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Impa abre inscrição para aperfeiçoamento de professores de matemática

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Até 30 de novembro, estão abertas as inscrições para o Papmem (Programa de Aperfeiçoamento para Professores de Matemática do Ensino Médio), do Impa (Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada). O objetivo do curso é aprimorar o ensino de matemática nas escolas brasileiras.

O treinamento é semestral e ocorre sempre nas férias escolares, com aulas presenciais no Rio de Janeiro e via internet em todos os Estados. Segundo a coordenadora administrativa do programa, Maria Celano Maia, os cursos – que começaram a ser ministrados em 1990 – vão oferecer 5 mil vagas para o próximo módulo.

Maria diz que a deficiência no ensino de matemática  é tão grave no país que afeta os cursos universitários, já que, segundo ela, a maioria dos professores que participam do curso no Impa não sabe a matéria que vai ensinar. “O que esse curso faz é rever os conteúdos do ensino médio. A gente propõe problemas para os professores reverem e treinarem esses assuntos. A gente vê que eles têm bastante deficiência nesses assuntos”.

De acordo com ela, a procura pelo curso vem mais de professores do interior dos estados. O curso é gratuito e o Impa oferece ajuda de custo para transporte e alimentação, além do material didático. As aulas também podem ser acompanhadas pela internet e os cursos anteriores estão disponíveis na página do instituto. Podem participar professores de matemática do ensino médio e formandos do curso de licenciatura em matemática.

De acordo com a publicação Anuário Brasileiro da Educação Básica 2013, do movimento Todos pela Educação, a principal deficiência no ensino brasileiro é justamente a matemática no ensino médio.

Segundo os dados da Prova ABC de 2011, último dado disponível, que avalia os conhecimentos das crianças de 8 anos, 42,8% dos estudantes atingiram o conhecimento esperado em matemática, variando de 28,3% na Região Norte a 55,7% na Região Sul. Na comparação entre as redes de ensino, 32,6% dos estudantes de escolas públicas demostraram o conhecimento esperado, enquanto entre os de escolas particulares a proporção ficou em 74,3%.

Na Prova Brasil, avaliação aplicada pelo Ministério da Educação, 14,4% dos alunos tinham o conhecimento esperado para o 5º ano do ensino fundamental em 1999, número que passou para 36,3% em 2011, superando a meta de 35,4%. No 9º ano do ensino fundamental, o índice passou de 13,2% para 16,9%, além da meta de 25,4%. No 3º ano do ensino médio, no entanto, o percentual de estudantes com a aprendizagem esperada em matemática caiu de 11,9% em 1999 para 10,3% em 2011, abaixo da meta de 19,6%.

Maria destaca que muitos conteúdos ensinados estão distantes da realidade dos estudantes. “Seria bom se mudasse mesmo. A gente também procura ressaltar esse aspecto da praticidade, do uso da matemática nas coisas cotidianas. Hoje em dia, o ensino médio está voltado, praticamente, apenas para o Enem e para o vestibular, não é?”.

O curso do Impa será ministrado entre os dias 13 e 17 de janeiro. Foram oferecidas 150 vagas para professores no estado do Rio de Janeiro e entre 40 e 100 vagas para os centros multiplicadores nas universidades de todos os estados, que transmitem as aulas ao vivo, via internet. As inscrições podem ser feitas on-line, na página do Impa.

Fonte: Uol Educação

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Itaú Cultural promove curso de história da arte

história da arte

ATENÇÃO, PROFESSORES(AS),

O Itaú Cultural realiza, entre os dias 6 de agosto e 4 de setembro, o Curso de História da Arte em nove cidades das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil.
Destinado a jovens e adultos, o curso faz parte do programa Rumos Itaú Cultural Artes Visuais 2011-2013. As aulas abordam marcos e movimentos artísticos, do modernismo à arte contemporânea. Para cada local de realização será doada uma bibliografia de história da arte.

A caravana vai passar por: Manaus (AM); Belém (PA); Palmas (TO); Campo Grande (MS); Cuiabá (MT); Anápolis (GO); São Luís (MA); João Pessoa (PB); Maceió (AL). O curso será apresentado em três dias em cada cidade, com carga horária de 18 horas, e todos os participantes receberão um certificado de conclusão.

As inscrições podem ser feitas por e-mail ou telefone.

Clique aqui para mais informações.

Participe!

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Coordenador pedagógico não tem curso próprio

Uma das figuras mais importantes para o bom funcionamento da escola, o coordenador pedagógico não conta com formação específica para assumir o posto. E, por causa da escassez de docentes – o MEC (Ministério da Educação) calcula que faltam 170 mil professores em matemática, física e química na educação básica -, o coordenador pedagógico acaba voltando para a sala de aula.

Cabe a esse profissional zelar pelo bom funcionamento da escola, cuidando, por exemplo, da resolução de conflitos entre os alunos no ambiente de sala de aula. O problema é que o coordenador não é capacitado para as funções que assume.

“O coordenador é, em geral, um professor nomeado pelo diretor da escola (este é concursado e tem funções burocráticas). Imagine alguém que se formou em matemática e que, de repente, vira o coordenador pedagógico. Acaba não dando certo”, explica Fábio Campos, especialista em educação e um dos criadores do projeto Ensina!.

Hoje, a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) determina que cada escola tenha um coordenador pedagógico – independentemente da quantidade de estudantes da instituição.

“Um coordenador de uma escola de 200 alunos terá mais condições de trabalhar do que nas escolas com mais de mil alunos”, diz Campos.

Por causa da falta de capacitação específica, algumas escolas particulares tentam, por conta própria, trabalhar a formação do coordenador pedagógico – e também de outros profissionais ligados à gestão da escola.

Fonte: Folha de S. Paulo. Por  Sabine Righetti.