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Reforma da Previdência é jogo de Hobin Hood ao contrário, retira dos pobres e transfere para os ricos diz presidente da CTB GO no manifesto

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Por

Elen Aguiar

Assessora de Comunicação do Sinpro Goiás

 

Nesta terça-feira, dia 05 de dezembro, aconteceu em todo país a paralisação contra a votação da Reforma da Previdência. Em Goiânia a concentração foi na Praça dos Bandeirantes. Sob a coordenação do Fórum Goiano Contra as Reformas da Previdência e Trabalhista, participaram da ação as centrais CTB, CUT, CSP-Conlutas, Intersindical, CMP; as entidades/movimentos sindicais, SINT-IFESgo, SINTSEP-GO, SINTEGO, SINDSAÚDE, SINPRO GOIÁS; entidades estudantis, UNE, UEE; Movimentos de Juventude UJS, Quilombo; Movimento de Lutas Afirmativas UNEGRO, Dom Tomás Balduíno; Populares MST, MTST, MLCP e Movimentos Religiosos CDJP do Brasil.

 

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Para o presidente da CTB-GO/ Sinpro Goiás, Prof. Railton Nascimento Souza, o cenário brasileiro é o pior dos últimos tempos por promover a retirada de direitos sociais conquistados com anos de lutas. “O ato foi chamado em todo o Brasil pelas centrais sindicais, CTB, CUT, CSP- Conlutas, Força Sindical um alerta a sociedade brasileira sobre as mentiras do governo Temer acerca da Reforma da Previdência. Essas reformas são apresentadas como modernização, quando na verdade traze retrocesso, uma vez que vão forçar o trabalhador a contribuir durante 40 anos, muitas vezes morrendo sem se aposentar. Com a Reforma Trabalhista, a precariedade das relações de trabalho serão muito maiores em instabilidade e em segurança”, explica.

O professor ainda ressalta que há uma distorção em relação ao real significado da reforma. “Ao contrário do que diz o Governo Temer, não retira privilégios das carreiras de estado mas, na verdade, ataca o funcionalismo público básico que já tem hoje muitos problemas, muitas dificuldades para poder desenvolver seu trabalho a contento e também é uma reforma que vai atingir a base da pirâmide social, ou seja, a maior parte do trabalhador brasileiro que é assalariado, mais de 80% da população brasileira”, informa.

 

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Railton Nascimento ainda compara a situação há uma conhecida história. “Na verdade não é uma reforma que moderniza, que tira privilégios, mas que faz um jogo de Hobin Hood ao contrário, tira dos pobres e transfere para os ricos, banqueiros, previdência privada, desmontando na verdade o maior programa social do Brasil – a previdência social.  Também vimos denunciar esse discurso que a previdência tem déficit. Quando você pega todas as fontes de receita constitucionais, percebe claramente que a previdência do Brasil é superavitária”, destaca.

Em Goiânia, a manifestação saiu da Praça dos Bandeirantes e percorreu a Av. Anhanguera com a Av. Tocantins, até o Palácio do Comércio. A organização avalia que o movimento contou com a participação de aproximadamente 500 pessoas.

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Presidente da CTB-GO defende modelo de desenvolvimento para quem trabalha

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Portal CTB entrevista o novo presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, seção de Goiás (CTB-GO), Railton Nascimento Souza. O Congresso Estadual aconteceu na quinta-feira (19), na capital Goiânia e elegeu a direção para o quadriênio 2017-2021.

Souza fala dos planos na nova gestão para enfrentar os desafios colocados pela conjuntura adversa provocada pelo golpe de Estado de 2016 e pela reforma trabalhista, que entre em vigor dia 11 de novembro. Por isso, diz o presidente da CTB-GO, “no dia 10 faremos uma grande manifestação em todo o país contra os absurdos dessa reforma contra a classe trabalhadora e os interesses nacionais”.

Ela conta também que as delegadas e os delegados presentes ao Congresso Estadual “foram encorajados pelo secretário-geral da CTB Nacional (Wagner Gomes) a seguirem firmes na luta e contarem com o apoio da direção nacional para as lutas que teremos que travar nesse momento desafiador”.

Leia a entrevista na íntegra:

Portal CTB: Com a realização do Congresso Estadual quais os planos futuros?

Railton Aparecido Souza: O clima foi de congraçamento e de determinação em fazer a CTB-GO crescer e avançar na sua luta classista nesse momento em que o sindicalismo é gravemente atacado por esse governo golpista e ao mesmo tempo que os trabalhadores e trabalhadoras mais necessitam de um movimento sindical forte e unido.

Inclusive, as delegadas e os delegados foram encorajados pelo secretário-geral da CTB Nacional (Wagner Gomes) a seguirem firmes na luta e contarem com o apoio da direção nacional para as lutas que teremos que travar nesse momento desafiador para a classe trabalhadora.

Quais entidades participaram desse Congresso?

O primeiro Congresso Extraordinário da CTB-GO aconteceu dia 19 de outubro, com a presença dos principais sindicatos fundadores da central, em 2009, quando fizemos nosso primeiro Congresso. Participaram desta jornada o Sinpro-GO, Sint-Ifesgo, Sinpror, Sinteea, Sindvap, Sinteerv e a Federação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino do Brasil Central. Todas essas entidades tiveram assento na nova gestão.

Com esse suporte dá para mobilizar a classe trabalhadora de Goiás pelos seus direitos?

Com certeza. Pretendemos dialogar com todas as centrais sindicais no sentido de consolidarmos uma frente ampla em defesa das trabalhadoras e dos trabalhadores goianos que sofrem desde 1998 com a ascensão do governo tucano de Marconi Perillo que avança em seu programa neoliberal de venda do patrimônio público e de retirada dos direitos dos servidores públicos do estado.

O que a CTB-GO pode fazer para se fortalecer e colaborar com a unidade?

Começaremos por uma ampla campanha de filiações de sindicatos à central bem como a formação de núcleos de base combativos e com o compromisso classista.

Antes disso ainda, devido à conjuntura de crise econômica e política do país, pretendemos organizar a central para que ela tenha sustentabilidade financeira para cumprir sua tarefa e seus compromissos de luta.

Como isso será feito?

Realizaremos em breve a nossa primeira reunião de planejamento com apoio do Centro Nacional de Estudos Sindicais e do Trabalho, porque daremos prioridade absoluta à formação sindical e dessa forma melhorarmos nossa atuação.

Também apoiaremos e abraçaremos as lutas dos movimentos sociais do campo e da cidade. Além disso, apoiaremos as lutas da CTB Nacional, especialmente em Brasília.

A conjuntura impulsiona novos desafios. A CTB-GO está preparada?

Estamos nos preparando cada vez mais e melhor. A CTB vem crescendo muito e os dirigentes devem estar à altura desse crescimento. Nesta nova gestão, vamos buscar o diálogo com as instituições de Estado e contribuir com a defesa e consolidação de um modelo de desenvolvimento nacional com soberania e valorização do trabalho, o que para tanto exigirá um empenho do movimento operário para eleger em 2018 alguém do nosso lado para a Presidência da República, mas também nos empenharemos para eleger parlamentares que devolvam o Brasil aos trilhos da democracia e do respeito à vontade popular. No dia 10 faremos uma grande manifestação em todo o país contra os absurdos dessa reforma contra a classe trabalhadora e os interesses nacionais.

 

Portal CTB – Marcos Aurélio Ruy