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Contee participa de fechamento do MEC

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O Comitê Nacional de Educação Contra o Golpe – Fora Temer, em Defesa da Democracia, Nenhum Direito a Menos, composto pela Contee, CNTE, e diversos outros sindicatos filiados e entidades representativas do povo de todo o Brasil realizam durante toda esta quarta-feira (29) o Ato em Defesa da Democracia, da Educação Pública e dos Direitos dos Trabalhadores em Educação, em Brasília.

Os manifestantes se reuniram em frente ao Ministério da Educação, onde fizeram o fechamento das entradas do MEC, visando chamar a atenção para a falta de compromisso com a educação de Michel Temer e seu ministro Mendonça Filho. A pauta aborda também os projetos do governo golpista que visam o desmonte da Educação, retirada de direitos e retrocessos como a privatização da educação básica e superior.

Entre as bandeiras defendidas estão o cumprimento das metas instituídas pelo Plano Nacional de Educação, com a efetiva destinação dos 10% do PIB para a educação pública; a manutenção dos princípios constitucionais de financiamento à educação e contra qualquer corte na área – proposta da PEC 241/2016; e o reconhecimento do FNE como órgão do Estado e sua continuidade.

Foram rechaçadas as recentes propostas de transformação do Ministério da Educação em instrumento de direitos privatistas, discriminatórios e antidemocráticos, exemplificadas pelo Projeto Escola Sem Partido (Lei da Mordaça); a Desvinculação de Receitas da União (DRU); as exonerações e extinções de cargos e secretarias do MEC; a revogação de decretos que nomearam novos membros do CNE; e a reunião de Mendonça Filho com o estuprador confesso Alexandre Frota e a comitiva do grupo Revoltados Online para discutir propostas da educação.

Em sua fala, a coordenadora da Contee, Madalena Peixoto, criticou o congelamento das verbas para a educação, que visam retirar os direitos dos trabalhadores e estudantes e da educação brasileira: “Não aceitaremos a PEC que quer acabar com o Plano Nacional de Educação, que quer impedir que as crianças possam ir para as creches. Que quer impedir que o ensino médio e superior se fortaleçam. Nenhum direito a menos”.

 

Confira fotos do ato, que vai até o fim do dia:

 

 

 

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Fonte: Contee

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MEC apoiará cobrança de mensalidades se universidades públicas quiserem

Vagas não gratuitas seriam para extensão e pós-graduação

Mendonça Filho defendeu, na Câmara, projeto sobre o tema

Desafio da pasta, no entanto, será investir no ensino básico

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O novo ministro da Educação, Mendonça Filho, afirma que apoiará a cobrança de mensalidades em cursos de extensão e pós-graduação profissional nas universidades públicas caso as instituições assim desejem. Em 2015, ainda como deputado federal, Mendonça posicionou-se a favor de 1 projeto sobre o tema.

A medida, sustenta o ministro, daria fôlego aos caixas das universidades, afetados nos últimos anos em decorrência da queda na arrecadação de impostos. A USP (Universidade de São Paulo), por exemplo, registra déficit desde 2013 e projeta um rombo de R$ 543 milhões para este ano.

As informações são do repórter do UOL Guilherme Moraes.

Atualmente, algumas universidades públicas já cobram por cursos de pós-graduação. Mas há uma PEC (proposta de emenda à Constituição) no Congresso que  pretende regulamentar a questão. A ideia é permitir oficialmente o oferecimento de vagas não gratuitas para cursos de extensão, pós-graduação lato sensu e mestrado profissional.

Em outubro do ano passado, o ex-deputado foi um dos 318 a aprovarem o texto, em 1º turno. O projeto ainda tramita na Câmara e precisa ser votado em 2º turno antes de ser encaminhado ao Senado.

“Embora não seja prioritária no momento, esta é uma discussão que deve ser feita com os reitores e representantes das universidades”, afirma o novo ministro da Educação. “Na época da votação da PEC, esta era uma demanda muito forte do setor”.

Mas Mendonça Filho diz que sua gestão terá como principal foco a educação básica. Se isso de fato ocorrer, haverá uma espécie de rompimento com uma agenda voltada ao ensino superior que vigorou durante os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

“Mas isso não significa que haverá descontinuidade de programas voltados à educação superior”, diz. “Nos últimos anos, o Brasil conseguiu universalizar o acesso às universidades. O desafio agora é investir em qualidade no ensino básico.”

Ainda não há, no entanto, nenhuma proposta estruturada. O ministro pretende completar, ainda nesta semana, o núcleo de sua equipe, que até agora conta com a secretária-executiva, Maria Helena Guimarães de Castro, e a presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), Maria Inês Fini.

 

Fonte: Uol

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DEM dirigindo o MEC é nocivo ao país, denunciam educadores e entidades

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Com a nova configuração de cargos estabelecidos pelo governo ilegítimo do PMDB, Michel Temer deu largada à uma profunda agenda de retrocessos no país, para começar, com a indicação de apenas homens nos ministérios, a fusão entre o Ministério da Educação e o da Cultura e a extinção da secretaria de políticas para as mulheres.
Na área da educação, houve um grande mal estar com a notícia de que o indicado para a pasta de educação, seria o Deputado Federal Mendonça Filho (DEM-PE), um dos principais críticos aos programas sociais desenvolvidos por Lula e Dilma.

Legenda que possui nomes como Ronaldo Caiado e Agripino, o partido democratas (DEM) tem um histórico diretamente ligado ao conversadoríssimo extremo no país. Antigo Arena, partido que acolhia os fiéis defensores da ditadura no contexto do bipartidarismo, após a redemocratização, o partido ficou conhecido como Frente Liberal (PFL) nos anos de apoio incondicional ao governo FHC e, recentemente, como oposição nos governos Lula e Dilma, como Democratas (DEM). 

Confira abaixo a declaração de educadores e entidades estudantis sobre qual o significado de um ministro do DEM na área da educação.

 

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Carina Vitral- Presidenta da UNE

“É um absurdo que Temer nomeie um ministro da educação do DEM, partido que entrou com Ação no STF contra as cotas. Vamos ter que resistir aos retrocessos que estão por vir”.

 

 

 

 

 

bebel-apeoesp88694Maria Izabel Azevedo- Bebel , presidenta da Apeoesp
Como os demais setores da área social, a já negligenciada educação pública será duramente atacada num eventual governo de Michel Temer (PMDB). O ensino médio deverá ser totalmente privatizado, assim como o ensino superior.

 

 

 

 

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Camila Lanes, Presidenta da Ubes

“Lamentável. O golpista Temer colocou o retrogrado deputado Mendonça para ser ministro da Educação, nada fará o movimento secundarista parar de travar lutas contra a lógica do atraso”.

 

 

 

 

 

 

ta,ara_naiz94605Tamara Naiz- presidenta da ANPG

O DEM ficará com o Ministério da Educação (que será fundido ao ministério da cultura). Será ser um prêmio por terem entrado no Supremo contra as cotas?

 

 

 

 

 

 

 

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Madalena Guasco- Presidenta da Contee

Muito preocupante o anuncio do Ministro do DEM que pode impedir os avanços da educação brasileira, enfraquecer o Fórum e as conferencias nacionais em especial a que está prevista para 2018. Além de implementação de uma apolítica autoritária, que fechará novamente o MEC tal como era na década de 90 com os governos tucanos. 

 

 

 

 

 

mercadante91414Aloisio Mercadante- ex ministro da educação

O documento Ponte para o Futuro, do PMDB, é “um passo em direção ao passado e não ao futuro. A desvinculação de receita é um grave retrocesso. É um desmonte do PNE”.
 

 

 

 

 

 

 

 

Por Laís Gouveia*

Do Portal Vermelho 

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Vitória! MEC divulga nota em que condena projetos como o da “Escola Livre”

 

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O Ministério da Educação (MEC) divulgou nota na qual discorre sobre a crescente ameaça às Diretrizes Educacionais e à Constituição manifestada através de documentos e recomendações contrárias à discussão de gênero nas salas de aulas, proibição de atos políticos nas dependências de universidades e institutos federais no Estado de Goiás, e Projeto de Lei aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas que institui o “Programa Escola Livre”.

 

Confira abaixo a nota do MEC ou clique aqui.

Vimos a público manifestar nossa indignação frente a recentes iniciativas de setores da sociedade que buscam cercear os princípios e fins da educação nacional, mais especificamente acerca de documentos autodenominados “notificações extrajudiciais contra o ensino de ‘ideologia de gênero’ nas escolas”; a recomendação do Ministério Público de Goiás (MPF/GO) a 39 órgãos e autarquias federais (incluindo universidades e institutos federais instalados no estado de Goiás), para que não sejam realizados atos políticos dentro das suas dependências físicas; e o Projeto de Lei aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas que institui, no âmbito do sistema estadual de ensino, o “Programa Escola Livre”, o qual, verdadeiramente, tenta anular princípios educacionais consagrados pela Constituição Federal de 1988 e reafirmados pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/1996).

Fundamentada em uma sociedade democrática, a legislação brasileira, ao tratar do ensino, estabelece os seguintes princípios: liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, valorização dos profissionais da educação escolar, gestão democrática do ensino público.

É importante lembrar que nessas três últimas décadas de redemocratização, o Brasil tem construído um sistema educacional que, cada vez mais, incorpora a forma de uma estrutura de Estado, num regime de colaboração entre os entes federados, os poderes Legislativo, Executivo, Judiciário e a sociedade. Esse complexo arranjo institucional, que dá forma e conteúdo à educação brasileira, tem como principal marco a Constituição Federal de 1988. Nessa perspectiva, conquista-se uma educação para o exercício da cidadania: dialógica, plural, laica, contextualizada, crítica e emancipatória.

A Carta Magna Brasileira prevê, no Art. 3.º, inciso IV, que constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, dentre outros, promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Prevê, ainda, em seu Art. 206, no que tange ao direito à educação: I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III – pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino.

Os princípios legais estabelecidos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº. 9.394/1996) reforçam, em seu Art. 3°, aspectos como: I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; III – pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; IV – respeito à liberdade e apreço à tolerância.

O Plano Nacional de Educação, para o período 2014-2024 (Lei nº. 13.005/2014), define entre as suas diretrizes a superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação, e a promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental.

Vale registrar, ainda, a relevância das diversas diretrizes educacionais nacionais, elaboradas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) e homologadas pelo Ministro de Estado da Educação, que devem ser executadas por todos os sistemas de educação, e que apontam para a necessidade de se levar em consideração as questões de gênero na perspectiva dos direitos humanos nos diversos níveis e modalidades de ensino.

Ao Ministério da Educação cabe a defesa da autonomia universitária, ameaçada, por exemplo, pela recomendação do MPF/GO de que a Universidade se abstenha de promover ou participar de atividades cujo tema se relacione ao debate político em torno do impeachment. A autonomia universitária, consagrada pela Constituição Federal de 1988, é uma conquista fundamental da humanidade e constitui um princípio construído em muitos séculos.

Compreendemos que os marcos legais e as diretrizes educacionais nacionais não deixam dúvidas quanto à necessidade de se trabalhar as questões de gênero, resguardadas as especificidades de cada nível e modalidade de ensino, com vistas à promoção da cidadania, à erradicação de todas as formas de discriminação e à promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos e à diversidade. Portanto, iniciativas como as autodenominadas “notificações extrajudiciais” e o “Programa Escola Livre” da Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas estão em franco desacordo com os princípios educacionais do Brasil que sinalizam a obrigatoriedade de se buscar erradicar todas as formas de preconceito e discriminação.

É importante que a escola aborde temáticas como o preconceito e a violência física, psicológica ou moral em todos os sentidos: o preconceito religioso, de gênero, orientação sexual,  raça,  etnia, decorrente de aparência e  de deficiência, ou seja, de   quaisquer  formas de discriminação.

Um professor, ao abordar o preconceito e trabalhar o desenvolvimento de uma cultura de paz, respeito e tolerância em sala de aula, cumpre os objetivos fundamentais da Constituição Federal, que pretende garantir um Brasil sem discriminação. Não há dúvidas de que os professores brasileiros possuem a formação necessária para essa tarefa.

Em suma, repudiamos e consideramos inaceitáveis quaisquer ações que vão de encontro à autonomia universitária, à liberdade de cátedra e se dissociem da criação de uma escola acolhedora de todas e todos, que respeite a trajetória de cada um e cada uma para a valorização da inclusão e diversidade da nossa sociedade.

Brasília, 04 de maio de 2016.

Aloizio Mercadante

Ministro de Estado da Educação

Fonte: Contee

Com informações do MEC

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Governo Federal reúne organizações de todo o país para pacto da educação contra o mosquito

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Mobilizar os atores da educação brasileira para combater o Aedes aegypti. Com esse objetivo, representantes do governo federal, de 22 estados e 110 municípios, além de instituições e organizações públicas e particulares, aderiram ao Pacto da Educação Brasileira contra o Zika em cerimônia realizada nesta quinta-feira, 4, no Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília.

No encontro, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, voltou a destacar a importância da mobilização e da informação para o enfrentamento do mosquito, que além do vírus zika pode transmitir dengue e febre chikungunya. “As escolas são, talvez, a melhor resposta que nós possamos ter neste momento para fazer esse combate, para criar esta consciência e fazer essa mobilização”, disse o ministro.

Com o pacto, o Ministério da Educação pretende usar o alcance das redes federal, distrital, estaduais e municipais de educação, em todos os níveis, da pré- escola à pós-graduação, para levar informações sobre as formas de extermínio do mosquito e identificação da doença.

“Nós somos 60 milhões de pessoas na educação”, disse Mercadante. “Não há nenhuma estrutura na sociedade brasileira que esteja organizada, com mais de 200 mil salas de aula, em coletivos organizados, onde a informação pode chegar e onde nós temos força para mobilizar um efetivo que pode chegar a 150 milhões de brasileiros que têm uma relação direta com a escola.”

Entre as primeiras ações do pacto estão a discussão sobre o vírus zika e o mosquito Aedes aegypti nas semanas pedagógicas nas escolas da educação básica, na volta às aulas dos estudantes e nos trotes universitários, para fazer uma reflexão e mobilizar os estudantes para a importância do combate ao mosquito.

No combate ao vírus, o ministro também destacou a importância de fomentar estudos sobre as doenças, como vacinas e soros. “A universidade pode ser um grande centro para formar multiplicadores para combater o mosquito, um centro de pesquisa, de buscar tratamento, de investir na vacina, de conhecer mais a fundo tudo o que diz respeito a esse vírus”, disse.

Além de Mercadante, assinaram o Pacto da Educação Brasileira contra o Zika os representantes do Fórum Nacional de Educação (FNE), Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições de Ensino Superior (Andifes), Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes), Conselho Nacional das Instituições de Rede Federal de Educação Profissional, Cientifica e Tecnológica (Conif), Associação Brasileira de Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (Abruem), Associação Brasileira das Universidades Comunitárias (Abruc), Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (Crub), Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (Anec), União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (Uncme), Associação Brasileira de Instituições de Educação Evangélicas (Abiee), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), Organização dos Estados Ibero-Americanos para Educação, Ciência e Cultura (OEI), Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso) e Conselho Nacional de Educação (CNE).

O Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – Sinpro Goiás apoia essa campanha!

 

 

Fonte: MEC

 

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O problema da Educação não são os professores, senhor Ministro!

servletrecuperafotoApós o inaceitável pronunciamento do Ministro da Educação Aloizio Mercadante em que culpa os professores pelos problemas da educação brasileira, a Contee reforça sua indignação abrindo espaço para opiniões importantes e fundamentais, como a Professora Titular da Faculdade de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Minas Gerais na área de Políticas Públicas e Educação, pesquisadora PQ-1A/CNPq e Coordenadora da Rede Latino-americana de Estudos sobre Trabalho Docente (Rede Estrado), Dalila Andrade Oliveira.

 

O problema da Educação não são os professores, senhor Ministro!

Em entrevista ao Jornal Folha no dia 28 de novembro passado, o Ministro Mercadante afirmou que se o país formasse médicos como professores, pacientes morreriam. Essa afirmação incomodou muito os professores e a comunidade educacional. Uma das primeiras razões desse incômodo pode ser atribuída ao fato de que sendo ele o principal responsável pelas políticas públicas de educação neste país, pelo menos em âmbito federal, tal constatação genérica e simplista, que poderia ser feita por qualquer cidadão leigo, ganha enorme relevância, pois se espera que como Ministro de Educação seus depoimentos públicos sejam consequentes e baseados em dados de realidade. Ao comparar a formação dos professores e médicos, contribui para a banalização de algo que é extremamente sério: a quem o Estado entrega o bem-estar de sua população. E o faz comparando processos e profissões que guardam enormes disparidades e diferenças. A primeira delas poderia ser atribuída à formação, considerando o currículo, a duração e os processos de sele
ção e, ainda, a natureza dessas profissões e os graus de intervenção que cada uma prevê. Mas, ainda que pudéssemos desconsiderar tudo isso, ao fazer essa comparação, o Ministro não levou em conta que os cenários da educação e da saúde nesse aspecto são muito parecidos, o que invalida seu argumento. Por exemplo, segundo o mesmo Jornal, em 22/01/2014, quase 60% dos médicos que realizaram o exame aplicado em 2013 pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) foram reprovados. O Jornal O Globo, na mesma data, informou que no resultado da avaliação, divulgado pela entidade, 1.684 dos 2.843 participantes que estudaram em São Paulo foram reprovados, sendo 71% destes egressos de faculdades privadas. Dos formados em instituições públicas, o índice de reprovação ficou em 34%.

Percebe-se então que o problema que o Ministro identifica na Educação está presente da mesma forma na Saúde, ou seja, se alguma generalização pode ser feita é que precisamos com urgência discutir a qualidade oferecida pelas instituições privadas de educação superior. Como o Ministro mesmo reconhece, “o grosso dessa formação está na rede privada”, então vemos que a generalização não é justa e deveria indicar, ao contrário do que ele afirma, que “os cursos de pedagogia e licenciaturas são essencialmente teóricos” (antes fossem!), que as políticas públicas em educação no país, às quais ele é o principal responsável, deveriam cobrar mais do setor privado ao invés de beneficiá-lo com programas como o FIES, que tem engolido substantiva parte dos recursos que poderiam ser dirigidos às universidades públicas para ampliar a boa formação dos profissionais brasileiros em seu conjunto e não só na área de educação e saúde.

Outro comentário discutível que faz o Ministro na referida entrevista é com relação ao fato de que, apesar de o MEC ter oferecido 90 mil bolsas para o Pibid, apenas 18% desses bolsistas, quando formados, foram para as redes públicas. Ora, gostaria de indagar ao Ministro se ele tem acompanhado a realização de concursos (ou a falta deles) nas redes públicas de ensino estaduais e municipais? Isso é necessário para saber se esse dado corresponde a professores concursados, pois, do contrário, o que se oferece a esses jovens são condições precárias, sem qualquer estabilidade, baixos salários e ausência de expectativa de crescimento na carreira. Então, mais uma vez, o Ministro vê o problema, mas parece que busca a solução no lugar errado; o problema não é a Faculdade, mas as condições de trabalho que os docentes brasileiros têm que estão entre as piores do mundo. Sem atacar essas condições objetivas não avançaremos no ritmo necessário, não adianta buscar fórmulas mágicas.

O Ministro assume, em alguns momentos da referida entrevista, que a política educacional dos últimos anos teve importantes acertos tais como a inclusão de milhares de crianças e jovens no sistema educacional. Estou inteiramente de acordo com ele e é por isso que considero preocupante muitos de seus argumentos, pois, apesar de algumas vezes insistir em ressaltar a complexidade da educação, acaba cedendo a simplificações, contrariando os processos que reconhece que levaram a essa significativa inclusão, como afirma não só na entrevista, mas na sua tese de doutoramento: “Pela primeira vez avançamos na construção de uma verdadeira estabilidade econômica. Mas o aspecto mais marcante do governo Lula foi a centralidade que ganharam as políticas de renda e de inclusão social. A visão anterior, segundo a qual os problemas sociais seriam resolvidos essencialmente pelo mercado complementado por políticas de caráter compensatório, foi substituída por uma ação sistemática e enfática no combate à pobreza e às desigualdad
es sociais, o que contribuiu decisivamente para a forte dinamização do mercado interno de consumo de massas” (Oliva, 2010).

Esperamos do Ministro e do Ministério mais que análises apressadas sobre a educação pública que apelam para soluções que estão na ordem do mercado, tais como políticas de premiação e bonificação aos docentes vinculadas ao desempenho dos alunos, ou ainda, entregar a administração de escolas públicas às Organizações Sociais (OS). Os médicos não são avaliados pela quantidade de óbitos nem pela quantidade de vida que salvam, por que os professores teriam de responder pelas trajetórias dos seus alunos, especialmente, daqueles originários de setores sociais que por séculos estiveram fora do sistema escolar? Nossa experiência recente é de muitas conquistas, é de grandes avanços, sobretudo no que se refere à ampliação de direitos e justiça social, não podemos perder essa perspectiva, não podemos condenar essa população a mais séculos e séculos de exclusão. Talvez a razão de tanto incômodo é que esses argumentos vieram de um ministro de um governo que se autodenomina democrático-popular, que tem como lema a Pátria Edu cadora e que está comprometido com a inclusão social, com um Brasil que seja um país de todos.

 

 

Fonte: Contee

 

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Comissão discutirá desafios do PNE com ministro da Educação na quarta-feira

 

 

img201508051049473898795-1024x670-615x340Está marcada esta quarta-feira, 11, às 9h30, a ida do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, à Câmara dos Deputados para prestar esclarecimentos sobre como o governo pretende cumprir as metas do Plano Nacional de Educação (PNE) diante das trocas de condução da Pasta e dos cortes orçamentários previstos para o ano que vem. A reunião foi solicitada por deputados da Comissão de Educação.

Mercadante é o terceiro ministro a ocupar o cargo este ano. Antes dele, o ministério foi comandado por Cid Gomes e Renato Janine Ribeiro. Além do Mercadante, foi convidado para o debate o secretário-executivo do ministério, Luiz Cláudio Costa.

Cortes já previstos
No orçamento enviado ao Congresso, o governo prevê pouco mais de 2 bilhões de reais para o programa Ciência sem Fronteiras, que oferece bolsas para estudantes brasileiros no exterior. O valor é a metade do que estava previsto para este ano.

O Pronatec, o programa de ensino técnico do ministério, também terá menos recursos em 2016: pouco mais de 1 e meio bilhão de reais, contra 4 bilhões em 2015.

Fonte: Agência Câmara

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Prévia da base comum da educação

São Paulo, 25 – O Ministério da Educação (MEC) pretende concluir até julho a versão preliminar da Base Nacional Comum, que prevê o que os alunos precisam aprender em cada etapa da educação básica. O documento ainda passará por consultas públicas, e deve ficar pronto em junho de 2016. Especialistas dizem que a falta do currículo único é um dos entraves para o avanço educacional do País.

Manuel Palácios, secretário de Educação Básica do MEC e responsável por coordenar o projeto, disse ao Estado que a perspectiva inicial é de que a base defina 60% do conteúdo. “Queremos deixar um espaço significativo para o desenvolvimento autônomo de redes e escolas”, explicou.

Alguns currículos estrangeiros, como o australiano, ditam até 80% do conteúdo. O restante é a parte diversificada, que permite ajustes à realidade local. É possível dar mais ênfase, por exemplo, à Revolução Farroupilha nas aulas de História em escolas gaúchas.

A ideia é indicar apenas objetivos de aprendizagem: quais conhecimentos é preciso ter ao fim de cada ciclo. Mas não devem vir apontados no currículo os caminhos que o professor precisa seguir para chegar a essas metas. Será tarefa da rede, da escola ou do próprio docente escolher essas estratégias.

Para construir esse currículo único, a pasta analisou centenas de propostas de Estados e municípios, além de projetos já feitos pelo próprio MEC. Agora, uma equipe de 116 especialistas, dividida em 29 comissões, trabalha na redação preliminar do texto.

Cada grupo discute um componente curricular da educação básica – como Arte, Geografia ou Química – e sua especificidade nas quatro etapas: educação infantil, primeiro e segundo ciclos do ensino fundamental, além do ensino médio.

Os grupos têm formação diversa, de especialistas de universidades a docentes das redes locais. Distribuir a discussão pelo País, defende o secretário, é essencial. “Propor a base é propor um pacto federativo.”

Segundo Palácios, a primeira versão deve ficar pronta em julho e será submetida a críticas de entidades especializadas. Depois, o documento passará por consulta pública mais ampla e, no início de 2016, será levado ao Conselho Nacional de Educação, que deve fazer nova rodada de discussão. O Plano Nacional de Educação prevê tudo pronto até junho do ano que vem.

Debate

Denis Mizne, da Fundação Lemann, elogia a proporção de 60% de conteúdo obrigatório. “O Brasil é muito diverso e será fundamental que Estados e municípios possam complementar a base comum com conhecimentos e habilidades que julgarem relevantes para as realidades locais”, destaca. O fato de não definir de que maneira ensinar, para ele, preserva os espaços de inovação do professor em classe.

Já a especialista em educação Ilona Becskeházy defende que o currículo deveria trazer sugestões de estratégias didáticas. “É fácil dar autonomia para quem é superpreparado. Mas o profissional da educação brasileira geralmente teve uma formação precária”, argumenta.

Para Luiz Carlos Freitas, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o risco é de que o currículo seja feito com foco em avaliações educacionais de larga escala, geralmente direcionadas a Matemática e Português. “Não adianta falar de variadas dimensões da aprendizagem, se depois nos concentramos em duas disciplinas e em algumas habilidades”, diz.

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

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Fonte: Contee / Reproduzido pelo Estado de Minas

 

 

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

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Elabora e já prepara execução de metas do PNE

A secretária de educação do município mineiro de Bicas, Jane Alves Durão, é clara e objetiva: “Não adianta fazer um plano ‘de gaveta’ nem um plano bonito no papel, mas sem base na realidade. Sem discussão democrática e sem apoio em dados concretos não se pode fazer um bom plano municipal de educação”.

A professora Jane sabe do que está falando. Com pouco mais de 12 mil habitantes e 1.657 alunos de turmas do primeiro ao nono ano espalhados pelas oito escolas da rede pública de ensino, Bicas teve o plano municipal de educação sancionado no dia 24 de dezembro de 2014. “Foi um presentão de Natal que a cidade se deu”, diz. Desde então, está empenhada em executar as metas traçadas pela população.

Mas o trabalho não foi fácil, assegura a diretora pedagógica da Secretaria municipal de Educação, Rosana Crevelari dos Santos, coordenadora-geral da comissão que elaborou o plano. “A maior dificuldade foi mobilizar a comunidade e fazê-la entender que o plano tinha de ser feito de maneira democrática e ser bem discutido”, revela.

Com muita conversa e muito trabalho de persuasão, a secretaria conseguiu envolver a Câmara dos Vereadores, o Conselho Tutelar, os conselhos escolares e os conselhos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e da alimentação escolar. Também atraiu pais, professores e estudantes e promoveu mais de 50 reuniões e miniconferências nas escolas para debater a situação real da educação local e estabelecer as metas para os próximos dez anos.

“O então projeto de lei do Plano Nacional de Educação serviu de base para o trabalho”, conta Rosana. “Estudamos as 14 metas ligadas aos ensinos fundamental e infantil, que são de atribuição municipal, e discutimos a fundo o que era ou não viável fazermos.”

Depois de audiências públicas, encontros e até uma conferência municipal de educação, que reuniu 300 pessoas, em novembro de 2014, o documento foi encaminhado à Câmara de Vereadores e, depois de aprovado, sancionado pelo prefeito Magela Longo.

Para a secretária Jane, o tempo agora é de arregaçar as mangas e tirar o plano municipal de educação do papel. “Aumentamos o espaço físico, contratamos professoras e psicóloga e podemos dizer que a educação especial já está funcionando como deve ser”, afirma. “Um dos próximos passos será uma reunião do fórum municipal de educação com o prefeito, para acompanhar a execução do plano.”

Andamento — A situação de cada estado e município na elaboração das metas pode ser acompanhada na página do PNE na internet. No mapa, deve ser indicado o estado a ser consultado e, posteriormente, o município.

 

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Fonte: MEC

 

 

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás