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SINPRO GOIÁS REALIZA ESPETÁCULO MUNDO CERRADO

IMG-20170529-WA0021O Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – SINPRO GOIÁS tem o prazer de anunciar o espetáculo “Mundo Cerrado”, domingo, 11/06 às 17h, no Teatro Sesi. Uma peça teatral para todas as idades, com texto de Danilo Alencar e direção de Edson de Oliveira, que discute a importância da preservação do cerrado e animais que lá existem.

A Anta, Arara, Bicho-preguiça, Lobo-guará, Onça-pintada e o Tamanduá-bandeira se reúnem em assembleia, para discutirem o destino da flora e fauna de seu habitat, o cerrado. Depois de horas de debate, ponderação das circunstâncias e consideração do mito, Curupira, os animais decidem partir para a cidade, a fim de reivindicarem seus direitos aos responsáveis pela degradação, os seres humanos.

Ao chegarem ao ambiente urbano, os bichos conseguem sensibilizar as pessoas fazendo-as perceberem que a transformação do mundo está em cada um. Dois caçadores representam a ameaça para os típicos seres, que habitam o cerrado, desmatando, queimando florestas e matando vários animais inocentes. Após serem presos, os caçadores são condenados a repararem seus erros.

No fim, o espetáculo é capaz de levar uma mensagem de moral tanto para uma criança quanto para um adulto, pois além de mostrar o valor do perdão, mesmo diante de situações calamitosas, como a do cerrado, os bichos / atores distribuem, ao som de uma ciranda, sementes para que o público possa plantá-las e fazê-las crescer nesse mundo cerrado.

Desfrute com seus filhos, familiares e amigos, de um momento de lazer e aprendizado! Adquira já o seu ingresso na sede do Sinpro Goiás (R$ 20,00 – int.) e (R$ 10,00 – meia)*.

 

*Associados ao SINPRO GOIÁS pagam meia entrada com a apresentação da carteirinha de filiado(a)!

 

SINOPSE

Mundo cerrado narra a história de seis bichos habitantes do Cerrado: o Onça-pintada, o Lobo-guará, o Tamanduá-bandeira, a Arara, a Anta e o Bicho-preguiça. Cansados com os constantes abusos e despropósitos dos seres humanos, os bichos se revoltam e decidem dar um basta, não aceitando mais a situação em que vivem.

Serviço:

Mundo Cerrado

Data: 11/6/2017 – Domingo

Horário: 17 h

Local: Teatro Sesi

End.: Avenida João Leite, nº1013 – Santa Genoveva, Goiânia – GO

 

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Ingressos:

Sinpro Goiás –  Av. Independência, nº 942, Qd. 943, Lt. 33, Vila Nova, Goiânia-Go

(abaixo do terminal da Pça. da Bíblia)

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25 sofismas do relatório da Reforma Trabalhista

SINPRO GOIÁS -  CARTEIRA00001

Na tumultuada sessão da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal,  realizada ao dia 23 de maio de 2017, o Senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), Relator do Projeto de Lei da Câmara Federal (PLC) N. 38/2017 — que trata da (de)reforma trabalhista —, apresentou o seu parecer, que não foi lido em plenário, mas foi dado como se tivesse sido pelo Presidente da referida Comissão, Senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).

O citado parecer, composto por 74 páginas, faz extensa análise subjetiva do realçado PL, concluindo pela sua aprovação, com a redação original, com a recomendação de vetos, para regulamentação por meio de medida provisória, dos dispositivos que tratam do trabalho da gestante em ambiente insalubre, serviço extraordinário da mulher, acordo individual de jornada de 12×36 horas, trabalho intermitente, representantes dos empregados e negociação do intervalo intrajornada.

Ao justificar tal recomendação, o Senador registra:

“[…] Desse modo, concertamos junto ao Poder Executivo que alguns itens da proposta em tela devem ser vetados, podendo ser aprimorados por meio da edição de medida provisória que contemple ao mesmo tempo o intuito do projeto aprovado na Câmara dos Deputados e o dever de proteção externado por muitos parlamentares”.

Ao se comentar esse parecer, é preciso registrar, desde logo, que quem o lê, se tiver o cuidado de cotejá-lo com o substitutivo do deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) — aprovado pela Câmara Federal —, com as  101 propostas apresentadas pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), em dezembro de 2012, ao Congresso Nacional e à então Presidente Dilma Roussef, com as reiteradas manifestações sobre o tema do presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra da Silva Martins Filho, e com a decisão liminar do ministro Gilmar Mendes proferida na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) N. 323/2014 — que suspendeu a Súmula N. 277, do TST, que assegura a ultratividade das normas coletivas — por certo concluirá que todos saíram da mesma matriz, e que não foram produzidos de maneira atabalhoada e de ocasião, mas, sim, de forma pensada, maturada e concertada, por esses diversos atores, com a mesma finalidade.

Vale salientar que votos e manifestações dos ministros do STF, Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso e Teori Zavascki — citado uma vez, com ou sem autorização, não se sabe —, são invocados como vigas mestres do PL.

No afã de tentar rebater as abalizadas e fundamentadas críticas ao PL, advindas de amplos e representativos segmentos sociais, como a CNBB, a Anamatra, o MPT e todas as centrais sindicais, o relator despeja uma pletora de sofismas, vendendo-os como verdades absolutas, como é próprio dos contumazes sofistas, sendo que muitos deles beiram ao escárnio. No entanto, nenhum deles resiste ao menor sopro de realidade, nada mais fazendo do que confirmar tudo que se diz contra o PLC em questão.

Dentre os diversos sofismas derramados pelo relator, destacam-se, aqui, 25:

2 “Fundamentalmente, esta proposta se motiva por específico princípio constitucional: o da dignidade da pessoa humana. É sob esta perspectiva que devemos entender uma reforma que intenciona que as pessoas realizem seu potencial e persigam seus sonhos”( p.3).

Como isso será possível, o relator não diz nem poderia fazê-lo, por ser absolutamente incompatível com o conteúdo do PL.

3 “Em especial, esta é uma proposta voltada para garantir um direito previsto no rol de direitos sociais do art. 6º: o direito do trabalho…”(p. 4).

4 “Trata-se de uma reforma pautada pelo imperativo da flexibilização com proteção”(p. 5).

5 “Portanto, a discussão provocada pela reforma trabalhista neste tema é, em sua essência, sobre a quem cabe decidir o que é uma condição mais benéfica para o trabalhador: ele próprio ou um magistrado?” (p.8).

6 “… Não há e não poderia haver na proposta qualquer dispositivo contrário ao sagrado direito constitucional de acesso à Justiça, especialmente por parte dos mais pobres…” (p.10).

6.1“Nossa avaliação é radical: “o direito ao acesso à Justiça é cláusula pétrea de nossa Constituição…” (p.11).

7 “ Esta é uma reforma para toda a sociedade…” (p.13).

8 “O futuro é o que fazemos agora…” (p.15).

9 “ Não podemos ter medo do novo” (p.15).

10 “No mérito, julgamos um imperativo flexibilizar a legislação trabalhista e empoderar os trabalhadores, permitindo que tenham maior participação em criar as normas que regem as suas próprias vidas.” (p.33).

11 “Permitir a prevalência do negociado sobre o legislado é permitir que se estipulem contratos mais eficientes, mutuamente benéficos para empregados e empregadores, com óbvios ganhos para a produtividade” (p.34).

12 “São várias as salvaguardas presentes na proposta em relação à prevalência do negociado sobre o legislado. Entre elas:

– a necessidade de participação dos sindicatos na maioria das negociações, isentando da sua atuação praticamente somente as negociações dos trabalhadores hiperssuficientes, uma minoria da força de trabalho que possui cumulativamente escolaridade de nível superior e remuneração de cerca de 12 salários mínimos.

– a criação de poderoso incentivo para que os sindicatos atendam aos interesses dos trabalhadores e se fortaleçam, por meio do fim da obrigatoriedade da contribuição sindical; e

o estabelecimento de um amplo rol taxativo de itens que são objeto ilícito dos acordos e convenções coletivas, isto é, que não podem em hipótese  alguma ser negociados” (p.38).

13 “Sobre o acordo individual para banco de horas: “Julgamos que essa alteração é vantajosa para o trabalhador, permitindo ganhos de produtividade e de renda, além de ganhos de qualidade e de vida, uma vez que a pessoa poderá pactuar sua jornada conforme lhe for mais vantajosa. Pode-se, assim, evitar o trânsito caótico das nossas cidades e optar por ficar mais tempo com a sua família” (p.41).

13.1“…No próprio art. 7º, a Constituição diferencia as situações em que cabe acordo coletivo ou que cabe apenas acordo, sendo evidente que ao escolher fazer tal distinção o constituinte dividiu temas que podem ser tratados por acordo coletivo e os que podem ser tratados por acordo individual” (p.42).

14 “Em nossa avaliação, estamos concedendo não só maior protagonismo aos sindicatos, como, ao rumar para maior liberdade sindical, estamos também os fortalecendo. Isso porque o novo formato de financiamento estimula justamente uma participação ativa dos sindicatos: sem dúvida, serão mais  fortes os sindicatos que mais entregarem resultados para os trabalhadores de sua categoria, não havendo recompensa à inércia” (p.45).

15 “Trazemos a participação dos sindicatos, por exemplo, para quando, em momentos de crise da empresa, em troca da manutenção do emprego, seja necessário pactuar a redução do salário ou da jornada, evitando-se assim a dispensa imotivada, conforme o disposto no § 3º do art.611-A. Desta forma preservam-se os empregos” (p.45).

15.1“Neste ponto salientamos a necessidade de enxergar o projeto de forma sistêmica, pois o sindicato deixa de ser chamado somente ao fim da relação laboral. Ele também passa a ser um acompanhante da fiel execução do contrato de trabalho durante a sua vigência, com a criação do termo de quitação anual, previsto no art. 507-B” (p.46).

15.2“O termo é uma faculdade de empregador e empregado que visa criar segurança jurídica para os vínculos trabalhistas e também filtros para o uso da Justiça do Trabalho, com benefícios, mais uma vez, na celeridade dos processos e na economia processual” (p.46).

15.3“Ao passo que damos maior protagonismo aos sindicatos, também retiramos obrigações da CLT que são menores, meramente burocráticas e atrapalham as suas atividades, como a obrigatoriedade da homologação da rescisão do contrato de trabalho pelo sindicato. Consideramos que a medida não desprotege o trabalhador, mas permite que se reduza a burocracia imposta a empresas, trabalhadores e aos próprios sindicatos, permitindo que concentrem tempo e energia em atividades mais importantes, para o bem do crescimento da produtividade. Desta forma somos favoráveis à redação do art. 477 da CLT dado pela proposta” (p. 46 e 47).

15.4“Ademais, consentimos com a redação dada  pelo PLC à alínea ‘f’ do artigo 652 e aos artigos 855-B, 855-C, 855-D e 855-E da CLT. Estes dispositivos permitem a homologação de acordo extrajudicial dispensando a tutela dos sindicatos. Há segurança suficiente para o trabalhador com a participação do juiz, que garantirá que os acordos não sejam meras simulações. Assim, ficam os representantes sindicais com uma burocracia a menos e mais recursos disponíveis para resolver outras questões relevantes para os trabalhadores” (p.47).

16  “Outra flexibilização vantajosa é a constante do art. 134 da CLT, que, no PLC, prevê a possibilidade de parcelamento das férias em até 3 períodos, com um deles sendo não inferior a 14 dias, e os demais não inferiores a 5 dias… Tal flexibilização pode atender mutuamente as necessidades de produção do empregador e a vida pessoal do empregado” (p.49).

17 “Senhoras Senadoras e Senhores Senadores, já falamos diversas vezes neste relatório sobre o problema do populismo, do ativismo judicial. Ele se caracteriza pela infame invasão das competências do Congresso Nacional; pela insegurança jurídica que inibe a criação de empregos; e por decisões impensadas que em seu conjunto acabam por prejudicar o trabalhador… Esta reforma trabalhista é bem vinda também por mitigar essa questão. Ao longo da tramitação deste projeto, nos  certificamos que as inovações propostas não subtraem direitos constitucionais sagrados, como o acesso à Justiça…” (p.54).

18 “…Além de propor mecanismos que reduzirão sobremaneira o número de processos judiciais, o projeto traz dispositivos específicos que, ao entrarem em vigor, abrangerão milhões de processos em tramitação na Justiça do Trabalho há anos, permitindo assim que sejam solucionados rapidamente com o suporte do novo comando legal” (p.58). Leia-se prescrição intercorrente.

19 “Outra vantajosa previsão é feita pelo PLC para o art. 11-A da CLT, que institui a prescrição intercorrente para processos trabalhistas, de 2 anos” (p. 61).

20 “O dispositivo inserido no PLC prevê  que o trabalhador poderá movimentar 80% de sua conta do FGTS e receber metade da indenização referente ao aviso prévio e ao FGTS e receber metade da indenização referente ao aviso prévio e ao FGTS, embora não possa receber o seguro-desemprego. É, portanto, uma opção vantajosa para o trabalhador que não receberia nada caso, por exemplo, quisesse mudar de emprego…” (p.67).

Acesse aqui a análise de como a Reforma Trabalhista transforma a CLT na Consolidação das Leis do Capital

*José Geraldo de Santana Oliveira é consultor jurídico da Contee e do Sinpro Goiás

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Não há condições de Temer seguir no cargo, afirma CNBB

SINPRO GOIÁS -  TEMER00001“Nós pensávamos que o pior já tivesse passado. Claro que, de alguém que está há tanto tempo na política e num partido que também vinha sendo acusado na Lava Jato, se podia esperar alguma coisa, mas não nesse montante”, diz o dom Leonardo em entrevista à BBC Brasil. “Por isso a presidência [da CNBB] tomou a iniciativa de emitir uma nota para dizer que, para alguém que exerce um cargo público, a idoneidade é tudo”, acrescenta. ‘”Se alguém vem e diz que está subornando juiz e o Ministério Público, não é possível que quem está à frente do Estado não se mexa”, afirma Steiner

Para o dirigente católico, as gravações da JBS mostram para o País que a coisa pública é tratada como vantagem pessoal, ou como vantagem do partido, de determinados grupos. “O que espanta é que falem de bilhões como se fossem mil reais.”

Sobre o processo de substituição de Michel Temer, dom Leonardo Steiner defende que a escolha deve passar pelo povo. “A outra saída em que se fala mais é do próprio Congresso eleger um novo presidente e um novo vice, no caso de renúncia ou de cassação do atual presidente. Mas penso que é sempre importante passar pelo voto, é sempre importante ouvir a sociedade”, afirmou.

O bispo católico disse também que o agravamento da crise política deve paralisar o andamento das reformas da trabalhista e da Previdência. “Como podem pessoas que estão tão envolvidas na Lava Jato decidir os destinos da população brasileira? Depois, há a necessidade de maior diálogo com a sociedade em relação, por exemplo, à [reforma da] legislação trabalhista. Sobre a terceirização, não houve diálogo. Sobre a reforma da Previdência, até agora não se mostraram os dados reais. Fala-se em deficit, mas como funciona a Previdência brasileira? É preciso debater muito mais”, afirmou.

Fonte: Brasil 247, com informação da BBC Brasil
Foto: Jorge William / Agência O Globo

 

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Temer apela aos militares. “Vamos resistir”, conclama a Contee

SINPRO GOIÁS -  EXERCITO00001

A Polícia Militar do Distrito Federal aproveitou a ação de um pequeno grupo de provocadores (black bloc e outros) para reprimir violentamente a Marcha em Brasília, convocada pelas centrais sindicais, inclusive Contee, que reuniu mais de 150 mil trabalhadores e militantes dos movimentos sociais em Brasília. Aproveitando a provocação, o governo ilegítimo de Temer convocou o Exército para reprimir a população de Brasília, entre 24 e 31 de maio.

Em entrevista coletiva, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, tentou justificar a decisão do golpista de convocar o Exército: “É inaceitável a baderna, inaceitável o descontrole e” (Temer) “não permitirá que atos como esses venham a turbar o processo que se desenvolve de forma democrática e com respeito às instituições”. Segundo ele, a presença das Forças Armadas atende a um pedido de Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara. Mas Maia o desmentiu, dizendo que pediu ao Planalto o apoio da Força Nacional. “Eu pedi ao governo a intervenção da Força Nacional para a proteção dos manifestantes, dos servidores e do patrimônio público. Se o governo decidiu pelo envio de tropas das Forças Armadas foi em razão do que avaliou pelo já ocorrido”, afirmou Maia.

No Senado, a oposição fez questão de ordem pedindo cancelamento do decreto pelo Congresso Nacional, por inconstitucionalidade.

“Vivemos um momento grave. A democracia, os direitos trabalhistas e previdenciários são abertamente atacados pelo golpista Temer e seus aliados. Nossa resistência deve ocorrer nas ruas, como na nossa maior greve geral, realizada em abril, e nas ruas, como na Marcha em Brasília deste dia 24, e em todas as instituições da República”, conclama o coordenador-geral da Contee, Gilson Reis.

Carlos Pompe, repórter da Contee

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Para Meirelles, reforma da Previdência será aprovada mesmo sem Temer

SINPRO GOIÁS -  MEIRELLES00001Nesta segunda-feira (22), o ministro realizou conferência por telefone com investidores em evento organizado pelo banco JPMorgan. Ele disse que, mesmo com uma eventual saída de Temer, ele não acha que uma oposição contrária às reformas irá assumir e alterar a política econômica.

“A agenda de reformas nesse momento se tornou parte da agenda do Congresso. Os líderes mais importantes do Congresso já entenderam que as medidas fiscais têm de ser aprovadas e estamos seguindo adiante”, afirmou Meirelles.

Após a divulgação da conversa gravada por Joesley com Temer, o mercado ficou abalado e agentes começaram a questionar se as reformas eram viáveis. O ministro reconheceu que o governo não tem os votos necessários para aprovar a reforma da Previdência, mas disse que muitos parlamentares afirmaram que irão apoiar a proposta, mesmo que não assumam publicamente este posicionamento.

Para Meirelles, o atraso na votação não fará diferença, já que, segundo ele, o efeito da reforma é de longo prazo. Antes da divulgação do grampo do dono da JBS, o ministro dizia que o governo tinha os 308 votos necessários para aprovar a proposta.

Desde o aprofundamento da crise, o nome do ministro da Fazenda tem sido aventado para ocupar a presidência da República em uma eventual eleição indireta.

Meirelles foi presidente do conselho da J&F, controladora da JBS, e aparentemente sua imagem não foi afetada pela crise, mesmo que seu nome tenha sido mencionado por Joesley na gravação. O ministro tem conversado com investidores na tentativa de conter os ânimos do mercado. Segundo a agência Reuters, ele iria realizar mais outra conferência nesta segunda-feira.

Fonte: GGN

 

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Golpe dentro do golpe: Relator da Reforma Trabalhista apresentará relatório nesta terça-feira (23), sem modificações

SINPRO GOIÁS -  RELATOR00001

 

Mesmo em meio à completa desmoralização do governo ilegítimo de Michel Temer e a inviabilidade de sua permanência no cargo de presidente da República, usurpado por ele há pouco mais de um ano, a agenda golpista contra os trabalhadores segue a todo vapor. Foi o que deixou claro hoje (22) o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) ao informar que vai apresentar seu relatório sobre a Reforma Trabalhista na reunião da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) agendada para as 8h30 desta terça-feira (23). Um relatório que, pela declaração do tucano, não incluirá uma mudança sequer no texto aprovado pela Câmara, de modo que, uma vez aprovado pelo Senado Federal, o projeto siga diretamente para a sanção presidencial.

Na semana passada, logo após a delação do empresário Joesley Batista, da JBS, sobre o envolvimento de Temer na compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) — entre outros crimes confessos pelo empresário na conversa gravada por ele com o presidente golpista —, Ferraço foi um dos primeiros a se manifestar, afirmando que a tramitação da Reforma Trabalhista ficaria suspensa, tornada secundária diante da crise. Já hoje, sua justificativa foi a de que a “dramática crise institucional que vive o governo brasileiro” e o que ele chamou de “nosso compromisso com o país” são coisas distintas, acrescentando que “os ajustes necessários no texto” poderão ser feitos depois da aprovação, por meio de veto presidencial e por edição de medida provisória.

A mudança súbita de posição evidencia que as forças do mercado continuam a agir e pressionar para que a política econômica nociva aos trabalhadores seja levada a cabo. O tal “compromisso com o país” é, na verdade, o compromisso com o capital que financiou o golpe no ano passado e continua fazendo-o, com ou sem Temer. Não por acaso o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tratou ele próprio de acalmar investidores afirmando, segundo a imprensa, que a agenda de reformas se tornou parte da agenda do Congresso e que “os líderes mais importantes” da Câmara e do Senado “já entenderam que as medidas fiscais têm de ser aprovadas”.

O cenário de golpe dentro do golpe está montado e é explícito até na postura adotada pelas Organizações Globo, que, supostamente, tomaram a frente das denúncia contra Temer. O posicionamento do grupo foi expresso em editorial do jornal O Globo, que defendeu a renúncia de Temer, seguida de eleições indiretas para a Presidência da República e a manutenção da agenda reformista. Face a toda essa orquestração, a mobilização da sociedade brasileira é fundamental. O “Fora Temer” é uma bandeira da Contee e dos trabalhadores em educação do setor privado, bem como de todo o conjunto da classe trabalhadora, desde a destituição ilegítima da presidenta Dilma Rousseff no ano passado. No entanto, para nós, ela está seguida de “Diretas já”, porque não é possível evitar os retrocessos que seguem em curso apenas trocando um golpista por outro, eleito indiretamente por um Congresso, em sua maioria, conivente, corrupto e defensor dos interesses do capital.

É por esta pauta que brasileiros e brasileiras saíram as ruas no último domingo (21) e é também por ela que Brasília será ocupada na próxima quarta-feira (24) por milhares de trabalhadores e trabalhadoras: a exigência da revogação das medidas nocivas tomadas pelo governo Temer, a suspensão da tramitação das reformas trabalhista e previdenciária, a restauração da ordem democrática rompida no ano passado e a convocação de eleições diretas e imediatas para a Presidência da República.

Nenhum direito a menos! Fora Temer! Diretas já!

Por Táscia Souza, da Contee

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Força total contra as reformas e em defesa do país

SINPRO GOIÁS -  ADILSONARAUJO00001

O Brasil está mergulhado numa profunda crise política, econômica e moral. Tal é o resultado concreto do golpe travestido de impeachment liderado pela dupla Temer/Cunha, com apoio dos grandes capitalistas nacionais e estrangeiros. O governo ilegítimo, o mais impopular da nossa história, não tem mais condições objetivas de continuar ditando a agenda e os destinos da nação.

As forças conservadoras advogam eleições indiretas como solução e vociferam que não pode haver solução de continuidade na política econômica, ou seja, é preciso aprovar as mudanças reacionárias nas legislações trabalhista e previdenciária. Mas a única saída que interessa ao povo e pode pacificar o país é a convocação imediata de eleições diretas e a retirada das contrarreformas da pauta legislativa.

É por este caminho que haveremos de minimizar os danos provocados pelo golpe e pavimentar o caminho para o novo projeto nacional de desenvolvimento com democracia, soberania e a geração de emprego e renda.

A crise evidenciou a necessidade de concretizar algumas reformas fundamentais no país. O corrompido sistema política faliu, de forma que em primeiro lugar é preciso realizar uma reforma política democrática, com o conteúdo proposto no projeto de iniciativa popular liderado pela OAB. Mas é igualmente urgente realizar as reformas agrária, urbana, tributária, do Judiciário e da mídia.

Ao contrário do que pretendem as classes dominantes, a política macroeconômica deve ser mudada. Urge, em primeiro lugar, adotar medidas emergenciais contra o desemprego em massa, que castiga mais de 20 milhões de trabalhadores e trabalhadoras brasileiras. Retomar o crescimento é indispensável, mas isto requer mudanças corajosas na economia.

O desenvolvimento nacional requer uma substancial redução nas taxas de juros, a re-industrialização do país, o controle das taxas de câmbio e uma política fiscal orientada para o crescimento. O papel do Estado como promotor do crescimento econômico deve ser valorizado (ao contrário do que advogam os golpistas), com o fortalecimento dos bancos públicos, das estatais e dos investimentos governamentais produtivos.

O país precisa reduzir a tributação excessiva sobre os pobres e taxar as grandes fortunas, as remessas de lucros das multinacionais e os dividendos. A conta das crises capitalistas não pode continuar a ser paga pelos pobres. É preciso que os ricos também contribuam, o povo está cansado de pagar o pato.

O Brasil chegou ao fundo do poço. Estamos diante de uma instabilidade de grandes proporções. Está claro que do jeito que está não dá para ficar. Agora é a hora da construção de uma ampla frente nacional em defesa da democracia, dos direitos sociais, da soberania e do desenvolvimento.

A mais ampla unidade das centrais, movimentos sociais e forças políticas democráticas e progressistas, é a chave para o sucesso da nossa luta.

Vamos à luta!

Adilson Araújo, presidente Nacional da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)

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Educadores mobilizam centenas de caravanas rumo ao Ocupe Brasilia

SINPRO GOIÁS -  OCUPABSB00001Heleno Araújo, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), está otimista na mobilização para o sucesso da marcha. “Estamos com uma perspetiva de levarmos 500 ônibus para Brasília, o equivalente à 20 mil pessoas, mas a tendência é essa adesão aumentar até a próxima quarta”, projeta.

Ele avalia a importância da macha. “É fundamental esse esforço no sucesso do Ocupe Brasília, pois o que está acontecendo nesse país é um completo absurdo, algo terrível. O exito dessa mobilização é peça central para obtermos conquistas, como as Eleições Diretas Já. É necessário recompormos a situação política do país e barrarmos essas reformas”, conclui Heleno.

Madalena Guasco, secretaria Geral da Confederação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), diz que a entidade também promove uma mobilização nacional para o bom resultado da marcha.”A Contee está organizando caravanas que sairão de vários Estados rumo ao Ocupa Brasília, exigindo o Fora Temer e Diretas Já”, afirma.

A educadora considera que o momento político do país exige a disputa nas ruas para barrar a agenda de retrocessos. “Para os trabalhadores e trabalhadoras da educação é fundamental derrotarmos as reformas e retomarmos o estado democrático de direito, indo às urnas para escolher um projeto de país que reforce a democracia e desenvolvimento, com valorização do trabalho. Na área da educação, é necessário recuperar os avanços e que haja um reforço da participação da sociedade cível na elaboração e acompanhamento de políticas públicas educacionais”, concluiu Madalena.

Segundo avalia as centrais sindicais, a expetativa é reunir 100 mil trabalhadores para a marcha. A concentração será às 9h, no estádio Mané Garrincha, em Brasília.

 

Fonte: Portal Vermelho

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Reformas Trabalhista e Previdenciária ficam à espera de votação

SINPRO GOIÁS -  ADIAMENTO00001

Após o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizar, no dia 18, a abertura de inquérito contra o presidente Michel Temer (PMDB), PPS e Podemos (ex-PTN) se retiraram oficialmente da base governista, alterando a correlação de forças no Congresso. Também por determinação do STF, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) foi afastado do mandato. O conjunto de fatores fez com que o calendário de tramitação do projeto de Reforma Trabalhista (PLC 38/2017) no Senado fosse adiado, sem previsão para a retomada das discussões.

Ricardo Ferraço (PSDB-ES), relator da proposta nas Comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Assuntos Sociais (CAS), havia anunciado a entrega do relatório na CAE para a próxima terça-feira, 23, e a apresentação na CAS para o dia seguinte. A votação em Plenário seria, inicialmente, entre os dias 12 e 15 de junho. Agora a tramitação foi suspensa e considerada “secundária” pelo relator.

Para Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), as propostas de reforma Trabalhista e da Previdência “acabaram, até os parlamentares do PSDB já têm consciência que elas se encerraram. Ou seja, o objetivo do golpe foi por água abaixo”. Álvaro Dias (PV-PR) afirmou que “não há condições no Congresso Nacional para discutir reformas que subtraem alguns direitos adquiridos de trabalhadores e aposentados brasileiros. Com que autoridade política e moral o governo atual vai promover reformas no país?”.

Randolfe Rodrigues (Rede-AC) foi categórico: “Não admitiremos que nenhuma votação ocorra, seja no Senado, seja na Câmara, enquanto perdurar o governo do sr. Michel Temer”. Paulo Paim (PT-RS) considerou que “o que há de positivo nisso tudo é que as reformas Trabalhista e da Previdência não passarão. Fiz até um apelo ao relator da reforma da Previdência na Câmara para que tenha o mesmo gesto do senador Ferraço, que suspendeu a tramitação da Reforma Trabalhista enquanto não resolvemos essa crise política”. José Medeiros (PSD-MT) também não vê “clima para reformas” enquanto não vierem à tona todos os fatos relacionados à crise do governo.

Câmara dividida

Na Câmara, onde o Supremo determinou afastamento do mandato de Rocha Loures (PMDB-PR), o relator da reforma da Previdência (PEC 287/16), Arthur Maia (PPS-BA), emitiu nota, dia 18, argumentando que as denúncias contra o presidente Michel Temer criaram um cenário de incertezas e que “certamente não há espaço para avançar” com o projeto nas atuais circunstâncias. “É hora de arrumar a casa, esclarecer fatos obscuros, responder com verdade a todas as dúvidas do povo brasileiro, punindo quem quer que seja, mostrando que vivemos em um país em que a lei vale para todos. Só assim é que haveremos de retomar a reforma da Previdência Social e tantas outras medidas que o Brasil necessita”, escreveu. O PEC está sujeito à apreciação do Plenário da Casa.

Henrique Fontana (PT-RS) defende a votação imediata da proposta que prevê eleições diretas em caso de vacância na Presidência da República (PEC 227/16). “Não se votará, neste período, nenhuma mudança estrutural nas questões legais do país, essas mudanças têm que ser encaminhadas pelo próximo presidente”, afirmou. Mas Miro Teixeira (Rede-RJ) considera que “cada dia é um dia, uma angústia, pode haver pautas que sigam adiante e outras não”.

O líder do PSDB na Câmara, Ricardo Trípoli (SP), quer manter a agenda econômica. “Temos que estimular a economia”, disse. O líder do DEM, Efraim Filho (PB), também quer a continuidade das votações. “A investigação dos fatos irá dizer se houve qualquer infração. São agendas diferentes, a das investigações e a econômica. O Congresso terá que ter maturidade e serenidade para avaliar de forma diferente”, opinou.

Carlos Marun (PMDB-MS), que presidiu a comissão especial que aprovou a Reforma Trabalhista, pretende que a tramitação continue. “Íamos e seguíamos pelo bom caminho e penso que o Brasil precisa ver concluído o corajoso mandato do presidente Michel Temer”, julgou. Já seu colega de estado, Geraldo Resende (PSDB), falou em “prejuízo enorme” para os dois projetos (Previdência e Trabalhista), que teriam que contar com uma base sólida, tanto no Senado Federal, como na Câmara dos Deputados.

O deputado Franklin (PP-MG) disse que o Congresso não pode usar a crise política para paralisar os trabalhos. “Nós não precisamos paralisar o país para investigar o presidente. A polícia faz isso, o Ministério Público faz isso.”

As classes se posicionam

As entidades patronais ficaram preocupadas diante de um quadro que dificulta a ofensiva que realizam no Congresso contra os direitos trabalhistas e previdenciários, consubstanciada nas reformas em análise pelos parlamentares — a maioria dos quais ligada a seus interesses.

O diretor da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel Ribeiro de Oliveira, lamentou os capitalistas terem perdido “a sustentação. O cenário é muito ruim para as companhias sem as medidas que vinham caminhando para serem aprovadas”. Também lamuriento, o presidente executivo da Associação Brasileira das Companhias Abertas, Eduardo Lucano, registrou que “havia um horizonte de reformas, de política fiscal mais equilibrada, que estava apresentando uma certa tendência à estabilização”. Ameaçou que pode ocorrer revisão de investimentos por parte de sua classe.

No mesmo rumo foi o presidente-executivo da Associação Brasileira de Indústria Química (Abiquim), Fernando Figueiredo, que confessou que as reformas “são imprescindíveis e não são de Temer. São reformas necessárias ao país. A expectativa é que o Congresso saberá continuar no caminho certo”. O presidente da Câmara Brasileira da Indústria de Construção, José Carlos Martins, reforçou: “O Congresso, tão desacreditado como está, precisa precisa assumir essa responsabilidade” (aprovar as reformas). “Parece loucura minha”, continuou, “mas o relatório está pronto e talvez os parlamentares tenham agora uma oportunidade de ouro para dar respostas à sociedade”. A Associação Brasileira de Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) conclamou ao Congresso que dê prosseguimento à agenda de reformas.

Do outro lado da sociedade dividida em classes, entidades da magistratura e do Ministério Público pontuaram em nota, dia 18: “O que se espera das instituições é a imediata apuração dos fatos e responsabilização dos envolvidos” (nas denúncias contra Temer e aliados), “com pronta suspensão de todas as agendas políticas tão sensíveis como são as Reformas Trabalhista e Previdenciária, que necessariamente demandam tranquilidade pública e normalidade institucional”. O documento é assinado pela Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp), Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público (Frentas), Associação Nacional dos Magistrados da Justiça doTrabalho (Anamatra), Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Associação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (AMPDFT), Associação Nacional do Ministério Público Militar (ANMPM), Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT) e Associação dos Magistrados do Distrito Federal e Territórios (Amagis DF).

As centrais sindicais realizarão, dia 24, a Marcha Nacional dos Trabalhadores, em Brasília, reafirmando o repúdio às duas propostas e exigindo eleições diretas para a Presidência da República. Contee e entidades filiadas também são protagonistas desse protesto. Neste domingo, dia 21, as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo também convocaram manifestações por Diretas Já em todo o país. Este é um momento de mobilização e de participação.

Carlos Pompe, repórter da Contee

Foto: Ana Volpe/ Agência Senado