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Nota de repúdio à violência policial contra trabalhadores e estudantes no #OcupaBrasília

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino — Contee manifesta seu repúdio à truculência e a violência empregadas ontem (29) pela Polícia Militar do Distrito Federal contra a manifestação pacífica em frente ao Congresso Nacional. O movimento #OcupaBrasília e a marcha contra a Proposta de Emenda à Constituição 55, votada ontem em primeiro turno pelo Senado, foram uma manifestação democrática que teve como objetivo denunciar os enormes prejuízos que serão acarretados pela redução dos investimentos em políticas públicas e que atingirá severamente, entre outras áreas importantes, a saúde e a educação.

Somos uma entidade sindical que representa educadores, sejam professores ou técnicos e administrativos. Como trabalhadores em educação, lidamos diariamente também com os estudantes que têm mostrado força e coragem em seu movimento. Nem nós nem eles incentivamos qualquer tipo de depredação ao patrimônio público. O ato realizado ontem foi pacífico e asseguramos que nenhum ato violento partiu dos manifestantes do #OcupaBrasília. Por outro lado, a repressão policial do governador Rolemberg, que jogou bombas de efeito moral, gás de pimenta, cavalaria e balas de borracha contra trabalhadores e estudantes, incluindo menores de idade, é mais uma amostra do autoritarismo. A PEC imposta à revelia do Estado de Bem-Estar Social, o vazio do Plenário do Senado durante a votação da proposta e a violência contra os manifestantes são três faces do golpe que estamos enfrentando: contra a democracia, contra o povo, contra o Brasil.

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Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino — Contee

Fotos: Mídia Ninja

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Repressão policial à serviço da aprovação da PEC 55

Estudantes, trabalhadores e representantes de movimentos sociais foram reprimidos nesta terça-feira (29), na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Eles estavam mobilizados contra a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55. A proposta do governo Michel Temer já foi aprovada em dois turnos na Câmara dos Deputados e agora tramita no Senado Federal. A PEC visa a um ajuste fiscal congelando os investimentos da União por 20 anos.

 

repressao_pm103903A tropa de choque da Polícia Militar do Distrito Federal desmobilizou a manifestação, que seguia pacífica, com o uso de bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral. “Não dá nem pra respirar neste lugar. Estamos aqui manifestando nosso apoio aos estudantes. Consideramos inaceitável esse grau de repressão. Temos adolescentes, isso é uma grande irresponsabilidade”, afirmou a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), que foi até o local, acompanhada do deputado Paulo Pimenta (PT-RS), para prestar solidariedade aos manifestantes.

“Faremos um documento estruturado pelos parlamentares e pela sociedade brasileira para denunciar internacionalmente esta violência”, completou Maria do Rosário. “Não havia um comando dessa ação, e sim uma tropa fortemente armada e fanatizada. Falamos com tenentes, coronéis e não houve disposição para diálogo. Cada grupo teve uma decisão própria”, completou Pimenta.

algemas103905Os jovens organizaram o ato de hoje “para derrubar a PEC, que é uma injustiça contra os estudantes, contra ostrabalhadores, que vai barrar investimentos em áreas essenciais. Isso é um sofrimento para nós. Já temos a vida sofrida e isso não está certo. Temos que barrar isso e o Temer”, disse a estudante Natália, para os Jornalistas Livres.

“É lamentável que esse Congresso, mais venal da história do país, esteja a legislar contra a democracia, contra o Estado democrático de direito, e queira por fim a direitos sagrados da nossa tão sofrida classe trabalhadora. Eles pretendem congelar investimentos, querem promover um profundo retrocesso e assim desconstruir a nação”, disse o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, destacando a importância da resistência contra o projeto.

O ato intitulado “Ocupa Brasília” também lembrou o estudante Guilherme Irish, militante do movimento estudantil contra a aprovação da PEC, morto no último dia 15 pelo pai por discordâncias políticas e ideológicas. O ato contra a proposta começou com uma concentração em frente ao Ministério da Educação, onde estudantes protestaram contra a reforma do ensino médio, prevista pela Medida Provisória (MP) 746, e parte agora em passeata até a frente do Congresso Nacional.

UNE se manifesta

cavalaria103904A União Nacional dos Estudantes (UNE), uma das entidades organizadoras da manifestação, emitiu nota em que afirma que “foi um ato pacifico, democrático

e livre contra a PEC 55. Não incentivamos qualquer tipo de depredação do patrimônio público”. A nota afirma ainda que “o que nos assusta e nos deixa perplexos é a polícia militar do governador Rolemberg jogar bombas de efeito moral, gás de pimenta, cavalaria e balas de borracha contra a estudantes, alguns menores de idade, que protestam pacificamente”. Para a entidades estudantil “esse é o reflexo de um governo autoritário, ilegítimo e que não tem um mínimo de senso de diálogo”.

 

 

Fonte: Portal Vermelho

 

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Senado compactua com crime de lesa-pátria e aprova PEC 55 em primeiro turno

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Se do lado de fora do Congresso Nacional, os manifestantes foram recebidos com truculência e bombas de gás lacrimogêneo pela polícia, dentro do prédio, diante de galerias vazias, o Senado compactuou com o crime de lesa-pátria representado pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55. O texto-base da matéria foi aprovado por 61 senadores, contra apenas 14 contrários.

A proposta, que institui o Novo Regime Fiscal, foi apresentada em junho pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e se for aprovada ainda este ano como pretende o governo, terá tramitado em tempo recorde no Congresso, segundo o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).

Os senadores da oposição utilizaram seu tempo de encaminhamento da votação para protestar contra a proibição de que manifestantes pudessem acompanhar os trabalhos no plenário.

“Parece-me que têm medo do povo. Vamos para o referendo, porque ninguém foi eleito com esse programa. Dilma não foi eleita com esse programa, muito menos Temer. Então, vamos para o referendo. Faça-se uma pesquisa isenta e vamos ver quem está a favor. Esse debate deveria se estender mais, devia não ter essa pressa toda”, disse a senadora Regina Sousa (PT-PI).

Para a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB) “aprovar uma medida como essa, que mantém intacto os gastos financeiros, ou seja, pagamento de juros e serviços da dívida pública, que consome a metade do Orçamento e cortando somente recursos para a aplicação em infraestrutura e programas sociais, é dessa forma que eles pensam que estão defendendo a população brasileira? Não!”.

Adilson Araújo, presidente da CTB, afirmou que “é lamentável que esse Congresso, mais venal da história do país, esteja a legislar contra a democracia, contra o Estado democrático de direito, e queira por fim a direitos sagrados da nossa tão sofrida classe trabalhadora. Eles pretendem congelar investimentos, querem promover um profundo retrocesso e assim desconstruir a nação”.

O presidente da CUT, Vagner Freitas, disse que este é um triste dia para o Brasil. “Sou testemunha da violência contra a manifestação, em sua maioria estudantes. O impeachment, a renúncia, a saída do Temer é necessária. Estamos vivendo um estado de exceção”, afirmou Freitas.

Casa do povo

Sobre a repressão policial e as galerias vazias, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). O senador disse que a prática é “a forma de dialogar dos golpistas”. “Isso é um absurdo. Basta a gente circular pelos corredores do Senado, chegar numa das vidraças, para vermos as bombas de gás lacrimogêneo e os cassetetes lá fora. Não é desta forma que se trata o povo”, protestou.

“Retornamos à época da ditadura, em que o parlamento é vetado para o povo. Se por acaso isso é medo de que o povo saiba o que representa essa PEC, não vai adiantar. Os que estão lá fora já sabem e os que estão em suas casas, nos assistindo pela TV, eu digo agora: essa PEC é danosa para o país, vai prejudicar nossas vidas por 20 anos”, destacou a senadora Vanessa Grazziotin. “É uma matéria muito grave para ser decidida, porque vai acabar com os gastos sociais. É isso que este governo ilegítimo não quer que seja propagado.”

Não ao retrocesso!

A PEC 55 ainda precisa ser votada em segundo turno. A Contee conclama as entidades filiadas e toda a categoria que mantenham a mobilização e a denúncia sobre os enormes danos sociais provocados pela proposta.

A Confederação também reafirma o manifesto lançado pelo Comitê Nacional de Luta em Defesa da Educação Pública:

Não à PEC 241 (hoje PEC 55)!

Uma perda de R$ 377 bilhões. Esse é o montante que, segundo estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a educação brasileira teria deixado de receber como investimento caso a Proposta de Emenda à Constituição 241 — ou PEC 55, como foi rebatizada no Senado Federal — tivesse sido aplicada no orçamento público brasileiro desde 2002. E esse é apenas um exemplo do impacto dessa proposta nos investimentos públicos sociais, incluindo as políticas em prol do desenvolvimento e do fortalecimento da educação pública, laica, gratuita, de qualidade social, democrática e inclusiva para nossas crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos.

A PEC 241/16, proposta pelo governo ilegítimo de Michel Temer, quando ainda ocupava o cargo em condição interina, tem como explícito objetivo atender às exigências e expectativas do mercado financeiro, uma vez que, ao congelar despesas, exclui da lista qualquer limitação ao pagamento de juros da dívida pública (responsável por 80% do déficit público, conforme apontado pelo Conselho Federal de Economia). A justificativa é, supostamente, resgatar o “grau de investimento” que foi retirado do país pelas agências de risco — as mesmas que contribuíram para a crise mundial eclodida com a bolha imobiliária estadunidense e que já se arrasta há oito anos. Exigimos que seja revogada a alínea b do inciso II do §3º do art. 166 da Constituição Federal (CF), que impede o Congresso Nacional de alterar o montante destinado pelo Poder Executivo para o pagamento do serviço da dívida – um privilégio absolutamente inaceitável. Além disso, e mais gravemente, esse dispositivo espúrio foi inserido na CF de forma fraudulenta, sem que tivesse sido votado.

Em contrapartida, assegurados os juros que engordam os bolsos de banqueiros e rentistas, a PEC 55 estabelece um teto para o gasto público, que terá como limite a despesa do ano anterior corrigida apenas pela inflação (IPCA), sendo que a Constituição Federal de 1988 prevê que, no caso da educação, o investimento da União seja de 18% da arrecadação e de 25% pelos estados, Distrito Federal e municípios.

Ao se disfarçar de pretensa austeridade sob o argumento de que o país necessita dela para contornar a crise econômica, o que o texto faz é, na verdade, inviabilizar as políticas sociais em todas as áreas, incluindo saúde — provocando um desmonte completo do Sistema Único de Saúde (SUS) —, segurança pública, assistência social, valorização dos trabalhadores e trabalhadoras, Previdência e, é claro, educação.

Em outras palavras, com vigência de até 20 anos — o tempo equivalente a nada menos do que cinco governos —, a matéria, se aprovada, torna inexequível a própria atuação do Estado brasileiro nos setores públicos essenciais para garantir direitos assegurados na Constituição. Ao invés de propor a alteração do modelo tributário, o governo golpista aplica um programa não eleito e opta por traçar um falso diagnóstico e que promoverá um desmonte das políticas sociais, dentre elas as políticas educacionais, penalizando sobretudo os mais pobres e acentuando ainda mais as desigualdades no Brasil. A mudança da Constituição Federal é um golpe contra a democracia, ao impedir os brasileiros de decidir democraticamente, por duas décadas, qual deve ser a presença do Estado nas áreas sociais.

A despeito de toda a argumentação enganosa do Executivo e de sua base no Legislativo, na defesa de que a PEC não afeta a saúde e a educação, o único motivo pelo qual essa suposta “contenção de gastos” por um prazo tão longo está sendo feita através de emenda constitucional, e não na própria lei orçamentária, é precisamente a suspensão das vinculações constitucionais vigentes — que determinam patamares mínimos de investimentos nesses setores —, eliminando quase irreversivelmente os avanços conquistados pela Constituinte, o que implicará a precarização e o aumento quase certo da privatização dos serviços públicos, atendendo aos interesses de vários grupos representados no Legislativo e no governo.

No caso específico das políticas educacionais, a aprovação da PEC 55 significará comprometer por completo as metas do Plano Nacional de Educação (PNE) aprovado e sancionado em 2014 e que prevê a aplicação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do país no setor. Em se mantendo os efeitos da PEC 55, pode-se deduzir, a partir das projeções feitas pelo documento “Impactos do Novo Regime Fiscal”, produzido em agosto de 2016 pela Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara dos Deputados, que o investimento em educação irá declinar para 5,5% do PIB em uma década; e será progressivamente reduzido até chegar a 4,5% do PIB, ao final de 20 anos. Ou seja: é não apenas a morte do PNE e de todo o esforço da sociedade civil para garantir sua aprovação, como, pior ainda, um imenso retrocesso, retornando-se aos níveis de investimento em educação praticados na década de 1990.

O que o governo golpista propõe na prática, com a PEC 55, agora no Senado Federal, é a destruição total de todas as conquistas sociais da população brasileira desde a redemocratização. Por isso, nós, entidades reunidas no Comitê Nacional de Luta em Defesa da Educação Pública, registramos nosso posicionamento contrário à PEC 55, por vermos nela uma perda imensurável para o Brasil e o povo brasileiro, que será privado de seus direitos constitucionais básicos. Pelo desmonte que essa medida acarretará na educação, na saúde e em todas as políticas sociais, dizemos NÃO a essa Proposta de Emenda à Constituição e ao governo usurpador que a impõe.

 

 

Fonte: Contee

Com informações Portal Vermelho e Rede Brasil Atual

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SINPRO GOIÁS divulga o período de recesso escolar

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O Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – Sinpro Goiás informa que o recesso escolar dos professores (as), das escolas particulares de educação básica de Goiânia e municípios do interior do estado de Goiás, terá vigência no período de 21 de dezembro de 2016, inclusive, a 10 de janeiro de 2017, inclusive, por força dos Termos Aditivos às Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs), firmados com os sindicatos patronais, Sepe e Sinepe.

 

Ressalta-se que, no período de recesso escolar, é vedada a convocação de professores (as) para o exercício de qualquer atividade, sem prejuízo dos salários e das demais vantagens constitucionais, legais e convencionais, inclusive os assegurados pelo Art. 322, caput e § 3º, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), e Súmula N. 10, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), sendo que, o seu descumprimento implicará na adoção das medidas judiciais cabíveis.

 

Confira abaixo ofício enviado às instituições de ensino particular:

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Clique na imagem para ampliar visualização.
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Presidenta da CTB-GO convoca para o ato desta terça (29) contra a PEC da Morte. Assista!

 

A professora Ailma Maria de Oliveira, presidenta da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil em Goiás (CTB-GO), divulga um vídeo convocando para o ato #OcupaBrasília nesta terça-feira (29), dia da votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, também chamada PEC da Morte ou do Fim do Mundo.

“O povo precisa se unir pela melhoria de qualidade de vida”, diz. De acordo com ela, Goiás é um dos estados com maior desenvolvimento do país, mas “não temos esse crescimento refletido no desenvolvimento humano”.

A sindicalista destaca também que o índice de desemprego vem crescendo terrivelmente no governo golpista de Michel Temer e esse desemprego “afeta principalmente as mulheres, a juventude, os negros e negras e a população LGBT”.

Por isso, ela convoca para a ocupação da capital federal contra a “PEC da Morte, que representa um retrocesso de mais de um século, congelando por 20 anos o orçamento da educação, saúde, serviço social e segurança pública”.

 

 

Ailma Maria e Oliveira, presidenta da CTB-GO

 

 

Portal CTB

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Movimentos ocupam Brasília contra a PEC de Temer

A votação em primeiro turno da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 55 no Senado nesta terça-feira (29), em Brasília, reunirá caravanas de trabalhadores, estudantes e segmentos do movimento social na capital federal. A manifestação denuncia a PEC 55, que simboliza uma sentença de morte para a educação e a saúde públicas, entre outras áreas.

ocupabras103826Encaminhada por Michel Temer para o Congresso, a PEC 55, antiga PEC 241, impõe um teto de gastos por 20 anos para as despesas primárias que são saúde, educação, assistência social e pode alcançar também moradia, saneamento e transporte.

Mesmo que a arrecadação cresça os recursos para essas áreas permanecem sendo calculados apenas pela inflação do ano anterior. Por exemplo, se a PEC entrar em vigor em 2017, o Orçamento disponível para gastos será o mesmo de 2016, acrescido da inflação daquele ano.
O economista João Sicsú explicou que são dois os gastos que o governo mantém: as despesas primárias e as despesas com o pagamento de juros da dívida pública. Segundo ele, o déficit propagado por Temer é resultado dos gastos “elevadíssimos” com o pagamento de juros.

 
pec-241_midia-ninja_corte103828“A PEC desmontará o Estado brasileiro e suas políticas sociais pelo simples fato de que o que necessitamos são mais gastos per capita em diversas áreas, com destaque para saúde e educação”, argumentou Sicsú. 

 
Educação a menos
De acordo com ele, estimativas apontam que haverá uma redução de 6% no gasto per capita nas duas áreas. Significa que a PEC de Temer ilude ao sugerir a proposta como a única saída quando ela, na verdade, vai na contramão do que o país necessita.
Livreto explicativo da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee) confirma que a PEC simboliza a inviabilização de políticas sociais em todas as áreas.
“Para se ter uma ideia, segundo estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), caso essa PEC estivesse em vigor desde 2002, o governo federal teria investido 47% menos em educação do que investe atualmente, totalizando R$ 377 bilhões que deixariam de ser aplicados. Já na saúde teríamos menos 26%, quase R$ 300 bilhões a menos”, diz trecho do livreto da entidade.

 
Mobilização estudantil
15178248_1823009971321467_2870936685001191076_n103825Tem feito diferença a resistência que vem da educação às medidas de Temer, entre elas a Medida Provisória 746 de Reforma (ou Deforma, como dizem os estudantes) do Ensino Médio. Além dos trabalhadores da área, os estudantes prometem lotar a esplanada dos ministérios nesta terça-feira com delegações e caravanas de norte a sul denunciando o desmonte da educação.
Para a presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral, a medida congela o futuro dos estudantes e a educação brasileira. “O passo seguinte será a tentativa de privatização, de cobrança de mensalidades, por isso nós lutamos com toda a garra contra a PEC 55″, ressaltou.
As caravanas de estudantes foram organizadas pela UNE, que realizou inscrições para os interessados em participar da ocupação de Brasília contra a PEC. Foram dois mil inscritos vindo de universidades federais, estaduais, instituições particulares e escolas de todo o país.

 
Do Oiapoque ao Chuí
photo416071293649135886-768x432103827Do Pará até Brasília são 36 horas de viagem. Segundo informações do site da União Nacional dos Estudantes (UNE), doze ônibus saíram do estado para ocupar Brasília. Hebert Brito, direto da Une, contou que o clima entre os que conseguiram vir é de entusiasmo.
“Muita gente não conseguiu ir e teve que ficar no Pará mesmo para lutar pelos nossos sonhos”, informou que havia mais interessados do que vagas nos ônibus.
“Nós construímos as ocupações para sair da normalidade e mostrar que somos contra a 55 e a MP do Ensino Médio. Ocupar Brasília amanhã é mais um passo nessa luta, mostrar para o Senado e para o governo que está tendo resistência e vamos barrar essas medidas”, declarou ao site da UNE, o estudante de história da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e diretor da União Estadual dos Estudantes Livre/RS, Airton Silva
Os estudantes que vieram de Porto Alegre enfrentaram um temporal no início da viagem. São cinco ônibus em direção a Brasília com os estudantes da capital gaúcha.
“A expectativa é que mais de 25 mil estudantes venham para Brasília, junto com trabalhadores em educação e todos os setores que resistem, nos últimos meses, contra o golpe e aos ataques dos direitos trabalhistas e sociais”, enfatizou Camila Lanes, presidenta da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes), que ao lado da UNE e Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG) estão coordenando a mobilização estudantil.

 
Prejuízos ilimitados
Para o presidente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, a aprovação da PEC 55 acabará com a política de valorização do salário mínimo, os investimentos sociais, os concursos públicos, a indexação das aposentadorias ao salário mínimo, entre outros fatores negativos à população.
“Quem mais sofre com isso é o povo. Esse governo vai se revelando cada vez mais a serviço dos interesses do grande capital, da mídia oligopolista e de todo esse sistema vicioso”, afirmou Araújo. A CTB convocou os sindicatos da base para apoiar o ato desta terça-feira.
15252630_1096047910493378_4671889222152157903_o103824João Paulo Ribeiro, diretor do servidor público da CTB e da base da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior (Fasubra) afirmou que é necessário transformar a unidade em ação.
“A unidade dos trabalhadores, dos estudantes, das entidades trará vitória positiva para toda a sociedade. O momento é decisivo. É preciso transformar a unidade em ação em escolas, universidades, praças. A participação de todos é decisiva neste momento crucial”, completou João Paulo.
Segundo ele, os movimentos têm se revezado em ações nos aeroportos abordando os senadores para que votem pela rejeição da PEC 55. Assim como os estudantes trabalhadores da educação também se encaminham para Brasília em caravanas.

 
São Paulo

Na capital paulista, movimentos sociais e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo realizam ato no Masp contra a PEC 55 a partir das 17h. No domingo (27), ato realizado pela Frente Povo Sem Medo reuniu cerca de 40 mil pessoas na avenida Paulista protestando contra a proposta e reivindicando a saída de Michel Temer da presidência.

 


SERVIÇO

Marcha contra a PEC 55
16h Concentração no Museu da República

17h Marcha rumo ao Congresso

 

 

Fonte: Portal Vermelho

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Entidades marcam presença no Dia Nacional de Lutas nesta sexta-feira e Contee convoca para a Marcha contra a PEC 55 no dia 29

A luta contra a Proposta de Emenda à Constituição 55 (ex-PEC 241) é um dos maiores obstáculos que se impõem hoje à nossa luta em defesa da educação e dos/as trabalhadores/as. Como a unidade de todos/as é essencial nessa batalha, a Contee convoca todas as entidades filiadas a participar, na próxima terça-feira, 29 de novembro, do movimento #OcupaBrasília e da Marcha contra a PEC 55. Nesse dia, está prevista a votação da PEC no Senado Federal.

A Confederação, juntamente com as outras entidades que fazem parte do Comitê Nacional de Luta em Defesa da Educação Pública e com as organizações que integram as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, vai se concentrar às 16h em frente ao Museu da República. De lá, às 17h, sairemos em marcha rumo ao Congresso Nacional.

Dia Nacional de Lutas

Nesta sexta, (25) também foi um Dia Nacional de Lutas, com a realização de greves, paralisações e manifestações em todo o Brasil. A paralisação nacional teve como eixos de luta: em defesa da saúde e educação, contra a PEC 55 e a reforma do ensino médio; em defesa da aposentadoria, contra a reforma da Previdência; em defesa dos direitos e contra a reforma trabalhista; e em defesa do emprego e pela redução da jornada de trabalho sem redução salarial.

Gilson 25 de novembro

Em Belo Horizonte, o coordenador-geral da Contee, Gilson Reis, participou da manifestação. “Governo golpista de Temer desempregou 2,5 milhões de trabalhadores, enfiou o país numa grande recessão e destrói os direitos trabalhistas e do povo”, postou em seu perfil no Facebook.

Entidades filiadas à Contee também marcaram presença nas ruas de suas cidades. Três exemplos disso são os dos Sinpros Alagoas, Goiás e Pernambuco:

 

 

 

ALAGOAS

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GOIÁS

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No Recife, capital pernambucana, o Sinpro PE convocou a categoria para o ato na Praça do Derby, onde, segundo o presidente do sindicato, Helmilton Bezerra, os trabalhadores e trabalhadoras repudiaram o maior ataque e roubo de direitos trabalhistas da história e o avanço da direita contra as conquistas trabalhistas.

Já o diretor da Plena da Contee e vice-presidente do Sinpro/AL, José Nivaldo Cardoso Mota, enviou à Confederação fotos das manifestações da categoria no estado. Em Arapiraca, pela manhã, trabalhadores e estudantes saíram em passeata pelas ruas. Já à tarde foi realizado um ato político-cultural em Maceió.

Por sua vez, em Goiânia, foi realizado ato na Praça de Bandeirante, seguido de passeata pelas principais ruas da cidade.

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Fonte: Contee

 

 

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CTB convoca mobilização total nesta sexta (25); 15 estados confirmaram atos e paralisações

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Contra a PEC 55 (Proposta de Emenda à Constituição que corta os investimentos públicos nas áreas sociais) e as reformas da previdência e trabalhista, acontece nesta sexta-feira (25), mais um Dia Nacional de Lutas – com greves, paralisações e mobilizações em todo o Brasil.

O ato nacional objetiva reafirmar a luta unitária do movimento sindical em torno de quatro temas que estão no cerne dos ataques aos direitos sociais e trabalhistas em curso no país atualmente. São eles: a defesa da aposentadoria e da previdência universal; a defesa da educação e da saúde e o repúdio à PEC 55; a denúncia das decisões do STF que vêm legislando contra os direitos da classe trabalhadora e a defesa do emprego e da redução de jornada sem diminuição de salário.

O presidente nacional da CTB, Adilson Araújo, afirmou que as centrais estão alinhadas na construção do Dia Nacional de Lutas pelo Brasil contra a supressão de direitos, flexibilização e precarização.

“Querem quebrar a espinha dorsal do movimento sindical, e nesse sentido o fortalecimento da unidade e o diálogo com as nossas bases será decisivo no processo de resistência e lutas. O que está posto é uma severa agenda de ataques contra a classe trabalhadora e a resposta unitária para esta conjuntura bastante adversa é resistir a todo custo”, afirmou o dirigente.
Acompanhe a agenda de luta pelo Brasil*

-São Paulo
Ato no INSS
Horário: 11h
Local:  Na porta da Superintendência Regional do Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS) – Viaduto Santa Ifigênia, 266, Centro de São Paulo.
Ato BNDES
Horário:  14h
Local: Protesto no BNDES (Defesa do conteúdo Local – Obrigatoriedade de utilização de conteúdo local na produção de carros,  maquinas e equipamentos).

-Rio de Janeiro
Horário: 17h
Local: Ato unificado no final da tarde, na Candelária, com caminhada até a Cinelândia.

-Santa Catarina
9h30 – Aula pública na praça da cidadania
14h30 – Atividade cultura
15h30 – Ato político na UFSC
16h – Marcha até a escola Simão Hess contra a PEC 55
Local: Universidade Federal de São Catarina

-Sergipe
Horário: 6h
Local: Na frente do Tecarmo/Petrobras, Zona Sul de Aracaju, para dizer não à PEC 55 – também conhecida como a PEC do Fim do Mundo.

-Bahia
Horário: 15h
Local: Em frente ao edifício La Vue, na Ladeira da Barra, empreendimento alvo de negociatas envolvendo Geddel e ACM Neto.

-Pará
Horário: 16h
Local: A concentração será na av. Presidente Vargas (em frente ao Teatro da Paz), em Belém.

-Goiás
Horário: 
8h 
Local: 
Praça do Bandeirantes, em Goiânia. Também está prevista a realização de manifestações em portas de fábrica de Goiânia e Catalão.

-Maranhão
Horário: 6 horas
Local: Ato será realizado na Praça São Pedro, retorno do Bacanga, em São Luís. O ato terá por objetivo atingir a produção dos complexos industriais do Itaqui e Pedrinhas.

-Minas Gerais
Horário: A partir das 10 horas
Local: Praça Sete, centro de Belo Horizonte.

-Pernambuco
Horário: 15h
Local:Praça do Derby, em Recife.

-Paraná
Prevista a realização de assembleias nas portas de fábrica.
Cascavel
Horário: 16h30
Local: Ato político no portal da Prefeitura Municipal.

-Rio Grande do Norte
Horário: 8h
Local: Concentração nas imediações do shopping Midway (av. Bernardo Vieira, 3775 – Tirol), depois segue em caminhada no sentido governadoria.

-Rio Grande do Sul
Horário: 18h
Local: Esquina democrática, no centro de Porto Alegre.

-Ceará
Horário: 8h
Local: Na Praça Portugal, em Fortaleza.

-Amazonas
Horário: 8h
Local: Hospital Universitário Getúlio Vargas, no Boulevard Álvaro Maia, em Manaus.

 

 

Fonte: Portal CTB

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Contra a MP do ensino médio e a mercantilização da educação básica

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A comissão especial que analisa a medida provisória sobre a reforma do ensino médio (MP 746/16) — presidida pelo deputado Izalci (PSDB-DF), exímio defensor dos interesses privados no ensino — realizou, desde terça-feira (22), três audiências públicas para debater o assunto. Na mesma semana, o noticiário econômico encheu-se de notícias sobre educação.

Só o jornal Valor Econômico publicou três matérias sobre o setor nos últimos dias: na terça, foi noticiado que a gestora de recursos britânica Actis está em negociações avançadas para a venda de sua participação de 37% da Cruzeiro do Sul Educacional, numa transação avaliada em R$ 500 milhões; também na terça, outra informação dava conta de que grupo espanhol Prisa, dono do jornal “El País”, está vendendo seu principal negócio, a editora de livros Santillana Educación e que, na busca por interessados no Brasil, uma das companhias sondadas é a Kroton, maior grupo de ensino superior privado do país e que atua em educação básica por meio do sistema de ensino Pitágoras; já hoje foi publicado que a Somos Educação está analisando a possibilidade de levantar recursos para sua expansão dos próximos anos com uma nova oferta primária de ações e que a companhia, controlada pela gestora Tarpon, esteve reunida nas últimas semanas com vários investidores estrangeiros.

As questões estão interligadas. Mesmo diante da alardeada crise econômica, o mercado segue aquecido no setor educacional e a mercantilização, financeirização e desnacionalização — denunciadas há anos pela Contee em relação ao ensino superior — avançam com cada vez mais apetite sobre a educação básica. Basta ver que todas as empresas citadas nas três matérias do Valor Econômico têm braços nesse setor e mesmo a Cruzeiro do Sul, que atua no ensino superior, oferece cursos técnicos de nível secundário através do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).

Mas o que a reforma do ensino médio imposta pelo governo ilegítimo de Michel Temer tem a ver com isso? A relação é direta. Como aponta o coordenador-geral da Contee, Gilson Reis, a MP 746 representa um passo definitivo em direção à privatização da educação brasileira. Isso porque todas as propostas incluídas na medida provisória, do ensino integral até a suposta flexibilização do currículo — passando, de um lado, pela exigência da língua inglesa e, por outro, pela redução de matérias obrigatórias com a possibilidade de o gestor definir a grade de acordo com seus interesses — enfrentam, em contrapartida, a redução dos repasses dos Ministério da Educação para o estados e para o Distrito Federal, já que a tal “política de fomento” só durará quatro anos. Sem investimentos do poder público, portanto, a porta fica escancarada para a iniciativa privada.

Educação não é mercadoria. Esse não é apenas o lema de uma campanha da Contee, mas a máxima da própria atuação da entidade ao longo de seus 26 anos de existência em defesa do fortalecimento da educação pública e da regulamentação do ensino privado com as mesmas exigências legais aplicadas à escola pública. Nossa mobilização contra a MP do ensino médio faz parte da nossa luta para que a educação seja de fato tratada como bem público, de responsabilidade do Estado e direito de cada cidadão/ã.

 

Fonte: Contee