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Adilson Araújo: Lutar e defender a Previdência e o direito à aposentadoria digna

SINPROGOIAS - ADILSON ARAÚJO 0001

 

O governo Temer está trabalhando na surdina para garimpar votos e colocar, no atropelo e em regime de urgência, a proposta de “reforma” que sepulta a Previdência Social em votação. Atacando por todos os lados e com o objetivo de ganhar o apoio do povo, a gestão entreguista retoma com força uma sórdida campanha midiática de cunho fascista e que mente sem pudor para o nosso povo.

Na nova versão divulgada nesta terça-feira (22), em um pomposo jantar, apresenta mudanças cosméticas e que tentam minimizar a redução brutal de direitos e o desmonte do maior programa de distribuição de renda do Brasil.

A terceira versão da “reforma” da Previdência impõe ao nosso povo terá que contribuir 40 anos, comprovados, para ter aposentadoria integral. E fica pior, a nova proposta impõe regras mais rígidas para o servidor público. O tempo de contribuição mínimo dos servidores foi mantido em 25 anos, sendo que para requerer o benefício terá que comprovar tempo mínimo de 10 anos no Serviço Público e mais 5 anos no cargo efetivo em que pleiteia o benefício.

A casca de banana ficou para os rurais. Ainda que mantenha a idade de 55 anos para mulheres e 60 anos para homens, Temer esconde que a partir de 1º de janeiro de 2020 será acrescido o tempo de 2 anos até atingir o teto 30 e 35 anos, respectivamente. Levando em conta que cerca de 80% desses trabalhadores começam a trabalhar aos 14 anos, para ter a aposentaria integral, eles terão que trabalhar pelo menos 46 anos.

O tempo de contribuição também sofreu mudança, o governo recuou para no mínimo de 15 anos. Mas, o que a propaganda de Temer esconde é que esse mínimo de contribuição só dará direito a 60% do valor integral. Para ter direito à aposentadoria integral, trabalhador terá de contribuir por 40 anos, ainda que tenha atingido a idade mínima.

Segundo o professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Eduardo Fagnani, cerca de 80% dos trabalhadores deverão se aposentar com 15 anos de contribuição, perdendo, assim, quase a metade da renda mensal.

Mais uma vez, conclamamos os setores organizados da sociedade e o movimento sindical a resistir e intensificar a pressão nas ruas, nas redes e no Congresso Nacional, em um intenso corpo a corpo com os parlamentares e junto os partidos.

Essa mobilização será fundamental para barrar esse ataque. Nesta etapa, unidade e resistência serão centrais na luta contra o desmonte da Previdência e na defesa de uma aposentadoria digna.

Para afinar a agenda e preparar a mobilização em todo o Brasil Diante disto, representantes das seis centrais sindicais vão se reunir amanhã, dia 24 de novembro, às 10 horas, na sede da Força Sindical, em São Paulo, para debater estratégias de manifestações e atos, além de uma paralisação em nível nacional.

Adilson Araújo
Presidente da CTB Nacional

Baixe nossa cartilha e entenda o desmonte da Previdência Social Pública

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“Apoiar PL da terceirização é vender a alma ao diabo”

Para o relator do PL 4330 da terceirização, Arthur Maia, deputado federal pela Bahia, e para Paulinho da Força, deputado federal por São Paulo (ambos do Solidariedade), que defendem a aprovação do projeto, é preciso acabar com as distinções entre atividade meio e atividade fim nas contratações de empresas terceirizadas. Na prática, isso significa a generalização da terceirização de forma irrefreável atingindo todas as áreas indistintamente.

A sua aprovação constitui um atentado aos direitos laborais. Se prevalecer o entendimento do relator, nós corremos o sério risco de sofrer uma derrota na Câmara dos Deputados, diante da sua composição conservadora e de sua agenda extremamente restritiva. No entendimento da CTB e outras centrais sindicais, o PL 4330 pressupõe o fim do direito constitucional do trabalho, a extinção da CLT e a desregulamentação por inteiro dos direitos sociais e trabalhistas.

Sem contar que teremos, com o fim da categoria profissional, uma nova categoria de trabalhadores: “os prestadores de serviços”. Estes, desprovidos de direitos, terão remuneração, em média, 40% menor e serão as maiores vítimas da elevada incidência de doenças ocupacionais e de óbitos, como já se constata na atividade terceirizada.

Para Adilson Araújo, presidente da CTB, “é lamentável que deputados e algumas centrais sindicais apoiem um projeto tão nocivo às relações do trabalho, sobretudo pelo que implica o projeto, que nada mais é do que o atestado da precarização e flexibilização dos direitos trabalhistas”. Araújo afirma: “O apoio ao PL significa um ato de traição à classe trabalhadora. Vamos denunciar junto às bases uma lista de todos aqueles que votarem e apoiarem o nefasto projeto”.

Contudo, ressaltamos que empreender uma derrota ao PL não será uma tarefa fácil. Façamos uma conclamação e apelo para que os sindicatos de base mobilizem caravanas de todo o país. No dia 7 de abril, vamos juntos ocupar o Congresso Nacional, pois somente com muita luta conseguiremos barrar todo e qualquer  projeto que implique em prejuízos à classe trabalhadora.

Adilson Araújo – Presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil  (CTB)

 

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Fonte: Contee / Portal CTB

 

 

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás