, principalmente as pobres, das periferias das grandes cidades”, condena.

Ortiz é especialmente contra o uso compartilhado dos espaços como creches e unidades de saúde. “Como imaginar a coexistência de crianças saudáveis, em pleno desenvolvimento, mas ainda em uma situação de vulnerabilidade no que diz respeito às suas defesas orgânicas, com indivíduos que podem estar doentes?”, problematiza.

Soma ao posicionamento a integrante do Movimento Interfóruns de Educação Infantil do Brasil (Mieib), Soeli Carneiro, que vê na proposta “um grande equívoco do ponto de vista da gestão das políticas públicas”.

“Se essas unidades foram construídas para o atendimento do direito social à saúde, o que se espera dentro de um regime de colaboração é um esforço para colocá-las em funcionamento. É preciso considerar a demanda que levou à construção desses locais. Nada mais correto e adequado do ponto de vista da otimização do recurso público do que seguir o planejamento inicial das instalações”, pondera.

Para Carneiro, o equívoco cabe não só ao Ministério da Saúde como aos municípios que, por ventura, vierem a aderir à proposta. “O que precisamos é debater o uso do recurso público, pensar a expansão da rede de creches a partir da demanda, do direito das crianças e das famílias trabalhadoras, e não ocupar esses espaços e deixar a população sem atendimento em saúde”, atesta a especialista.

O Mieib publicou uma nota de repúdio à declaração do ministro Gilberto Occhi, por considerar a proposta “um grande retrocesso social diante dos avanços das últimas décadas para efetivação do direito à creche, parte indissociável da educação infantil, garantida legalmente e a ser ofertada em instituições educacionais específicas”.

No texto, o Movimento resgata diversos artigos da Constituição Federal que tratam do direito à educação infantil e da responsabilidade do Estado em promovê-la em instituições educacionais de oferta pública, gratuita, laicainclusiva e de qualidade social. Também menciona o Plano Nacional de Educação (PNE) que prevê entre suas metas educacionais a expansão das redes públicas de educação infantil segundo padrão nacional de qualidade, bem como a garantia de atendimento a crianças de zero a cinco anos de idade em estabelecimentos alinhados a esses parâmetros.

O mal estar também é compartilhado por movimentos da área da saúde. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), que representa mais de 39 mil pediatras no País, se posicionou em nota alegando “extrema preocupação” com o anúncio atribuído ao Ministério da Saúde. Para a associação, a exposição de crianças ao mesmo espaço físico em que são prestados atendimentos sanitários pode trazer riscos à saúde e ao bem estar infantil.

O texto fala em “exposição desnecessária” de crianças “em um ambiente no qual há grandes chances de circulação de vírus, bactérias e outros microrganismos que podem ser contagiosos, em especial para jovens com mecanismos de defesa ainda em processo de formação”. Também considera que “manter os alunos das creches tão próximos de pacientes em fase de tratamento ou mesmo em busca de atendimento de urgência, pode contribuir negativamente para seu desenvolvimento emocional e psicológico”.

No informe, a SBP “exige do Governo a elaboração de um projeto específico e coerente que melhore o acesso das crianças e suas famílias às vagas em creches ao invés de apostar em soluções improvisadas que podem gerar outros transtornos, ignorando-se questões sanitárias e epidemiológicas”.

Na mesma direção, reflete a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABrasco) que considera “infeliz” o início da atuação do ministro Occhi frente ao Ministério da Saúde. O presidente da Associação, Gastão Wagner, declarou que o uso múltiplo de prédios públicos como prevê o Ministério é feito em alguns países, diante um planejamento inicial. “O que eles querem, agora, é consertar um processo que foi encaminhado de forma errada”, declarou em nota.

Além dos riscos para as crianças, o especialista ressalta que o simples reaproveitamento dos prédios retarda ainda mais as falhas na assistência à saúde. “No Brasil falta cobertura em unidades básicas. Temos 30%, 40% das pessoas assistidas enquanto o ideal seria 80%”, observou.

“Uma simples ocupação não resolveria nada. Pode colocar a saúde de crianças em risco e adia a resolução de um problema histórico no País, que é a falta de acesso a serviços de atenção básica”.

 

Carta Educação

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Professores serão imunizados contra H1N1 a partir do dia 30! Confira cronograma em Goiânia

 

A Prefeitura de Goiânia vai disponibilizar as doses contra a influenza 2018 em Goiânia em 56 postos do município. O Cronograma de Vacinação visa otimizar o atendimento aos grupos prioritários e minimizar filas:

📌 Período da Campanha: 13/04 a 01/06/2018

📌 Dia D: 12 de Maio

📝 13/04 a 20/04: trabalhadores da saúde, idosos e portadores de doenças crônicas
📝 23/04 a 27/04: gestantes, puérperas e crianças.
📝 30/04 a 11/05: professores
📝 12/05 Dia “D”: todos os grupos prioritários da campanha
📝 14/05 a 01/06: todos os grupos prioritários da campanha

População privada de liberdade e funcionários do sistema prisional: será agendado com cada instituição.

 

Ressaltamos que a vacinação dos professores acontece a partir de 30/04.

 

Confira os locais de atendimento: