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Brasil investe mais no ensino superior do que no básico

No Brasil, as instituições públicas de ensino superior gastam quatro vezes mais por aluno do que gasta no ensino fundamental por estudante. De acordo com o relatório Education at a Glance, divulgado ontem (9) pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), essa é a maior diferença de gasto entre níveis educacionais dentre todos os países do grupo. Os dados do relatório são de 2011.

O gasto por cada aluno da educação superior corresponde a 93% do Produto Interno Bruto (PIB) per capita brasileiro. O documento faz a ressalva de que entre, 1995 e 2011, o gasto por aluno na educação básica cresceu por volta de 128%, enquanto decresceu no nível superior.

O governo brasileiro gastou em educação 19% do total de seu gasto público, acima da média da OCDE, de 13%. Com isso, no ranking dos países, o Brasil é o quarto mais alto.  Segundo o relatório, o Brasil investe quase um terço em educação do que investem, na média, os países da OCDE;  O levantamento mostra também que, em relação ao PIB, o investimento brasileiro está acima da média desses países.

O gasto público total em educação representou 6,1% do PIB, e está também acima da média da OCDE de 5,6%, assim como acima de outros países latino-americanos como Chile (4,5%), México (5,2%), e Colômbia (4,5%). “De fato, o gasto com instituições educacionais tem aumentado em um ritmo mais acelerado que o PIB no período de 2000 a 2011″, diz o relatório.

O ministro da Educação, Henrique Paim, comentou o resultado em coletiva de imprensa nesta terça-feira. “Temos tido uma evolução desse valor por aluno ao longo dos anos, temos feito um esforço para ampliar”, disse. Segundo ele, em 2012 (os dados da pesquisa da OCDE são de 2011), o investimento em educação em relação ao PIB aumentou para 6,4%. Sobre a relação entre o financiamento do ensino superior e básico, ele diz que a diferença tem diminuído.

“A questão do financiamento é um dos elementos que determinam a qualidade. Tem outros elementos, como a formação dos professores, a complexidade da gestão do ensino fundamental e médio”, acrescentou.

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Fonte: Contee – com informações da Agência Brasil

 

 

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

 

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Quase 90% dos professores brasileiros se sentem desvalorizados

Quase 90% dos professores brasileiros acreditam que a profissão não é valorizada na sociedade. Mesmo assim, a maioria está satisfeita com o emprego. O resultado foi apresentado semana passada pela Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (Talis) da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que ouviu 100 mil professores e diretores escolares em 34 países.

De acordo com o levantamento, somente 12,6% dos professores brasileiros consideram-se valorizados. A proporção está abaixo da média internacional, de 30,9%. No entanto, 87% dos professores brasileiros consideram-se realizados no emprego, próximo da média global de 91,1%.

Apesar de não se sentirem valorizados, os professores brasileiros estão entre os que mais trabalham, com 25 horas de ensino por semana, seis horas a mais do que a média internacional. Em relação ao tempo em sala de aula, os professores brasileiros ficam atrás apenas da província de Alberta, no Canadá, com 26,4 horas trabalhadas por semana, e do Chile, com 26,7 horas.

Mesmo trabalhando mais que a média, os professores brasileiros gastam mais tempo para manter a ordem em sala de aula. Segundo o levantamento, 20% do tempo em sala é usado para controlar o comportamento dos alunos, contra 13% na média internacional.

Todos os entrevistados na pesquisa dão aula para a faixa etária de 11 a 16 anos. A publicação também mostra que nos países em que os professores se sentem valorizados, os resultados no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) tendem a ser melhores.

Quanto à formação, mais de 90% dos professores brasileiros dos anos finais do ensino fundamental concluíram o ensino superior, mas cerca de 25% não fizeram curso de formação de professores. Segundo a falta de especialização reflete-se no ensino. Professores com conhecimento de pedagogia e de práticas das disciplinas que lecionam relataram se sentir mais preparados do que aqueles cuja educação formal não continha esses elementos.

Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), os dados serão incorporados aos dados do Censo Escolar e das avaliações nacionais, para que se possam criar descrições ainda mais detalhadas da situação educacional brasileira.

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Fonte: Sinpro RS / com informações da Agência Brasil

 

 

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

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Pesquisa revela perfil de professor do ensino fundamental e diretor de escola no Brasil

Segundo a Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (TALIS), realizada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e coordenada no Brasil pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), no Brasil, 94% dos professores dos anos finais do ensino fundamental concluíram o ensino superior (contra 89% da média dos outros países estudados) e mais de 95,1% dos professores acreditam que podem ajudar os alunos a pensar de forma crítica. A Pesquisa coletou dados por amostragem no ano de 2013 em 34 países (24 países da OCDE e mais 10 países parceiros: Brasil, Bulgária, Croácia, Chipre, Emirados Árabes Unidos, Letônia, Malásia, Romênia, Sérvia e Singapura) e ouviu mais de 106 mil professores do que corresponderia aos últimos anos do ensino fundamental no Brasil (6º a 9º ano). No Brasil, a amostra foi composta por 14.291 professores de 6º a 9º ano do ensino fundamental e 1.057 diretores de 1.070 escolas, com o objetivo de comparar internacionalmente a opinião de professores e diretores sobre desenvolvimento profissional, condições de trabalho, crenças e práticas de ensino, apreciação do trabalho dos professores, feedback e reconhecimento do trabalho, além de questões sobre liderança, gestão e ambiente de trabalho. Segundo o INEP, os dados da pesquisa serão incorporados aos dados do Censo Escolar e das avaliações nacionais, a fim de permitir uma melhor descrição da situação educacional no país.

Segundo a pesquisa, o professor típico brasileiro é do sexo feminino (71%, contra 68% na média dos outros países em 2013 e 73% de média brasileira em 2008), tem 39 anos de idade (contra média de 43 nos outros países) e em média 14 anos de experiência no magistério (contra 16 de média nos outros países). Mulheres também são maioria em cargos de direção no Brasil (75% contra 49% na média nos outros países). A maior parte dos professores entrevistados (88%) participou de algum programa de desenvolvimento profissional nos 12 meses anteriores à pesquisa. No Brasil, os docentes passaram, em média, 21 dias em treinamento em organizações externas, contra média de 7 dias nos outros países. A pesquisa mostra também uma diminuição de 51% para 40%, de 2008 para 2013, no Brasil, de professores contratados em tempo integral, com correspondente aumento nas contratações a tempo parcial. Ainda, 76,5% dos professores têm contratos por tempo indeterminado no estabelecimento de trabalho, contra a média do país de 74% em 2008 e a média de 82,5% nos outros países. Os professores brasileiros estão entre os que passam o maior número de horas por semana ensinando: 25 horas semanais contra a média de 19 horas nos outros países. Por outro lado, relatam investir 20% do tempo de aula mantendo a ordem em sala, contra a média de 13% nos outros países.

Quanto às percepções dos professores, no Brasil, 86,9% dos professores dizem estar de modo geral satisfeitos com o trabalho e apenas 13,5% se dizem arrependidos de terem optado pelo magistério. A pesquisa também aponta que 60% dos professores brasileiros declararam ter grande necessidade de desenvolvimento profissional na área de ensino para alunos com necessidades especiais, o maior percentual entre os países pesquisados. Também segundo a pesquisa, 18,4% dos professores brasileiros concordam que os professores com melhor desempenho em sua escola recebem maior reconhecimento.

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Fonte: Sinpro Minas / Fundação Perseu Abramo

 

 

 

 

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás