O “Dia do Basta”, ontem (10) em Goiânia foi organizado pelo Fórum Goiano Contra as Reformas, composto por centrais sindicais, entre elas, a CTB, e movimentos sociais, estudantis, do campo e da cidade.
“Fizemos uma concentração às 16 horas em frente ao Palácio da Industria, uma das sedes da FIEG (Federação da Indústria de Goiás), no centro da capital. Depois, fizemos uma caminhada de 4km até a Praça Universitária, onde nos juntamos com os estudantes. A mobilização foi importante e exitosa, pois ocorreu após a visita de Michel Temer, na quinta-feira (9), aqui em Goiânia, onde reafirmamos a nossa luta contra o retrocesso promovido pelo seu governo”, disse Railton Nascimento, presidente da CTB-Goiás.
Hoje a classe trabalhadora dará mais uma demonstração de unidade e luta contra as políticas impostas à nação pelo governo ilegítimo presidido por Michel Temer, que chegou ao Palácio do Planalto na garupa do golpe de Estado de 2016, travestido de impeachment. É o Dia do Basta, que compreende manifestações diferenciadas em todo o território nacional, com destaque para paralisações de várias categorias.
Nossa pauta inclui a revogação da reforma trabalhista, que reduziu e flexibilizou direitos, e da Emenda Constitucional 95, que congelou por 20 anos os gastos e investimentos públicos, sacrificando a saúde, a educação, a ciência, a infraestrutura e o desenvolvimento nacional. Contempla igualmente a defesa das aposentadorias e de medidas emergenciais em defesa do emprego e da retomada do crescimento econômico, bem como o fim da política entreguista de privatizações e abertura do pré-sal ao capital estrangeiro.
O golpe liderado por Temer condenou o país à maior crise econômica e social de toda história e quem paga a conta é o povo trabalhador. Agora temos no Brasil mais de 65 milhões de brasileiros e brasileiras em idade ativa fora do mercado de trabalho, o desemprego aberto castiga cerca de 13 milhões de pessoas, número que se eleva a 27,7 milhões com a incorporação dos desalentados que desistiram de procurar emprego e subocupados.
A nova legislação trabalhista foi aprovada sob a justificativa de que ia estimular o crescimento da economia e ampliar a oferta de novos postos de trabalho. Conforme previram economistas e sindicalistas não foi o que ocorreu. O resultado da reforma de Temer é a crescente precarização do mercado de trabalho, o que impacta negativamente o mercado interno, as contas públicas e, principalmente, a receita previdenciária.
A política entreguista do governo não é uma ameaça apenas ao emprego e direitos dos trabalhadores e trabalhadoras das estatais. Mais que isto é uma grave ofensa à soberania nacional, temperada por uma política externa que realinhou o Brasil à estratégia imperialista dos EUA em detrimento do projeto de integração dos países latino-americanos e caribenhos.
A classe trabalhadora não pode permanecer passiva diante deste trágico cenário, sob pena de continuar perdendo direitos e ser submetida a condições de trabalho semelhantes às dos escravos. É urgente ocupar as ruas para barrar o retrocesso e abrir caminho para resgatar o projeto de desenvolvimento nacional com democracia, soberania, pleno emprego e valorização do trabalho.
As manifestações desta sexta foram convocadas conjuntamente pelas centrais sindicais e os movimentos sociais. Esta unidade é hoje o bem mais precioso do sindicalismo nacional, pois como diz o ditado popular a união faz a força.
À luta.
Adilson Araújo, presidente licenciado da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Paralisações nos locais de trabalho, passeatas, atrasos nos terminais de ônibus, panfletagem e atos públicos em praças e regiões centrais das capitais e demais cidades brasileiras. Confira a agenda do Dia do Basta na sua cidade.
Por Railídia Carvalho
Organizado pelas centrais sindicais com o apoio das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, o Dia do Basta denuncia a retirada de direitos sociais e trabalhistas após o governo de Michel Temer e aponta saídas para o desemprego e a retomada do desenvolvimento.
“Não há outra alternativa senão ir às ruas contrapor essa lamentável agenda política que nos retira a dignidade e direitos tão caros à classe trabalhadora. Todos os argumentos que alicerçaram o apoio político à Emenda 95 e à chamada reforma trabalhista no Congresso Nacional, foram testados e desmoralizados por trágicos resultados econômicos e sociais”, declarou José Calixto, presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores.
Em entrevista ao Portal da central, o dirigente completou que ao rebaixar o poder de comprar do trabalhador, as medidas do governo prejudicaram o mercado interno e inviabilizaram empresas.
“Tal circunstância favorece a ampliação do desemprego, a precarização das relações de trabalho e a desvalorização salarial. É preciso modificar essa agenda por meio de alternativas sólidas, viáveis, e tecnicamente aplicáveis. Nossa Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora (saiba mais) contempla as soluções que necessitamos para recuperar nosso desenvolvimento econômico com progresso social”, enfatizou Calixto.
O documento a que se refere o presidente da NCST nasceu do esforço unitário de sete centrais sindicais brasileiras que reuniram na Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora 22 propostas em que defendem caminhos emergenciais e também soluções estruturais. A agenda é orientada “pelo combate a todas as formas de desigualdade, pela promoção do emprego de qualidade, pela liberdade, democracia, soberania nacional e justiça social”, diz a apresentação do documento. Clique AQUI para acessar os 22 pontos na íntegra.
Confira os locais e horários dos atos confirmados (fonte: CTB e CUT)
Maranhão
Passeata pelas ruas do centro de São Luís até a avenida Cajazeiras
Concentração às 6h em frente a Universidade Federal do Maranhão
Bahia Salvador, concentração às 8h30, em frente ao mercado modelo
Ceará Fortaleza, praça da Bandeira, na região central, a partir das 9h
Goiás Goiânia, concentração na esquina das av. Anhanguera e Tocantins, às 16h, e caminhada até a praça do Centro Universitário
Minas Gerais Belo Horizonte, ato público na praça da Estação, das 7h às 9h e panfletagem no centro das 16h às 18h30h
Pará Belém, mercado de São Brás, às 17h
Paraná
Curitiba, Fiep, às 11h
Pernambuco Recife, na praça da Democracia Derby, às 15h
Rio Grande do Sul Porto Alegre, Fecomércio, às 8h
Rio de Janeiro Rio de Janeiro, Na Praça XV, às 16h, diversos atos menores e paralisações estão marcados ao longo do dia.
Reunidas na manhã desta sexta (3), as centrais sindicais (CTB, CSB, CUT, Força Sindical, Nova Central, UGT e Intersindical) reafirmaram os eixos mobilizadores e organizativos dos atos convocados nas capitais e principais cidades de todo o país no próximo Dia 10 de agosto – Dia do Basta!
“Reafirmamos os eixos unitários, já definidos (emprego, aposentadoria e direitos) como pauta unitária de mobilização para todos os atos. Pelo Brasil, as centrais empreendem amplos esforços de organização de paralisações e assembleias nas ruas e nos locais de trabalho. Lutar é a principal palavra de ordem”, indicou o Fórum.
Onofre Gonçalves, direção nacional da CTB; e Ronaldo Leite, secretário de Formação da CTB, representaram a central na reunião. “Realizamos uma ampla plenária nesta quinta (2), que reuniu 14 categoria da Capital e do interior de São Paulo, e nossa expectativa é muito positiva para os atos que serão realizados aqui no estado”, informou Gonçalves.
Ronaldo Leite indicou que, “pelo Brasil, a CTB já tem atos organizados nas capitais e grandes cidades em 17 estados. Nos demais a organização segue em curso. Nosso balanço é positivo, mas temos que reforçar nosso trabalho para somar ao Dia Nacional de Luta amplos setores da sociedade”, emendou.
Mobilização
Em São Paulo, as centrais sindicais farão uma blitz no Metrô e Terminais no próximo dia 9 de agosto. A ideia é dialogar com população e convidar a se somar ao ato do 10 de agosto na porta da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na Avenida Paulista.
Além da pauta de reivindicações aprovada unitariamente pelo Fórum das Centrais, cada estado deverá incorporar ao protesto as suas lutas regionais.
DIA 10 DE AGOSTO | Em todo o Brasil | Dia do Basta!
Organizado pelas centrais sindicais, o movimento tem como objetivo paralisar os locais de trabalho e mobilizar as bases sindicais e os movimentos sociais em manifestações de protesto contra o desemprego crescente, contra a retirada de direitos da classe trabalhadora, contra as privatizações, pela revogação da Emenda Constitucional 95 (EC95), da reforma trabalhista e da lei que libera a terceirização irrestrita. Além de alertar sobre a ameaça da reforma da Previdência e os ataques à Democracia e ao Estado Democrático de Direito.
Dia Nacional do Basta!
10 de Agosto – São Paulo
Em frente à Fiesp, às 10h
As frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo aderiram, nesta quinta-feira (2), às mobilizações convocadas pela CUT e demais centrais sindicais para o Dia Nacional do Basta, em 10 de agosto. A decisão foi tomada na reunião entre os representantes das entidades que compõe as duas Frentes, entre elas MST, MTST, UNE, Marcha Mundial de Mulheres e Conen.
O Dia Nacional de Mobilização e Paralisação está ganhando forças e adesões de trabalhadores e trabalhadoras em todo Brasil. O objetivo é dizer basta de desemprego, de retirada de direitos, de privatizações, de aumentos abusivos nos preços dos combustíveis e de sofrimento para o povo brasileiro.
“As frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, mais uma vez, serão protagonistas junto com as centrais sindicais nesse processo. Sei que os companheiros estarão apoiando o ato e cumprindo com seu papel decisivo”, disse o presidente da CUT, Vagner Freitas.
Segundo ele, nenhum dos atos que os sindicatos fizeram ocorreu sem o apoio fundamental das duas Frentes. “Neste dia 10 não será diferente, estaremos todos juntos em defesa dos trabalhadores e da democracia brasileira.”
Para o secretário-geral da CUT, Sergio Nobre, a unidade construída nesta quinta é fundamental para dizer basta no dia 10 de agosto. “A unidade das centrais com os movimentos sociais é o que garantirá a realização de um grande dia de luta pelo país.”
Segundo Sérgio, a CUT está organizando plenárias interestaduais e estaduais para organizar a mobilização do ‘Dia do Basta’ e 14 estados já confirmaram que irão realizar atos e paralisações nos locais de trabalho.
“Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo já estão confirmados. Mas este número vai crescer a cada dia, porque ainda há muitos estados na fase de organização.”
Movimentos sociais no Dia do Basta
O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Paulo, disse que o movimento já começou a organizar a mobilização para o dia 10.
“Nós estamos fazendo um grande debate com a sociedade sobre a importância de fazer a luta nos próximos dias. Além das mobilizações e paralisações, o dia 10 será um dia para discutir todos os temas da classe trabalhadora, em especial o tema do desemprego, da carestia, discutir como frear o processo de privatização em curso deste governo golpista”, disse.
A presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Marianna Dias, destacou que só a luta pode mudar o momento que o País está passando e garantiu a presença dos estudantes na mobilização.
“É o dia do basta! Nós não queremos mais um Brasil governado por um presidente ilegítimo que tira os direitos do povo, massacra os trabalhadores, destrói as universidades públicas. Nós temos potencial de ser um País cada vez melhor. Então vamos para o dia 10, porque só a luta pode mudar nossa vida”, convocou Marianna.
Já a coordenadora da Marcha Mundial das Mulheres, Sonia Coelho, destacou a importância da participação das mulheres nas mobilizações do dia.
“É fundamental que todos os movimentos de mulheres estejam presentes nas ruas porque nós temos muito basta a dizer. Basta de violência contra mulher, basta de salários baixos, basta do desemprego, que está pegando muito mais as mulheres e as mulheres negras, basta de reforma trabalhista e basta de golpe, porque queremos uma vida com igualdade”, afirmou.
O diretor da Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen), Flavio Jorge, falou da importância da participação dos negros e das negras no dia 10 de agosto.
“Somos maioria da população brasileira e os mais atingidos por este desmonte e perda de direitos. Basta! Dia 10 todo mundo na rua. Basta de desemprego, basta de retirada de direitos e basta de tanta maldade contra os trabalhadores e trabalhadoras.”
Dia 15 em defesa do registro da candidatura do Lula
As frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo também vão se somar à mobilização do dia 15 de agosto, em Brasília, para defender o direito do registro da candidatura do ex-presidente Lula à Presidência da República.
“O MST chegará com três marchas e iremos ao TSE para dizer que nós queremos que Lula tenha o direito de ser candidato e que seja respeitada a constituição e a democracia. Ou seja: Lula vai registrar sua candidatura no dia 15 em Brasília”, garantiu o coordenador do MST, João Paulo.
O secretário-geral da Intersindical e representante da Frente Povo Sem Medo na reunião, Edson Carneiro, o Índio, reafirmou que Lula tem o direito de ser candidato e que os setores democráticos devem defender a liberdade do ex-presidente Lula e o direito dele inscrever sua candidatura e ser julgado pelo povo.
“Para a Intersindical, para os movimentos sociais, para os trabalhadores em geral, o presidente Lula tem o direito de ser candidato e não pode ficar encarcerado por meio de um processo que só tem por objetivo tirá-lo da eleição presidencial.”
Assista o vídeo em que o presidente da CUT, Vagner Freita, fala sobre o dia do Basta, em 10 de agosto:
Em plenária realizada no DIEESE, na manhã desta quarta (25), centrais sindicais e dirigentes de diferentes categorias realizaram uma avaliação da organização do Dia do Basta!, convocado para 10 de agosto em todo o país. Confirme sua presença em nosso evento no Facebook.
Durante suas falas, os representantes do Fórum das Centrais apresentaram um balanço positivo da mobilização: “A adesão nos estados cresce a cada dia, inclusive em conjunto com os movimentos sociais e juventude. Já temos sinalização de data e hora de atos em todas as capitais e principais cidades do país”.
“A classe trabalhadora está sendo brutalmente atacada desde maio de 2016. Somente com luta reverteremos esta agenda e recolocaremos o Brasil no rumo do crescimento, com geração de emprego e valorização do trabalho. A CTB já tem agenda em todos os estados. As ruas do Brasil serão tomadas por um grito único: Basta de desemprego, privatizações, desmonte da Saúde e Educação, exclusão e exploração!”, reforçou o presidente nacional (licenciado) da CTB, Adilson Araújo.
Presente na plenária, o presidente da CTB São Paulo, Renê Vicente, apresentou o balanço de mobilização no estado de São Paulo. “Estamos firmes na mobilização e já convocamos uma plenária para o dia 2 de agosto, às 10h, nos Sindicato dos Marceneiros de São Paulo”, acrescentou Vicente.
Ramo dos Transportes
Os trabalhadores e trabalhadoras do ramo de transporte também estão organizando sua participação no Dia do Basta!
O representante do Sindicato dos Condutores de São Paulo informou que haverá plenária na próxima segunda (30), às 9h, na entidade, para fechar a agenda de ação da categoria.
ORIENTAÇÕES
DIA 10 DE AGOSTO | Em todo o Brasil | Dia Nacional do Basta!
O que é?
Organizado pelas Centrais Sindicais, tem como objetivo paralisar os locais de trabalho e mobilizar as bases sindicais e os movimentos sociais em manifestações de PROTESTO contra o desemprego crescente, contra a retirada de direitos da classe trabalhadora, contra as privatizações, pela revoção da Emenda Constitucional 95 (EC95), da reforma trabalhista e da lei que libera a terceirização irrestrita. Além de alerta sobre a ameaça da Reforma da Previdência e os ataques à Democracia e ao Estado Democrático de Direito.
Serviço
Dia Nacional do Basta! – Em todo o Brasil – 10 de Agosto
São Paulo
Em frente à Fiesp, às 10h
Mais informações
Assessoria de Imprensa e Comunicação – (11) 98442-9245