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Ministro da Educação demonstra o que pensa e conhece de educação ao debater tema com Alexandre Frota e Revoltados Online

 

 

images-cms-image-000499273-615x340A Contee viu com muita preocupação a notícia da visita do ator e estuprador confesso Alexandre Frota e a  comitiva do grupo Revoltados Online ao ministro da educação Mendonça Filho (DEM-PE) nesta quarta-feira (25).

A reunião teria sido para discutir propostas da educação sob o governo interino. Diante do golpe dado, o Ministério só poderia ser de fato composto por integrantes que fizessem jus ao desgoverno Temer. No entanto, ainda que sem nenhuma expectativa, esperava-se, no mínimo, respeito e seriedade frente ao MEC, que, para a Contee, representa o maior bem da população: a Educação. Até mesmo a mídia que ajudou a organizar o golpe ridicularizou o encontro. A matéria do jornal O Globo falou: “Mendonça Filho acaba de receber no ministério um dos mais importantes nomes da educação e da cultura brasileiras: Alexandre Frota”.

É inconcebível que uma pessoa que confessou em rede nacional o estupro de uma mãe-de-santo desacordada, com pitadas de deboche e escárnio contra as religiões afro, fato ocorrido em fevereiro do ano passado, seja recebida pelo Ministro da Educação. “Isso foi uma provocação aos educadores e trabalhadores da educação brasileira. Uma figura agressiva, preconceituosa, machista, truculenta. Essa é realmente a cara do governo interino de Temer”, criticou a coordenadora de Assuntos Educacionais, Adércia Hostin dos Santos.

Que Mendonça Filho foi parte da força que reagiu na Justiça contra a universalização do Fies, a instalação do ProUni e do Pronatec e a lei que obriga o investimento de 75% dos royalties do petróleo na educação todos já sabiam. Ele também se opôs ao Plano Nacional da Educação, ao crescimento da participação da Educação para 10% do PIB, e abriu ações diretas de inconstitucionalidade contra as cotas raciais e sociais no ensino superior. “Porém que ele se prestaria ao ridículo desrespeito de selfies com a pornografia foi superar qualquer atitude já vivida pelas ações ministeriais”, comenta a coordenadora de comunicação social da entidade, Cristina Castro.

O fato ocorreu um dia após Temer anunciar a redução dos gastos com Educação e Saúde. De acordo com a Constituição, é dever do Estado o direito da população com um percentual para investimento. O presidente interino quer tirar tal obrigatoriedade, reduzindo o investimento público em saúde e educação.

“Estamos muito preocupados com as medidas anunciadas, principalmente a proposta da PEC que desvincula receitas para a educação e saúde. Isso irá trazer um colapso na saúde e educação públicas. O enfraquecimento de tais áreas tem como finalidade a retirada dos direitos universais e a privatização”, comenta Madalena. Ela alerta para o fato das medidas nada terem a ver com contenção de despesas e aumento de receitas: “O que está sendo tramado tem endereço certo: o prejuízo do povo em favor do capital voraz”.

A coordenadora geral convoca todas as entidades de educação para uma grande e representativa plenária no dia 8 de junho, em Brasília, onde coletivamente serão discutidas e encaminhadas ações que visam resguardar em especial a educação  da gana  e do desrespeito dos golpistas e seus apoiadores.

 

Fonte: Contee

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Influência de grupos empresariais responsáveis pela mercantilização da educação avança dentro do MEC

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O avanço de conglomerados que dominam o ensino privado continua, mais uma vez, dentro do Ministério da Educação (MEC). Após a nomeação de Luiz Roberto Liza Curi para a presidência do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), o economista Maurício Costa Romão foi indicado pelo novo Ministro da Educação, Mendonça Filho, como titular da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres) na última terça-feira (17).

A Secretaria em questão é responsável pela regulação e supervisão das Instituições de Educação Superior (IES), públicas e privadas, e dos cursos superiores de graduação e pós-graduação. A nomeação de Romão, coloca a Seres e a Educação brasileira nas mãos de grupos de investimento que controlam a Educação privada no país, uma vez que o novo titular da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior é ligado ao Instituto de Pesquisa da Nassau, que é uma IES privada do Estado de Pernambuco e um dos maiores conglomerados do ensino privado.

Dados de 2015, coletados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), colocam a receita líquida de companhias como Kroton, Anima e Estácio, com um salto de 201% e a receita bruta em 233%, no período. Vale lembrar que esses grupos possuem ações na Bolsa de Valores e ganharam terreno durante o avanço neoliberal no Brasil na década de 1990.

Para a coordenadora geral da Contee, Madalena Guasco, a nomeação de Maurício Romão para a Seres é mais uma ação que dará acesso livre no MEC a grupos cujos interesses são o lucro e dificultar a regulamentação do ensino privado. “Esses grupos empresariais são contrários a qualquer tentativa de regulamentação, uma vez que visam somente a rentabilidade de seus negócios, sem qualquer preocupação com a qualidade do ensino que oferecem, sendo responsáveis, ainda, por demissões em massa e precarização de direitos de seus profissionais”, alertou Madalena. “Assim como a nomeação de Luiz Roberto Liza Curi para a presidência do Inep, a indicação de Maurício Romão para a Seres implica em um acesso livre ao Ministério da Educação para esses grupos cujo único interesse é embolsar dinheiro público com a venda de material pedagógico e uma gestão empresarial da escola. A medida não atende aos interesses da Educação em nosso país, mas aos interesses daqueles que querem influenciar políticas públicas e fortalecer a concepção de uma educação avaliada por estatísticas”, completou.

A presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral, também condena a indicação. “Maurício é consultor do Instituto de pesquisa da Nassau, uma das maiores faculdades privadas de Pernambuco e um dos quatro maiores conglomerados educacionais privados do país, portanto, é a raposa cuidando do galinheiro à frente de uma secretaria de regulamentação do ensino superior, onde a principal tarefa é regulamentar o ensino privado”, disse.

 

 

Fonte: Contee

Com informações do Vermelho e Portal do MEC

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Contee assina termo de adesão à Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Direitos da Classe Trabalhadora

 

 

img20160518122564470684Foi lançada na manhã desta quarta-feira (18), na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal, Audiência Pública Interativa que teve como debate “O mundo do trabalho: desemprego, aposentadoria e discriminação”. A coordenadora da Secretaria de Assuntos Institucionais da Contee, Nara Teixeira, participou do evento, que lançou também uma frente parlamentar mista para evitar a aprovação de propostas que limitem, reduzam ou acabem com direitos legalmente assegurados aos trabalhadores brasileiros.

 

Segundo o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), pelo menos 55 projetos em análise no Congresso representam perdas aos trabalhadores. Segundo dados da CUT, mais de 230 parlamentares já manifestaram interesse em integrar o grupo que irá monitorar e sugerir alterações aos inúmeros projetos que atualmente tramitam no legislativo e afetam diretamente trabalhadores e trabalhadoras.

 

CivOwfwWUAA_HPE.jpg largePresidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado e um dos coordenadores da frente, o senador Paulo Paim (PT-RS) demonstrou preocupação, por exemplo, com perdas de direitos adquiridos pelos trabalhadores com uma eventual reforma da previdência. Paim criticou a mudança ministerial que passou a subordinar o Ministério da Previdência ao da Fazenda. “Não dá para aceitar que uma pasta com mais de 80 anos, com um dos maiores orçamentos da América Latina, seja agora uma secretaria do Ministério da Fazenda”, criticou.

 

* Com informações e fotos da Agência Câmara

 

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“As preocupantes medidas privatistas de Temer para a Educação”, por Madalena Guasco

Compartilhamos abaixo as reflexões da coordenadora geral da Contee e professora da PUC-SP, Madalena Guasco, sobre as medidas para a Educação do presidente interino Michel Temer, que assumiu o cargo através de golpe na última semana. Entre os pontos destacados por Madalena está o avanço das privatizações de instituições de ensino.

 

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por Madalena Guasco Peixoto

 

 

A concepção de desindexar as verbas da educação e da saúde colocam em risco o financiamento público da educação e compromete a implementação das metas do PNE.
Medidas privatistas já estão sendo anunciadas, como a volta da defesa da gestão privada das escolas públicas e dos valchers para a educação pública, medida que privatizou a educação chilena na década de 90 e que hoje trouxe uma crise gravíssima na educação do país, tanto da educação básica como superior.

Outra medida que está sendo também anunciada é a volta do financiamento do Fies sem as exigências de controle feito pelo governo nos últimos anos. Os setores privados estão vendo no programa do Temer uma possibilidade de aprofundamento da privatização e desregulamentação da educação privada.

Mas o mais grave tem sido o aceno de colocar novamente o Brasil com uma política externa de subserviência ao capital internacional, em especial americano. Setores que estão fortalecendo o Golpe possuem interesses em atuar no sentido de exigir que o Brasil venha assinar acordos na OMC no campo da educação, o que traria uma total desregulamentação, tanto da educação pública como a privada, que deixaria de ser regulada pelas leis nacionais e passariam a ser regulamentas pelas regras do mercado internacional.

Além da preocupação em fazer barrar medidas fascistas e conservadoras de intolerância no campo da educação que exige entre outras coisas um posicionamento decidido do ministério da educação.

Muito preocupante o anuncio do Ministro do DEM que pode impedir os avanços da educação brasileira, enfraquecer o Fórum e as conferencias nacionais em especial a que está prevista para 2018. Além de implementação de uma política autoritária, que fechará novamente o MEC tal como era na década de 90 com os governos tucanos.

Mas é preciso que se diga que temos no Brasil um movimento de educação consolidado que tem capacidade de luta e de impedir esses retrocessos.

O Fórum Nacional de educação está preparado para o Confronto se for necessário e disposto a cumprir o seu papel que é o de acompanhar as políticas públicas em educação, especialmente a aplicação das metas do PNE, lutar para a criação do Sistema Nacional de educação e pelo fortalecimento e democratização da educação pública.

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Carta Aberta do Coordenador do Fórum Nacional de Educação (FNE)

A Contee divulga mais uma carta aberta de um importante órgão da educação brasileira sobre o fatídico golpe dado na democracia brasileira com a retirada da presidenta Dilma Roussef do poder. Dessa vez foi o Coordenador do Fórum Nacional de Educação (FNE), professor Heleno Araújo, que manifestou sua indignação

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Com a decisão do Senado Federal de aceitar o pedido do processo de impedimento da gestão da Presidenta Eleita Dilma Rousseff, passando o vice-presidente Michel Temer a assumir a presidência da República de forma interina por até 180 dias, o Fórum Nacional de Educação (FNE), compreende ser necessário neste momento reafirmar a posição aprovada em reunião de seu Pleno, divulgada na nota pública n. 39, de 1º de abril de 2016, com o título: “Em Defesa da Educação Pública, da Democracia e do Estado de Direito. Impeachment sem crime de responsabilidade é golpe e implicará em risco à consagração dos direitos sociais”.Alicerçado em sua legitimidade institucional, o FNE dirige-se às instituições republicanas e à sociedade brasileira para reiterar sua defesa ao direito à educação pública, gratuita, laica, democrática, de qualidade social e livre de quaisquer formas de discriminação. Em termos concretos, para o FNE, não há direitos sociais sem democracia, tampouco democracia sem a ampliação de direitos sociais, especialmente educacionais. Dessa forma, a consagração dos direitos sociais demanda o respeito incondicional ao Estado Democrático de Direito e às regras do jogo democrático.O pedido de impeachment contra uma Presidenta democraticamente eleita, quando não há crime de responsabilidade que lhe dê sustentação, se constitui em uma tentativa de desconsiderar a legitimidade do voto e resulta em instabilidade politica e econômica. Como consequência, há um grave e imediato prejuízo à universalização dos direitos sociais, especialmente os educacionais, decorrente da baixa iniciativa parlamentar em pautas orientadas às políticas públicas e à expressiva queda arrecadatória dos governos. Além disso, alimenta a intolerância e colabora para acentuar a polarização que tem caracterizado atualmente a sociedade brasileira.O Fórum Nacional de Educação exige responsabilidade e compromisso dos (as) parlamentares com a democracia.O FNE, órgão de Estado, instituído pela Lei n. 13.005, de 25 de junho de 2014, com atribuições de realizar e divulgar o monitoramento contínuo do Plano Nacional de Educação (PNE); de analisar e propor políticas públicas para assegurar a implementação das estratégias e o cumprimento das metas do referido PNE; de analisar e propor a revisão do percentual de investimento público em educação; de coordenar as conferências nacionais de educação, promovendo a articulação das conferências nacionais, regionais, estaduais, distrital e municipais de educação, defende a educação como um direito constitucional. Conforme estabelecido nos artigos 205 e 206 da Constituição Federal do Brasil, a educação é direito de todos e dever do Estado e da família e deverá ser promovida e incentivada com a colaboração da sociedade para garantir igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; valorização dos profissionais da educação escolar; gestão democrática do ensino público; garantia de padrão de qualidade; piso salarial profissional nacional.O FNE tem como referência para sua atuação o Documento-Final da CONAE 2014 na sua defesa do direito à educação de qualidade social, pública, gratuita e laica como princípio fundamental e basilar para as políticas e gestão da educação básica e superior, seus processos de organização e regulação (Eixo I, página 13). Ainda no mesmo Documento, reafirma-se a diversidade como eixo central da educação e objeto da política educacional orientada pelos princípios de justiça social, inclusão e direitos humanos. Diz respeito à efetivação da educação pública democrática, popular, laica e com qualidade social, banindo o proselitismo, o racismo, o machismo, o sexismo, a homofobia, a lesbofobia e a transfobia nas instituições educativas de todos os níveis, etapas e modalidades (Eixo II, página 29);A proposição e materialização de uma política nacional de educação, no âmbito de um Sistema Nacional de Educação, implicam compreender e articular as políticas de trabalho, educação e desenvolvimento sustentável, assim como suas interfaces com os atuais contextos, processos e ações do Estado e da sociedade civil organizada nas áreas de cultura, ciência e tecnologia, meio ambiente, desporto e saúde (Eixo III, página 51);A educação de qualidade visa à emancipação dos sujeitos sociais e não guarda em si mesma um conjunto de critérios que a delimite. É a partir da concepção de mundo, ser humano, sociedade e educação que a escola procura desenvolver conhecimentos, habilidades e atitudes para encaminhar a forma pela qual o indivíduo vai se relacionar com a sociedade, com a natureza e consigo mesmo (Eixo IV, página 64);Deve-se construir, ampliar, implementar, efetivar, assegurar e aperfeiçoar espaços democráticos de controle social e de tomada de decisão que garantam novos mecanismos de organização e gestão, baseados em uma dinâmica que favoreça o processo de interlocução e o diálogo entre os setores da sociedade, buscando construir consensos e sínteses entre os diversos interesses e visões que favoreçam as decisões coletivas. O que, por sua vez, torna a participação uma das bandeiras fundamentais a ser defendida pela sociedade brasileira e condição necessária para a implementação de uma política nacional de educação que almeje objetivos formativos libertadores e emancipatórios. (Eixo V, páginas 80 e 81);O Brasil tem uma grande dívida com os profissionais da educação, particularmente no que se refere à sua valorização. Para reverter a situação, as políticas de valorização não podem dissociar formação, salários justos, carreira e desenvolvimento profissional. É preciso assegurar condições de trabalho e salários justos equivalentes ao de outras categorias profissionais – de outras áreas – que apresentam o mesmo nível de escolaridade e o direito ao aperfeiçoamento profissional contínuo por meio de programas de formação continuada. Para tanto, faz-se necessário maior empenho dos governos, sistemas e gestores públicos no pagamento do piso salarial profissional nacional (PSPN) e na implementação de planos de carreira, cargo e remuneração que valorizem efetivamente os profissionais da educação básica e superior (Eixo VI, página 87);O financiamento da educação é elemento estruturante para a organização e o funcionamento das políticas públicas educacionais e, desse modo, para a materialização do SNE. Embora não seja fator suficiente, é condição necessária para a universalização do direito à educação pública de qualidade. Ampliar os recursos financeiros educacionais investidos em educação, até atingir o patamar equivalente de 10% do PIB e definir outras fontes de recursos, além dos impostos, para a educação pública brasileira, para todos os níveis, etapas e modalidades, são fatores essenciais, diante da complexidade das políticas educacionais. O acesso equitativo e universal à educação básica para as crianças e jovens com idade entre quatro e 17 anos e a elevação substancial de alunos matriculados na educação superior pública exigem que se eleve o montante estatal de recursos na área. A garantia da escola pública para mais pessoas, no campo e na cidade, com qualidade socialmente referenciada, implica, necessariamente, a elevação dos recursos financeiros. O movimento em favor da ampliação de recursos envolve, ainda, a regulamentação do regime de colaboração entre União, estados, DF e municípios, em conformidade com o artigo 23 da CF (Eixo VI, páginas 99 e 101).Com base nestes princípios e direitos consolidados na Constituição Federal e nas indicações da CONAE para as políticas educacionais, no meio desta crise política e econômica que enfrentamos no Brasil e no mundo, o FNE entende a necessidade fundamental e urgente de respeito as regras estabelecidas pela Sociedade Brasileira. Sendo assim, O FNE, como órgão de Estado, composto por 50 entidades nacionais, exige a garantia de continuidade do processo de participação, discussão, elaboração e implementação das políticas educacionais aprovadas no Plano Nacional de Educação (Lei 13.005/2014).Brasília, 12 de maio de 2016.Heleno AraújoCoordenador do Fórum Nacional de Educação

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Associação Latino-Americana de Sociologia repudia discriminações ideológicas sofrida por professores

A Contee traz a público a carta da Associação Latino-Americana de Sociologia (ALAS) que repudiou discriminações ideológicas pelas quais professores vem passando no Brasil. Já foram constatados casos de perseguições e até mesmo demissões sem justa causa por pressão de pais de alunos.

 

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A Associação Latino-Americana de Sociologia vem a público expressar sua profunda preocupação e seu repúdio a visíveis sinais, situações e atitudes de discriminação ideológica, relacionadas ao momento político brasileiro e ao nível de polarização encontrado no país. Professores e profissionais associados a perspectivas críticas vêm sendo acusados de “comunistas” e “socialistas”, como se esses rótulos representassem posições ilegais ou moralmente inadmissíveis em sociedades democráticas, pluriideológicas e pluripartidárias. Vários destes profissionais estão sendo perseguidos e, eventualmente, demitidos em instituições privadas, como testemunha o caso do Profº Paulo César Ramos, cientista social, mestre em Sociologia e doutorando em Sociologia pela USP, que foi recentemente demitido da escola em que trabalhava, sem explicações e sem justa causa, por pressão de pais de alunos.

Outro indício de que há uma ofensiva contra professores que buscam o caminho do esclarecimento e da reflexão é a recente pregação de ONGs e de políticos no sentido que os pais “defendam” seus filhos da “doutrinação” esquerdista, feminista, dos direitos humanos e do pluralismo religioso. Médicos deixam de atender crianças filhas de pessoas vinculadas ao partido político no governo, ações agressivas vêm ocorrendo nas redes sociais e figuras públicas e personalidades são hostilizadas por se encontrarem associadas à luta contra o impeachment da Presidente Dilma, independentemente de seu vínculo a qualquer partido ou ausência de vinculação partidária.

Nas últimas semanas viemos acompanhando a repercussão da Palestra proferida pela Dra. Rita Laura Segato no III Ciclo de Debates do Grupo Interdisciplinar de Pesquisas Feministas – GPFEM da Pontifícia UniversidadeCatólica de Minas Gerais – PUC-MG, que tematizou o “feminismo descolonial”. Nos preocupa a forma como essas atividades, os temas, o Grupo, a Dra. Rita Laura Segatto, a coordenadora do GPFEM, Dra. Anete Roese, têm sido tratadas por parte de alguns grupos e setores conservadores da sociedade. Temos visto reações e manifestações com forte carga de violência, distorcendo tanto o conteúdo das atividades realizadas quanto o seu propósito, colocando em risco a liberdade de pensamento e a produção acadêmica que é própria do espaço universitário. Afirmamos a importância e o caráter imprescindível do trabalho desenvolvido pela instituição e pelo grupo, assim como em todos os espaços de debate e produção dos Estudos Feministas e de Gênero, particularmente quando são vítimas de processos inquisidores, o que por si só demonstra a sua relevância.

Como uma associação internacional de estudos sobre a sociedade, comprometida com os valores democráticos, a liberdade e a igualdade para todas e todos, a ALAS não pode furtar-se a chamar a atenção dos(as) cientistas sociais brasileiros(as) e latino-americanos(as) para o fato de que essas atitudes guardam relação não-acidental com um momento histórico cruel e obscuro da história recente da humanidade, que se expressou no nazi-fascismo, na perseguição política e social e no genocídio. Recomenda, portanto, que a sociedade brasileira atente para esses preocupantes indicativos e que as sociedades latino-americanas englobadas na jurisdição de nossa Associação expressem sua inequívoca solidariedade às pessoas que estão sendo alvo de intimidação, discriminação e perseguição em função de suas posições intelectuais críticas, de esquerda ou vinculadas aos movimentos sociais e populares em nossa região.

Representando o mandato da junta diretora que, reunida em Montevidéu,decidiu fazer este comunicado

Dra. Nora Garita
Presidenta ALAS

Dra. Ana Rivoir
Vice-Presidenta ALAS

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Contee participa do Encontro Nacional dos Fóruns de Educação do FNE

 

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Terminou ontem (10), em Brasília, o primeiro Encontro Nacional dos Fóruns Permanentes deEducação promovido pelo Fórum Nacional de Educação (FNE). A Contee, que faz parte do FNE, participou do evento e foi representada pela coordenadora geral da entidade, Madalena Guasco Peixoto.

A pauta do evento trouxe diversos assuntos, entre eles a Conae 2018, o Plano Nacional de Educação (PNE) e a Base Nacional Comum Curricular. Entre os destaques do Encontro esteve a presença do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, durante o Pleno do FNE que também abordou os Fóruns Permanentes de Educação. Em sua participação, Mercadante apontou a importância da valorização profissional e o aumento real do salário dos professores para que tenhamos uma educação de qualidade. “Se não continuar havendo um crescimento sustentável do piso salarial, nós não teremos qualidade da educação nesse país”, disse o ministro. “Sem carreira e sem salário é muito fácil falar em qualidade da educação; difícil é ir para a sala de aula e trabalhar 40 horas semanais ‘comendo’ pó de giz para receber um piso de R$ 2 mil”, completou.

Mercadante assinou, ainda, portaria que institui a rede de Assistência Técnica dos Planos de Carreira e Remuneração, cujo objetivo é estabelecer o diálogo entre o Ministério da Educação e as secretarias de Educação para aprimorar os planos de carreira dos professores.

 

 

Fonte: Contee

Com informações do FNE e MEC.

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Presidenta Dilma assina decreto de convocação da Conae 2018 e cria cinco novas universidades

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Na manhã de ontem (9), a presidenta Dilma Rousseff assinou o decreto de convocação da 3ª Conferência Nacional de Educação (Conae), promovida pelo Fórum Nacional de Educação (FNE) e que será realizada em 2018. A solenidade aconteceu no Palácio do Planalto e a Contee acompanhou o momento de perto ao lado de representantes das entidades que também compõem o FNE. Quem representou a Confederação foi a coordenadora geral, Madalena Guasco Peixoto.

A presidenta Dilma assinou também o projeto de lei que cria mais cinco universidades federais: em Goiás, as de Catalão e de Jataí (nos municípios do mesmo nome); em Parnaíba, Piauí, a do Delta do Parnaíba; em Araguaína, Tocantins, a do Norte do Tocantins; e em Rondonópolis, Mato Grosso, a de Rondonópolis. Na mesma cerimônia, foram inaugurados 41 campi de institutos federais e assinada mensagem que encaminhou o projeto de lei sobre a instituição do Sistema Nacional de Educação.

Durante o evento, chegou a notícia de que o presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), anulou a votação realizada em abril que deu prosseguimento ao processo de impeachment contra a presidenta Dilma. Movimentos sociais, estudantes, professores e representantes de entidades decidiram permanecer no Salão Nobre para se manifestarem contra o golpe e estenderam faixas. Para a coordenadora geral da Contee, Madalena Guasco, esse foi um dia histórico em Brasília.

FNE promove encontro dos Fóruns Permanentes de Educação

Após a solenidade no Palácio do Planato, o FNE deu início ao Encontro Nacional dos Fóruns Permanentes de Educação e discutiu a Conae 2018 e o fortalecimento dos Fóruns Municipais. O encontro trouxe como tema “Plano Nacional de Educação – Avanços e desafios para a garantia do direito em uma sociedade democrática” e termina hoje (10). A programação completa você pode conferir neste link.

Fonte: Contee

Com informações do Blog do Planalto e FNE

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Conae 2018 terá Decreto de convocação assinado pela presidenta Dilma Rousseff nesta segunda-feira (9)

 

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Nesta segunda-feira (9), a presidenta Dilma Rousseff assinará o Decreto de Convocação da Conferência Nacional de Educação – Conae 2018. A solenidade acontece no Palácio do Planalto, às 10h. Organizador da Conferência, o Fórum Nacional de Educação (FNE) estará presente, assim como a coordenadora geral da Contee, Madalena Guasco.

Para o FNE, o encontro com a presidenta Dilma reforça o papel do Fórum e o compromisso do governo com a educação. “O Fórum Nacional de Educação é instrumento de fortalecimento da democracia brasileira e é neste espaço (FNE) que discutimos e coordenamos as ações para efetivar a pátria educadora, a partir da efetiva implementação do PNE e da construção de políticas indicadas no Documento-Final da Conae 2014”, disse o coordenador do Fórum, Heleno Araújo.

Além da convocação da Conae 2018, acontece nos dias 9 e 10 de maio o Encontro Nacional dos Fóruns Permanentes de Educação promovido pelo FNE, do qual a Contee é membro. O encontro terá como tema “Plano Nacional de Educação – Avanços e desafios para a garantia do direito em uma sociedade democrática”. A programação completa você pode conferir neste link, assim como outras informações do evento.

 

 

Fonte: Contee

Com informações do FNE