Direito do Professor – Página: 5
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Educação só se constrói com democracia

 

Para Gilson Reis, é preciso criar mais espaços de resistências dentro da educação

Por Gilson Reis

As bandeiras da redemocratização do país e da defesa de educação pública, gratuita, laica, inclusiva e de qualidade socialmente referenciada caminharam juntas no processo de derrota da ditadura civil-militar brasileira, nos anos 1980, após longos 21 anos de opressão, bem como na construção de um novo pacto social, com a Constituição de 1988.

Tais bandeiras voltam agora, 30 anos após a promulgação da Carta Magna, cidadã, a ser hasteadas juntas, lado a lado, e é em nome delas que Belo Horizonte, em Minas Gerais, se transformará, nos dias 24, 25 e 26 de maio, na capital nacional da educação.

Na verdade, é possível dizer que a batalha pela redemocratização do Brasil englobava a redemocratização da própria educação. Nesse sentido, enquanto, na primeira metade da década de 1980, o regime ditatorial dava seus últimos suspiros, confrontado pela consolidação de espaços e sujeitos coletivos que o combatiam, esses mesmos espaços e sujeitos, no âmbito educacional, por meio das entidades representativas de educadores, pesquisadores e estudantes, esforçaram-se para que o restabelecimento da democracia se desse também na implementação de políticas públicas para o setor, que havia sido desfigurado durante a ditadura.

Assim, a década de 1980 e, posteriormente, a de 1990, visando a assegurar o cumprimento dos princípios conquistados na letra da Constituição — sobretudo o de que a educação é um dever do Estado e da família e direito de cada cidadão —, foram marcadas por intensas mobilizações do campo educacional.

Em 1980, foi realizada a primeira Conferência Brasileira de Educação (CBE), com o tema “A política educacional”. A ela se seguiram outras CBEs: em 1982, sobre “Educação: perspectiva na democratização da sociedade”; em 1984, “Da crítica às propostas de ação”; em 1986, “A educação e a Constituinte”; em 1988, “A Lei de Diretrizes e Bases da Educação”; em 1991, a “Política Nacional de Educação”. Mais tarde vieram os Congressos Nacionais de Educação (Coneds).

O primeiro, em 1996, tratou da temática “Educação, democracia e qualidade social”. Em 1997, foi a vez de discutir a perspectiva de um “Plano Nacional de Educação”. Dois anos mais tarde, em 1999, o tema foi “Reafirmando a educação como direito de todos e dever do Estado”. Seguiram-se os de 2002, sobre “Garantir direitos, verbas públicas e vida digna: uma outra educação é possível”, e o de 2004, que afirmou que “Educação não é mercadoria”.

Como espaços inaugurais de participação popular e de apresentação e debate de propostas de políticas educacionais, mesmo sob a égide do neoliberalismo dos anos 1990, CBEs e Coneds lançaram a semente do que viriam a ser, em 2010 e 2014, a 1ª e a 2ª Conferência Nacional de Educação (Conae). Do que viria a ser, também, a 3ª Conae, em 2018, não fosse o desmanche do Fórum Nacional de Educação (FNE) e o esvaziamento do diálogo com a sociedade civil promovidos pelo governo golpista e ilegítimo de Michel Temer.

É nessa lacuna que a Conferência Nacional Popular de Educação terá início no dia 24 de maio. Primeiramente, na necessidade de se defender conquistas históricas, como o próprio Plano Nacional de Educação (PNE), inviabilizado pelo congelamento de investimentos públicos, e enfrentar os retrocessos que têm sido impostos, entre os quais a reforma do ensino médio e a desfiguração da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Em segundo lugar, na importância de se debater demandas históricas que persistem desde a Constituinte, como aquela, cara à Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino — Contee, em defesa da regulamentação da educação privada sob as mesmas exigências legais aplicadas à escola pública, bem como da própria instituição de um Sistema Nacional de Educação (SNE).

Em terceiro, como resgate da participação popular, que o atual governo tentou eliminar, na reflexão e concepção de políticas educacionais. E, em quarto, mas não menos importante, como espaço de resistência contra o golpe que continua a se aprofundar e em favor da educação.

Não por acaso, a abertura da Conape, que tomará as ruas da capital mineira, será a marcha “Educação se constrói com democracia”. Poderíamos ainda acrescentar: democracia se (re)constrói com educação.

 

Gilson Reis é coordenador-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino — Contee e é vereador de Belo Horizonte pelo PCdoB.

 

Da Carta Educação

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Sinpro-MG celebra vitória da categoria: CCT 2018 assinada!

 

O Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro-MG) assinou, no Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (TRT-MG), na tarde desta segunda-feira, 14 de maio, a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com o Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep/MG) sem NENHUMA perda de direitos para a categoria.

O acordo é resultado de muita luta e articulação dos professores e professoras que fizeram, inclusive, 10 dias de greve em protesto contra a tentativa de retirada de direitos conquistados aos longos dos 85 anos do sindicato.

Após várias tentativas de negociação para o fechamento da CCT com o sindicato patronal, o Sinpro-MG entrou com o requerimento de que fosse feita uma Audiência de Mediação e Conciliação Pré-processual. A mediação foi instruída pelo desembargador Márcio Flávio Salem Vidigal, primeiro vice-presidente do Tribunal, que destacou que o procedimento de mediação e conciliação pré-processual tem dado novo perfil às resoluções. “Ele não é imposto às partes, vem delas próprias para o mediador ou conciliador que apenas contribui para um consenso, sabendo que as partes podem alcançar uma solução viável e que satisfaça a ambas. O mediador apenas aponta metas, caminhos, atuando no sentido de aproximar as partes num processo de diálogo. Foi o que aconteceu neste caso. Conseguimos um ótimo resultado, foram mais de 20 horas de conversa, de mediação. As duas partes facilitaram o papel do mediador e saímos felizes com o resultado”, afirma.

Após a assinatura do acordo, o procurador do Ministério Público do Trabalho, Arlélio de Carvalho Lage, afirmou que foi muito importante este consenso. “A greve dos professores preocupou muito o Ministério Público do Trabalho, pois estava afetando um grande número de pessoas – não só os trabalhadores e as empresas”, afirma. O procurador diz que a greve, com certeza, foi necessária para que se conseguisse compensar algumas perdas que estavam postas com a mudança da lei trabalhista. “Muita coisa na reforma trabalhista prejudica o trabalhador. Importante que os sindicatos, prejudicados com o fim das contribuições sindicais, tenham uma atividade importante junto aos associados para que se fortaleçam e nasçam novos direitos – mas coletivos, não legais, porque há a prevalência da CCT sobre o Legislado. Agora mais do que nunca, é importante que o trabalhador se filie ao sindicato da categoria, pois isso é que vai dar força para negociação, porque um sindicato que não tem como se manter não terá como conseguir lutar pela garantia de direitos do trabalhador”, avalia.

A presidenta do Sinpro-MG, Valéria Morato, destaca a importância histórica deste momento da assinatura da CCT. “É a coroação da vitória da resistência dos professores e professoras na garantia dos seus direitos. Conseguimos fechar a Convenção com Nenhum Direito a Menos, como foi nosso mote da campanha reivindicatória. E o que havíamos perdido com a lei da Reforma Trabalhista, que era a homologação no sindicato, conseguimos garantir também nesta Convenção”, comemora.

Valéria Morato, ao agradecer a todos do TRT- MG e do Ministério Público, pela valiosa contribuição para o fechamento da CCT, destaca o fundamental papel dos professores e professoras para esta conquista. “A categoria deu uma aula de resistência e de unidade – um exemplo e esperança para todas as classes trabalhadoras no Brasil, num período de tentativas de precarização do trabalho e de retirada de direitos. Os professores e professoras reconheceram a importância da luta e da união e responderam ao chamado do sindicato. Temos diretoria, representatividade, mas a força está na categoria”, afirma ao destacar também a importância do diálogo que os professores e professoras conseguiram estabelecer com os/as alunos/as e seus familiares, que perceberam que esta situação implica diretamente na qualidade da educação”, afirma.

 

Fonte: Sinpro-MG

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Professores ratificam manutenção da assistência do Sindicato nas rescisões

 

Na tarde de sábado (5), os professores do ensino privado aprovaram em assembleia geral, a manutenção da assistência do Sindicato nas rescisões contratuais e um Manifesto ao ensino Privado Gaúcho. No documento aprovado, a categoria expressa “aos dirigentes das escolas, instituições de ensino superior e à sociedade gaúcha a estranheza e contrariedade pela insistência dos negociadores patronais em revogar a assistência do sindicato aos professores, por ocasião das rescisões contratuais”.

A Assembleia foi realizada com expressivo número de docentes na sede estadual do Sindicato dos Professores do Ensino Privado (Sinpro/RS). Na ocasião, os docentes avaliaram as tratativas com o sindicato patronal (Sinepe/RS) com vistas às Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs) da educação básica e da educação superior e definição da política para a continuidade da negociação coletiva.

“A assistência aos professores é uma questão crucial tendo em vista o número crescente de rescisões nos últimos anos e os frequentes problemas e prejuízos aos docentes identificados pelo Sinpro/RS no cálculo dos direitos rescisórios”, destaca o professor Marcos Fuhr, diretor do Sinpro/RS.

 

 

Leia a seguir a íntegra do manifesto:

Manifesto ao Ensino Privado Gaúcho – Assistência como garantia de direitos do professor

‘A Assembleia Geral dos professores convocada pelo Sinpro/RS, com base nos relatos sobre o extenso processo de negociação que há dois meses mantém em suspenso as expectativas dos docentes, definiu manifestar aos dirigentes das escolas, instituições de ensino superior e à sociedade gaúcha a estranheza e contrariedade pela insistência dos negociadores patronais em revogar a assistência do sindicato aos professores, por ocasião das rescisões contratuais.

Para o Sinpro/RS, defender os interesses e os direitos dos professores é a razão de sua existência e a circunstância de encerramento do contrato de trabalho é inquestionavelmente o momento em que estes mais precisam do seu sindicato.

Este momento difícil tem sido cada vez mais frequente para um número cada vez maior de professores. Nos últimos três anos, 20% da categoria tem sido desligada no ensino privado gaúcho a cada ano.

É nesta realidade que os negociadores do Sinepe/RS se empenham em fragilizar ainda mais a condição profissional e pessoal dos dispensados da escola.

O que querem com isto os gestores do ensino privado? Que mensagem querem passar para os professores e para a sociedade com esta pretensão?

Os professores e sua representação sindical reiteram que a manutenção da assistência do sindicato a todos os professores rescindidos, independentemente do seu tempo de contrato, é condição para a renovação das Convenções Coletivas de Trabalho.

A assistência do sindicato com a regulamentação de procedimentos é a garantia de que os direitos rescisórios dos professores sejam mantidos e preservada a dignidade profissional e pessoal dos dispensados, sem a necessidade de recursos ao Judiciário Trabalhista.

Por derradeiro, os professores ratificam o compromisso e a identidade com a representação e a negociação coletiva para a definição das condições de trabalho e de relacionamento com as instituições de ensino, honrando uma tradição de muitas décadas de acordos e convenções coletivas que sempre contribuíram para o diferencial do ensino privado gaúcho.

Porto Alegre, maio de 2018.

Professores do Ensino Privado

Por César Fraga e Valéria Ochôa, da Assessoria de Comunicação do Sinpro/RS

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“A resistência tem que ser de todos”, diz presidenta do Sinpro-MG, sobre greve dos docentes na capital

 

Efeitos da reforma trabalhista aprovada no ano passado chegaram nas salas de aula. Em diversos estados e municípios brasileiros docentes entraram em greve para tentar garantir que os direitos previstos na convenção coletiva de trabalho sejam respeitados pelos patrões.

Em Belo Horizonte e região metropolitana, professoras e professores da rede privada de ensino entraram em greve no dia 25 de abril em protesto contra alterações feitas na convenção, retirando direitos como a concessão de bolsas de estudo para filhos de professores, o período de férias e o intervalo entre as aulas.

Depois de muita negociação, com a mediação realizada no Tribunal Regional do Trabalho, e com crescente adesão da categoria, as escolas concordaram em voltar atrás nestes pontos e incluir outras duas reivindicações dos docentes: a não punição dos professores grevistas e a homologação obrigatória de rescisão no sindicato.

O resultado já é uma vitória dos professores e professoras. “Este movimento trouxe de volta o sentimento de pertencimento da categoria”, diz Valéria Morato, presidenta do Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro-MG), e dirigente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).

Para a dirigente, o sindicato tem papel preponderante nisso: “Ele conseguiu dialogar com os docentes sobre as perdas e teve o respeito, a confiança e o respaldo da categoria em todo este processo”, diz Valéria Morato,

Há ainda um ponto de divergência que diz respeito ao tempo de vigência da convenção coletiva: os professores reivindicam dois anos de validade para o contrato e o sindicato patronal quer apenas um ano.

Ampla adesão

Nas últimas assembleias nos dias 2 e 3 de maio, o movimento reuniu mais de duas mil pessoas que votaram pela continuidade da greve, diante da primeira negativa da escola em aceitar a contraproposta dos professores.

“A categoria se conscientizou da importância do acordo coletivo, o que é um grande avanço para o movimento. Tivemos muito apoio dos pais e dos estudantes”, diz a dirigente, ressaltando que a resistência às arbitrariedades da reforma trabalhista e às perdas de direitos tem de ser de todos e todas.

Segundo o Sinpro Minas, mais de 60 escolas, além da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas), aderiram à paralisação.

Nesta sexta (4), às 16h, os professores e professoras da rede privada de ensino de Belo Horizonte fazem nova assembleia.

Portal CTB

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Contee repudia a repressão a professores e sindicalistas em Guarulhos

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino – Contee repudia veementemente a agressão a profissionais da educação e sindicalistas por integrantes dos apoiadores da Leis da Mordaça e da Guarda Civil Municipal, em Guarulhos (SP), neste dia 3. Após a apreciação do projeto de lei de mordaça de autoria do vereador Laércio Sandes (DEM), grupos favoráveis ao projeto atacaram os profissionais e dirigentes do Sindicato dos Professores de Guarulhos.

A Guarda Civil Municipal usou bombas de efeito moral e balas de borracha. Três sindicalistas e um estudante da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) foram feridos, assim como um homem de 68 anos, atingido por um estilhaço de bomba. Um grupo de parlamentares foi se encontrar com o secretário da Segurança Pública, Gilvan Passos, para reclamar da ação da GM.

No mesmo dia em que o projeto antidemocrático foi votado em Guarulhos, a advogada-geral da União, Grace Mendonça, encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) manifestação denunciando a inconstitucionalidade da Lei 7.800/2016, apelidada ironicamente de “Escola Livre”, aprovada por deputados estaduais de Alagoas. A AGU entende que a legislação estadual fere a Constituição Federal ao tratar de tema que é de competência da União. A resposta da AGU se dá na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) movida pela Contee contra a lei alagoana em maio de 2016. O ministro Roberto Barroso, do STF, no ano passado, já tinha deferido liminar suspendendo a norma e a aplicação do programa Escola Sem Partido em Alagoas.

A ação violenta da Guarda Municipal, ao invés de garantir a livre manifestação contrária ao projeto de lei, somou-se à ação de grupos que querem cercear a democracia e o exercício dos profissionais de educação, dentro e fora das salas de aula.

 

Brasília, 3 de maio de 2018

Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino — Contee

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“Alunos deram aula de cidadania”, diz professor que sofreu ataques

Lenim Almeida, professor em Fortaleza (CE), foi homenageado por alunos após vereadora postar foto do educador usando blusa “Eleição Sem Lula é Fraude”.

 

 

O vídeo de uma homenagem dos estudantes da Escola Estadual Professora Telina Barbosa, em Fortaleza (CE), ao professor de física do colégio, José Lenimberg Almeida, viralizou nas redes sociais nesta semana. Cantando e aplaudindo, os jovens saíram de suas salas para manifestar apoio à Almeida, que está sendo alvo de ataques na internet por parte da vereadora Priscila Costa (PRTB-CE).

O professor foi surpreendido pelas manifestações de apoio e carinho dos alunos, “que deram uma aula de cidadania”. “Tenho orgulho de cada um deles e sei que meus esforços não são jogados na lata de lixo como a maioria dos projetos políticos para educação pública”, afirma o educador, que leciona física há quinze anos e escolheu trabalhar no ensino público “por ideologia”. Como a grande maioria dos que estudam em escolas públicas não têm muitas oportunidades, “acredito que devo estar nela e lutar por sua melhoria”.

No dia em que sua foto usando uma camiseta em apoio à Lula viralizou após postagem no perfil da vereadora, o professor saiu de casa, como faz toda manhã, “sem a intenção de prejudicar ninguém”. “Minha missão era ministrar as aulas da melhor forma possível, pois sinto-me honrado com a profissão de professor”, afirma. “Tento dar o melhor de mim, quero formar cidadãos de bem, despertando em cada um a motivação necessária para lutarem por seus objetivos”, disse a CartaCapital.

O caso

Na sexta-feira 20, a vereadora postou no Facebook uma foto de Almeida vestindo uma camiseta “Eleição Sem Lula é Fraude”, enquanto lecionava. “A cena acontece na Escola Estadual Telina Barbosa e mostra um militante se valendo de sua função de professor, para fazer apologia à sua agenda partidária no ambiente destinado à educação de nossas crianças e adolescentes, ambiente esse, pago com o dinheiro do trabalhador! E aí Fortaleza, qual sua opinião?””, critica no post, com a imagem do professor.

Na publicação de Priscila Costa (veja abaixo), que é defensora do Projeto de Lei “Escola sem Partido” tinha mais de 2 mil compartilhamentos até a tarde desta quinta-feira 26.

Em resposta à publicação, alunos prestaram solidariedade ao educador, tanto na manifestação da escola, como nas redes sociais. No vídeo que viralizou (no fim desta reportagem), os alunos correm ao encontro do professor num abraço coletivo.

No dia em que sua foto usando a camiseta em apoio à Lula viralizou após postagem no perfil da vereadora, o professor saiu de casa, como faz toda manhã, “sem a intenção de prejudicar ninguém”. “Minha missão era ministrar as aulas da melhor forma possível, pois sinto-me honrado com a profissão de professor”, afirma. “Tento dar o melhor de mim, quero formar cidadãos de bem, despertando em cada um a motivação necessária para lutarem por seus objetivos”, disse a CartaCapital.

No dia seguinte, um colega de trabalho lhe avisou que sua imagem corria pela internet: “Vi os ataques em várias páginas do Facebook, com frases de baixo calão, calúnias, ameaças. Fizeram uma montagem e uma enquete e começaram os atos de violação contra minha imagem e pessoa. Mexeu muito com minha honra. Mas não vou me calar diante da opressão”.

Apoio

Desde que o ex-presidente Lula foi preso, o professor usa a camiseta com os dizeres “Eleição sem Lula é fraude”, tanto para ir lecionar como outros locais que frequenta. “E na escola nunca ocorreu nenhuma rejeição por conta do teor da blusa. pois a minha vestimenta não continha nenhum ato fora do regimento interno”, afirma.

Após os ataques ao professor do nas redes sociais, em nota, a comunidade escolar declarou apoio a ele e defendeu a liberdade de expressão. O que considera grave, afirma Lenimberg, é que “enquanto tentavam destruir a imagem de um professor, o país adentra num estado de extrema pobreza”.

Ele conta ter pedido um afastamento médico do trabalho, por quinze dias, por “falta de condições psicológicas para exercer minhas funções”. “Fico triste, pois prejudica um pouco os alunos, mas por outro lado,quero voltar ainda mais forte para contribuir com cada um deles”.

Nascido na cidade de Mombaça, no interior do Ceará, filho de agricultor de mãe professora, a família vivia de forma humilde e resistia à seca.

Seu nome foi escolhido quando seus pais receberam a visita de dois parentes, “ambos com nome esquisito”: um deles, Gutenberg. Ou outro, Lênin. “Sem saber que um era o inventor da imprensa e o outro um grande líder revolucionário, juntaram os dois nomes e me batizaram como José Lenimberg. “Meus alunos me chamam carinhosamente de Lenim”, conta.

Liberdade de expressão

Em apoio ao professor, estudantes postaram comentários na página da vereadora, como o de uma jovem, que diz: “Tem um negocinho chamado liberdade de expressão e ele tá usufruindo disso, ele não tá fazendo nada de errado e até parece que uma expressão em uma blusa vai influenciar alguém. Daqui a pouco vão querer colocar fiscal igual na época da ditadura. Me poupe e melhore! E ele usar essa blusa não diminui sua competência como professor, ele é um ótimo professor”.

Em outra imagem postada no Facebook, de autoria da aluna Thalita Fontenele, o professor aparece de costas,cabeça baixa, sob os olhares de dezenas de alunos. “A melhor foto que já bati na vida”, afirma a garota, no post.

“Este é um agradecimento especial dedicado a todos os professores que não se preocupam só em ensinar. Mas que inspiram seus alunos a aprender, e abrem as mentes dos que se sentam na sua sala de aula para outros horizontes. Esses são os professores que deixam marca eterna nos nossos corações e mentes, e que tanto contribuem para formar bons adultos. Obrigada a esses professores pela paixão com que exercem esta nobre profissão!”.

Na publicação, há inúmeros comentários de apoio ao professor. “Somos Lenim Almeida e não abrimos mão dele. Lenim sempre”, diz um deles.

A pré-candidata à presidência Manuela D’Ávila (PCdoB) e a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) também fizeram postagens em apoio à José Lenimberg.

Veja, abaixo, o vídeo de homenagem ao professor:

Por Tatiana Merlino, na Carta Capital

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Contra retirada de direitos, greves são instrumentos de luta dos trabalhadores em educação

 

Os trabalhadores em estabelecimentos privados de ensino estão mobilizados em todo o país contra os efeitos nefastos da reforma trabalhista sobre a categoria e o conjunto da classe trabalhadora. Ontem (24), conforme compartilhado pelo Portal da Contee, os professores das escolas privadas de Minas Gerais deflagraram greve por tempo indeterminado em resposta à insistência dos donos de escolas em retirar direitos conquistados há décadas e sua recusa em negociar com o Sinpro Minas.

“Centenas de professores em assembleia tomaram a decisão de entrar em greve por tempo indeterminado pela falta de respeito dos donos de escolas pelos nossos direitos conquistados ao longo de décadas”, declarou o coordenador-geral da Contee, Gilson Reis. “Os professores de Minas Gerais dizem não à retirada de direitos e querem derrotar essa famigerada reforma trabalhista, esse desgoverno Temer e essa situação que ele impõe aos professores e a todos os trabalhadores do Brasil. Então os professores da educação privada de Minas Gerais tomam uma decisão importante na luta e na indicação pra que todos os trabalhadores e trabalhadoras em educação, todos os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil possam lutar, resistir e não ter nenhum direito retirado das suas convenções. É a greve, é a luta, é a mobilização, é a resistência que elevarão nossa capacidade de construir um país melhor para os trabalhadores.”

Em São Paulo, docentes também estão em estado de greve, se opondo fortemente à transformação da convenção coletiva em uma cópia da reforma trabalhista e à destruição de conquistas e direitos dos trabalhadores. A Bahia é outro exemplo de estado em que a categoria tem atendido as convocações de assembleias e mobilizações, feitas pelo Sinpro-BA, e na próxima semana, caso não haja avanço nas negociações, deve ser votado o indicativo de greve. “Greve, aliás, é algo que permeia a história do Sinpro-BA”, destacou o diretor do sindicato e da Plena da Contee Allysson Mustafa. “Já foram muitas. É possível que mais uma esteja no forno.”

 

Por Táscia Souza da Contee

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SINPRO GOIÁS e SEPE celebram reajuste salarial antecipado em 2018

 

O Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – SINPRO GOIÁS enviou ao Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino de Goiânia – SEPE pauta de reivindicação de reajustamento salarial, e de piso para os professores de Goiânia, no dia 14 de dezembro de 2017. Desde então mantivemos as tratativas de negociação com os patões buscando firmar o melhor acordo possível para a categoria em tempos de inflação muito baixa. No dia 19 de março finalizamos a negociação de 2018.

O Sinpro Goiás continua empenhado, como tem feito nos últimos 8 anos, em conquistar ganho real de salários, com foco na melhoria do piso salarial e nas condições de trabalho dos professores e professoras do setor privado do nosso estado. Sabemos que o contexto é adverso e que o sindicalismo sofre seu mais frontal ataque desde a promulgação da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) pelo presidente Getúlio Vargas em 1° de maio de 1943.

O governo golpista de Michel Temer ao impor a fórceps a Reforma Trabalhista sobre a sociedade brasileira buscou desequilibrar a relação entre capital e trabalho em favor do patrão ao visar inviabilizar o financiamento dos sindicatos (contribuição sindical) e flexibilizar as relações de trabalho, regulamentar o trabalho intermitente e temporário, a demissão em massa, a rescisão por acordo em prejuízo do trabalhador, as homologações sem assistência do sindicato, a quitação anual de direitos trabalhistas, a condenação do trabalhador nos processos trabalhistas etc.

O Sinpro Goiás, ombreando com a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee) e sua Federação (FITRAE-BC), segue firme na sua tarefa constitucional de defender os interesses da categoria, dispensando grandes esforços a fim de combater os efeitos lesivos da Reforma Trabalhista sobre a vida dos professores e professoras do Brasil.

Passamos a informar como ficou o resultado da negociação salarial 2018 para os professores de Goiânia.

Lembrando que a data-base dos professores do setor privado de ensino é 1° de maio, o SINPRO GOIÁS celebrou mais uma vez o acordo de reajuste salarial com o SEPE por antecipação. O índice de reajustamento que deve ser aplicado ainda neste mês de março de 2018, nos salários dos professores das escolas particulares de Goiânia, é de 4%. Um reajuste acima da inflação (INPC) que hoje está acumulada até fevereiro de 2018 em 1,81%.

Piso Salarial que era R$ 12,11 (doze reais e onze centavos) passa a valer nominalmente, a partir desse mês de março de 2018, R$ 13,00 (treze reais) a hora/aula para os professores da rede privada de Goiânia. O reajustamento ficou em média 7,4% superior ao piso anterior.

 

Confira o cálculo de horas/aula nas tabelas abaixo para pagamento mínimo de valor hora-aula em Goiânia:

 

Hora/aula Valores
10 horas R$ 682,25
20 horas R$ 1.365,00
30 horas R$ 2.047,50
40 horas R$ 2.730,00

 

É importante que todos estejam conscientes que os valores hora-aula de PISO são os patamares mínimos tolerados pela Convenção Coletiva Sinpro Goiás/Sepe. Portanto, esses valores não são o TETO (valor máximo). As instituições que valorizam seus docentes passam a contratá-los com hora-aula superior ao piso.

Alertamos a todos que nenhum estabelecimento privado em Goiânia pode contratar professores com valor hora-aula inferior a R$ 13,00. Caso tal prática ocorra denuncie ao Sinpro Goiás através do telefone 3261-5455.

 

Diretoria do Sinpro Goiás

 

 

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SINPRO GOIÁS e SINEPE assinam termo de reajuste salarial antecipado em 2018

 

O Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – SINPRO GOIÁS enviou ao Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de Goiás – SINEPE pauta de reivindicação de reajustamento salarial, e de piso para os professores de Goiânia, no dia 14 de dezembro de 2017. Desde então mantivemos as tratativas de negociação com os patões buscando firmar o melhor acordo possível para a categoria em tempos de inflação muito baixa. No dia 19 de março finalizamos a negociação de 2018.

O Sinpro Goiás continua empenhado, como tem feito nos últimos 8 anos, em conquistar ganho real de salários, com foco na melhoria do piso salarial e nas condições de trabalho dos professores e professoras do setor privado do nosso estado. Sabemos que o contexto é adverso e que o sindicalismo sofre seu mais frontal ataque desde a promulgação da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) pelo presidente Getúlio Vargas em 1° de maio de 1943.

O governo golpista de Michel Temer ao impor a fórceps a Reforma Trabalhista sobre a sociedade brasileira buscou desequilibrar a relação entre capital e trabalho em favor do patrão ao visar inviabilizar o financiamento dos sindicatos (contribuição sindical) e flexibilizar as relações de trabalho, regulamentar o trabalho intermitente e temporário, a demissão em massa, a rescisão por acordo em prejuízo do trabalhador, as homologações sem assistência do sindicato, a quitação anual de direitos trabalhistas, a condenação do trabalhador nos processos trabalhistas etc.

O Sinpro Goiás, ombreando com a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee) e sua Federação (FITRAE-BC), segue firme na sua tarefa constitucional de defender os interesses da categoria, dispensando grandes esforços a fim de combater os efeitos lesivos da Reforma Trabalhista sobre a vida dos professores e professoras do Brasil. Na campanha salarial de 2018 nos empenhamos em conquistar um reajustamento salarial acima da inflação nesse contexto de estagnação da economia brasileira e de desemprego em alta.

Passamos a informar como ficou o resultado da negociação salarial 2018 para os professores de Aparecida e demais municípios do interior do Estado de Goiás.

Renovamos nossa Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com o Sinepe, com todas as cláusulas sociais, até 30 de abril de 2020. Essa é uma conquista muito importante nesse momento em que a Reforma Trabalhista abre as mais nefastas possibilidades de retirada de direitos dos trabalhadores. Com o negociado prevalecendo sobre o legislado, a nossa CCT tem mais do que nunca valor de lei. Todos os professores e professoras devem conhecê-la e denunciar ao Sinpro Goiás as instituições de ensino que não a respeitam.

Lembrando que a data-base dos professores do setor privado de ensino é 1° de maio, o SINPRO GOIÁS celebrou mais uma vez o acordo de reajuste salarial com o SINEPE por antecipação. O índice de reajustamento que deve ser aplicado no mês de abril de 2018, nos salários dos professores das escolas particulares de Aparecida e demais cidades do interior de Goiás, é de 4%. Um reajuste acima da inflação (INPC) em 2,19% que hoje está acumulada até fevereiro de 2018 em 1,81%.

Piso Salarial para professores de Aparecida que era R$ 12,09 (doze reais e nove centavos) passa a valer nominalmente, a partir do mês de abril de 2018, R$ 13,00 (treze reais) a hora-aula. O reajustamento ficou em média 7,3% superior ao piso anterior.

 

O Piso Salarial para os professores das demais cidades do interior de Goiás que era R$ 11,62 (onze reais e sessenta e dois centavos) passa a valer nominalmente, a partir do mês de abril, R$ 12,50 (doze reais e cinquenta centavos) a hora-aula. O reajustamento ficou em média 7% superior ao piso anterior.

 

Confira o cálculo de horas/aula nas tabelas abaixo para pagamento mínimo de valor hora-aula em Aparecida de Goiânia:

 

Hora/aula Valores
10 horas R$ 682,25
20 horas R$ 1.365,00
30 horas R$ 2.047,50
40 horas R$ 2.730,00

 

Confira o cálculo de horas-aula nas tabelas abaixo para pagamento mínimo de valor hora-aula nas demais cidades do interior goiano pertencentes à base do Sinpro Goiás:

 

 

Hora/aula Valores
10 horas R$ 656,25
20 horas R$ 1.312,50
30 horas R$ 1968,75
40 horas R$ 2.625,00

 

É importante que todos estejam conscientes que os valores hora-aula de PISO são os patamares mínimos tolerados pela Convenção Coletiva Sinpro Goiás/Sinepe. Portanto, esses valores não são o TETO (valor máximo). As instituições que valorizam seus docentes passam a contratá-los com hora-aula superior ao piso.

 

Alertamos também a todos que nenhum estabelecimento privado em Aparecida de Goiânia e nas cidades do interior do estado pode contratar professores com valor hora-aula inferior ao piso salarial. Caso tal prática ocorra denuncie ao Sinpro Goiás através do telefone 3261-5455.

 

Diretoria do Sinpro Goiás