A Central das Trabalhadoras e Trabalhadores do Brasil, CTB – Goiás vem a publico manifestar seu apoio a greve nacional dos servidores públicos marcada para o dia 18 de agosto de 2021.
A motivação para essa greve é a grande ameaça de desmonte do serviço público, promovida pelo Governo e seus aliados com a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 32, ou reforma administrativa.
Ao contrário do que diz o Sr. Paulo Guedes e seus caudatários, essa emenda constitucional precarizará o serviço público, além de retirar direitos históricos dos atuais servidores públicos ativos e aposentados. Promoverá a volta às piores práticas que existiam no serviço público e que foram banidas pela Constituição de 1988, que eram o nepotismo, as contratações sem concurso por “apadrinhamento” político, as “rachadinhas” generalizadas, e a corrupção desenfreada. Caso aprovada, a PEC 32 provocará fragilização e desproteção legal dos trabalhadores. Nenhum servidor se sentirá seguro para cumprir seu dever, denunciar as práticas lesivas, sem a devida estabilidade e independência funcional, visto que a perseguição e o autoritarismo serão as regras impostas.
Por isso a CTB-GO reafirma o compromisso de luta, na defesa dos direitos dos trabalhadores, servidores públicos e privados, e contra o desmonte do estado, promovido por este governo da destruição nacional. O 18 de agosto é dia de ir para rua. Participe e mobilize sua categoria!
A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) realiza entre os dias 12 e 14 de agosto seu 5º Congresso Nacional.
A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) realiza entre os dias 12 e 14 de agosto seu 5º Congresso Nacional. O evento acontece em meio a um ambiente de grave crise sanitária, econômica, política e de sucessivos ataques contra a classe trabalhadora.
O evento, que ocorrerá no formato híbrido, contará com a participação de cerca de três mil filiados, sendo que presencialmente – e respeitando todos os protocolos sanitários – somente será permitida a participação de 30 pessoas.
Na ocasião, o Sindicato dos Professores do Estado de Goiás irá participar com 6 delegados e delegadas: Prof. Railton Nascimento Souza (Presidente do Sinpro Goiás), Prof. Sara de Castro Cândido (Secretária Geral), Prof. Nara Rubia Pereira da Silva (Diretora de Comunicação), Prof. Geraldo Profirio Pessoa (Membro do Conselho Fiscal), Prof. Nivaldo dos Santos (Membro do Conselho Fiscal) e Prof. Lucia Helena Afonso Rincon (Delegada Sindical PUC-GO).
“Nosso congresso ocorre em meio a mais grave crise já vivida no Brasil. A política de restauração neoliberal inaugurada pelo golpe de Estado de 2016 e radicalizada pelo governo neofascista de Jair Bolsonaro agravou
ainda mais a situação”, afirmou o presidente nacional da CTB, Adilson Araújo.
Ele destaca que a conjuntura “impõe a formação de uma ampla frente social e política para deter a crise sanitária, intensificar a campanha Fora Bolsonaro, afastar o genocida do Palácio do Planalto, mudar a política econômica e promover a recuperação da economia e do emprego”.
No último sábado (15) foi realizado, via internet, o IV Congresso da CTB Goiás, dedicado à memória da sindicalista Vanilza Araújo, funcionária servidora da luta sindical por 40 anos no estado, que foi mais uma vítima da covid-19 e da política sanitária genocida do governo Bolsonaro. Morreu aos 65 anos.
A reunião das lideranças classistas debateu o documento base do V Congresso da CTB, que será realizado em agosto, aprovou o balanço financeiro, o plano de lutas, a unificação da CTB com a CGTB, que deve ser sacramentada no congresso nacional, elegeu a delegação goiana ao V Congresso e a nova direção da CTB local, que tomou posse na plenária final.
O professor Railton Nascimento Souza foi reeleito presidente. O presidente Nacional da CTB, Adilson Araújo, fez a intervenção principal do Congresso.
Os congressistas promoveram uma homenagem póstuma a Vanilza Araújo, com um emotivo texto reproduzido abaixo. Aprovaram também o documento do VI Encontro Nacional da Mulher Trabalhadora incorporando-o aos documentos do Congresso. A nova diretoria eleita da CTB Goiás garantiu a paridade de gênero, em resposta ao que determina o referido documento.
Entre as lideranças que fizeram saudação ao congresso goiano estavam Wagner Gomes – Secretário Geral da CTB nacional; Celina Areias – Secretária da Mulher da CTB Nacional; Valéria Morato – presidenta do Sinpro/MG e da CTB MG; Chileno – Sinpro Campinas/SP; Fagner Tavares – UGT Goiás; Pereira – Secretário Geral da CGTB; Walter Monteiro- Central dos Movimentos Sociais de Goiás.
Leia abaixo o balanço político feito pelo presidente da CTB/Goiás, o “Tributo à sindicalista Vanilza Araújo” e o plano de lutas aprovado no congresso.
Balanço político da CTB Goiás
No dia 15 de agosto de 2009 participei do 1° Congresso Estadual da CTB Goiás e na ocasião fui eleito diretor de formação. Permaneci nessa função por dois mandatos que foram marcados por muita luta e ativismo, sob a liderança da professora Ailma Maria. Em 2017 assumi a presidência da central em um processo interno de grandes dificuldades de construção da unidade política. Alicercei a atual gestão na unidade das entidades sindicais que fundaram a central em Goiás e que sempre deram sustentação à luta.
O golpe que depôs a presidenta Dilma Rousseff e as suas imediatas consequências em termos de retrocesso e ataque aos direitos dos/as trabalhadores/as e às suas organizações, logo se materializaram nas investidas e contrarreformas do governo golpista de Temer. Ao lado de outras centrais sindicais a CTB jogou papel fundamental na tentativa de deter a Reforma Trabalhista e a terceirização. Ainda que essas tenham sido aprovadas, a luta não permitiu, naquele momento, o avança da Reforma da Previdência.
Em Goiás, o Fórum Goiano que originalmente foi denominado, Fórum Contra as Reformas Trabalhista e da Previdência, articulou os grandes atos de rua durante aquele ano e nos que se seguiram, até a eclosão da Pandemia da Covid-19 em março de 2020.
Os retrocessos contra os direitos dos/as trabalhadores/as que já eram graves ficaram mais agressivos com a conjugação de Bolsonaro com a Pandemia. A crise sanitária se aprofundou em razão da necropolítica negacionista e genocida do governo federal, que trabalhou a favor do coronavirus e contra a vacinação da população, num plano aprofundado de destruição nacional. O resultado são mais de 430 mil mortes, em grande número evitáveis.
Em isolamento internacional, o Brasil vive a pior fase de humilhação do seu povo, do seu legado histórico de luta social, política, e do seu patrimônio cultural nacional. É lamentável a Perda do seu papel de liderança regional na América do Sul e sua inexpressividade do Brasil nos Brics, na relação com os vizinhos, na relação sul-sul, com a Europa, subserviência nefasta com os USA e perdas no Oriente. Tudo isso somado à uma política de aprofundamento da desindustrialização do país, inchaço do setor de serviços e agravamento da precarização do trabalho, jogou aproximadamente 40 milhões de brasileiros na miséria, que outrora já tinha sido erradica; milhões no desemprego e na informalidade, na subutilização ou absoluto desalento.
O auxílio emergencial de no mínimo R$ 600,00 é um direito que milhões de famintos reivindicam para manter sua subsistência até haja condições sanitárias de plena retomada da economia.
A falsa política, com desmonte nacional dos serviços públicos, dos direitos dos servidores, sem precedentes na história, o desastre na condução de todas as políticas importantes, educação, saúde, geração de empregos, meio ambiente, ciência, tecnologia e indústria, com o desemprego e a subutilização da mão de obra do país, estão a fazer com que o Brasil, que já foi a 6ª economia do mundo, siga rumo à 10ª em retrocesso econômico e social.
No campo social, a destruição das entidades sindicais, o ataque aos movimentos sociais e partidos de esquerda, as dificuldades sem precedentes nas negociações e no avanço de conquistas por parte dos trabalhadores do setor público e privado, o aumento das violências (mulheres, crianças, jovens, homofobia, racismo, intolerância e ódio contra minorias) no campo e na cidade e a permanência de uma base ideológica que ainda dá sustentação ao “fascismo bolsonarista e o agravamento da desigualdade social, promove um verdadeiro desastre e devastação social, excluindo milhões de uma vida minimamente digna.
A fragmentação da esquerda, a desorientação diante de tantos ataques e derrotas continuadas acumuladas nos últimos 6 anos, coloca entraves na efetivação da construção coletiva e concreta de um projeto nacional de desenvolvimento UNITÁRIO.
Diante desse contexto, a CTB GOIÁS, durante quase quatro anos de mandato, participou ativamente de todos os atos articulados pelas centrais sindicais e pelo Fórum Goiano, tendo como entidades sindicais âncoras o Sinpro Goiás, que acolheu a central em sua sede e Sint-Ifesgo que deu todo o fortalecimento da CTB nos momentos e desafios mais críticos pelos quais passou em Goiás.
Do ponto de vista econômico, todo o recurso repassado pela CTB Nacional foi para financiar a luta contra os retrocessos promovidos pelos desgovernos, manter um/a secretária/o de apoio interno e organização da central em parceria com os estudantes. Os processos judicias que a CTB Goiás enfrentou para assegurar a legitimidade questionada do Congresso Extraordinário que elegeu a direção atual, foi brilhantemente dirigido pelo Dr. Magnus Farkatt e pelos advogados Bruno Pena e Marcus Malta.
A CTB é grata pela vitória jurídica que obteve, até a última instância da Justiça do Trabalho. A direção atual está devidamente registrada, com todas as certidões da central positivas. As dívidas deixadas pela gestão anterior ou foram quitadas ou parceladas. A central possui uma sede que está atualmente alugada. A diretoria da CTB Goiás foi aguerrida e parceira nas lutas da classe trabalhadora. Não citarei nomes, mas somos gratos a todos os que a integraram até agora.
Desde o mês de janeiro, o IV Congresso da CTB Goiás está em preparação. Foram mais de dez reuniões com a democrática participação de todas as entidades sindicais que constroem e sustentam a CTB em Goiás (Sint-Ifesgo, Sinpro Goiás, Sinpror, Sinpma, Sinteaa, Sinteerv e Fitrae-BC) e núcleos de base (Soego, Sintego, Motofrentistas, Adufg e Mineiros de Minaçu) num esforço sempre coletivo de ampliaçao do espectro das forças políticas e entidades sindicais para a composição de uma força dirigente da CTB em Goiás que lidera a luta da classe trabalhadora de forma ampla e unitária.
Ao final desse mandato, imediatamente coloquei o cargo de presidente da central a disposição num esforço de pronta renovação. Ao final, depois de inúmeras reuniões de preparação do congresso e de construção da chapa, cogitações de nomes para encabeça-la, sugeriu-se meu nome para seguir nessa árdua tarefa, em segundo mandato, se assim for a decisão do Congresso.
Os desafios que se avizinham para a classe trabalhadora não são menores do que esses que enfrentamos agora, como a reforma administrativa, inúmeras MPs, desmonte do serviço público e dos direitos dos/as trabalhares/as no decurso do governo fascista de Bolsonaro.
Por isso, é urgente e necessário que as organizações sindicais, de primeiro, segundo e terceiro grau e as centrais sindicais se fortaleçam para darem sustentação à luta econômica e política que colocará o Brasil novamente nos trilhos da soberania, do desenvolvimento econômico e social, com valorização da classe trabalhadora, rumo ao socialismo.
O movimento sindical deve alcançar os mais de 70 milhões de brasileiros/as, em força ativa de trabalho, empreendedores de si mesmos, uberizados, precarizados e subempregados. É imprescindível enfrentarmos o debate da comunicação com propostas concretas de luta e de resgate da dignidade desses/as trabalhadores/as, debate fundamental para recolocarmos o Brasil nos trilhos da democracia social e derrotarmos o fascismo.
Railton Nascimento Souza, presidente da CTB Goiás
Tributo à sindicalista Vanilza Araújo
Apesar de a morte estar para a vida como a noite está para o dia, sendo todos indissociáveis, com ela não nos conformamos; nem mesmo quando representa o natural desfecho da vida. Com sabedoria o saudoso e grandioso poeta Mário Quintana, em seu instigante poema “Dos hóspedes”, nos ensina que: “Esta vida é uma estranha hospedaria, De onde se parte quase sempre às tontas, Pois nunca nossas malas estão prontas, E a nossa conta nunca está em dia…”.
Felizmente, mantemos aceso o humano sentimento de prantear nossos entes queridos, com os quais nos entrelaçamos por laços familiares e/ou por sincera, generosa e leal amizade; sendo-nos difícil dizer qual perda nos é mais dolorosa; não raras vezes, nos é muito mais cara a perda de um (a) amigo(a).
Dor que se torna insuportável quando a morte se antecipa à eterna marcha do desenlace da vida, como a que, nesta data, continuamos a prantear, de nossa dadivosa amiga Vanilza Batista Araújo, ao dia 19 de abril último, em decorrência da catástrofe que nos assola: a covid19.
Há seres humanos que, além de imprescindíveis, dispensam exaltações, por sua trajetória de vida reta, altaneira e solidária. Indiscutivelmente, Vanilza se encontra neste pedestal, por cultuar e praticar esses predicados.
De seus 65 anos de vida, completados aos 21 de dezembro de 2020, Vanilza dedicou ao Sinpro mais de 40 deles, dos quais 38 como sua funcionária; dedicação que se estendeu à Fitrae-BC e à CTB, a partir de seu nascimento; essa dedicação plena e despreendida manteve-se incólume após seu desligamento da entidade. Para Vanilza, não havia dia, hora, dificuldade ou moléstia que fosse capaz de faze-la pronunciar não a qualquer chamado que se lhe fizesse, para a luta e para o enfrentamento dos desafios a ela inerentes. Vanilza era múltipla, desempenhando com esmero e fidelidade inabalável as tarefas que a vida lhe reservou e/ou foram por ela escolhidas, como cidadã, filha, irmã, tia, mãe de muitos filhos – muito embora tivesse só um biológico – e amiga certa, para todas as horas.
Por tudo isso, nos sentimos muito tristes e diminuídos, desde sua inesperada e precoce partida; o que nos consola é sabermos que tivemos o sublime privilégio de ser seus amigos e suas amigas, e que mesmo invisível, ela estará sempre conosco, nos sorrindo, seu sorriso fácil e cativante, nos incentivando e nos empurrando para a labuta; principalmente quando nos sentirmos tentados a esmorecer: verbo que ela nunca conjugou, em nenhuma pessoa, modo ou tempo.
Como singelo reconhecimento dessa vida imortalizada, decidimos por unanimidade darmos seu nome a este congresso da CTB, fazendo-o com júbilo e carinho imorredouro.
Vanilza vive, hoje e sempre!
Plano de lutas
– Promover articulações com as demais centrais sindicais para fortalecer no estado a luta por Vacina Já para todos e todas;
– Promover articulações com as demais centrais sindicais para fortalecer no estado a luta pelo pagamento do auxilio emergencial de R$ 600,00 para os(as) trabalhadorxs urbanos;
– Promover articulações com as demais centrais sindicais para fortalecer no estado a luta pelo pagamento do auxilio emergencial de R$ 2.500,00 por família no campo;
– Promover articulações com as demais centrais sindicais para fortalecer no estado a luta contra o desemprego, a miséria e a fome;
– Apoiar e participar das ações em defesa da média, micro e pequena empresa, comércio, produtor rural e artesões;
– Apoiar e participar das ações em defesa da educação pública e contra os cortes no orçamento;
– Apoiar e participar das ações em defesa da saúde pública e seus profissionais;
– Apoiar e participar da luta contra as privatizações em curso no estado e no país (Eletrobrás, Correios, Saneamento, Caixa, entre outras);
– Apoiar e fortalecer a luta em defesa da democracia e combater toda e qualquer manifestação neofacista;
– Apoiar e fortalecer a luta em defesa da ciência e combater o negacionismo;
– Apoiar e fortalecer os Fóruns e Frentes de lutas no Estado;
– Apoiar e fortalecer as mobilizações contra a PEC 32, do desmonte do estado;
– Apoiar e fortalecer as mobilizações em defesa da CPI da Pandemia, do Senado Federal;
– Apoiar e fortalecer as mobilizações em defesa da CPI das Fake News, na Câmara dos Deputados;
– Apoiar e fortalecer as mobilizações para impedir a aprovação no senado do fim do licenciamento ambiental;
– Fortalecer a criação de uma frente ampla pelo impeachment de Bolsonaro e Mourão;
– Fortalecer a luta contra a política de despejos das posses urbanas e rurais durante o período de pandemia;
– Defender a reforma tributária cidadã, onde o mais ricos devem contribuir com mais, com desoneração do o trabalho, taxação das grandes fortunas e da especulação financeira;
– Promover articulações com as demais centrais sindicais para a revogação da reforma trabalhista;
– Promover articulações com as demais centrais sindicais para a revogação da reforma da previdência e defender a previdência pública, a universalização dos benefícios e o fim do fator previdenciário;
– Promover articulação com as demais centrais sindicais para garantir o financiamento das entidades sindicais;
– Fortalecer a campanha pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários;
– Exigir a restrição das horas extras e a supressão do banco de horas;
– Lutar pela regulamentação do mercado de trabalho, combater com rigor a terceirização e todas as formas de flexibilização e/ou precarização das relações entre capital e trabalho;
– Lutar pela erradicação do trabalho escravo e do trabalho de crianças e menores adolescentes;
– Defender incentivos pelo Sistema Público de Emprego integrado e eficiente, financiado com os recursos do FAT e outras fontes;
– Ratificação da Convenção 158 da OIT, que proíbe a demissão imotivada;
– Ratificação da Convenção 151 da OIT, que institui a negociação coletiva dos servidores públicos, e a abertura de Mesa de Negociação Permanente;
– Promover debates para estimular a elaboração de propostas e iniciativas visando aumentar a geração de empregos de qualidade para mulheres, negros e jovens, segmentos da classe trabalhadora discriminados no mercado de trabalho e que mais sofrem com o desemprego;
– Articular com as centrais sindicais para ampliar a mobilização pela valorização do salário mínimo;
– Realizar campanhas com as demais centrais, unindo categorias e entidades para combater a redução salarial e a retirada de direitos e benefícios das categorias;
– Lutar pela volta do direito de ajuizamento de dissídio coletivo sem exigir acordo prévio entre trabalhadores e empregadores;
– Defender a valorização dos aposentados e pensionistas (públicos e privados);
– Defender a saúde do trabalhador e da trabalhadora e adoção efetiva de medidas de segurança no trabalho;
– Combater com vigor todo tipo de discriminação, seja de gênero, raça, etnia, idade ou orientação sexual, especialmente no ambiente de trabalho, exigindo igualdade de salários (para funções equivalentes) e melhores condições de trabalho;
– Lutar pela reforma agrária, redefinindo os critérios de produtividade, limitando o tamanho das propriedades e expropriando o latifúndio;
– Lutar para estabelecer um novo modelo de desenvolvimento rural, com ênfase na agricultura familiar
– Fortalecer o movimento sindical e a o seu maior instrumento de defesa a unicidade sindical ;
– Fortalecer a luta pelo reconhecimento legal das estruturas sindicais garantindo estabilidade para seus membros;
– Fortalecer a luta para garantir o pleno exercício sindical, sob regras democráticas para os pleitos e as gestões sindicais, bem como de critérios de representatividade sem a intervenção arbitrária do judiciário;
– Garantir o direito irrestrito de greve e coibir as práticas anti-sindicais;
– Estimular campanhas de sindicalização, inclusive específicas voltadas para jovens e mulheres.
– Fortalecer e apoiar a defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), lutando contra os cortes de verbas e o desmonte da saúde pública;
– Fortalecer a luta pela educação pública, gratuita, de qualidade e laica para todos e todas, lutando contra os cortes de verbas e os ataques a autonomia das Instituições;
– Fortalecer a luta pelo estabelecimento da regulamentação das educação privadas, com respeito e valorização dos profissionais;
– Defender o direito a creches públicas e escolas de tempo integral;
– Lutar pela reforma urbana, com ênfase no enfrenta-mento do déficit habitacional e construção de moradias populares;
– Defender modelo de meio ambiente baseado no desenvolvimento sustentável, com punição rigorosa dos crimes contra a natureza;
– Defender as carreiras dos servidores públicos e a retomada dos concursos públicos para recompor a capacidade de atendimento a população;
– Lutar pela revogação da EC 95, que proíbe investimentos no serviço público acima da inflação por 20 anos;
– Lutar e combater sem trégua à terceirização e as ONGs no serviço público;
– Lutar pela inclusão digital dos trabalhadores e trabalhadoras do campo e das cidades.
– Defender a autonomia dos poderes como pilar garantido pela Constituição Federal;
– Defender a importância as Forças Armadas e que seu papel seja restrito as funções impostas pela Constituição Federal, para que não coloquem em risco a democracia e a integralidade do povo brasileiro;
– Fortalecer a luta contra a monopolização da mídia e participar da luta pela democratização dos meios de comunicação, defesa da TV pública e das rádios comunitárias;
– Apoiar a luta por uma reforma política democrática, sem cláusulas de barreira, com financiamento público de campanha, fidelidade partidária, liberdade de coligações e o voto em urna eletrônica.
Conheça a direção da CTB/GO eleita no Congresso
DIRETORIA EXECUTIVA
01
Presidente
RAILTON NASCIMENTO SOUZA
SINPRO
02
Vice-Presidenta
MÁRCIA APARECIDA GOMES ABDALA
SINPMA
03
Secretário Geral
FERNANDO CESAR SILVA DA MOTA
SINT-IFESGO
04
Secretário de Finanças
ALAN FRANCISCO DE CARVALHO
FITRAE-BC
05
Vice-Secretária de Finanças
MÔNICA TRANQUEIRA DE CARVALHO
MOTOFRENTISTAS
06
Secretária da Mulher Trabalhadora
MICHELY COUTINHO DE OLIVEIRA ANDRADE
SINT-IFESGO
07
Secretária de Mobilização
JOÃO PIRES JÚNIOR
SINT-IFESGO
08
Secretária do Serviçon Público e dos Servidores Públicos
FÁTIMA DOS REIS
SINT-IFESGO
09
Secretária de Formação, Cultura e Lazer
SARA DE CASTRO CÂNDIDO
SINPRO GOIÁS
10
Secretária de Imprensa e Comunicação
NARA RUBIA PEREIRA DA SIVA
SINPRO GOIÁS
11
Secretária de Saúde e Previdência
LYLIAM ELIZABETH POLICENA MILAGRE
SINPROR
12
Secretária de Educação
LAURA MARIA CARVALHO
SINPMA
13
Secretária de Política Agrícola e Agrária
DÉBORA CABRAL MACHADO
SINTEERV
14
Secretária de Meio Ambiente
LUCIANA PATRÍCIA SANTOS LIMA
SINPMA
15
Secretária de Diversidade e Promoção da Igualdade Humana
Será realizado no dia 22 de março (a próxima segunda-feira) o lançamento nacional da Campanha de Fortalecimento das Entidades Sindicais. A Campanha Sem Sindicato seu Direito Desaparece – SINDICALIZE-SE, é uma iniciativa da CTB em parceria com as entidades associadas.
Conforme o presidente da CTB, a campanha é essencial para fazer frente à grande ofensiva do capital contra o trabalho deflagrada no Brasil a partir do golpe de 2016.
“Desde então tivemos a reforma trabalhista do governo golpista liderado por Michel Temer, a terceirização irrestrita, o congelamento dos gastos públicos”, lembrou o sindicalista. Coroando este processo, a reforma pôs fim à Contribuição Sindical compulsória para enfraquecer a organização sindical e debilitar a luta em defesa da classe trabalhadora.
Luta sindical evitou retrocesso maior
Segundo Araújo, sem sindicatos situação seria ainda pior para os trabalhadores, pois os fatos mostram que a ação sindical é o que tem garantido direitos e evitado um retrocesso maior.
“Sou bancário, sei que na negociação salarial deste ano os banqueiros queriam dar reajuste zero e acabar com benefícios que conquistamos e estão previstos na Convenção Coletiva. A ação unitária dos sindicatos em todo o país impediu que isto ocorresse”, asseverou.
Com efeito, o acordo obtido pelos bancários na mesa de negociação, depois de muita luta, terá duração de dois anos e garantiu, em 2020, 1,5% de reajuste nos salários, mais abono de R$ 2 mil para todos, e reposição da inflação (INPC estimado em 2,74%) nas demais verbas como VA e VR, bem como nos valores fixos da PLR. E, para 2021, prevê reposição do INPC + 0,5% de aumento real para salários e demais verbas.
Além disso, todas as cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria foram mantidas. Sem os sindicatos o reajuste seria zero, como propuseram os patrões na abertura das negociações, e os benefícios conquistados e consagrados na CCT teriam sido suprimidos. Não só os bancários como muitas outras categorias preservaram suas conquistas graças à capacidade de negociação e luta dos seus respectivos sindicatos.
Logomarcas
A direção da Central classista solicita às entidades que compõem sua base o envio da logomarca em alta resolução para presidencia@ctb.org.br.
As peças produzidas com as logomarcas são necessárias para que a CTB promova de forma articulada o lançamento da campanha nas redes sociais.
A CTB reúne na tarde desta quarta (22) o seu conselho político para debater e analisar o cenário eleitoral e a atual conjuntura política. O encontro conta com a participação da diretoria ampliada da CTB, de dirigentes de entidades filiadas e convidados.
A 46 dias das eleições, os dirigentes destacam a importância estratégica desta disputa eleitoral para derrotar o consórcio golpista que tomou conta do país e avaliam os erros e acertos da esquerda neste processo.
A mesa de abertura teve a participação do presidente nacional da CTB, Adilson Araújo, do secretário-geral, Wagner Gomes, e da secretária de Juventude, Luiza Bezerra. O debate político foi iniciado pelos convidados Adalberto Monteiro, da Fundação Mauricio Grabois, e Alexandre Navarro, presidente interino da Fundação João Mangabeira.
Adalberto Monteiro fez uma retrospectiva dos retrocessos dos últimos dois anos e dos desafios que estão colocados no atual cenário eleitoral para o campo progressista e das lutas trabalhistas.
E alerta: “O Estado de Exceção vai continuar operando contra o nosso campo e a rebelião terá de vir do voto, das urnas”.
Na mesma linha, Navarro enumera as dificuldades econômicas conjunturais e aponta erros na política energética e no enfrentamento dos abusos do sistema financeiro no país. “Espero que nossos candidatos tenham coragem de enfrentar o rentismo”.
Entre os pontos principais que devem integrar a resolução final do conselho político está o entendimento de que o povo brasileiro não respaldou o golpe e rechaça a agenda das classes dominantes e dos EUA imposta pelo governo ilegítimo, o que se verifica nas pesquisas que vêm destacando a rejeição recorde de Michel Temer e a liderança de Lula nas intenções de voto, mesmo ele estando preso.
Na centralidade do debate e da avaliação do conselho está a defesa da unidade política e da participação ativa dos movimentos sindical e social na campanha política para buscar eleger parlamentares alinhados com as bandeiras da classe trabalhadora.
Em breve, a íntegra da resolução política que deverá orientar as entidades e as bases da CTB na condução da luta política nesta etapa desafiadora e decisiva para a classe trabalhadora.
O “Dia do Basta”, ontem (10) em Goiânia foi organizado pelo Fórum Goiano Contra as Reformas, composto por centrais sindicais, entre elas, a CTB, e movimentos sociais, estudantis, do campo e da cidade.
“Fizemos uma concentração às 16 horas em frente ao Palácio da Industria, uma das sedes da FIEG (Federação da Indústria de Goiás), no centro da capital. Depois, fizemos uma caminhada de 4km até a Praça Universitária, onde nos juntamos com os estudantes. A mobilização foi importante e exitosa, pois ocorreu após a visita de Michel Temer, na quinta-feira (9), aqui em Goiânia, onde reafirmamos a nossa luta contra o retrocesso promovido pelo seu governo”, disse Railton Nascimento, presidente da CTB-Goiás.
Hoje a classe trabalhadora dará mais uma demonstração de unidade e luta contra as políticas impostas à nação pelo governo ilegítimo presidido por Michel Temer, que chegou ao Palácio do Planalto na garupa do golpe de Estado de 2016, travestido de impeachment. É o Dia do Basta, que compreende manifestações diferenciadas em todo o território nacional, com destaque para paralisações de várias categorias.
Nossa pauta inclui a revogação da reforma trabalhista, que reduziu e flexibilizou direitos, e da Emenda Constitucional 95, que congelou por 20 anos os gastos e investimentos públicos, sacrificando a saúde, a educação, a ciência, a infraestrutura e o desenvolvimento nacional. Contempla igualmente a defesa das aposentadorias e de medidas emergenciais em defesa do emprego e da retomada do crescimento econômico, bem como o fim da política entreguista de privatizações e abertura do pré-sal ao capital estrangeiro.
O golpe liderado por Temer condenou o país à maior crise econômica e social de toda história e quem paga a conta é o povo trabalhador. Agora temos no Brasil mais de 65 milhões de brasileiros e brasileiras em idade ativa fora do mercado de trabalho, o desemprego aberto castiga cerca de 13 milhões de pessoas, número que se eleva a 27,7 milhões com a incorporação dos desalentados que desistiram de procurar emprego e subocupados.
A nova legislação trabalhista foi aprovada sob a justificativa de que ia estimular o crescimento da economia e ampliar a oferta de novos postos de trabalho. Conforme previram economistas e sindicalistas não foi o que ocorreu. O resultado da reforma de Temer é a crescente precarização do mercado de trabalho, o que impacta negativamente o mercado interno, as contas públicas e, principalmente, a receita previdenciária.
A política entreguista do governo não é uma ameaça apenas ao emprego e direitos dos trabalhadores e trabalhadoras das estatais. Mais que isto é uma grave ofensa à soberania nacional, temperada por uma política externa que realinhou o Brasil à estratégia imperialista dos EUA em detrimento do projeto de integração dos países latino-americanos e caribenhos.
A classe trabalhadora não pode permanecer passiva diante deste trágico cenário, sob pena de continuar perdendo direitos e ser submetida a condições de trabalho semelhantes às dos escravos. É urgente ocupar as ruas para barrar o retrocesso e abrir caminho para resgatar o projeto de desenvolvimento nacional com democracia, soberania, pleno emprego e valorização do trabalho.
As manifestações desta sexta foram convocadas conjuntamente pelas centrais sindicais e os movimentos sociais. Esta unidade é hoje o bem mais precioso do sindicalismo nacional, pois como diz o ditado popular a união faz a força.
À luta.
Adilson Araújo, presidente licenciado da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
O governo dizia que a reforma trabalhista iria estimular as negociações coletivas, mas está ocorrendo precisamente o contrário. Conforme denunciaram os sindicalistas e outros críticos das mudanças introduzidas pela Lei 13.467/2017 este foi mais um argumento falso usado para dourar a pílula venenosa.
O número de Convenções Coletivas assinadas no primeiro semestre de 2018 despencou, o que ocorreu também com os acordos, de acordo com pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (Fipe).
A diferença entre convenção e acordo coletivo é que a primeira modalidade de negociação abrange toda a categoria, enquanto a segunda é restrita ao âmbito das empresas, consideradas individualmente. A queda, drástica, se deve principalmente ao fim da ultratividade, que garantia a preservação de benefícios e cláusulas negociadas na campanha salarial anterior. Agora, as negociações recomeçam do zero, o patronato apresenta propostas de corte de benefícios e direitos, o que gera impasses e impede que as negociações cheguem a bom termo.
O alto índice de desemprego, particularmente entre os mais jovens, e os cortes nos orçamentos das áreas sociais, principalmente na educação, estão tirando o sono das moças e rapazes que se graduaram pelo Programa Universidade Para Todos (ProUni) como mostra a reportagem “Como estão os jovens que se beneficiaram da expansão do ensino superior?”, da repórter Carol Scorce, da revista CartaCapital.
“Os governos Lula e Dilma trouxeram uma interiorização das universidades públicas e dos Institutos Federais para formar pessoas de acordo com as características econômicas das regiões”, afirma Luiza Bezerra, secretária da Juventude Trabalhadora da CTB.
Ela explica que a criação de mais universidades e a implantação de políticas públicas que favoreceram a entrada das “filhas e filhos da classe trabalhadora no ensino superior dinamizou as economias locais e possibilitou aos novos estudantes sonharem mais alto em elevar o patamar de suas vidas”.
Mas, de acordo com Luiza, o golpe de Estado de 2016, trouxe “o desaquecimento da economia, a redução dos investimentos e a precarização do mercado de trabalho”. São quase 14 milhões de desempregados, grande parte de jovens.
Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a população de 14 a 24 anos desempregada aumentou para 5,6 milhões no primeiro trimestre do ano de 2018, 600 mil pessoas a mais sobre o fim do ano passado. Já entre as pessoas de 25 a 39 anos, a alta foi de 10,4% no primeiro trimestre frente aos últimos quatro meses de 2017.
E o desemprego não atinge somente as pessoas com menos escolaridade. “Temos visto serem reduzidas drasticamente as oportunidades de empregos decentes e nas áreas de formação dos jovens recém formados”, assinala a bancária gaúcha.
Isso porque, diz ela, “sem investimentos por parte do poder público e da iniciativa privada, os jovens dessas universidades se veem obrigados a migrar para os grandes centros inchando os mercados de trabalho das capitais e não resolvendo as economias das cidades de interior”.
Marcio Pochmann, economista e professor, analisa o mercado de trabalho atual comparando com décadas passadas quando a expectativa de vida brasileira era pouco superior a 40 anos. “Na sociedade urbana e industrial, o acesso à educação dava conta de uma trajetória linear. Um engenheiro ganhava a vida por 50 anos com o acúmulo de conhecimento dos tempos de universidade”.
De acordo com Pochmann, “agora estamos na sociedade dos serviços e as trajetórias são zig zag, onde a educação tem de ser permanente para dar conta das mudanças constantes no mercado”.
O problema é que a formação não está garantindo emprego porque “em um momento de crise econômica, como a que atravessamos”, diz Maria Clara Carrochano, socióloga e especialista em juventude, as pessoas aceitam qualquer emprego. “E é aí que as frustrações emergem”.
Para Luiza, o acirramento da crise e a política de austeridade do desgoverno de Michel Temer deixa “a juventude sem perspectivas”, principalmente porque “há um efeito cada vez mais evidente, imposto pelas grandes elites, em que vemos um mercado de trabalho precarizado gigante voltado para a maioria da população”.
Somente “meia dúzia consegue ainda se manter em empregos com bons salários e certa estabilidade, mas a maioria vai para a informalidade ou contratos sem nenhum direito trabalhista”, complementa.
A socióloga Maria Clara aponta ainda que “as empresas, até para cortar custos, passam a exigir certo grau de estudo que nada tem a ver com aquela função, mas que vai ser utilizado como critério de seleção. Isso gera uma desilusão enorme para quem pelejou tanto para estudar”.
A solução para superar a crise que atinge o país, para Luiza, “é seguir investindo numa educação pública de qualidade e ao mesmo tempo criar um pacto nacional pela retomada do crescimento econômico sustentável e independente, assim como pela revogação da reforma trabalhista”.
Isso tudo, “prova que investir em educação é importantíssimo, mas ela por si só não basta. É preciso criar uma dinâmica econômica e um mercado de trabalho com oportunidades de empregos decentes para esses jovens”, define a dirigente da CTB.