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Dieese e centrais debatem reestruturação sindical

 

“Essa reunião é um momento central em nossa história e pode ser enquadrada como uma das principais desde a criação do Dieese”, afirmou diretor técnico do Dieese Clemente Ganz Lúcio.

Segundo ele, “desde 2015 o Dieese vem sofrendo sucessivas reestruturações. No entanto, em 2017, com a aprovação da reforma trabalhista, esse processo não foi acelerado de maneira ainda mais aprofundada”, externou Ganz Lúcio.

O diretor técnico do Dieese ainda destacou que o momento cobra mudanças fundamentais. “Hoje, precisamos pensar em uma reorganização urgente, que aponte não só para uma reestruturação, mas, sobretudo

Comitê de Reestruturação do Dieese

Na oportunidade, foi debatido e aprovado a criação de um Comitê de Reestruturação do Dieese, o qual terá como objetivo executar o processo de reestrutura.

Esse Comitê será composto pela Executiva do Dieese e 1 representante de cada Central Sindical. E funcionará até dezembro de 2018, quando ocorrerá nova reunião para avaliação e novos encaminhamentos.

CTB junto com o Dieese

“Nossa Central apoia o Dieese e caminhará junto neste processo de reestruturação.”, afirmou o secretário geral da CTB, Wagner Gomes.

Para o dirigente, a proposta do Dieese também pode ajudar na reorganização das entidades sindicais. “Esse documento proposto pelo Dieese, pode servir de guia para orientar a reestruturação de nossas entidades”.

Gomes ainda afirmou que o “momento nos cobra ações rápidas e na hora é de valorizar o que construímos até aqui e fortalecer o Dieese. Que se constituiu como uma importante trincheira na elaboração de nossas ideias e propostas para a luta e atuação no mundo do trabalho”, destacou.

 

Portal Vermelho

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Saiba os caminhos para os sindicatos receberem a contribuição sindical como assegura a lei

 

Vários sindicatos têm obtido liminares determinando, via Justiça, o repasse da contribuição sindical. Como decidiu o desembargador Francisco Alberto da Mota Peixoto Giordani, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 15ª Região, no interior de São Paulo.

O desembargador acatou o mandado de segurança impetrado pelo Sindicato dos Trabalhadores Instrutores Diretores em Auto Escola Centro de Formação de Condutores A E B Despachantes e Anexos de Ribeirão Preto e Região, pedindo a inconstitucionalidade da nova redação dada pela Lei 13.467/2017 – a reforma trabalhista – ao artigo 545 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Para ele, a reforma trabalhista fere o artigo 146 da Constituição Federal, que afirma caber exclusivamente à União instituir contribuições sociais e o artigo 3º do Código Tributário Nacional sobre os tributos a serem pagos compulsoriamente.

“Em sua decisão o desembargador afirmou que a contribuição sindical tem natureza parafiscal, mesmo porque parte dela é destinada aos cofres da União e revertida ao Fundo de Amparo do Trabalhador (FAT), sendo assim, inafastável a conclusão de que tem caráter obrigatório ou compulsório, por outras palavras, não-facultativo”, diz texto da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio.

Magnus Farkatt, assessor jurídico da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) afirma que a central indica dois caminhos possíveis para o encaminhamento dessa questão.

Cabe a cada instituição sindical escolher o caminho mais viável neste momento. De qualquer forma, afirma Farkatt, os sindicatos devem agilizar suas ações.  “Há o caminho da Ação Civil Pública, onde a instituição já entra com mandado de segurança na Justiça, pleiteando o pagamento da contribuição sindical”, diz.

Essa ação independe de autorização prévia da categoria para o repasse da contribuição sindical que deve ser feito pelas empresas. O outro caminho é o do Cumprimento de Obrigação de Fazer.

“Se o caminho escolhido for esse, cabe às instituições sindicais realizarem suas assembleias decidindo pelo pagamento da contribuição sindical, protocolando essa decisão nas empresas”, explica Farkatt. Caso o depósito não seja feito, cabe a ação do Cumprimento de Obrigação de Fazer.

Carlos Henrique de Carvalho (Kique), coordenador do departamento jurídico do Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro, acredita na Ação Civil Pública porque “é o caminho mais eficiente, porque já questiona a não obrigatoriedade do desconto no momento correto”.

O assessor jurídico da CTB nacional explica que as duas ações têm o mesmo objetivo, sendo que a ação do Cumprimento da Obrigação de Fazer é movida após cada organização sindical decidir a favor da contribuição sindical em assembleia e caso as empresas não repassem a contribuição sindical de suas trabalhadoras e trabalhadores. “Não existe um caminho melhor ou pior, são possibilidades para o movimento sindical manter esse direito constitucional”, afirma Farkatt.

Assista o vídeo e entenda o porquê de fortalecer os sindicatos

Já Guiomar Vidor, presidente da CTB-RS, conta que, em seu estado, os sindicatos estão realizando suas assembleias aprovando a contribuição sindical. Alguns estão preferindo a Ação Civil Pública. De qualquer forma, “todos estão se mobilizando para garantir a contribuição sindical”, afirma.

“Estamos dialogando com o Ministério Público do Trabalho para termos uma orientação mais eficaz dos meandros dessa luta. O importante é mostrarmos à classe trabalhadora que os sindicatos são essenciais para garantir nossos direitos”. Juntamente a tudo isso, Vidor defende a “importância de se promover campanhas de filiação aos sindicatos, explicando a todas e todos a necessidade de união para combatermos os retrocessos”.

 

Marcos Aurélio Ruy – Portal CTB

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Somente com sindicatos fortes os seus direitos serão respeitados

 

A reforma trabalhista (Lei 13.467/2017) pôs de ponta cabeça a legislação trabalhista brasileira. Tanto que já existem 14 Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) no Supremo Tribunal Federal (STF) contestando a lei aprovada para satisfazer o mercado.

Oito dessas ADIs questionam o fim da obrigatoriedade da contribuição sindical. Várias entidades sindicais, no entanto, já têm impetrado ações judiciais contra essa alteração da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pelo número de ações de inconstitucionalidade no STF se observa a importância de se manter o financiamento das entidades sindicais. “Somente com sindicatos fortes e atuantes é que os direitos da classe trabalhadora serão respeitados”, afirma Ivânia Pereira, vice-presidenta da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).

Além dessas ações no STF, várias entidades sindicais têm obtido decisões favoráveis da Justiça do Trabalho sobre a inconstitucionalidade da reforma trabalhista que deixa facultativa a contribuição sindical.

Por isso, a CTB orienta “os sindicatos filiados a realizarem assembleias para a categoria decidir sobre o desconto compulsório da contribuição em seus holerites”, define Carlos Henrique de Carvalho (Kique), coordenador do departamento jurídico do Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro. Também é importante que os sindicatos movam ações judiciais pela inconstitucionalidade do artigo que deixa facultativa essa cobrança.

 

Ações na Justiça

Até o momento do fechamento desta matéria, oito entidades sindicais filiadas à CTB já haviam realizado assembleia deliberando favoravelmente ao desconto compulsório da contribuição sindical.

Os sindicatos dos metalúrgicos de Camaçari (Bahia), Carlos Barbosa (RS) e Caxias do Sul (RS), Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sintaema), Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público de Campinas (STMC), Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção e Mobiliário de São Miguel do Guamá e Irituia (Satemrj), Federação dos Trabalhadores na Indústria da Construção e Mobiliário do Pará e Amapá (Fetracompra) e o Sindicato dos Trabalhadores Químicos de Barcarena, do Pará.

Já o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários do Pará encaminha a questão da contribuição sindical na sua Campanha Salarial e o Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Rio de Janeiro (Satemrj) conseguiu uma decisão favorável da Justiça do Trabalho, determinando a cobrança compulsória.

Magnus Farkatt, assessor jurídico da CTB, explica que há o entendimento de que o artigo da reforma trabalhista referente à contribuição sindical só poderia ser alterado “por uma lei complementar e a reforma trabalhista é uma lei ordinária”, portanto, essa alteração é inconstitucional.

Essa foi a argumentação utilizada pela juíza Patrícia Pereira de Santanna, da 1ª Vara do Trabalho de Lages (SC), para acatar o pedido do Sindicato dos Auxiliares em Administração Escolar da Região Serrana. Para ela, a reforma trabalhista infringe o artigo 3º do Código Tributário Nacional, que estabelece que o tributo “é toda prestação pecuniária compulsória”.

 

Assembleia é soberana

Valdete Severo, juíza do trabalho no Rio Grande do Sul, afirma não haver ainda uma definição pela Justiça sobre a questão da contribuição sindical. Mas ela acredita que a realização de assembleias é um  bom caminho.

“Em qualquer entidade as decisões são tomadas com as deliberações de assembleias são soberanas,entãoo, se for autorizado o desconto compulsório da contribuição sindical, as empresas não podem se negar a respeitar essa decisão”.

Para Kique, neste momento, é muito importante que “as organizações sindicais encaminhem suas assembleias o mais rápido possível, aprovando a contribuição sindical, protocolando o documento nas empresas para exigir o cumprimento desse  pagamento determinado em assembleia”.

 

Marcos Aurélio Ruy – Portal CTB

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Para ajudar sindicatos, Contee suspende mensalidades de 2018

 

As entidades filiadas à Contee não precisarão pagar suas mensalidades à Confederação em 2018. “Sabemos das dificuldades que o movimento sindical atravessa com o fim da Consolidação das Leis de Trabalho (CLT). Teremos um tempo de transição pela frente, por isso precisamos aliviar os gastos das entidades. Os sindicatos devem desenvolver forte campanha de filiação, para garantir sua sustentabilidade, garantir a contribuição assistencial no acordo coletivo e desenvolver a luta política envolvendo o imposto sindical”, justificou o coordenador-geral, Gilson Reis.

A reunião da Diretoria Executiva da Contee teve início, na manhã desta quarta-feira, 31, com informe do coordenador da Secretaria de Finanças, José de Ribamar Virgolino Barroso, sobre a estruturação financeira e administrativa da entidade, seguido de debate. Foram formadas uma comissão de trabalho para tratar da estrutura e organização sindical e uma para discutir reestruturação financeira e gerencial da Confederação.

 

Contee no Dia Nacional de Luta

Durante a reunião, os diretores saudaram a decisão das centrais sindicais de realizar, dia 19 de fevereiro, Dia Nacional de Luta contra a reforma da Previdência. “A unidade é fundamental para enfrentarmos essa ofensiva patronal e governamental. Vamos nos somar a essa luta chamada pela CSB, CTB, CUT, Força Sindical, Nova Central, UGT e Intersindical”, afirmou Gilson.

A diretoria decidiu pela participação da entidade no 11º Congresso de Educação Superior, que será realizado de 12 a 16 de fevereiro em Havana/Cuba, sob o tema A Universidade e a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. A Contee participará também do 18º congreso da Federação Internacional Sindical de Ensino (FISE), dias 4 e 5 de março, no México. Igualmente estará presente no Fórum Social Mundial, de 13 a 17 de março, em Salvador, Bahia.

Foi dado informe sobre ação conjunta da Contee com a UNE para denunciar mercantilização da educação, com ações e manterial comuns, entre os dias 19 e 23 de fevereiro.

Madalena Guasco Peixoto, coordenadora da Secretaria-Geral, propôs e foi aprovada a formação “de um grupo de trabalho para preparar um projeto de formação. Precisamos melhorar o entendimento da realidade e investir mais em educação”.

A próxima reunião da Diretoria Executiva ocorrerá nos dias 27 e 28 de fevereiro.

 

Carlos Pompe da Contee

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Pres. do Sinpro Goiás concede entrevista ao Jornal O Popular sobre o fim do imposto sindical

Neste domingo, 21/01, o presidente do Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – SINPRO GOIÁS, Prof. Railton Nascimento Souza concedeu entrevista ao Jornal O Popular sobre a realidade dos sindicatos após fim da contribuição sindical obrigatória, com a vigência da Reforma Trabalhista.

 

Confira abaixo a matéria ou o link:

https://www.opopular.com.br/editorias/economia/ap%C3%B3s-fim-da-contribui%C3%A7%C3%A3o-sindical-obrigat%C3%B3ria-sindicatos-se-reorganizam-1.1443490

 

 

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Sindicato é imprescindível para responder à investida do capital

 

O movimento sindical está mostrando sua importância e o seu valor no enfrentamento aos contínuos ataques do capital contra o trabalho. No caso dos professores, ações na Justiça, assembleias e denúncias povoaram as duas primeiras semanas de janeiro. Outras categorias, como policiais e bombeiros potiguares e teleoperadores baianos foram à greve; rodoviários paraenses, auxiliares e técnicos de enfermagem cariocas, comerciários fluminenes, guardas municipais de Aracajú (SE), servidores municipais de Natividade (RJ) realizaram manifestações, protestos e entraram com queixas trabalhistas na Justiça, dentre outras ações.

Com o fim da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e, na prática, do salário mínimo, com a imposição do trabalho intermitente, os empresários radicalizaram nos assaltos às conquistas dos assalariados, contando com o auxílio mais do que precioso do presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra da Silva Martins Filho. “Em momentos assim, as entidades sindicais – o principal instrumento de luta econômica dos trabalhadores – têm realçado o seu papel, e é o que temos visto as entidades filiadas à Contee realizarem”, enfatiza o coordenador geral da Confederação, Gilson Reis.

Desde que entrou em vigor a Lei 13.467/17, em 11 de novembro de 2017, estabelecimentos de ensino demitiram professores e demais profissionais contrados pela CLT, para substituí-los por trabalhadores intermitentes. Ganhou destaque a Estácio, com a degola de 1.200 professores. Ganharam destaque, igualmente, os Sinpros que conseguiram suspender as demissões através de ações judiciais e mobilizações da categoria – até que o presidente do TST veio socorrer o capital contra o trabalho.

UniRitter

No Rio Grande do Sul, professores demitidos pela UniRitter se reuniram no Sindicato para debater como enfrentar a empresa. O diretor do Sinpro/RS e da Contee, Amarildo Pedro Cenci, criticou o posicionamento de Gandra Filho, considerando clássico seu posicionamento: “Um trabalhador, no caso os professores da UniRitter, não é diferente de um pneu. Se eu paguei, posso usar e descartar como quiser”. Ele garantiu que o sindicato vai continuar recorrendo da decisão favorável à demissão dos 127 professores, levando a questão ao pleno do TST.

A empresa, por sua vez, anunciou novas instalações para 4 mil alunos no Iguatemi Business, em bairro nobre de Porto Alegre. O novo campus terá capacidade para 4 mil alunos em graduação, pós e cursos de extensão. “É surpreendente, porque o anúncio ocorreu imediatamente após uma demissão massiva de professores, o que nos leva a concluir que a estratégia do UniRitter é fazer economia à custa da qualidade do ensino”, avaliou Amarildo. Para o dirigente, os professores que serão contratados para atender à demanda no novo espaço terão redução salarial em relação aos dispensados. Segundo Marcos Fuhr, diretor do Sinpro/RS, uma unidade universitária num shopping center é a expressão mercantilista da educação superior privada no Brasil. “Mais do que convivência, estamos falando da
coabitação entre consumo e educação. É a materialização dessa tendência”, lamentou.

Após as demissões, a UniRitter publicou uma série de anúncios para a contratação de 37 professores em vários cursos onde houve demissões.

UMESP

Em São Paulo, a juíza Valéria Pedroso de Moraes, da 8a Vara do Trabalho de São Bernardo do Campo, deferiu o pedido do Sinpro-ABC suspendendo as demissões da Universidade Metodista (UMESP). Foram 50 demissões de docentes do ensino superior e 16 da educação básica. A decisão contemplou quatro das cinco reclamações do Sindicato. A UMESP deve informar quais docentes já foram demitidos, inclusive os previstos para dispensas futuras, e abster-se de novas demissões sem a prévia negociação com o Sindicato.

FAM

Na capital paulista, indignados com a demissão de quase metade do corpo docente da Faculdade das Américas (FAM), professores se reuniram no SinproSP para discutir os encaminhamentos que deverão ser tomados. Dos 192 professores da faculdade, foram demitidos pelo menos 85. Há estimativas que as demissões possam chegar a 100. Na lista dos 85 desligados, mais de 50 eram doutores. A FAM cortou a assistência médica indevidamente. Um professor foi ao hospital em 31/12 e teve o atendimento
negado.

Muitos dos docentes demitidos estavam envolvidos em um projeto de renovação curricular de trabalho integrado entre os professores. Alguns tinham recebido a atribuição de aulas para 2018. Uma professora trabalhou normalmente na faculdade e ao chegar em casa foi surpreendida com a demissão por telegrama. O texto informava que ela estava sendo avisada por mensagem, por “não estar comparecendo ao trabalho”!

O SinproSP convocou a Faculdade das Américas para uma reunião no Foro Conciliatório para Solução de Conflitos Coletivos, como prevê a Convenção Coletiva de Trabalho. O Foro é uma instância de discussão da qual participa também o sindicato patronal (Semesp).

Também no interior de São Paulo, o Sinpro Campinas e região convocou professores e professoras da Unimep e do Colégio Piracicabano para tratar das demissões e irregularidades cometidas pela Rede Metodista. Cerca de 68 foram demitidos na Unimep – os números são extraoficiais, uma vez que o
Sinpro ainda não recebeu a lista dos demitidos, embora o Reitor da universidade tenha se comprometido a enviá-la até 28 de dezembro. Os professores continuam sem receber o décimo terceiro e o pagamento referente ao mês de dezembro. O Sindicato protocolou denúncias ao Ministério Público do Trabalho.

Resistência fluminense

No Rio, a Universidade Castelo Branco (UCB) demitiu , dia 28 de dezembro, 100 professores, 25% de seu quadro. Os demitidos se reuniram no Sinpro-Rio e decidiram continuar as negociações junto à direção da instituição. Estudantes da UCB fizeram assembleia na porta da instituição, em Realengo, e expressaram total apoio aos docentes dispensados.

No interior fluminense, a Rede CNEC está fechando a Faculdade Cenecista de Rio Bonito , (FACERB), dispensando os (as) professores (as) e os técnicos. O Sinpro Macaé e Região pediu reunião com a direção da Faculdade e questionou a medida. Na negociação salarial do ano passado, a direção do Sindicato indagou à advogada e à direção sobre a permanência da instituição e foi informada que ela continuaria. O Sinpro Macaé e Região orientou os(as) demitidos(as) a não assinarem nenhum documento e convocou assembleia para o processo de esclarecimento e negociação.

Capitalismo na capital

Em Brasília, o coordenador da Secretaria de Assuntos Institucionais da Contee e diretor do Sinproep, Rodrigo de Paula, relatou que a entidade, que representa os trabalhadores docentes das creches às universidades da rede privada de todo o Distrito Federal, deparou-se, em 2018, “mais uma vez, com uma triste e dramática realidade: ao todo, em um ano, até fevereiro próximo, serão demitidos 3.702 professores, número superior aos 3.240 dispensados em 2016. Chama a atenção o número mais elevado das demissões que serão homologadas pelo Sindicato em janeiro e fevereiro deste ano: 613”.

Para ele, “o aumento constatado nos últimos meses do ano passado deve-se, certamente, ao impacto da famigerada ‘reforma’ trabalhista do Governo Temer e de sua venalidade parlamentar, que passou a vigorar desde dezembro de 2017”.

Também no Distrito Federal, uma creche em Taguatinga, Creche Berçário Criança Feliz EIRELI, noticiada na imprensa por maus-tratos a crianças (a mulher filmada gritando e agredindo uma criança é coordenadora e filha da dona da Creche), foi denunciada pelo Sindicato à Secretaria de Estado da Educação por diversas irregularidades. A instituição não possui credenciamento para a oferta dos serviços que presta, não tem condições físicas para ofertar Ensino Infantil e não tem Projeto Pedagógico. Turmas do Jardim II estudavam juntas com as de 1o e 2o ano do Ensino Fundamental, prejudicando o aprendizado dos alunos.

O Sinproep-DF fez uma Notificação Extrajudicial à empresa sobre irregularidades trabalhistas, como empregados sem Carteira de Trabalho assinada, salários abaixo do piso, não fornecimento de
contracheques, desrespeito ao intervalo de recreio, atraso de salários e pagamento de horas-extras e não recolhimento de tributos. O Sindicato solicitou mediação do Ministério Público do Trabalho para que a instituição pague indenização por danos morais às professoras.

Despejo de faculdade alagoana

Em Maceió, oficiais de Justiça cumpriram a ordem de despejo contra a Faculdade Doutor Raimundo Marinho, por falta de pagamento de aluguel há mais de 3 anos. Quando chegaram ao local, o oficial de Justiça Robert Manso disse que a faculdade estava depenada. “Foram arrancados todos os revestimentos PVC, vasos sanitários, fios elétricos e até as portas”, contou. A situação vai além: funcionários estão com os salários atrasados. O presidente do Sinpro, Eduardo Vasconcelos, disse que o problema é histórico. “Já denunciamos que a Raimundo Marinho está sem recolher há muito o FGTS. Inclusive, formalizamos queixas no Ministério Público Estadual (MPE/AL). Nenhum acordo foi cumprido por parte do estabelecimento de ensino. Vamos ajuizar novamente ações, para que ninguém sofra com prejuízos”.

Ação sindical é também cultural e solidária

Como diz a canção de Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Sérgio Britto , “a gente quer comida, diversão e arte”. As entidades sindicais não cuidam apenas da luta econômica, mas também
desenvolvem atividades sociais e culturais. “Nossa atividade é abrangente, porque abrangente é o ser humano”, comenta Gilson, e cita os exemplos mineiro e brasiliense.

No Cineclube do Sinpro Minas ocorreu, no dia 9, a premiação da 15a MUMIA – Mostra UdiGrudi Mundial de Animação. A entidade é parceira da Mostra para valorizar o cineclubismo e a produção
audiovisual independente – o que inclui também a produçào de integrantes da categoria. As inscrições para a 16a MUMIA começam dia 1o de março deste ano.

Em Brasília, o Natal Solidário do Sinproep-DF continuou neste ano. O Sindicato entregou em 2018 cerca de três toneladas de alimentos doados pela categoria. Até dezembro de 2017, nove entidades beneficentes e sem fins lucrativos, que atendem crianças e idosos, foram contempladas. Segundo a presidenta do Sinproep-DF, Karina Barbosa, a entidade, “além da luta reivindicatória que empreende em defesa direitos dos professores e professoras do setor privado de educação do Distrito Federal, também se volta para as ações sociais, na busca de minorar a situação daqueles que necessitam da ajuda da sociedade. Esperamos que em 2018 possamos repetir este gesto de amor ao próximo”.

A união faz a força

Diante do quadro de ofensiva multilateral dos empresários e do aparelho estatal que os serve, com o Governo Temer à frente, a Contee e entidades filiadas desenvolvem campanhas de sindicalização, contra a desprofissionalização do professor, a terceirização, a mercantilização da educação, a lei da mordaça, as reformas da Previdência e trabalhista, ao machismo e em defesa da igualdade de gênero, dentre outras.

“O capital tem a força econômica, o domínio do Executivo, do Legislativo e do Judiciário. É uma luta desigual – e ficou ainda mais desigual depois do golpe que destituiu Dilma e levou Temer ao poder. Por isso, temos que garantir a unidade de ação. As entidades sindicais se reafirmam como instrumento poderoso de luta – não só econômica, neste ano em que teremos eleições gerais. É preciso que reforcemos o trabalho de esclarecimento dos trabalhadores para que elejamos representantes ligados às nossas lutas no próximo pleito. Ele será decisivo para garantirmos e avançarmos em nossas conquistas”, finaliza o coordenador geral da Contee, Gilson Reis.

 

Carlos Pompe da Contee