Qual o mal feito pela ditadura militar à educação brasileira? A perseguição a professores e estudantes – que resultou em demissões, exílios, prisões, torturas, mortes – é bem conhecida e reconhecida na história do país. No entanto, para além da violência física, houve também uma violação simbólica que contribuiu para o desmanche da escola pública e a desestruturação da essência do processo pedagógico: a formação de pensamento crítico.
A reportagem de capa da 26ª edição da Revista Conteúdo, intitulada “Estilhaços do regime militar”, traz uma análise aprofundada sobre o perverso legado deixado pelo governo ditatorial à educação, o qual tem impacto, inclusive, no processo de privatização do ensino no Brasil. Além disso, a revista traz reportagens sobre a mentira perpetuada pelos colégios militares (que continuam a tratar o gole de 1964 como “revolução democrática”), a relação entre as medidas ditatoriais e a expansão do ensino privado no continente americano (abordada pelo pesquisador espanhol Antoni Verger) e o lançamento da Comissão da Verdade dos Trabalhadores em Educação do Setor Privado de Ensino pela Contee, a qual se articula com o trabalho da Comissão Nacional da Verdade e o grupo que apura violações de direitos humanos contra trabalhadores e sindicalistas.
A Revista Conteúdo deste mês faz ainda, na entrevista com as diretoras Adércia Bezerra Hostin (Secretaria de Assuntos Educacionais) e Nara Teixeira de Souza (Secretaria de Assuntos Institucionais), uma reflexão sobre as ditaduras “invisíveis” que se impõem atualmente sobre a educação.
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Fonte: Portal Contee
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Jorn. Fernanda Machado
Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás