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Contee unifica-se com CNTE e indica às entidades filiadas paralisação no dia 15 de março

A Diretoria Executiva da Contee, em sua reunião ordinária realizada nos dias 19 e 20 de janeiro de 2017, decidiu pela indicação, às suas entidades filiadas, entre elas o Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – Sinpro Goiás, de paralisação nacional das atividades de professores e técnico administrativos em estabelecimentos de ensino particulares em todo o país.

Com esta decisão, a Contee unifica-se com a CNTE na luta contra as reformas da previdência e trabalhista, por negociações coletivas que garantam reajustes salariais dignos, contra o retrocesso e a subtração de direitos dos trabalhadores.

Considera a Contee que, mais do que nunca, é preciso que as centrais sindicais, a exemplo de CTB e CUT, se unam no combate ao governo ilegítimo do impostor Michel Temer, pois não há outro caminho para os trabalhadores brasileiros e suas entidades representativas, que não o da unidade, resistência e luta.

Em 15 de Março o Brasil vai parar! Nenhum direito a menos!

 

Fonte: Contee

grevegeral

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Do Pré-sal para valorizar trabalhadores em educação

O ministro da Educação Henrique Paim recebeu a direção da CNTE na tarde da última sexta-feira (14/11). Durante o encontro foram abordadas a urgência da regulamentação da lei 12.858, que destina parte dos recursos do Fundo Social do Pré-sal e dos royalties do petróleo para a educação e a mobilização para a construção dos planos estaduais e municipais de educação, com base no Plano Nacional de Educação (PNE) sancionado este ano.

Para o orçamento de 2015 estão previstos R$ 8,7 bilhões, com distribuição em programas do MEC, sem qualquer destinação para o apoio financeiro da União à remuneração do magistério da educação básica como prevê o art. 8º, II da Lei 12.858. Para CNTE, os recursos do pré-sal devem ser direcionados também para a valorização dos trabalhadores em educação a fim de alcançar a meta 17 do PNE, de equiparação dos salários dos professores aos demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência do Plano.

O ministro Paim lembrou que a presidenta Dilma deu sinais claros durante a campanha eleitoral,  de que vai ampliar os recursos para a valorização dos trabalhadores em educação e esse debate deve entrar em pauta já em 2015.

O presidente da CNTE, Roberto Leão, informou que a entidade organizará um Ato na CONAE 2014 na próxima quinta-feira, no dia 20 de novembro, às 12h. A CNTE convocará a  mobilização pela construção urgente dos planos estaduais e municipais de educação e chamará a atenção para o cumprimento da Lei do Piso e implementação de planos de carreira para os trabalhadores em educação.

Veja as imagens da reunião na página da CNTE no Facebook.

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Fonte: Contee / com informações da CNTE

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

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CNTE lança caderno com avaliação do Plano Nacional de Educação

A sanção da Lei nº 13.005, publicada em edição extra do Diário Oficial da União do dia 26 de junho de 2014, é fruto de árdua luta da sociedade por um Plano Nacional de Educação (PNE) que responda às demandas urgentes da educação (pública) brasileira. Contudo, há entraves e armadilhas no PNE que podem minar sua capacidade de consecução das metas, sendo, portanto, papel do Caderno de Educação produzido pela CNTE esclarecer e contribuir com a mobilização social para a defesa da escola pública, universal, gratuita, laica, democrática e de qualidade socialmente referenciada. Confira a publicação completa aqui.

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

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Direção eleita da CNTE reafirma luta pelo piso do professor

Com 1.696 contra 330 votos, o professor da rede pública de ensino de São Paulo, Roberto Franklin de Leão, venceu as eleições para a nova gestão (2014-2017) da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). O resultado foi divulgado no sábado (18), durante o 32º Congresso da CNTE, que terminou domingo (19), em Brasília. O presidente reeleito afirma que a CNTE continuará defendendo os interesses de sua base de 2,5 milhões de professores e funcionários de escolas públicas.

“Vamos mobilizar todo o país contra o lamentável reajuste de 8,32% no Piso Salarial dos professores. Nossa categoria merece mais! Por isso, convocamos a todos para a greve nacional dos trabalhadores em educação marcada para os dias 17, 18 e 19 de março”, diz.

Segundo Leão, o objetivo do 32º Congresso Nacional da CNTE foi fortalecer o engajamento dos trabalhadores em educação nas lutas da sociedade brasileira por mais e melhores serviços públicos e pela garantia de direitos individuais e coletivos, sobretudo nas esferas étnico-racial, social, de gênero e de orientação sexual.

A mobilização da categoria também reforçará a luta pela liberdade e autonomia sindical, contra a repressão aos sindicatos e a perseguição de lideranças sindicais, disse o presidente da entidade.

O evento aprovou ainda um extenso calendário de mobilização pela valorização efetiva do piso nacional do magistério, com a primeira mobilização já na Conferência Nacional de Educação, em fevereiro.

Pauta de debates

Ele destacou os assuntos que foram discutidos nos quatro dias de encontro, além da luta pelo piso salarial nacional do magistério e para todos os profissionais da educação, como as diretrizes nacionais para os planos de carreira de estados e municípios e a universalização com qualidade das matrículas de 4 a 17 anos – com atendimento da demanda manifestada por creches e educação de jovens e adultos.

Também foi debatida, entre os profissionais da educação, a implantação da escola integral com jornada única para seus profissionais, a gestão democrática dos sistemas de ensino e das escolas, o financiamento com 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para a educação pública, e a aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE) e dos respectivos planos locais.

Para a CNTE, a luta também deve prosseguir no combate à terceirização e de incentivo às demais políticas de valorização dos profissionais da educação (formação inicial e continuada, jornada extraclasse, saúde e condições de trabalho).

Chapa vencedora

A nova diretoria, composta por 31 integrantes de todos os estados e do Distrito Federal, reflete o perfil democrático e pluralista que sempre pautou a atuação da CNTE. A chapa vemcedora “Educar para Transformar” é formada pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Articulação Sindical, CSD, AE, MS e OT.

 

Confira a lista com os nomes da nova diretoria da CNTE

Presidência – ROBERTO LEÃO – APEOESP/SP

Vice-Presidência – MILTON CANUTO – SINTEAL/AL

 

Sec. Geral – MARTA VANELLI – SINTE/SC

Sec. de Finanças LISBOA – SINPRO/DF

Sec. de Assuntos Educacionais HELENO ARAÚJO – SINTEPE/PE

Sec. de Imprensa e Divulgação JOEL ALMEIDA – SINTESE/SE

Sec. de Relações Internacionais FÁTIMA SILVA – FETEMS/MS

Sec. de Políticas Sociais ANTONIO MARCOS RODRIGUES – APP/PR

Sec. de Relações de Gênero ISIS TAVARES SINTEAM/AM

Sec. de Aposentados e Assuntos Previdenciários JUSCELINO – APEOC/CE

Sec. de Formação GILMAR SOARES – SINTEP/MT

Sec. de Política Sindical RUI OLIVEIRA – APLB/BA

Sec. de Organização MARILDA ARAÚJO – SIND UTE/MG

Sec. de Assuntos Jurídicos e Legislativos FRANCISCO DE ASSIS – SINTE/RN

Sec. de Direitos Humanos ZEZINHO PRADO – AFUSE/SP

Sec. de Assuntos Municipais SELENE MICHIELIN – CPERS/RS

Sec. de Saúde dos/as Trab./as ANTONIETA TRINDADE – SINTEPE/PE

Sec. de Funcionários LAMPARINA – SAE/DF

Sec. de Combate ao Racismo IEDA LEAL – SINTEGO/GO

Sec. Executiva CLAUDIR MAGALHÃES – SINTERO/RO

Sec. Executiva MARCOS ANTONIO – APEOESP/SP

Sec. Executiva CLEITON GOMES DA SILVA – SINPEEM/SP

Sec. Executiva MADALENA ALCÂNTARA – SINDIUPES/ES

Sec. Executiva PAULINA – SINTE/PI

Sec. Executiva – ALVÍSIO JACÓ – SINTE/SC

Sec. Executiva ROSANA – SINTEAC/AC

Sec. Executiva CÂNDIDA ROSSETO – CPERS/RS

Sec. Executiva JOSÉ VALDIVINO – APP/PR

Sec. Executiva LIRANI MARIA FRANCO – APP/PR

Sec. Executiva BERENICE D´ARC – SINPRO/DF

Sec. Executiva JULIO PINHEIRO – SIMPROESSEMA/MA

 

 

Conselho fiscal

 

JOSÉ TEIXEIRA – SINTE/RN

ANA CRISTINA – SINDIUTE/CE

FLÁVIO – SINTER/RR

ANTONIA BENEDITA – SINPROESEMMA/MA

GILBERTO CRUS ARAÚJO – SINTEP/PB

 

Fonte: Portal Vermelho

 

 

 

 

Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa do Sinpro Goiás

 

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Educação, Desenvolvimento e Inclusão Social é tema do 32º CNTE

Começou na última 5ª feira, 16, em Brasília, o 32º Congresso da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), com o tema Educação, Desenvolvimento e Inclusão Social, que contou com a participação de cerca de 2.500 educadores do Brasil inteiro.

Para Adilson Araújo, presidente da CTB, “a luta por uma educação pública e de qualidade não pode se restringir apenas aos trabalhadores e às trabalhadoras que atuam no setor. Trata-se de uma bandeira que deve ser defendida por toda a classe trabalhadora”.

Além disso ele preconiza a necessidade de “escolas bem equipadas, materiais de qualidade e toda a estrutura necessária para que nossas crianças e jovens realmente possam se capacitar e contribuir para o desenvolvimento do país”. Adilson defende que a luta em favor da educação deve ser encabeçada por toda a classe trabalhadora. “A CTB, na condição de uma central sindical classista, vê na Educação pública de qualidade o passaporte para que tenhamos um país mais justo e menos desigual no futuro”, define.

O congresso termina no domingo (19) e pretende estabelecer o calendário de mobilizações da CNTE para 2014. A primeira paralisação nacional do ano já tem data marcada para os dias 17, 18 e 19 de março com manifestação em Brasília, em frente ao Congresso Nacional e ao Ministério da Educação (MEC). A CTB empunha a bandeira a favor de uma educação pública, gratuita, laica, de qualidade social e que incorpore a perspectiva de gênero, raça, etnia e orientação sexual tanto no processo educacional formal quanto no informal, além e melhorias estruturais e escola de tempo integral.

Esta quinta começa com um seminário com o ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica (Ipea), Marcio Pochmann sobre a conjuntura nacional e internacional. Também ocorrerão debates e paineis sobre políticas sindical e educacional. O seminário internacional contará com a participação de representantes de 20 países.

O Plano Nacional de Educação (PNE) aprovado pela Câmara dos Deputados em 2012 e em dezembro do ano passado, após passar por três comissões, sofreu alterações no Senado, deixando o governo desobrigado a investir somente na educação pública, como previa o texto original. A CNTE defende a aprovação do texto original na Câmara para onde o Projeto de Lei 8.035/2010 retornou.

Com ampla divulgação os oito temas do congresso consistem em análise da conjuntura internacional e da nacional, da política educacional brasileira, da política sindical. Também será feito um balanço político, e haverá discussão do estatuto da entidade, além das políticas permanentes, o plano de lutas e estrutura. O núcleo da CTB na CNTE defende que sejam tomadas medidas para a real valorização dos profissionais da educação, por meio de programas de formação inicial e continuada, plano de carreira, jornada e piso salarial nacional.

Acompanhe a programação pelo jornal da CNTE.

Fonte: Portal CTB com informações da CNTE

Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa do Sinpro Goiás

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Deputados defendem royalties do petróleo para salário de professores

Deputados que participaram de debate na Comissão de Educação defenderam ontem (12/11) a aplicação dos royalties do petróleo na melhoria da remuneração dos professores. Segundo o deputado Artur Bruno (PT-CE), que pediu a realização do debate, a medida deve ajudar a reduzir o déficit existente de 250 mil professores, além de estimular o interesse de bons profissionais na área.

Em agosto, a Câmara aprovou a Lei 12.858/13, que direciona 75% dos royalties da exploração fora da camada do pré-sal para a Educação e 25% para a Saúde. O texto prevê que metade da verba do Fundo Social do Pré-Sal irá para a Educação até que sejam cumpridas as metas do Plano Nacional de Educação (PNE). O objetivo dos deputados é que essas verbas sejam destinadas prioritariamente para a valorização dos docentes.

O PNE, aprovado na Câmara em 2012, prevê meta de aplicação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do País em políticas de educação. A proposta ainda está sendo analisada pelo Senado.

Baixos salários
Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgada em julho deste ano fez um ranking das remunerações de 48 profissões de nível superior no País. Os docentes ocupam a 47ª posição, acima somente dos religiosos.

A proposta do Plano Nacional de Educação prevê a equiparação dos salários dos professores com os de outros profissionais com curso superior. De acordo com o IBGE, o salário médio dos profissionais de nível superior no País é de R$ 4,1 mil. Já os professores da rede municipal ganham, em média, R$ 2 mil. Os da rede estadual, R$ 2,6 mil.

A Lei do Piso Salarial (11.738/08) estabelece que os docentes não podem receber menos que R$ 1.567 por mês. Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), no entanto, pelo menos sete estados não cumprem a regra, que foi confirmada pelo Supremo Tribunal Federal em 2011.

“Os professores são uma categoria muito mal remunerada, e a consequência disso é que a juventude não tem qualquer interesse na carreira”, afirma Artur Bruno. A presidente da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam), Vilani de Souza Oliveira, acrescentou: “Educação de qualidade está intrinsecamente ligada a salários dignos”.

Royalties

A baixa remuneração dos docentes deve ser amenizada pelas verbas dos royalties, segundo os participantes do debate. Representantes do setor, contudo, acreditam que ainda são necessários outros recursos para a área. “A ideia geral é que, com os royalties, os salários dos profissionais e a infra-estrutura das escolas melhore automaticamente, o que não é possível. Os royalties ainda são uma incógnita para todos nós”, afirmou o representante do Conselho Nacional de Secretários da Educação (Consed) Rossieli Soares da Silva.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, já afirmou que a nova lei deve injetar pelo menos R$ 368 bilhões nas políticas de educação nos próximos 30 anos. Mesmo assim, de acordo com o consultor legislativo da Câmara Paulo César Ribeiro Lima, o valor poderia ser maior. Segundo o consultor, que participou do debate, há formas de ampliar essas verbas, como a destinação das receitas dos bônus de assinatura  para o Fundo Social do Pré-Sal.

Um projeto de lei do deputado André Figueiredo (PDT-CE) destina 80% dessas verbas para o Fundo Social (PL 6016/13). Figueiredo, que também foi o relator do projeto de lei dos royalties, afirmou: “O projeto dos royalties vai gerar uma verdadeira revolução na Educação do País nos próximos anos. Mas ainda é preciso garantir mais dinheiro para o setor”.

Fonte: Contee, com informações da Agência Câmara

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Governadores se unem por reajuste menor do piso de docentes

folha reajuste

Com a previsão de um alto reajuste do piso nacional dos professores da educação básica, os governadores se uniram para sugerir uma nova fórmula de correção dos salários.

Cálculos preliminares do governo federal apontam um aumento de 19% em 2014, mais do que o dobro do que os 7,97% concedidos à categoria no início deste ano. Hoje, nenhum docente pode receber menos do que R$ 1.567.

Documento assinado pelos 27 governadores foi entregue ao Executivo, na semana retrasada, com uma nova sugestão de cálculo.

Segundo a Folha de S. Paulo apurou, se aplicado já no ano que vem, o índice seria reduzido a 7,7%.

Há ainda uma proposta defendida pela CNTE, entidade que representa os trabalhadores da educação básica. Nesse caso, ficaria em torno de 10%.

MESA E CONSENSO

A movimentação deu origem a uma mesa de negociação, organizada pelo Ministério da Educação, para tratar do tema: o objetivo é chegar a um consenso sobre uma nova fórmula de reajuste, a ser aprovada pelo Congresso.

Para prefeitos e governadores, o modelo atual é “imprevisível” e “insustentável”.

Isso porque ele segue a variação do gasto por aluno no Fundeb (fundo para a educação básica) – que depende do volume de impostos a ele destinados – e do número de alunos da rede pública do ensino fundamental.

Neste ano, há expectativa do crescimento da arrecadação, enquanto ocorre redução de alunos nessa etapa do ensino. Resultado: previsão de reajuste forte em 2014.

PLANO NACIONAL

A sugestão dos governadores é reajustar o piso com base no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor, apurado pelo IBGE) do ano anterior acrescido de 50% da variação real (descontada a inflação) do fundo.

A proposta dos trabalhadores estabelece o INPC mais 50% da variação nominal (sem descontar a inflação) do Fundeb. O argumento é de que o piso dos professores – pouco mais do que o dobro do salário mínimo – ainda é muito baixo, o que contribui para o apagão dos profissionais na sala de aula.

Além disso, no atual ritmo de reajuste, não seria possível cumprir meta do PNE (plano que define metas para a educação em uma década), em discussão no Congresso, que prevê equiparação do salário dos docentes com o de profissionais de escolaridade semelhante num prazo de seis anos.

Fonte: Folha de S. Paulo. Matéria de Flávia Foreque.

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Mercadante pede que Câmara discuta piso salarial de professores

mercadante

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, pediu na quarta-feira (21/08) à Câmara dos Deputados que “se debruce” sobre o reajuste do piso salarial dos professores. Segundo ele, o piso teve um reajuste de 64% nos últimos anos. “Nem sempre [os estados e municípios] conseguiram ter um aumento de receita proporcional ao aumento salarial”, disse. Os aumentos não seguem nenhuma proporcionalidade específica, o que dificulta o cumprimento.

Atualmente, segundo levantamento de março da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), 13 estados cumprem o piso salarial como vencimento, ou seja, sem a complementação com gratificações. O Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) diz que os estados pagam o valor do piso aos professores com formação de nível médio na modalidade normal.

Não há um levantamento referente aos municípios. Uma das dificuldades em cumprir o pagamento é, como apontado pelo ministro, reajustes que não acompanham a arrecadação.

Segundo Mercadante há propostas de que o reajuste seja baseado na variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). “Todos com aumentos reais”, disse.

O piso salarial dos professores do magistério público foi estabelecido na Lei 11.738, de 16 de julho 2008. Na ocasião, o valor era R$ 950. Em 2009 o valor foi reajustado para R$ 1.024,67, em 2010; para R$ 1.187,14, em 2011. Em 2012, o valor vigente era R$ 1.451 e, a partir de fevereiro deste ano, passou para R$ 1.567.

O Plano Nacional de Educação (PNE), em tramitação no Senado Federal, trata da criação de planos de carreira para os profissionais da educação básica e superior pública e, nele, o piso nacional deve ser considerado. Mercadante disse que o plano não pode ser aprovado de forma que não possa ser cumprido. “Não podemos fazer um ‘Plano de Kyoto’, difícil de cumprir”, disse e acrescentou, que para que seja cumprido, “não basta escrever no papel”.

Fonte: Agência Brasil

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Para melhorar, ensino público brasileiro precisa mais do que investimentos

saúde e educação

O Brasil investiu na ampliação do acesso à escola nos últimos 20 anos, mas a qualidade da rede pública de ensino não acompanhou o consequente aumento da demanda. Segundo especialistas, os principais problemas do setor são salários defasados, professores sem formação e escolas sem as condições adequadas.

Para reverter essa situação são necessários mais investimentos em educação. Mas eles sozinhos não resolvem o problema: sem um plano nacional que indique onde os recursos devem ser aplicados, o aumento dos investimentos não resolverá os problemas do sistema público de ensino, afirmam especialistas ouvidos pela DW Brasil.

Em 2010, o Brasil investiu o equivalente a 5,6% do seu Produto Interno Bruto (PIB) em educação, e a meta do governo federal é chegar a 10%. Pressionada pela “voz das ruas”, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto que destina 75% dos royalties do petróleo para a educação. Para entrar em vigor, a medida precisa ser aprovada também pelo Senado.

“Sem um plano nacional de educação que estabeleça onde esses recursos serão aplicados e quais são as prioridades, isso pode se perder. Eu acho que as duas coisas devem caminhar juntas: o financiamento direcionado e bem aplicado e o conhecimento de onde estão os problemas do sistema”, afirma a pedagoga Débora Cristina Jeffrey, da Unicamp.

 

Responsabilidade de todos

Há mais de dois anos o novo Plano Nacional de Educação espera para ser votado pelo Congresso Nacional. Para Jeffrey, esse plano ainda é muito vago com relação à aplicação de recursos e ao cumprimento de metas.

Além disso, ela considera importante um pacto federativo entre estados, municípios e união que estabeleça claramente a responsabilidade de cada um na educação. A falta desse pacto faz com que não haja registros dos alunos quando eles saem do sistema municipal e passam para o estadual, por exemplo.

Dessa maneira, os professores não sabem o que um aluno aprendeu e quais as suas dificuldades. “A responsabilidade deve ser atribuída a todos, não somente ao professor, ao diretor da escola ou ao secretário municipal de educação”, diz a pedagoga e pesquisadora da área de políticas educacionais.

Na opinião do presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Leão, escolas públicas também podem oferecer ensino de qualidade. Mas, para isso, os recursos devem ser aplicados de maneira correta. Ele argumenta que, muitas vezes, as verbas destinadas à educação são utilizadas para outros fins e acabam não chegando até a escola.

Segundo ele, vários órgãos do governo usam verbas destinadas à educação porque empregam professores e funcionários que deveriam estar nas escolas. “É preciso avançar no controle social desse dinheiro, para que não ocorram desvios”, afirma Leão.

 

Problemas na aprendizagem

Atualmente, 98,2% das crianças entre 9 e 14 anos estão matriculadas no ensino fundamental, segundo números do governo federal. Apesar de o acesso à escola ser o primeiro passo para reduzir as desigualdades sociais, ele sozinho não garante uma futura vaga numa universidade pública ou uma boa posição no mercado de trabalho.

“O grande desafio da educação brasileira para a próxima década é garantir que esses alunos entrem na escola, permaneçam nela e saiam dela com um conhecimento satisfatório para a sua vida, o seu cotidiano e para o mercado de trabalho”, afirma Jeffrey.

Os últimos resultados da Prova Brasil de 2011, que avalia as escolas públicas, mostram que 29% dos alunos matriculados no quinto ano do ensino fundamental não alcançam o nível de aprendizado básico em matemática e 23%, em português.

No nono ano, 22% não atingem o índice básico em português e 35%, em matemática. “Isso implica que as escolas não estão em condições de oferecer um aprendizado adequado”, diz a coordenadora de educação da Unesco no Brasil, Maria Rebeca Otero.

 

Valorização do professor é fundamental

Especialistas apontam a valorização e o melhor preparo dos professores e demais trabalhadores da educação, através de investimentos na sua formação e bons salários, como um dos pontos para melhorar a qualidade do sistema público de ensino no país.

Os baixos salários são um dos principais alvos das reclamações dos professores. Apesar de haver, desde 2008, uma lei que estipula o piso salarial desses profissionais, muitos municípios e estados ainda a ignoram. O atual piso para professores da rede pública estadual é de R$ 1.567 por mês para uma jornada de 40 horas semanais.

“O salário médio de um professor no Brasil é 60% abaixo dos ganhos de um profissional com a mesma formação. Além disso, o número de profissionais que recebem muito menos que a média salarial é enorme. Melhorar a qualidade só é possível com profissionais devidamente valorizados”, afirma Leão.

Otero, da Unesco, afirma que, além da valorização dos profissionais, são necessários também investimentos em escolas, que precisam oferecer uma estrutura básica para os alunos e proporcionar um ambiente adequado para o professor exercer sua função, além do estímulo ao uso de novas tecnologias no ensino.

 

Fonte: DW.DE