Fórum da Educação encerra discussões e traz novas propostas para IES
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Fórum da Educação encerra discussões e traz novas propostas

FORUM IES

A capital goiana foi cenário para o VI Fórum da Educação Superior do Estado de Goiás. Neste ano o encontro aconteceu entre os dias 15 a 17 de abril, no auditório João Bênio, da Federação da Indústria do Estado de Goiás (FIEG). Promovido pelo Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Educação Superior do Estado de Goiás (SEMESG), o encontro reuniu mais de 250 pessoas de todo País. Para fundamentar estas discussões o Fórum contou com aproximadamente 100 Instituições de Ensino Superior e diversos Conselhos Estaduais da Educação.

Segundo o Presidente do SEMESG, Professor Jorge de Jesus Bernardo, a proposta deste Fórum foi atual e inovadora. “As discussões foram intensas, proporcionando trocas de experiências e conhecimentos. Estou surpreso com o resultado alcançado, porque conseguimos atender de forma satisfatória as exigências de nosso público”, afirmou entusiasmado.

Para Professor Jorge, o Fórum veio consolidar o intercâmbio das Instituições de Ensino Superior (IES) do Estado de Goiás, de forma a aproximá-las do Ministério da Educação (MEC). “O grande foco deste evento foi a integração dos sistemas federais, estaduais e municipais. Queremos manter uma proximidade com o Ministério. Esta visão de aglutinação precisa repercutir em nível nacional”, destacou.

70 Anos CONFENEN

Como destaque, o encontro comemorou os 70 anos da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (CONFENEN). Em forma de agradecimento foi prestada homenagem institucional a CONFENEN e ao presidente desta entidade, Professor Roberto Geraldo de Paiva Dornas.

Para professor Dornas, o reconhecimento foi devido ao belíssimo trabalho que a instituição realiza. “Esta homenagem representa as tarefas que desempenhamos para a educação no Brasil. A defesa da liberdade de ensinar e aprender”, frisou.

Palestra Magna

Outro grande destaque do evento foi a palestra Magna, ministrada pelo Presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), Professor Gilberto Gonçalves Garcia. Com o tema “O Sistema Nacional de Educação e as Instituições de Educação Superior”, a apresentação demonstrou como o sistema de educação pode auxiliar na política continuada de qualificação do ensino brasileiro.

Para Gilberto, o sistema nacional é integrado a três grandes pilares no debate da educação nacional: regime de colaboração, pacto federativo e sistema nacional da educação – temas que impactam na avaliação do ensino superior.  “A expectativa é discutir as políticas públicas ligadas à ideia do sistema nacional”, ressaltou.

Diálogo da Educação

Sobre o impacto da educação no indivíduo e sociedade, o Pró-Reitor do Instituto Federal de Goiás (IFG), Professor Andelino Cândido Pimenta, expressou a necessidade de integração, articulação e de uma colaboração, entre todas as instituições que trabalham com educação no país.“Todos os segmentos têm que se preocupar e colocar-se à disposição. Para fazer educação tem que se atentar a educação básica até a superior”, sinalizou.

A Diretora do Centro de Formação dos Profissionais da Educação (CEFPE), Professora Cecília Torres Borges, também compartilha da mesma ideia. Para ela, o Fórum vem num momento oportuno, já que tanto os municípios quanto o próprio estado de Goiás vem discutindo o plano municipal ou estadual. “É muito importante esta participação, porque é na educação superior que se formam profissionais para educação básica”, salientou.

Desafios da Avaliação

O Reitor Sebastião Lázaro Pereira da Universidade de Rio Verde (UniRV) enfatizou que a educação, como um todo, passa por desafios, por critérios de avaliação cada vez mais consistentes. “Esta é a segunda vez que a UniRV participa deste Fórum. O tema avaliação da educação superior, é muito importante”, evidenciou.

Para o Pró-Reitor de ensino do Instituto Federal Goiano, Professor Virgílio José Tavira Erthal é sempre bom participar de eventos como este, tanto em nível estadual e nacional, cujo foco principal é a educação, e neste evento é educação superior no Estado de Goiás. “Além de um momento de aprendizagem, de troca de experiências com instituições, revitalizamos conceitos e embasamos nossas ações nesta área”,complementou Virgílio.

Prova desta padronização pode ser percebida na palestra da Coordenadora Geral de Autorização e Reconhecimento de Cursos de Educação Superior (CGARCES/ SERES/ MEC), Luana Maria Guimarães, que abordou a temática Regulação e Supervisão da Educação Superior. Para ela, a tentativa de trabalhar os aspectos positivos das ações realizadas pelas instituições melhora e garante qualidade das ofertas do ensino produzido.

Regulamento e Supervisão

Segundo Luana, a proposta do evento ajuda a qualificar o debate, a aproximar o ente regulador e o setor regulado. “Conseguimos perceber como as pessoas estão vendo nosso trabalho”, refletiu.

A Vice-Presidente da Associação Nacional das Universidades Particulares (ANUP), Elizabeth Guedes, destacou a clara e boa vontade do MEC em melhorar a forma de supervisão. “Este Fórum nos ajuda a ter mais segurança. Nos mostra novas possibilidades de planejar as atividades acadêmicas sem ser surpreendida com novas medidas de regulação”, destacou.

Sistema de Ensino

Sobre a articulação dos Sistemas de Ensino a Presidente do Conselho Estadual de Educação de Goiás, Maria Ester Galvão de Carvalho, acredita que o assunto é de extrema importância para o aprofundamento das relações entre o Sistema Federal e Estadual de Ensino Superior.

Ester afirmou que esta é a melhor oportunidade de integrar e ouvir um pouco sobre as perspectivas, tanto para a área pública e privada das IES. “O cenário atual, brasileiro e estadual, é de muita articulação. Neste sentido, as IES têm uma responsabilidade grande aos rumos que o País irá tomar”, enfatizou.

Articulação dos Sistemas

cerca deste controle na educação, a Coordenadora-Geral e Diretora-Substituta na Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino SASE/MEC, Rosilea Maria Roldi Wille, discorreu em Workshop sobre o Sistema Nacional de Educação, assunto que tem mobilizado a sociedade. Ela explicou que a educação e o plano nacional são os articuladores do sistema. “A gente entende que os planos estaduais e municipais serão os articuladores dos próprios sistemas”, frisou.

Planejamento das IES

A Coordenadora-Geral de Avaliação dos Cursos de Graduação e Instituições de Ensino Superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (CGACGIES/INEP/MEC), Suzana Schwez Funghetto, trouxe a discussão do Planejamento Estratégico das IES. De acordo com ela, a autoavaliação é um momento único das instituições, apesar de haver algumas questões pertinentes de como elaborar um relatório de autoavaliação. “É neste momento que a instituição se coloca frente ao planejamento estratégico, ao seu projeto institucional e se projeta para ações futuras”, destacou.

Em destaque, Suzana falou sobre a importância desta atividade dentro de uma instituição. Para ela, o trabalho de autoavaliação fornece elementos para a construção de um relatório do que acontece na instituição, seus indicadores de qualidade, a fim de projetá-la para o futuro. “Apesar de o sistema estar consolidado, faz-se necessário recuperar o papel da autoavaliação”, refletiu.

Educação e Tecnologia

O Conselheiro da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação (CNE), Paulo Barone, abordou a temática Educação a Distância e Educação Continuada no Brasil de hoje. Para ele, esta modalidade de ensino representa a introdução das novas tecnologias no cenário da educação.

Segundo Barone, a educação incorpora a contemporaneidade e isso contribui para inovação da educação presencial, com a utilização de métodos análogos. “A literatura eletrônica, o uso de e-mails não bibliográficos, os objetos didáticos, entre outros têm contribuído para o aprimoramento de nosso trabalho”, refletiu.

Troca de Experiências

De acordo com a Presidente do Conselho Estadual de Educação de Goiás (CEE-GO), Maria Ester Galvão de Carvalho, um dos grandes desafios que o Fórum contemplou foi a formação de um novo sistema de educação – o Sistema Nacional. “Em vários painéis do Fórum tratamos desta temática e no Workshop específico também”, destacou.

Em entrevista ao SEMESG, Ester explicou que o Sistema Nacional será conhecido como sistema dos sistemas. “Ele propõe estas relações democráticas, principalmente o cumprimento das normas e objetivos que foram estabelecidos pelo Plano Nacional de Educação (PNE)”, sinalizou.

Atendimento ao Pesquisador Institucional

A Coordenadora do Núcleo de Atendimento ao Pesquisador Institucional (NAPI/SERES/MEC), Maria Adelaide Santana Chamusca, conduziu o último Workshop do evento com o tema Núcleo de Atendimento ao Pesquisador (NAPI). Nesta oficina, ela explicou o funcionamento desta área que faz parte da SERES, compreendida em atender aos procuradores institucionais, os contatos entre a instituição e o MEC, com o objetivo de solucionar problemas das IES com a Secretaria de Regulação SERES/MEC.

Segundo Adelaide, o sistema é essencial também para o aluno, já que é possível verificar se o curso é reconhecido, qual a avaliação dele, se houve alguma supervisão, se a instituição deste curso teve uma boa avaliação.

Políticas de Financiamento

Um ponto bastante importante tratado neste Fórum, que mereceu destaque, foi o aprofundamento e a discussão intensa sobre o Financiamento para a educação. Quem expôs sobre este assunto foi o Coordenador-Geral do Fundo Nacional de Desenvolvimento de Educação (FNDE), Adriano Seabra. O tema foi dividido em dois blocos: modificações que o FIES teve e os desafios de contenção orçamentária deste sistema.

Seabra explicou de forma clara e direta que o MEC tem se empenhado e garantido a realização de todos os contratos de aditamentos existentes, havendo espaço para contratações novas, sendo 1,2 milhão de aditamentos realizados e cerca de 200 mil estudantes contratados. “Temos um orçamento menor neste ano, mas mesmo assim estamos garantindo contratos”, afirmou.

Para ele, a proposta de trazer discussões como esta para o Fórum é fundamental para o MEC e para a educação como um todo, a fim de fornecer subsídios valiosos para o governo empreender políticas cada vez melhores. “O trabalho do SEMESG se insere na possibilidade da sociedade organizada levar ao governo federal as potencialidades. Uma parceria que vale a pena”, refletiu.

Avaliação Superior e suas atuais Políticas

No período da tarde quem deu continuidade ao encontro foi a Diretora de Avaliação da Educação Superior (DAES/INEP/MEC) Cláudia Maffini Griboski, que abordou As Políticas de Avaliação da Educação Superior. Para ela, um tema muito importante, já que possibilita a abordagem sobre a qualidade do sistema nacional de educação superior. “É interessante falar sobre este tema atual, que avalia estudantes, cursos, instituições de educação superior, do sistema particular e federal de ensino”, considerou.

Cláudia apontou que a iniciativa do SEMESG é extremamente importante, já que promove o diálogo entre o MEC e as instituições, um espaço de interlocução, de exposição de dúvidas, em que o MEC acaba tendo uma aprendizagem de como esse processo acontece. “Por meio destes eventos conseguimos aproximar as instâncias e conseguimos subsídios para construção destas propostas conjuntas”, informou.

Espaço de Referência

Segundo a Vice-Reitora da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) e Presidente do Conselho Fiscal do SEMESG, Professora Olga Izilda Ronchi, estes seis anos de implantação e implementação do Fórum constitui um espaço de referência para o Brasil. “Dificilmente teremos em outro estado um trabalho com esta abrangência, que traz o MEC, com seus diversos órgãos, que traz instituições de diferentes abrangências jurídicas e administrativas, faculdades, centros universitários, universidades, rede pública federal e estadual, instituições municipais, privadas e as comunitárias”, destacou.

Para Professora Olga, o espaço constitui um extenso debate de reflexão sobre a política nacional de educação, proporcionando uma visão sistêmica acerca da educação. “Cada vez mais o SEMESG tem atuado de forma qualificada e propositiva. Portanto, este é um espaço de referência nacional que vem qualificar a qualidade do ensino superior”, pontuou a Vice-Reitora.

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Fonte: Semesg

Foto: Ana Paula (PUC-GO)

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás