Reforma da Previdência
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Nota de repúdio à violência contra as professoras e professores de São Paulo

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino — Contee expressa sua solidariedade às professoras e professores das escolas municipais de São Paulo agredidos violentamente ontem (14), na Câmara Municipal de Vereadores. Manifesta também seu repúdio à truculência do governo Doria contra os educadores, que estão, desde o dia 8 de março, em uma greve legítima contra a proposta de reforma previdenciária proposta pelo prefeito, que retira direitos dos trabalhadores.

A Polícia de São Paulo lançou bombas, spray de pimenta, balas de borracha e até desferiu socos nos manifestantes que protestavam na Câmara. Na manifestação estavam, sobretudo, mulheres, que formam a maioria da categoria de quem trabalha no ensino. A violência não é isolada. O golpe que assola o país em todas as instâncias é também um golpe contra a educação, contra o magistério, contra a classe trabalhadora, contra as mulheres, contra os negros, contra os mais pobres. Em São Paulo, professoras feridas, sangrando, agredidas; no Rio de Janeiro, uma vereadora jovem, negra e defensora dos direitos humanos executada. Até quando?

O 14 de março de 2018 expôs duas faces da barbárie. Contra ela precisamos continuar lutando.

Brasília, 15 de março de 2018.

 

Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino — Contee

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Adilson Araújo: A mobilização e resistência devem continuar

 

Há 21 meses está em curso no Brasil uma agenda ultraliberal que impõe ao nosso povo graves retrocessos, que ganham sua maior expressão na aprovação da terceirização, da Emenda à Constituição 95 [a chamada PEC dos gastos] e da reforma trabalhista.

Nesta segunda-feira (19), fruto de ampla mobilização, resistência, unidade e luta, a classe trabalhadora alcançou importante vitória ao inviabilizar a votação da proposta enviada pelo presidente ilegítimo Michel Temer de “reforma” da Previdência Social.

Mas, a luta deve seguir vigilante e resistente na batalha contra a gestão neoliberal de Temer que vigora no Brasil de hoje.  Nossa mobilização não pode parar. A qualquer momento eles podem dar mais um golpe e tentar aprovar o fim da Previdência Social Pública.

Nesta luta, além da defesa dos direitos, também é tarefa da classe trabalhadora a defesa e concepção de um projeto de Brasil soberano e inclusivo.

As ações já realizadas em 2018 revelam a dimensão do embate que enfrentaremos este ano. E a nossa estratégia não deve ter outro caminho senão o da reconstrução do país a partir da luta pela retomada do crescimento, com valorização do trabalho e distribuição de renda.

 

Adilson Araújo
Presidente Nacional da CTB

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CTB, sindicatos e movimentos sociais protestam na porta do INSS contra a Reforma da Previdência em Goiânia

Em Goiânia, neste 19/02, aconteceu o manifesto contra a Reforma da Previdência. A concentração, começou às 8h30, na porta do INSS, na Av. Goiás c/ rua 03. Em seguida houve uma caminhada pela Av.Goiás, seguindo pela rua 02 em direção à Assembleia Legislativa.

 

 

Em seu discurso, o presidente da CTB GO/Sinpro Goiás, Prof. Railton Nascimento Souza ressaltou as artimanhas executadas pelo governo golpista para a derrubada de direitos. “Esse presidente que ascendeu ao poder através de um golpe, que derrubou uma presidente eleita pelo voto direto, para colocar o compromisso com os banqueiros, com o grande capital em prática, para impor esse programa de reformas neoliberais. Esse programa de reformas que visa rasgar os fundamentos sociais da cidadania do povo brasileiro. Por isso hoje a CTB, os sindicatos e os movimentos sociais saem pelo Brasil para dizer nós não aceitamos esse presidente golpista, esse inimigo da classe trabalhadora, que todos os dias retira direitos dos trabalhadores”, enfatizou. Na oportunidade, também destacou os ataques contra a categoria docente, principalmente às mulher que são maioria e que muitas não terão o direito de se aposentar.

 

 

Confira as imagens do manifesto:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Elen Aguiar do Sinpro Goiás

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Abra o olho professor(a): Diga não à Reforma da Previdência!

 

Ao longo de décadas, o político romano Catão- senador, cônsul, questor etc – fora guiado pelo ódio à Cartago- que rivalizava com Roma o domínio do Mar Mediterrâneo. Por isso, em qualquer ocasião, as suas palavras finais sempre eram as mesmas: “Delenda est Cartago”, que significam: Cartago tem de ser destruída.  Passados mais de dois mil e duzentos anos da destruição de Cartago, o impostor Michel Temer e os donos do capital, de quem ele é capataz, repetem, dia e noite, a máxima de Catão; não se referindo, é claro, à Cidade-Estado de Cartago, mas, sim, à Previdência Pública, maior e mais eficaz instrumento de distribuição de renda, com a dimensão e o alcance que lhe deu a Constituição Federal (CF) de 1988.
Despudoradamente, injuriam-na, difamam-na e caluniam-na, atribuindo-lhe responsabilidade absoluta pelo colossal descalabro das contas públicas, que decorre, na verdade, das benesses concedidas ao capital financeiro e a seus agentes, dentre eles,  centenas de deputados e de senadores.
          Os vorazes inimigos da Previdência Social pretendem a sua completa aniquilação, por meio da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) N. 287/2016, já remendada três vezes, com a finalidade de enganar a sociedade- sendo que a cada remendo, a PEC fica mais rota- e de angariar votos de deputados declarados inimigos do povo.
Se a PEC em questão for aprovada, como querem os seus defensores, a Previdência Social ficará assim:

1 Fim da aposentadoria por tempo de contribuição.

2 A aposentadoria voluntária, no Regime Geral de Previdência Social (RGPS)- que abrange os contribuintes empregados, regidos pela CLT, autônomos, facultativos, donas de casa e estudantes-, exigirá a comprovação cumulativa de 62 anos de idade e 15 anos de contribuição, para a mulher, e  65 e 15, para o homem; com renda de 60% do salário de benefício, que é média das contribuições efetuadas à Previdência Social.
2.1    Já, para os servidores públicos concursados e efetivos, serão exigidos 62 anos de idade e 25 anos de contribuição, para a mulher, e 65 e 25, para o homem; com renda de 70% do salário de benefício.
2.2    Cada ano que for acrescido à expectativa de vida, hoje, de 75,5 anos- 79,1, para as mulheres e 71,9, para os homens-  para ambos os sexos, será adicionado à idade exigida para a aposentadoria. Assim, quando a expectativa de vida, para ambos os sexos for de 80,5 anos, a idade exigida par a aposentadoria será de 67 anos, para a mulher, e 70, para o homem.

3 A professora e o professor públicos, de educação infantil, ensino fundamental e médio, terão de comprovar, respectivamente, 60 anos de idade e 25 anos de contribuição.
3.1    A professora e o professor da iniciativa privada terão de comprovar, respectivamente, 60 anos de idade e 15 anos de contribuição.

4 A acumulação de aposentadoria e pensão morte ficará proibida, se a soma das duas ultrapassar o valor correspondente a dois salários mínimos.

5 A pensão por morte que, hoje,  é equivalente a 100% do valor da aposentadoria a que faria jus o segurado morto, será de 50%, mais 10%, por dependente, até o limite de 100%. A quota de cada segurado, que completar vinte e um anos de idade, será extinta; hoje, vai para os demais beneficiários.

6 Serão necessários 40 anos de contribuição (480 contribuições), para o segurado, RPPS e do RGPS, aposentar-se com 100% do salário do benefício.

7 O período de transição, entre as regras atuais e  a aplicação total das novas, exigirá, para os servidores públicos: cinquenta e cinco anos de idade, se mulher, e sessenta anos de idade, se homem, acrescendo-se um ano de idade, a cada dois, a partir de 31 de dezembro de 2019; trinta anos de contribuição, se mulher, e trinta e cinco anos de contribuição, se homem;  vinte anos de efetivo exercício no serviço público; cinco anos no cargo efetivo em que se der a aposentadoria; e período adicional de contribuição equivalente a 30% (trinta por cento) do tempo que, na data de publicação desta Emenda, faltaria para atingir o tempo de contribuição acima exigido.
7.1.   Para o professor e a professora públicos, de educação infantil, ensino fundamental e médio, a idade e o tempo de contribuição serão reduzidos em cinco anos, mantendo-se inalterado o acréscimo de 30% do tempo que faltava, na data da aprovação da Emenda.

8 Para os segurados do RGPS, no período de transição, serão exigidos: cinquenta e três anos de idade, se mulher, e cinquenta e cinco anos de idade, se homem, acrescendo-se um ano, a cada dois, a partir de 31 de dezembro de 2019; trinta anos de contribuição, se mulher, e trinta e cinco anos de contribuição, se homem; e  período adicional de contribuição equivalente a 30% (trinta por cento) do tempo que, na data de publicação desta Emenda, faltaria para atingir o tempo de contribuição acima exigido.
8.1  Para o professor e a professora , de educação infantil, ensino fundamental e médio, empregados na iniciativa privada, a idade e o tempo de contribuição serão reduzidos em cinco anos, mantendo-se inalterado o acréscimo de 30% do tempo que faltava, na data da aprovação da Emenda.

9 Durante o chamado período de transição, a aposentadoria por idade exigirá, 60 anos, para a mulher, até 31 de dezembro de 2019, 61, em 1º de janeiro de 2020, e 62, em 1º de janeiro de 2022; para o homem, a idade exigida será de 65 anos; a renda inicial será equivalente a 60%, do salário de benefício, para ambos, somente chegando aos 100%, para aqueles (as) que comprovarem, por ocasião da aposentadoria, 40 anos de contribuição, com a seguinte escala: 25 anos de contribuição, 70%; 30 anos, 77,5%; 35 anos, 87,5%; e 40 anos, 100%.


10. Para demonstrar como a  (de) reforma da Previdência Social atingirá os (as) professores (as) da iniciativa privada, tomam-se os seguintes casos, a título de ilustração:
10.1  O (a) professor (a) que, na data da promulgação da Emenda Constitucional (EC), já tiver completado o tempo exigido, pelas regras atuais, qual seja, 25 anos de efetivo exercício de função de magistério, na educação infantil, no ensino fundamental e/ou no médio, se mulher, e 30, se homem, não sofrerá nenhum prejuízo.
10.2  Se a soma do tempo de contribuição- respeitado o mínimo de 25, para mulher, e 30, para o homem-  com a idade, acrescendo-se 5 anos, ao total desta, resultar no fator 85, para a professora, e 95, para o professor, não haverá incidência do fator  previdenciário, que chega a subtrair metade do valor da aposentadoria.
10.3  Se, na data da promulgação da EC, faltar um ano, para que se complete o tempo mín imo exigido, quer para a professora, quer para o professor, haverá os seguintes prejuízos:
10.3.1  A professora terá de comprovar 48 anos de idade e 25 anos e 4 meses de contribuição, pois haverá o acréscimo de 4 meses, que corresponderá a 30% do tempo que faltava, que, no caso concreto, era de 1 ano e passará a ser de 1 ano e 4 meses. E o que é pior: o valor da aposentadoria será calculado com base na nova regra, e, nesse caso, corresponderá a 70% do salário de benefício, que é a média aritmética simples de todas as contribuições efetuadas à Previdência Social.
10.3.2  O professor terá de comprovar 50 anos de idade e 31 e 4 meses de contribuição, pelas mesmas razões da professora; e, a sua aposentadoria será de 79,5% do salário de benefício.
10.4   Se, na data da promulgação da EC, a professora e o professor contarem com 20 anos de contribuição, deles serão exigidos, pelas novas regras:
10.4.1  Da professora, 50 anos de idade- a partir de 31 de dezembro de 2019, haverá acréscimo de 1 ano de idade, a cada dois anos- e 26 anos e 6 meses de contribuição; a sua aposentadoria será correspondente a 71,5% do salário de benefício.
10.4.2 Do professor, 55 anos de idade- pelo mesmo motivo da professora- e 33 anos de contribuição; a sua aposentadoria será de 83,5% do salário de benefício.
10.4.3  A professora e o professor, que começarem após a promulgação da EC, terão de comprovar 60 anos de idade- pela regras de 2018-, adicionando-se a esse total o aumento da expectativa de vida, que for contabilizado, até lá- nos últimos 15 anos, o aumento foi de 5 anos-, mais 15 anos de contribuição, para se aposentarem com 60% do salário de benefício; e, 40 anos e contribuição, para atingirem 100% deste.

 

Do Sinpro Goiás

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CTB: Dia 19 nosso bloco estará nas ruas de todo o Brasil

 

“Dia 19 nosso bloco estará nas ruas de todo o Brasil”, afirmou o presidente da CTB Adilson Araújo, ao reiterar a mobilização total da CTB para o Dia Nacional de Luta convocado pelo Fórum das Centrais Sindicais no último dia 31 de janeiro.

Adilson destaca que a unidade e resistência nesta etapa da luta é fundamental. “A CTB orienta seus sindicatos, federações e confederações a se manterem vigilantes, mobilizados e na linha de frente da luta. Será nas ruas, dia 19 de fevereiro, com a força da classe trabalhadora que mostraremos o que esconde a perversa Reforma da Previdência”, avisou.

Tem luta, tem CTB

A direção nacional da Central está jogando força na organização dos atos em todo o país. “Os sinais são claros. Estamos muito perto de impor uma grande derrota ao governo ilegítimo de Michel Temer e barrar, mais uma vez, a Reforma da Previdência. Por isso, o dia 19 pode cumprir um papel fundamental nas lutas de 2018”, emendou o secretário geral da CTB, Wagner Gomes.

“Aqui no Pará estamos fortemente mobilizados na construção do Dia Nacional de Luta, que já indica importante papel nesta batalha. Quanto maior for a demonstração de força dos trabalhadores e trabalhadoras, maior será a repercussão no Congresso Nacional e no ânimo da sociedade”, avaliou José Marcos Araújo (Marcão Fonteles), bancário e dirigente da CTB Pará.

 

Atos pelos estados no dia 19/02

 

Sudeste

Em São Paulo, várias categorias já realizaram assembleias e decidiram cruzar os braços no dia 19. Entre elas, motoristas de ônibus – que já marcaram nova assembleia no dia 16 para organizar a paralisação–, e professores das redes estaduais e municipais.

Na capital paulista, o ato público está marcado para as 16h, em frente ao Masp, na Avenida Paulista. Na região do ABC, já aprovaram a greve em assembleia popular metalúrgicos, bancários, servidores e químicos, entre outras categorias.

No Rio de Janeiro, tem ação no aeroporto Santos Dumont de manhã, no embarque dos deputados. Às 16h, haverá ato na Candelária. 

Em Minas Gerais, professores da rede estadual também sinalizaram que vão aderir à paralisação.

 

Nordeste

Já realizaram assembleias os trabalhadores e trabalhadoras da Saúde e Previdência do Serviço Público Federal de Pernambuco e da Bahia e os servidores públicos de Sergipe, entre outras dezenas de categorias.

Na Bahia, já tem confirmação de paralisação de petroleiros, químicos, rodoviários, professores, bancários, servidores e metalúrgicos, entre outras categorias. Também atos estão sendo marcados em cidades como Juazeiro, Paulo Afonso, Vitória da Conquista, Itapetininga, Itabuna e Ilhéus, entre outras.

Em Sergipe, foi realizada uma assembleia geral unificada e os servidores públicos aprovaram por unanimidade a participação na greve do dia 19. Aprovaram a proposta os servidores organizados no Sintese (professores), Sindasse (assistentes sociais), Sindinutrise (nutricionistas), Sinpsi (psicólogos), Sindijor (jornalistas), Sindijus (Judiciário), Grupo Atitude (trabalhadores da Saúde), Sindifisco (Auditores), Sintrase (Servidores), Sinter, Sintasa (Saúde), Sinpol (Policiais), Senge (Engenheiros) e o Sindicato dos Enfermeiros.

No Ceará, haverá atos e paralisações em todas as regiões do estado, sendo a maior delas marcada no centro de Fortaleza.

 

Norte

Em Belém, no Pará, concentração às 9h na SEAD, Trav do Chaco com Almirante Barroso caminhada e encerramento no mercado de São Brás. Já em Manaus, o Fórum das Centrais aprovou paralizaçoěes nas maiores empresas do Distrito Industrial. Ato público no Centro de Manaus e dia 20/02 paralizacao da área química e Metalúrgicos.

Em Roraima, o ato será na porta do INSS, às 9h.

 

Centro Oeste

No Distrito Federal, as ações serão realizadas durante todo o dia, culminando numa atividade conjunta entre os sindicatos e os movimentos sociais no final da tarde, a partir das 17h, no Museu da República, em Brasília.

 

Sul

Em Santa Catarina, municípios de todo o estado se unirão à luta contra a reforma da Previdência. O Sinte/SC está orientando que todos os trabalhadores da rede estadual de educação paralisem completamente as atividades nas escolas e participem de atos e mobilizações em suas cidades.

 

Em Florianópolis, o transporte coletivo ficará paralisado durante todo o dia 19. Os trabalhadores do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem) também vão aderir à greve em defesa da aposentadoria. Em Criciúma, haverá um ato a partir das 8h, em frente à agência do INSS. Haverá mobilização também em Araranguá, Blumenau, Chapecó e Joinville.

Em Porto Alegre, a mobilização começará antes do sol nascer. Às 5h, haverá concentração junto do Monumento ao Laçador, seguida de caminhada até o saguão de embarque do Aeroporto Internacional Salgado Filho.

 

Portal CTB – Com informações das agências

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O mundo assistiu à Paraíso do Tuiuti denunciar a ditadura brasileira no Sambódromo do Rio

 

Desmentindo todas as pessoas que criticam a folia do Carnaval como “alienante”, a escola de samba Paraíso do Tuiuti fez um desfile apoteótico no Sambódromo do Rio de Janeiro na madrugada desta segunda-feira (12), com tema politizado e atual.

Com o enredo “Meu Deus, meu Deus! Está extinta a escravidão?”, de Cláudio Russo, Moacyr Luz, Dona Zezé, Jurandir e Aníbal, a escola mostrou na avenida a reforma trabalhista com as carteiras profissionais e o que chamou de escravidão nos tempos atuais, após o golpe de Estado de 2016, contra a classe trabalhadora e os interesses nacionais.

Assista o desfile completo: 

O enredo da Tuiuti constrangeu os comentaristas da Globo, criticada sutilmente como manipuladora, como mostra o crítico do UOL, Maurício Stycer: “Do camarote da Globo, onde narrava o desfile, Fátima Bernardes, Alex Escobar e Milton Cunha reagiram com comedimento ao surpreendente protesto, como se estivessem constrangidos. ‘As desigualdades vem vindo até os dias de hoje, dias de hoje’, disse Fátima. ‘Muitas confecções usam trabalho escravo’, observou. ‘Os manifestoches’, leu ela, ao ver passar a ala com os patos, sem dizer mais nada. ‘Manipulados’, acrescentou Milton”.

E o samba enredo desceu a avenida levantando o público: “Irmão de olho claro ou da Guiné/Qual será o valor? Pobre artigo de mercado/Senhor eu não tenho a sua fé, e nem tenho a sua cor/Tenho sangue avermelhado/O mesmo que escorre da ferida/Mostra que a vida se lamenta por nós dois/Mas falta em seu peito um coração/Ao me dar escravidão e um prato de feijão com arroz”.

Aprenda o samba enredo: 

Desta vez o mundo viu e a Globo não teve como esconder. A escola empolgou o público e se tornou o segundo assunto mais comentado no Twitter no mundo e ficou no Trending Topics no Brasil. Pode não ganhar o desfile, mas mostrou ao mundo o desmonte dos direitos trabalhistas e do Estado brasileiro pelo governo golpista. Já na segunda-feira (19) tem grande manifestação contra a reforma da previdência.

tuiuti desfile 2018 rio

Marcos Aurélio Ruy – Portal CTB

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Sindicalistas e oposição denunciam ação governista para atacar a Previdência

 

O líder do governo, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), disse que o governo pretende aprovar a reforma da Previdência até o dia 28. Nesta quarta-feira, 7, o relator da reforma, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), apresentou nova alteração no texto, prevendo pensão integral para os cônjuges de policiais mortos em serviço, atendendo à bancada da bala.

Anteriormente, o governo já havia beneficiado a bancada do boi, através de resolução da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), baixada em 15 de janeiro, facilitando de vez a aprovação de biotecnologias que, a exemplo dos transgênicos, são pouco estudadas – os poucos estudos realizados apontam para riscos e incertezas em relação ao meio ambiente e à saúde humana. Também para favorecer os ruralistas, em dezembro a Anvisa suspendeu os prazos para a apresentação dos resultados das análises de micotoxinas e resíduos de agrotóxicos em fitoterápicos.

Oliveira Maia adiantou que não negocia as idades mínimas de 62 anos para mulheres e de 65 anos para homens se aposentarem. Também não negocia as regras que igualam servidores públicos aos trabalhadores em geral. Desde 2013, o teto de aposentadoria dos servidores federais é o do INSS, de R$ 5.645,80, mas muitos estados e municípios não implementaram fundos complementares para os seus servidores e continuam fora do teto. A emenda da reforma prevê prazo de seis meses para governadores e prefeitos adequarem seus sistemas.

Resistência oposicionista

A reforma vai cortar 40% do valor das novas pensões e 40% dos novos benefícios de quem se aposentar com apenas 15 anos de contribuição. O trabalhador só terá 100% da média de contribuições caso tenha 40 anos de pagamentos comprovados. Além disso, o acúmulo de aposentadoria com pensão só será permitido até o máximo de dois salários mínimos, ou R$ 1.908,00.

O líder do PSB, Júlio Delgado (MG), disse que quer derrubar a reforma em Plenário, “para não deixar nenhum resquício que ela possa vir a ser votada em novembro com um Congresso totalmente alterado em função do resultado das urnas”. Para ele, as novas mudanças apresentadas pelo relator são “mais uma maquiagem numa tentativa de encontrar consenso que não vai existir na votação desta matéria”.

A oposição também está realizando obstrução das pautas nas votações no Plenário. “Estamos articulados na obstrução total da pauta por várias razões. Algumas das pautas são acordos com a base para acertarem a votação da reforma. Quanto menos a gente votar, melhor para o povo brasileiro na conjuntura que estamos”, argumentou a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ). O líder da minoria na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), incentivou os movimentos sociais a “bater tambor em todos os aeroportos na pressão política sobre os parlamentares”.

19, dia de luta

Representantes da CUT, Força Sindical, Nova Central, CSB e UGT sugeriram nesta quarta-feira ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que a votação da reforma da Previdência fique para 2019, mas ele reafirmou que, se for possível aprovar, coloca em votação ainda neste mês. As entidades, incluindo a CTB, estão convocando, para 19 de fevereiro, Dia Nacional de Luta contra a reforma. A Contee já manifestou adesão à jornada do dia 19, com mobilizações, panfletagens e paralisações.

No caso dos professores, o novo relatório nada muda em relação aos ataques do governo aos seus direitos. Segundo o coordenador-geral da Contee, Gilson Reis, “a professora só terá direito à aposentadoria aos 60 anos de idade e 15 de contribuição. Mesmo cumprindo esses dois requisitos, só receberá 60% do salário de benefício, que é obtido pela média aritmética simples de todas as contribuições efetuadas à Previdência Social. Para obter 100% do salário de benefício, ainda que tenha começado a dar aulas cedo, como é comum na educação infantil e na primeira etapa do ensino fundamental, terá de contribuir por 40 anos. Essa é a maldade que o governo ilegítimo de Michel Temer quer fazer”.

Carlos Pompe da Contee

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Congresso amanhece cercado para evitar protestos contra a reforma da Previdência

 

Prédios do Congresso amanheceram cercados nesta segunda-feira (5) como forma de isolar a região de atos contra a reforma da Previdência. A segurança também é por causa da solenidade de reabertura dos trabalhos do ano legislativo.

A votação da proposta que altera a Previdência está marcada para 19 de fevereiro, mas centrais sindicais e integrantes da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência Social convocaram atos a partir de hoje.

Uma audiência pública sobre o relatório da CPI da Previdência será realizada às 9h na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal. Às 14h, está marcado ato no plenário 2 da Câmara dos Deputados. A expectativa é que haja concentração de manifestantes nestes dois momentos.

Além de senadores e deputados contrários às medidas, também devem participar líderes sindicais e de movimentos sociais e representantes de entidades de aposentados.

A CTB e outras centrais programam um grande protesto para o dia 19, com ações e paralisações em Brasília e em outras cidades. Segundo as entidades, haverá atos em frente às residências dos deputados e recepção dos congressistas nos aeroportos.

A sessão solene de reabertura do Congresso ocorre às 17h, no Plenário Ulysses Guimarães. Não haverá visita institucional durante todo o dia. A circulação entre os salões e o plenário será interrompida a partir das 14h.

A Alameda das Bandeiras foi interditada desde 0h por causa da cerimônia. Todas as vagas de estacionamento foram isoladas.

De Brasília,  Portal CTB (com Poder360°)

Foto: Fernando Rodrigues 

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Sem votos, governo estuda nova mudança na reforma da Previdência

Em troca de votos, o governo aceitaria promover alterações na aposentadoria dos servidores públicos que ingressaram no funcionalismo antes de 2003 (e, pelo projeto aprovado, teriam que chegar até os 65 anos, se homem, e 62 anos, se mulher, para continuarem a se aposentar com o valor integral da aposentadoria e mesmos reajustes dos servidores da ativa).

O deputado Rogério Rosso (PSD), um dos governistas que é contra a reforma, declarou que o próprio Michel Temer autorizou que ele negociasse com representantes do funcionalismo uma nova proposta.

Outra mudança em análise é a incorporação dos agentes penitenciários às regras dos policiais e bombeiros militares, que ficarão de fora da reforma. Rosso também mencionou a ampliação da possibilidade de acúmulo de pensões com aposentadorias, que, pelo texto, ficaria limitada a dois salários mínimos (R$ 1.908). O governo discute a possibilidade de elevar essa soma a até três salários mínimos ou o teto do IINSS (R$ 5,5 mil).

Os temas em estudo, contudo, não dizem respeito ao cerne da reforma, que dificulta – e pode até inviabilizar – a concessão do benefício para milhares de brasileiros. Não é à toa que memso parlamentares da base de Temer têm se colocado contra o projeto, com medo da resposta nas urnas dos eleitores prejudicados.

O próprio Marun admitiu a impopularidade do texto e o medo dos deputadoes. “[Eles têm] receio de que este voto possa prejudicar ou até inviabilizar sua reeleição. E aí não tem uma coisa horrorosa. Isso faz parte da vida. O cidadão que faz do Parlamento a sua vida e vê na frente um risco grande de perder a eleição, ele se assusta. Isso não é um demérito”, disse, em encontro com empresários na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

Para decidir sobre os recuos no texto, a equipe econômica ainda avalia o impacto orçamentário de cada alteração e, principalmente, a quantidade de votos que isso acrescentará. “Nós temos pilares para essa reforma: o estabelecimento de idade mínima e de um regime único de Previdência, a partir do qual eu, você, ele, vamos nos aposentar em um sistema semelhante. Mantido isso, é possível, sim, que o projeto possa ainda ser aprimorado”, afirmou Marun.

A equipe de Temer espera fechar o novo texto até o dia 6 de fevereiro. A votação da matéria está, a princípio, agendada para o dia 19 de fevereiro. Mas, tanto o governo quanto Maia só querem pautar o projeto quando houver pelo menos 320 deputados a favor da reforma – são necessários 308, dos 513, para aprová-la.

Do Portal vermelho, com agências