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Conheça os lançamentos editoriais sobre leitura e alfabetização

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A leitura e a alfabetização são as temáticas centrais de atuação do Ministério da Educação – MEC em 2013. Os programas federais Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa – PNAIC e Plano Nacional do Livro e Leitura – PNLL atuam nessas frentes, apoiando a gestão pública dos municípios brasileiros. Alinhado às propostas do ministério, o projeto Parceria Votorantim pela Educação – PVE, nesse ano, também utilizou as duas temáticas como foco de seu trabalho de mobilização.Para apoiar o educador, o Blog Educação fez um levantamento de livros que podem servir como inspiração para lidar com os temas em sala de aula e para  fomentar  debates.

Confira a lista completa aqui e boa leitura!

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Site integra escolas e cidades

centro de educação integral

Acaba de ser lançada uma plataforma que une o uso da tecnologia e da comunicação como recursos de mobilização social. Trata-se do Centro de Referencias em Educação Integral

A ferramenta foi criada com base em todas as experiências pesquisadas e desenvolvidas em todo o país pelo MEC, UNESCO e uma série de organizações não governamentais.

A iniciativa visa promover a pesquisa, o desenvolvimento, aprimoramento e difusão gratuita de referências que contribuam para a gestão de políticas públicas de Educação Integral no país.

A plataforma permite a produção e divulgação de materiais de formação, experiências realizadas e notícias sobre o tema e pela organização de workshops e seminários formativos.

Fonte: Catraca Livre

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Professor é chave para o sucesso no uso de tecnologia na sala de aula

audiovisual na educação

Hoje (28/08) comemora-se o Dia do Audiovisual na Educação, e em decorrência dessa data, separamos uma matéria que diz respeito ao assunto, que tanto vem sendo discutido ultimamente, mostrando o quão importante é no aprendizado dos alunos.

O uso das tecnologias em sala de aula – considerado um caminho sem volta por especialistas em educação – depende essencialmente dos professores para dar certo. Por isso, eles se tornaram o grande alvo dos programas atuais do Ministério da Educação para promover o aproveitamento de ferramentas tecnológicas nas escolas.

Das primeiras experiências com a distribuição de laboratórios de informática à mudança de estratégia depois do projeto piloto do Um Computador por Aluno, a formação de professores para o tema não perdeu força. O Programa Nacional de Tecnologia Educacional (Proinfo), que centraliza as estratégias do governo federal na área, capacitou 644.983 docentes desde 2008.

De acordo com o Ministério da Educação, todos os cursos solicitados por estados e municípios para capacitação de educadores para o uso de tecnologias em sala de aula continuam sendo financiados. Só este ano, a expectativa é de que 4,9 mil professores façam os cursos, ministrados em 845 Núcleos de Tecnologia Educacional estaduais.

As experiências – bem sucedidas ou não – mostraram que, se o professor não se apropriar das tecnologias e perceber os ganhos reais para a prática pedagógica com as ferramentas, elas se tornam apenas um amontoado de caixas nas escolas. Para o professor Gilberto Lacerda, do Departamento de Métodos e Técnicas da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB), o professor é o ator central do processo de inserção das tecnologias na escola.

“Mesmo que todos os alunos tenham computadores, se o professor não é capaz de fazer uma relação educativa consistente do seu trabalho e as ferramentas, nada funciona. O professor é o elemento mais importante, porque ele é quem dá o sentido pedagógico às coisas. Qualquer recurso tecnológico tem de ser dominado por ele primeiro”, afirma o pesquisador.

De acordo com o Ministério da Educação, todos os cursos solicitados por estados e municípios para capacitação de educadores para o uso de tecnologias em sala de aula continuam sendo financiados. Só este ano, a expectativa é de que 4,9 mil professores façam os cursos, ministrados em 845 Núcleos de Tecnologia Educacional estaduais.

 

Falhas na formação

Lacerda critica a falta de disciplinas, ainda dentro dos cursos de graduação, que preparem os professores para esse novo mundo. Lacerda ressalta que, enquanto governos mudam políticas, distribuem diferentes tecnologias às escolas, os currículos dos cursos de graduação se mantém os mesmos.

“Os professores em exercício não foram preparados para usar tecnologias digitais em sala e os que ainda estão na graduação também não estão sendo preparados. A educação continuada não resolve uma falha de formação inicial. As faculdades de educação das universidades deveriam ser verdadeiros laboratórios de inovação pedagógica”, critica.

Na pesquisa do Comitê, os professores entrevistados apontam as mesmas críticas. Apenas 44% deles disseram ter cursado alguma disciplina sobre uso do computador e internet e 79% afirmaram que o apoio para o desenvolvimento dessas habilidades vem de outros educadores e leitura. Quando há resistências dos docentes, os argumentos são a falta de tempo e o medo de eles terem menos conhecimento da ferramenta que os alunos.

Eliane Carneiro, coordenadora de mídias educacionais da Secretaria de Educação do Distrito Federal, conta que as formações oferecidas na rede são voluntárias. Este ano, no DF, foram distribuídos 3.051 tablets para os professores do ensino médio. Para aproveitar todas as funcionalidades, Eliane reconhece que é preciso melhorar a infraestrutura das escolas, especialmente de internet, e adquirir telas interativas para as salas de aulas. “Há professores usando os equipamentos em sala, mas ainda é muito pessoal. Precisamos de mais tempo para colher resultados”, pondera Eliane.

Fonte: Priscilla Borges – iG Último Segundo – 22/08/2013 – São Paulo, SP

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MEC pretende criar Programa Mais Professores

professor bonitinho

O Ministério da Educação (MEC) quer levar professores a escolas onde faltam docentes em ação semelhante ao Mais Médicos. O Mais Professores faz parte do Compromisso Nacional pelo Ensino Médio, apresentado no dia 21/08 pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, na Câmara dos Deputados. A criação do programa já havia sido comentada antes por ele, mas é a primeira vez que é apresentado em detalhes.

Segundo Mercadante, o compromisso ainda está em fase de desenvolvimento e depende do Orçamento disponível. Entre as ações do programa, está a proposta de levar professores a escolas de municípios com índices de desenvolvimento humano baixos ou muito baixos e que tenham um baixo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) – índice calculado a partir do fluxo escolar e o desempenhos dos estudantes em avaliações nacionais.

A intenção é que, mediante o pagamento de uma bolsa, professores se disponham a reforçar o quadro dessas escolas. Para as escolas com baixo rendimento, a pasta quer atrair bons professores para melhorar o ambiente acadêmico. Caso não haja professores disponíveis na rede, o MEC cogita a participação de professores aposentados que queiram voltar às salas de aula.

Segundo o ministro, as áreas com as maiores carências de professores são matemática, física, química e inglês. Mercadante diz que as disciplinas representam cerca de 3% das matrículas de ensino superior, índice que tem se mantido constante. O Mais Professores, esclarece ele, ainda é uma proposta em aberto.

Além de atrair professores para áreas carentes, o compromisso propõe o aperfeiçoamento da formação continuada dos docentes, com o desenvolvimento de material didático específico e a criação da Universidade do Professor, uma rede que vai concentrar todas as iniciativas voltadas para a formação docente. Pretende-se que em um mesmo portal o professor possa acessar todos os cursos e programas disponíveis.

O compromisso prevê também um redesenho curricular do ensino médio, para que as disciplinas ensinadas tenham uma maior integração entre si. Para que o ensino seja melhorado, a pasta aposta na educação integral. Para 2013, segundo o ministro, está prevista a adesão de 5 mil escolas no ensino de dois turnos. No ano que vem, serão 10 mil centros de ensino.

Faz parte do compromisso a ação Quero ser Professor, Quero ser Cientista, com a oferta de 100 mil bolsas de estudo para jovens que queiram ingressar na área de exatas. Além disso, o ministério desenvolveu, em conjunto com pesquisadores, um kit para estimular o interesse pelas ciências. “Vamos distribuir os kits de ciências para alunos de toda a rede. Ele vai poder manipular, usar. É inspirado em alguns brinquedos, mas mais sofisticado e barato”, explicou Mercadante.

Mercadante diz que o ensino médio é uma fase que precisa de atenção. “Andamos muito nos anos iniciais [do ensino fundamental], melhoramos nos anos finais e simplesmente atingimos a meta [do Ideb] no ensino médio. O que é pouco. Ainda precisamos de um salto de qualidade”, disse.

Em 2012, 8.376.852 alunos estavam matriculados regularmente e 1.345.864 cursavam o ensino médio pelo Educação de Jovens e Adultos (EJA), de acordo com o Censo Escolar. A maioria das matrículas do ensino médio está na rede estadual de ensino (84,9%). As escolas privadas ficam com 12,7% das matrículas, as escolas federais com 1,5% e as municipais com 0,9%.

A defasagem idade-série ainda é alta, segundo o MEC, em 2012, dos estudantes matriculados no período, 31,1% têm idade acima do esperado para a série que cursam.

Fonte: Agência Brasil.

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Prêmio Professores do Brasil

O MEC (Ministério da Educação) publicou no Diário Oficial da União desta segunda-feira (26) as regras para o 7º Prêmio Professores do Brasil. As inscrições, via internet e envio de material, serão realizadas de hoje até o dia 30 de outubro. A premiação pode chegar a R$ 11 mil.

O cadastro deve ser feito no site oficial– o horário de início das inscrições ainda não foi divulgado. A documentação que comprove a realização do trabalho deve ser enviada, por via postal, para o endereço:

Prêmio Professores do Brasil – 7ª Edição
Pronecim – Programa Núcleo de Estudos de Ciência e Matemática
CAVG – Conjunto Agrotécnico Visconde da Graça
Rua Ildefonso Simões Lopes, 2791 – Bairro Sanga Funda
CEP: 96060-290 – Pelotas – RS – Brasil

O prêmio irá selecionar e premiar experiências pedagógicas desenvolvidas por professores das escolas públicas, instituições educacionais comunitárias, filantrópicas e confessionais, conveniadas aos sistemas públicos de ensino, em uma das etapas da educação básica.

Segundo a portaria, serão premiados cinco professores (um por cada região geográfica do país) em cada uma das oito subcategorias, totalizando 40 experiências selecionadas. Confira abaixo as categorias de premiação:

Subcategorias da categoria Temas Livres:

  • Educação infantil;
  • séries/anos iniciais do ensino fundamental;
  • séries/anos finais do ensino fundamental;
  • ensino médio.

Subcategorias da categoria Temas Específicos:

  • Educação integral e integrada;
  • ciências para os anos iniciais;
  • alfabetização nos anos iniciais do ensino fundamental;
  • educação digital articulada ao desenvolvimento do currículo

Apenas poderão ser inscritas experiências com resultados comprovados durante o ano letivo de 2012 ou 2013 até a data de início da inscrição.

Premiação

De acordo com o MEC, os autores das experiências selecionadas pela Comissão Julgadora Nacional, independentemente da categoria em que concorrerem, receberão prêmio no valor de R$ 6.000. Os primeiros colocados em cada uma das oito subcategorias receberão, adicionalmente, a importância de R$ 5.000.

As escolas nas quais foram desenvolvidas as experiências selecionadas serão premiadas com placas comemorativas.

A divulgação do resultado deve ocorrer no mês de novembro, porém a data ainda não foi definida.

 

Fonte: Uol Educação

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Ciência sem Fronteiras concede 43.609 bolsas de estudo

O Programa Ciência sem Fronteiras concedeu 43.609 bolsas em graduação e doutorado-sanduíche, pós-doutorado, doutorado pleno e bolsa Jovens Talentos e Pesquisador Visitante, desde julho de 2011, quando foi lançado, o equivalente a 43,17% da meta. O balanço foi divulgado nesta terça-feira (13) pelo MEC (Ministério da Educação). A meta do programa é oferecer, em quatro anos, 101 mil bolsas. Dessas, 26 mil são financiadas pela iniciativa privada.

O país com o maior número de bolsistas é os Estados Unidos, com 9.788. Em seguida, está a França, com 4.725; e o Canadá, com 4.428. Portugal, cujas bolsas foram suspensas no começo do ano e a procura era superior a dos demais países, está em sexto lugar, com 3.103 bolsas.

“Não vamos ter dificuldade em cumprir a meta do Ciência sem Fronteiras”, disse o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Ele explica que a contagem do governo se dá pelas bolsas aprovadas e que nem todos os 43 mil estudantes estão no exterior.

Segundo Mercadante, “todas as bolsas serão concedidas até dezembro de 2014”, declarando que alguns desses estudantes vão embarcar para os países para os quais foram selecionados apenas em 2015. O programa, de acordo com o ministro, “é um dos maiores programas de bolsa de estudos do mundo e um dos programas mais bem avaliados por onde a gente passa pelo mundo”.

Um dos objetivos é que os estudantes aprendam uma segunda língua. Para que possam participar dos editais, que exigem proficiência em inglês, o MEC lançou o Programa Inglês sem Fronteiras, que oferece aulas online e presenciais, além da aplicação de testes para verificar o nível de inglês dos universitários brasileiros. De acordo com o MEC, são 453.804 alunos cadastrados no módulo online. Foram enviadas 395.647 senhas. Estão ativos 348.988 alunos. A meta é entregar 2 milhões de senhas até 2014. No módulo presencial, são atendidos mais de 20 mil alunos.

O Ciência sem Fronteiras visa a promover a mobilidade internacional de alunos e pesquisadores e incentivar a visita de jovens pesquisadores qualificados e professores experientes ao Brasil. As áreas prioritárias são: ciências exatas (matemática e química), engenharias, tecnologias e ciências da saúde. O programa mantém parcerias em 35 países.

Fonte: Uol Educação.

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Congresso quer mais disciplinas nas escolas

Enquanto o Ministério da Educação defende uma redução da grade de disciplinas no ensino médio, congressistas apresentam propostas para incluir novas matérias ou conteúdos em sala de aula.

Somente na comissão de educação da Câmara dos Deputados, 31 projetos foram apresentados nos últimos cinco anos com sugestões de mudança no currículo.

Alguns projetos sugerem estender para uma outra etapa do ensino conteúdos já previstos nas diretrizes definidas pelo CNE (Conselho Nacional de Educação).

É o caso de proposta que obriga o ensino do espanhol na rede pública desde o 1º ano do ensino fundamental.

Hoje, o curso de espanhol é uma das opções para a escola, que deve inserir o ensino de pelo menos uma língua estrangeira a partir do 6º ano do fundamental – quando o aluno tem cerca de 11 anos.

NOVOS CURSOS

Outros projetos criam novas disciplinas ou conteúdos – como aquele que defende a matéria “Introdução ao Direito” no ensino médio ou de “Leitura e Educação para as Mídias” no ensino médio e parte do fundamental.

“Na era da midiatização, a maioria das crianças e dos jovens gasta entre 8 e 10 horas por dia consumindo mídias, ou seja, o dobro do tempo que ficam na escola”, questiona no texto o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), autor do projeto. “Afinal, quem mais influencia essas crianças e jovens, a escola ou a Mídia?”

Alguns educadores criticaram as propostas do Legislativo.

Hoje há uma tendência de que os estudantes fiquem nas escolas por mais tempo. Também por isso é necessário rever as disciplinas e suas cargas horárias.

Fonte: Folha de S. Paulo

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Falta mais prática aos docentes

A formação universitária dos futuros professores da educação básica é um dos entraves para a melhoria da qualidade do ensino no país.

A reclamação é que os futuros docentes têm muito contato com teóricos da educação, mas terminam o curso despreparados para enfrentar salas de aulas.

CARGA HORÁRIA

Um dos mais amplos estudos no país sobre currículos das licenciaturas foi feito recentemente pelas fundações Victor Civita e Carlos Chagas.

O trabalho apontou que nos cursos de licenciatura do país que formam professores de português e de ciências, a carga horária voltada à docência fica em 10%.

Já o tempo destinado aos conhecimentos específicos das áreas passa dos 50%.

“Os professores chegam às escolas com bom conhecimento da sua disciplina, mas não sabem como ensinar”, disse o secretário estadual de Educação de São Paulo, Herman Voorwald.

Na opinião do secretário, cuja rede tem 200 mil professores, um docente de matemática, por exemplo, é muito mais um matemático do que um professor.

Para Voorwald, as licenciaturas deveriam ter menos conteúdos específicos das matérias e mais técnicas sobre como dar aulas.

Presidente da comissão de graduação da Faculdade de Educação da USP, Manoel Oriosvaldo discorda que a formatação dos cursos de pedagogia e de licenciatura seja responsável pela má qualidade do ensino básico.

“Com o salário que se paga ao professor, é difícil convencer um jovem a assumir uma sala de aula”, afirma. “Se as condições de trabalho melhoram, sobe o nível de quem seguirá na carreira.”

Especificamente sobre os currículos, ele diz que diminuir a teoria dos cursos “simplifica o papel do professor”.

Para Oriosvaldo, a teoria permite que o professor consiga refletir sobre sua atividade constantemente. E corrigi-la quando necessário.

Além disso, o docente deve ter condição de ensinar aos alunos o histórico que levou à resolução de uma equação, por exemplo. Assim, o jovem conseguirá também produzir conhecimento.

SEM MUDANÇAS

A maioria dos alunos e dos coordenadores dos cursos de formação de professores tem avaliação semelhante à do professor da USP, mostra estudo feito pela Fundação Lemann, a pedido da Folha de São Paulo.

O trabalho aponta que há menos coordenadores de cursos de pedagogia ávidos por mudanças em seus currículos (38% das respostas) do que em engenharia civil (50%), por exemplo.

A pedagogia forma professores para atuar com os alunos de seis a dez anos. A partir daí, os demais professores vêm das licenciaturas.

A opinião sobre os cursos foi tabulada a partir das respostas dadas nos questionários do Enade 2011, exame federal de ensino superior.

As respostas mostram também que os formandos em pedagogia se sentem mais bem preparados para a profissão (68%) do que os de engenharia de produção (57%).

Contraditoriamente, o Enade revela que os concluintes dos cursos de formação de professores estão entre os que possuem notas mais baixas em conhecimentos gerais. Pedagogia está na 46ª pior posição, entre 59 cursos.

Fonte: Folha de  S. Paulo.

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Coordenador pedagógico não tem curso próprio

Uma das figuras mais importantes para o bom funcionamento da escola, o coordenador pedagógico não conta com formação específica para assumir o posto. E, por causa da escassez de docentes – o MEC (Ministério da Educação) calcula que faltam 170 mil professores em matemática, física e química na educação básica -, o coordenador pedagógico acaba voltando para a sala de aula.

Cabe a esse profissional zelar pelo bom funcionamento da escola, cuidando, por exemplo, da resolução de conflitos entre os alunos no ambiente de sala de aula. O problema é que o coordenador não é capacitado para as funções que assume.

“O coordenador é, em geral, um professor nomeado pelo diretor da escola (este é concursado e tem funções burocráticas). Imagine alguém que se formou em matemática e que, de repente, vira o coordenador pedagógico. Acaba não dando certo”, explica Fábio Campos, especialista em educação e um dos criadores do projeto Ensina!.

Hoje, a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) determina que cada escola tenha um coordenador pedagógico – independentemente da quantidade de estudantes da instituição.

“Um coordenador de uma escola de 200 alunos terá mais condições de trabalhar do que nas escolas com mais de mil alunos”, diz Campos.

Por causa da falta de capacitação específica, algumas escolas particulares tentam, por conta própria, trabalhar a formação do coordenador pedagógico – e também de outros profissionais ligados à gestão da escola.

Fonte: Folha de S. Paulo. Por  Sabine Righetti.