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Centro de Goiânia é priorizado em pesquisa de preços de material escolar

Pesquisar os preços resulta em economia, e fracionar a compra entre vários locais, resulta em economia ainda maior, por isso 10 (dez) dos 13 (treze) estabelecimentos pesquisados estão no centro da capital.

Alta média anual é de 8,57%.

Variações entre menor e maior preço para produtos idênticos podem chegar a 300,00%. Para produtos similares, a variação chega a 645,00%.

Produtos de marcas mais conhecidas podem triplicar o valor do produto, considerando aqueles de marcas menos conhecidas.

Atenção especial à lista de material escolar.

Dicas para reduzir o custo final na compra do material escolar.

É chegada a hora de muitos pais e consumidores se preocuparem com uma das principais e mais pesadas despesas de início de ano: a compra do material escolar.

Como não é nenhuma novidade, grande parte destes produtos está mais caro, se comparados com os preços médios praticados no mesmo período do ano passado. Com isso, buscar as alternativas para economizar é muito importante e será refletido no bolso do consumidor.

Neste sentido, o Procon Goiás visitou desde o dia 26 de dezembro até ontem (6/01), 13 (treze) papelarias da capital, verificando os preços praticados em 96 (noventa e seis) dos principais itens da lista de material como cadernos, lápis de cor, giz de cera, borracha, apontador, bloco para fichário, mochilas, colas, pincéis, lapiseiras, tesouras, etc.

A pesquisa de preços é muito importante, mas conhecer seus direitos é fundamental para evitar qualquer abuso praticado por parte dos estabelecimentos de ensino. Por este motivo, a pesquisa também tem o caráter de educar os consumidores sobre os direitos e deveres, pois consumidores que conhecem mais sobre seus direitos, consequentemente exigem mais o seu cumprimento.

Órgão priorizou o centro da capital para facilitar a pesquisa de preços e, consequentemente, uma maior economia no fracionamento da compra dos produtos sem custo adicional com transporte

Dentre os 13 (treze) estabelecimentos visitados pelo órgão, 10 (dez) deles estão estabelecidos no centro da capital. Como a pesquisa de preços é importante, e fracionar a compra em outros estabelecimentos representa uma economia ainda maior, o órgão decidiu concentrar a maioria dos estabelecimentos visitados na região do centro de Goiânia.

Desta forma, o consumidor poderá pesquisar os produtos em pelo menos três papelarias e, sem ter custo adicional com transporte, adquirir somente os produtos com menores preços verificados entre os estabelecimentos, o que resulta em uma economia ainda maior no bolso dos consumidores.

Material escolar acumula alta média anual de 8,57%

Dentre os 96 (noventa e seis) itens pesquisados pelo Procon Goiás, alguns deles que figuraram nesta pesquisa e no último levantamento realizado neste mesmo mês do ano passado, demonstraram um aumento médio anual de 8,57%, no entanto alguns deles a alta chegou a 11,54%, como no caso da caneta hidrocor – ponta fina c/ 12 unidades da marca Neo Pen, que passou do preço médio de R$ 6,43para R$ 7,17.

Outro produto que teve uma alta acima dos 11% foi o corretivo líquido da marca Faber Castel, que era comercializado em janeiro de 2013 ao preço médio de R$ 2,93 e atualmente, é vendido, em média a R$ 3,26, aumento de 11,34%.

Principais variações entre o menor e o maior preço praticados pelos estabelecimentos visitados

Grande maioria dos produtos pesquisados trata-se de comparação de preços de produtos idênticos (mesma marca e modelo). Nestes casos, a variação entre menor e maior pode chegar a 300,00%. É o caso da borracha branca n. 60 da marca Mercur, onde o menor preço encontrado foi de R$ 0,15enquanto o maior preço chegou a R$ 0,60.

Outro produto (idêntico), cuja variação chegou a surpreender, foi verificado na lapiseira de 5mm ou 7mm, da marca Faber Castel. Nestes dois itens, o menor preço apurado pelo órgão foi de R$ 1,90, enquanto o maior preço chegou a R$ 5,90, variação de 210,53%.

Já uma agenda capricho da marca Tilibra, a variação foi de 130,68%, sendo comercializado por R$ 17,99, mas podendo chegar a R$ 41,50.

O fichário Capricho com zíper e alça, da marca Tilibra, pode ser encontrado com preços entre R$ 75,99R$ 206,00, variação de 171,09%.

O giz de cera grosso c/ 12, da Faber Castel, teve variação de 162,10%, com preços oscilando entre R$ 2,48 e R$ 6,50.

O caderno de capa dura espiral de 10 matérias, de personagem Jolie, da marca Tilibra, foi encontrado ao menor preço de R$ 16,31, enquanto o maior preço foi apurado no valor de R$ 30,90, variação de89,45%.

Se deixarmos de considerar a marca, considerando apenas produtos silimilares, as variações são bastante expressivas.

O apontador simples, por exemplo, sem comparação pela marca, apenas considerando o produto de menor preço à venda nos estabelecimentos visitados, pode ser encontrado de R$ 0,20 até R$ 1,49, variação de 645,00%.

A lapiseira de 7mm, também sem levar em consideração a marca, apenas o menor preço do produto em cada loja, a variação pode chegar a 493,00%, pois os preços desse produto variou entre R$ 1,00 e R$ 5,93.

Marca pode fazer o preço do produto triplicar

Que a qualidade dos produtos é importante isso é fato, pois é interessante que o consumidor procure aliar preço com a qualidade do produto. Mas vale ressaltar que nem sempre uma marca pouco conhecida seja sinônimo de má qualidade do produto. O órgão selecionou dois exemplos para demonstrar, na prática, o que isso representa no bolso do consumidor.

Em um mesmo estabelecimento, os técnicos do órgão encontraram uma tesoura s/ ponta da marca Tramontina sendo vendida ao preço de R$ 4,50. No entanto, uma mesma tesoura s/ ponta, pesquisada apenas pelo menor preço à venda no mesmo local, foi encontrada ao preço de R$ 1,50, o que representa um aumento de 200,00%, apenas pela preferência de uma marca mais conhecida.

Neste sentido, cabe ainda informar ao consumidor, que a escola que exige marca de produto em sua lista de material escolar, está infringido normas do Código de Defesa do Consumidor, pois o consumidor tem livre arbítrio para decidir onde comprar e qual produto adquirir, independente da marca.

Outro exemplo prático é a lapiseira de 7mm. No mesmo estabelecimento ela pode ser encontrada ao preço de R$ 4,20 da marca Faber Castel, ou, independente da marca, ela pode ser adquirida por R$ 1,00, um aumento que pode pesar e muito no bolso do consumidor. Neste caso, representa 320,00% de aumento.

Lista de material escolar requer atenção especial

Quando a escola define o valor da mensalidade, com base em suas planilhas de custos, já estão inclusos as despesas de custeio, ou seja, produtos de limpeza, materiais de expediente, etc.

Quando há a inclusão de algum item de uso coletivo da escola ou dos alunos, há a cobrança desses produtos em duplicidade, onerando o consumidor excessivamente, prática abusiva que fere as normas do Código de Defesa do Consumidor.

Portanto, quando houver dúvida sobre algum item solicitado, que a princípio demonstra ser de uso coletivo, deve ser questionado junto à escola para saber qual será sua real finalidade de utilização.

Isto porque não podemos utilizar como regra que todo produto de uso coletivo é proibido de ser solicitado. Até porque, se um desses produtos for utilizado para algum tipo de atividade escolar, ou seja, que vai influenciar no processo didático pedagógico do aluno, é perfeitamente aceitável a sua solicitação.

Portanto, o questionamento junto a escola deverá ser feito sempre que houver dúvida, caso o produto seja, de fato, para uso coletivo, os pais devem simplesmente ignora-los da lista de material escolar. Se a escola insistir na aquisição, essa prática deverá ser denunciada junto ao Procon Goiás, pessoalmente ou por meio do dique denuncia: 151.

Vale ressaltar ainda que o estabelecimento de ensino não poderá exigir marca, modelo, ou determinar o local a ser efetuado a compra do material escolar, pois o consumidor deve ter total liberdade para pesquisar e adquirir os produtos que estejam adequados ao seu bolso.

Dicas para reduzir o custo final da compra do material escolar

Além de fazer uma pesquisa de preços com calma, verificando preços e qualidade, em pelo menos três estabelecimentos, é interessante fracionar a compra, não adquirindo todos os produtos em um mesmo estabelecimento, agindo assim, a economia será ainda maior. Neste sentido, o órgão concentrou a maioria dos estabelecimentos no centro da capital para facilitar a comparação e a compra fracionada dos itens.

Outra dica que também pode reduzir o custo final é solicitar, junto à escola, uma lista dos materiais que restaram do ano letivo anterior e que podem ser reaproveitados como tesouras, caixa de lápis de cor, canetas, etc, antes de sair às compras.

Evitar levar os filhos na hora da compra para não ser influenciado por eles pode ser uma boa opção de economia, pois produtos de personagens infantis são a preferência da garotada e, não necessariamente, de melhor qualidade, mas que pode onerar ainda mais o custo final da lista.

No entanto, também pode ser um bom momento para iniciar uma educação para um consumo consciente, demonstrando a ele o melhor custo benefício do produto e quanto pode economizar ao substituir determinados produtos.

 

Fonte: Procon Goiás

 

 

Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa do Sinpro Goiás

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Alta do papel e do dólar pesa no preço do material escolar

A alta do preço do papel, do dólar e a elevada carga tributária são os principais vilões do aumento do preço dos livros didáticos e de material escolar, segundo entidades ligadas ao setor. Em 2013, o dólar subiu pouco mais de 15% em relação ao real, encarecendo os produtos importados. Já o papel, segundo o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), aumentou em torno de 12%. Somado a esse cenário, a Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (Abfiae) aponta a alta cobrança de tributos, que pode chegar a 47% do preço final.

Na hora de comprar, os altos preços são evidentes. Mãe de três filhos, a bacharel em direito Raíres Cunha, chegou a gastar cerca de 20% a mais que no ano passado. O valor pago, relata, deve superar a mensalidade que paga no colégio particular onde os filhos estudam. As compras ainda não terminaram e ela já desembolsou mais de R$ 800. “E isso apenas para um dos filhos”, diz.

De acordo com as entidades do setor, os aumentos têm justificativa. Em relação aos livros, a presidenta do Snel, Sônia Machado Jardim, explica que ainda não foi feito um levantamento do reajuste este ano. “Vários aumentos ocorreram no último ano, causando impacto no custo de produção do livro. Por exemplo, o papel aumentou em torno de 12%, o dissídio da categoria foi 6,40%. Infelizmente, esses aumentos acabaram refletindo no preço do livro”.

Segundo ela, as isenções concedidas ao setor não são suficientes para garantir a diminuição dos preços. Desde 2004, o livro é isento do PIS e da Cofins, inclusive na importação, que variavam entre 3,65% e 9,25%, dependendo do regime tributário da empresa. “No mesmo período, só o reajuste salarial da categoria foi 79,96%, ou seja, o benefício da isenção fiscal teve seu reflexo acumulado ao longo desses dez anos pelo aumento dos insumos”, explica Sônia.

Nos itens de papelaria, como cadernos, canetas, cola, giz de cera, que fazem parte da lista de material dos estudantes, a Abfiae, que reúne marcas como a Faber-Castell, Tilibra e Bic, diz que não é possível padronizar a taxa de aumento. O setor é “bastante pulverizado e os preços variam muito de acordo com a concorrência”, argumenta o presidente da associação, Rubens Passos. Segundo ele, são os tributos que encarecem os produtos.

Um levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) mostra que a carga tributária responde por 47,49% do preço de uma caneta, por exemplo. No caso de uma régua, a taxa chega a 44,65%, e de um lápis, a 34,99%. A associação acredita que uma redução do PIS e da Cofins e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) poderia significar queda de 10%.

O professor da Fundação Getulio Vargas, no Rio de Janeiro, e especialista em varejo Roberto Kanter acrescenta outro componente para o aumento: o dólar. A alta da moeda norte-americana tem impacto nos produtos importados do setor, o que nem sempre é fácil de identificar. “Quando vemos na papelaria que um produto é de outro país, é fácil evitar a compra e economizar, mas boa parte dos produtos e insumos é importada pelas indústrias e elas revendem”.

Kanter ressalta que, no início do ano, a demanda cresce e o comércio aproveita para lucrar. “O ano de 2013 não foi bom para o varejo, o empresário aproveita então esse período de maior demanda para aumentar os preços. E nem sempre isso é proporcional ao aumento dos índices. Se um produto custa R$ 0,70, ele arredonda para R$ 1, sem perceber que isso representa um aumento de 40%”.

A dica do professor é fazer uma boa pesquisa de preço e optar por lojas menores, onde se possam negociar preços menores. Raíres Cunha está fazendo a pesquisa e deixou os itens de papelaria para as últimas compras. Ela adianta que na capital federal são encontrados produtos de todo preço. “Achei canetas bem baratinhas e canetas de até R$ 6”.

 

Veja a carga tributária sobre o material escolar:

Agenda Escolar: 43,19%

Apontador: 43,19%

Borracha: 43,19%

Caderno Universitário: 34,99%

Caneta: 47,49%

Cola Tenaz: 42,71%

Estojo para Lápis: 40,33%

Fichário: 39,38%

Folhas para Fichário: 37,77%

Lancheira: 39,74%

Lápis: 34,99%

Livro: 15,52%

Mochilas: 39,62%

Papel Pardo: 34,99%

Papel Carbono: 38,68%

Papel Sulfite: 37,77%

Pastas Plásticas: 40,09%

Régua: 44,65%

Tinta Guache: 36,13%

Tinta Plástica: 36,22%

Fonte: Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação

 

 

 

Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa do Sinpro Goiás